quinta-feira, fevereiro 18, 2010

Mãozinha do Pezão

O vice-governador do Sérgio Cabral, o Pezão, não sabe mais o que fazer para impedir que o titular do governo do estado faça bobagens na construção da aliança para a reeleição de outubro próximo. As instransigências de Cabral e o jeito, sempre cauteloso e preocupado de Pezão, em não melindrar as partes, já fez dele, o queridinho de Dilma. Há gente dizendo: "Por que não é Pezão o candidato?" "Ele negocia bem, é bem visto pelos dois lados. É ele quem decide tudo do governo, especialmente com relação às obras. Por que não deixa ele tocar o governo e a campanha?" O grande problema seria sua origem do interior do estado (ex-prefeito de Piraí), o que para concorrer com Garotinho seria uma vantagem. PS.: Atualizado às 11:20 de 20/02: Corrigido o nome da cidade onde Pezão foi prefeito. Piraí e não Barra do Piraí como havia sido postado antes.

5 comentários:

Argus disse...

Caro Professor,

Engraçado que, ao se tratar de eleições e da imposição dos interesses, cada parte faz a análise que mais lhe favorece.

Lógico, isso é mais que compreensível. O que não dá para engolir é o tom "partidário" da mídia, que no afã de agradar seus governantes-patrocinadores, tentam empurrar palpites como fatos. E ainda se diz observadora imparcial.

Certa parte da mídia desandou a dizer que a estratégia de Dilma(ela sequer anunciou uma), de cortejar dois palanques é um risco, e que periga ela confundir o eleitor, e perder votos.

Vejam como essa premissa se baseia em ilusões:

1. que o eleitor não sabe distingüir, e firmar suas preferências, ou seja, eleitores de garotinho e de cabral podem muito bem compartilhar o desejo de ter Dilma presidente, pois não é a ministra que disputa o apoio dos dois, e sim ao contrário, uma vez que ela detém a vara de condão chamada Lula;

2. Dilma e seus estrategistas sabem que cabral e garotinho trafegam em zonas de preferência distintas, logo, a possibilidade dela angariar votos desses setores é maior com dois palanque, ou seja: quanto mais palanques, mais amplas as chances de falar para distintos públicos. Pergunta-se: quem tem mais chances: Dilma com dois palanques, ou serra com um palanque dividido com marina silva?

3. Dilma sabe que a situação de cabral é, em grande parte, criada por ele mesmo, ou seja, se tivesse feito seu dever de casa não estaria em apuros. Apoio para tanto não faltou.


Enfim, cabral é um desastre. Ao invés de governar e criar fatos positivos, morde a isca e demonstra claramente temer o embate.

De quebra, pratica indelicadezas e quebra protocolos políticos, pois depois de impor ao partido do presidente a retirada do concorrente, quer forçar a ministra e o presidente a se imiscuir em assuntos dos partidos da base aliada.

Ora, se o cabral quer cobrar comportamento disciplinado do PR, por que não o PT cobrar a disciplina do PMDB na Bahia, por exemplo?

cabral revela, assim, todo seu viés autoritário de garoto mimado zona sul: quer ganhar eleição, mas não quer disputar eleição.

Aí é mole, quem não quer?

Anônimo disse...

O PT pela sua história e tradição deveria ter um candidato e no 2º turno faria as alianças, mas prefere se submeter ao imposições de Cabral. Acorda PT carioca.

Splanchnizomai abraçando o amanhã. disse...

Uma coisa é fato, Roberto, todas às vezes, nos Registros Fidedignos, que um "desavisado" ou "avisado teimoso" dava "uma mãozinha", levava um chute. Todas.

É que nos Registros Fidedignos, ou a pessoa andava direito confiando no Senhor, ou parecia que ganhava mas só estava a cada dia indo para o "buraco do nada".
E olha... do Nada, Deus pode fazer tudo! MAS QUE FIQUE BEM CLARO: DEUS. SÓ DEUS PODE.

Marcelo Abreu Gomes disse...

Pezão foi prefeito de Piraí e não de Barra do Piraí.

Anônimo disse...

Nós temos a mãozinha do Pezão, mas também temos o pezinho de mãozonas espalhadas por aí. Gente que quer botar o pezinho onde há dinheiro para usar a mãozona. Vocês acham que estou falando de Campos. Também.
Arthur Soffiati