sábado, fevereiro 06, 2010

Uma análise sobre o quadro eleitoral do Rio

Abaixo uma análise das posibilidades eleitorais de nosso estado feita, hoje, pelo bem informado publicitário Hayle Gadelha em seu blog. Apesar de seu alinhamento com Cabral e Benedita Gadelha traz algumas informações novas, num quadro que ele chama de surreal, mas não impossível: "Como se sabe, as nuvens são como os quadros políticos: você olha, é surrealismo; olha de novo, é construtivismo... As eleições 2010 no Rio de Janeiro (como em boa parte do país) são uma obra em processo. Até outro dia estava tudo definido. Para Governador, seriam candidatos Sérgio Cabral (PMDB), Garotinho (PR) e um ou outro, talvez Gabeira (PV) – que acabou se firmando. Para o Senado, Crivella (PRB), Benedita (e/ou Lindberg, ambos do PT), Cesar Maia, (do DEM, e/ou Gabeira e/ou Aspásia, do PV), Picciani (PMDB), além de Manoel Ferreira (PR), Waguinho (PSC), ou Miro Teixeira (PDT). Quando parecia que o toque final seria a definição de Benedita ou Lindberg na indicação petista para o Senado, percebemos que o quadro estava longe de ser concluído. Para Governador, articula-se agora a saída de Garotinho da exposição, o que praticamente garantiria a vitória de Sérgio Cabral já no primeiro turno (Cesar Maia já chiou no twitter). A questão ficaria por conta da disputa entre o PR e o PMDB no Amazonas, que talvez não seja difícil de equacionar. Dilma só teria a crescer com isso. Mas o problema maior passou a ser o Senado: onde colocar Crivella, que lidera todas as pesquisas e é aliadíssimo de Lula, mas que ficaria isolado, com pouco tempo na TV? A chapa principal de apoio a Dilma para o Senado já estava fechada com PT e PMDB. Picciani não abre mão da candidatura de forma alguma; Benedita e Lindberg, também não. Grupos petistas aproveitam a situação e já pincelam chapa independente, sem aliança formal com o PMDB, com Benedita e Lindberg unidos. Será? Ou tudo não passa de um quadro impressionista? Não há crítico da arte política que tenha resposta."

6 comentários:

Ricardo disse...

Nobre professor, Garotinho abrir mão da candidatura ao governo do estado ?
Duvido muito, todos sabemos da ganância politica dele, se tiver eleição no Brasil para candidato a Imperador ele vem, não acredito mesmo nisso, outra verdade é que quem é PT e PDT está sem candidato para votar em relação ao governo, para o senado Lindberg Farias é ótimo
nome e será que o PDT não lançará Wagner Montes ou Jorge R. Silveira ? Gostaria de saber também se os " muretas " de Campos já se decidiram
em qual lado vão ficar ( João Peixoto e dr. Wilson ); na minha concepção ainda; o eleitor campista que votar em Mocaiber e em Paulo Feijó merece uma " coça " de gurumbumba. É ver para crer.

Dever Cumprido disse...

É meu companheiro, aqui no estado é uma equação difícil. O Garotinho pelo que se sabe não tem jeito ou é candidato a deputado Federal ou a nada. E como fica o Pudim? Vai aguar?
Para o senado é o mais difícil, para nós do PT chapa única é suicídio. A Benedita não pode e não deve abrir mão de seu preito de disputar essa vaga, o Lindderg, que por força do acordo que fez com a família Gama (O Presidente do Tribunal de Contas do Estado Aluisio Gama e sua esposa Senhora, Sheila Gama, vice-prefeita de Nova Iguaçu), tem que entregar a prefeitura para a vice em abril. Logo o Lindderg que há quatro anos liderou o grupo que cometeu uma das maiores injustiça que já se viu no PT do Rio, tirando da Benedita a chance de concorrer ao senado cedendo a vaga para a Sra. Jandira Feghali e facilitando a eleição de Dorneles.
O Crivella por ser um fiel aliado do Lula e estar mais bem colocado nas pesquisas tem-se que achar uma aliança para encaixá-lo, o que certamente não será muito difícil.

