terça-feira, dezembro 18, 2012

Repercussão da reportagem sobre a salinização no Açu

Agora a crítica é do jornalista Gilberto Dimenstein da própria Folha de São Paulo:

"Pobre Eike Batista"
"Desde que anunciou que sua meta de vida era ser o homem mais rico do mundo, Eike Batista virou centro de uma bolsa acompanhada pela imprensa: sua posição no ranking transformou-se em notícia periódica. Tenho o maior respeito pelos empreendedores, eles geram inovação e empregos. Mas é uma pena que nosso candidato a homem mais rico do mundo gere tão maus exemplos - e tanta futilidade.

Vejam a notícia que acaba de sair: uma de suas obras (o porto Açu) teria provocado a salinização de água doce usada por agricultores e pescadores no Rio - essa afirmação é feita por pesquisadores da Universidade do Norte Fluminense.

Pergunto: o que adianta ser o homem mais rico do mundo cercado de tantas desconfianças sobre seu respeito com a comunidade?

Uma das coisas que mais gosto nos Estados Unidos ( e gosto muito) é como os milionários e bilionários entregam-se a projetos sociais. E quanto mais rico, maior sua doação. É o caso de Bill Gates. Não é a toa que os Estados Unidos são tão fortes.

Seria uma bela lição a nação ver um homem tão rico como Eike como um campeão em filantropia -e não acusado de poluir águas ou se mostrar fútil a ponto de ter carros na sua sala de estar.

Isso só reforça o preconceito contra os empreendedores - a mola de inovação de uma nação.

Sob esse aspecto, ele pode ser bilionário, mas está cada vez mais pobre."

4 comentários:

Roberto Torres disse...

Eta crítica piegas meu deus. Esse Gilberto Dimenstein é um deslumbrado com a ideologia americana.

É como se tudo fosse uma questao de de moral, de ser bom ou mal. Como se o sentimento moral do "empreendedor" fosse a verdadeira ancora a ser buscada para evitar problemas como o da salinizacao.

Roberto Moraes disse...

É verdade Torres.

Até vá lá que ele goste e defenda a ideologia americana, mas, daí a querer ver as coisas pelo ângulo de análise usada já é um pouco demais.

De toda a sorte, parece que o homem X começa, aos poucos, ver seus apoios divididos com cobranças maiores.

O diretor da EBX, Paulo Monteiro, entrevistado pela Folha de São Paulo, também foi entrevistado pelo blog há quase dois anos (mais precisa mente em fevereiro de 2011) quando repetiu que a sustentabilidade estava no DNA dos empreendimentos.

http://www.robertomoraes.com.br/2011/02/grupo-ebx-atende-entrevista-ao-blog.html

Disse: "Empresas do século XXI não podem ter os vetores ambiental e social apenas como metas a serem atingidas. É preciso que seja uma vocação, que esteja no DNA da corporação. É isso que trazemos no DNA do Grupo EBX."

Pois bem, agora diz que o solo já era salgado e que as pessoas daquelas comunidades já eram hipertensas.

Parece que para isto é que que desejam fazer pesquisas junto a população para depois ver nelas todos os problemas que aparecem.

Isto não parece ser uma questão de moral e sim de práticas de um DNA que parece que já possui diagnóstico, nem tão complexo assim.

Resta saber qual será o tratamento?

Abs.

Anônimo disse...

Roberto, eles tem no DNA acordões com nossas autoridades incompetentes. Vocês acham que eles se sentem a vontade ao serem questionados e verem a repercussão que essa notícia vem tomando. Eles não assumem o erro o que faz a tomada de decisões para amenizar os impactos cada vez mais lenta.Por sua vez as secretarias ainda mais incompetentes e presas por questões políticas e afinidades com o Sr. X não movem uma palha. A população tem que entrar com ações quantas forem necessárias para que o judiciário exija a tomada de providências, e é isso que espero que ocorra.

douglas da mata disse...

Aguardemos os trolls e midiotas...já, já aparecem.