65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
quarta-feira, junho 13, 2007
O povo quer saber
Aproveitando as deixas do pedido do Bruno, cujo comentário foi postado em nota abaixo e também, as novas considerações do professor Rodrigo Serra, sobre a fórmula usada para elaborar a tabela em que analisa a proporção da receitas dos royalties que são usadas pra investimentos, este blog aproveita para indagar a quem deveria comunicar estes e outros dados oficiais como sua função pública, sobre os gastos municipais que são considerados investimentos pela Portaria Interministerial elaborada pela Secretaria do Tesouro Nacional - STN/SOF n° 163/01, como por exemplo:
Consultorias;
Aquisição de imóveis;
Obras e instalações;
Passagens e despesas com locomoção;
Serviços de pessoa física e jurídica;
Equipamentos e Material Permanente;
Diárias;
Sentença judiciais, etc.
Aliás, como este tipo de classificação gera sempre discussão técnica, o bom, ou melhor, o correto seria a divulgação “comunicação” de tudo que se está sendo pago com o seu, o meu, o nosso dinheirinho.
Bom lembrar o que diz a Lei de Responsabilidade Fiscal em seus artigos 48 e 49 descritos abaixo:
Art. 48. São instrumentos de transparência da gestão fiscal, aos quais será dada ampla divulgação, inclusive em meios eletrônicos de acesso público: os planos, orçamentos e leis de diretrizes orçamentárias; as prestações de contas e o respectivo parecer prévio; o Relatório Resumido da Execução Orçamentária e o Relatório de Gestão Fiscal; e as versões simplificadas desses documentos.
Art. 49. As contas apresentadas pelo Chefe do Poder Executivo ficarão disponíveis, durante todo o exercício, no respectivo Poder Legislativo e no órgão técnico responsável pela sua elaboração, para consulta e apreciação pelos cidadãos e instituições da sociedade.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
4 comentários:
Prof. Roberto, só existe uma solução: um levante popular de toda a população campista ludibriada por todos esses anos e o encaminhamento dos "gatunos" à forca. Abraços.
Se continuar assim, a "fundecam" irá investir na implantação de mais uma fábrica em nossa cidade: uma fábrica de óleo de peroba, para os caras de pau que administram o município. Assim não dá.
Anônimo, não sou o Roberto, mas permita-me um comentário. Um levante popular é uma atitude belíssima, acredito que seja a forma mais bela de conjugar a democracia. No entanto, isto em nossa cidade é complicadíssimo, agravado ainda mais por atitudes como essa do secretário. Pelo menos 10% do eleitorado campista é composto por prestadores de serviço da prefeitura, imagine que 4 pessoas dependentes destes, também partilhem o mesmo voto, o voto do medo, o número sobe para 40%. Pois some agora a estes 40% os alunos forçosamente cooptados pelo advento das bolsas de estudo. Explico: já que para nosso secretário a UCAM "cospe no próprio prato que come" ao propor o diálogo e a transparência, imagine um simples aluno bolsista, cidadão, ousar propor a mesma transparência.
O quadro que se desenha, acredite, é dantesco. É uma espécie de eleitorado cativo.
Prova disso é um amigo que em breve estará reforçando nosso debate, mas terá de expor seu pensamento sob pseudônimo, pois seu pedido de bolsa tramita na prefeitura. E tramita sob arrasto, tem bastante tempo, acredito que terá de apelar para o QI, e é um cara que realmente precisa pois talvez terá que abandonar a faculdade por não ter condições de pagar. Seria uma pena, é um cara brilhante.
Postar um comentário