Gustavo Carvalho disse...

Caro Roberto, o qudro está deveras confuso, mas alguns fatos são incontornáveis: o Crivella é um candidato sui generis, tem eleitorado cativo que não depende do tempo de tv como os outros; o Picciani tem o poder silencioso e eficaz da máquina do pmdb e a fidelidade de muitos prefeitos; o caráter majoritário da trajetória política de Garotinho estabelece um raro capital, por que ele abria mão disso?; realmente, a hipótese de candidatura dupla "puro sangue" do PT é suicida, mas é muito engraçado ver a articulação reclamar por injustiça! Rs rs rs

Palpiteiro. disse...

Caro Roberto,

Vejam como alguns setores do PT continuam a enxergar a luta política pelo seu corte de "tendências".

Aqui não vai nenhuma defesa de Lindberg ou de Benedita, pois considero os dois figuras nefastas a organização partidária.

Mas veja o que o companheiro Paulo Roberto denuncia:

Os acordos do Lindberg são ruins. Eu concordo. Mas o que legitima os acordos que a Benedita faz? São melhores? Respondo: Não são. São diferentes.

Então o que sobra?

Viabilidade eleitoral, apelo popular(sabe-se lá o que é isso), ou possibilidade de ampliar o capital poítico do PT.

Benedita já teve sua chance. Perdeu o bonde da História. Embora eu ache esse negócio de "vez" infantil em política. Existe é senso de oportunidade e viabilidade.

Benedita sempre fez a opção catastrófica e errada de compor atrás de estruturas governamentais que não aumentaram sua visibilidade e do Partido.
Nada contra. Política também se faz com cargos e máquina, afinal, por que disputamos eleições?

Mas não pode ser apenas isso, ou melhor, essa ocupação de cargos e estrutura administrativa deve ser uma conseqüência de um projeto político coletivo. Senão, fica o perfil de "boquinha".

Benedita e Lindberg, talvez, personifiquem a incapacidade de transformar apelo popular em crescimento partidário.

Mas Lindberg é mais viável que ela.

Benedita é só desgaste. Sua atuação nesse governo é trágica. Humilhante.

Sua atuação como governadora foi um desastre. Eu sei. Eu estava lá. Ainda que se pondere que ela exerceu um mandato tampão.

Mas a sua incapacidade de colocar o Partido acima das querelas pessoais e das disputas internas pela máquina solaparam a quase impossível tarefa de governar o Estado Bomba-Relógio por oito meses.

Uma candidatura a deputada federal a Benedita é uma saída honrosa a uma figura que conseguiu desconstruir um considerável capital político: "Negra, mulher e favelada".

Ela hoje é só uma caricatura de si mesma.

Não que ela tivesse que alimentar o "tipo" lata d'água na cabeça, não é nada disso.

Mas quando a vejo não deixo de enxergar aquele estereótipo: negra de alma branca, tão depreciativo, e que machuca tanto pessoas que tem a trajetória como a dela.
Infelizmente, é esse personagem que ela "vestiu": a rainha de Sabá.

Anônimo disse...

E como fica a história de criancinha, fora? É ruim hem.
Afinal, essa grana toda que está aí das desapropriações, carnaval, licitações, incêndio, chuva que ainda nem chegou, etc e tal vai ser direcionada pra quê?
Ele quer qualquer coisa que dê visibilidade. Por enquanto está só por trás da criançinha mâe.
tudo isso é pura especulação, amanhã tudo muda de novo.

Anônimo disse...

Roberto, cuidado! em todo comemtário que fazemos de um tempo pra cá, (principalmente os políticos) aparece: que está corrompido, que não é confiável.
Verifique o que está acontecendo. Vou verificar o meu.