segunda-feira, abril 01, 2013

A venda de ações da MPX para a alemã E.ON é um pequeno alívio para o grupo EBX

A matéria do Valor Online aponta alguns caminhos que estão sendo perseguidos pelo grupo EBX, cada vez mais, "ciceroneado" pelo Banco BTG Pactual. Leia abaixo trechos considerados mais importantes da reportagem:

"O fechamento do negócio para o aumento de participação da alemã E.ON no capital da elétrica MPX foi o primeiro com participação e comprometimento efetivo do BTG Pactual, novo assessor estratégico do Grupo EBX. Pelo acordo, Batista venderá parte de suas ações na MPX e recebe cerca de R$ 1,5 bilhão. Esse dinheiro, embora não seja suficiente, vai deixá-lo mais confortável para honrar o compromisso de aportar US$ 1 bilhão na petroleira OGX e US$ 500 milhões no estaleiro do grupo, o OSX. Além disso, como o controle da MPX passará a ser compartilhado, nem E.ON nem a holding EBX vai consolidar a dívida da companhia elétrica, que ao fim de 2012 estava em R$ 6 bilhões. O dinheiro em caixa e a retirada da dívida do balanço podem melhorar a atual alavancagem e o acesso a crédito para o empresário e seu grupo.
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No negócio, primeiro a E.ON adquire 24,5% das ações de Batista na MPX. Em seguida, haverá uma oferta pública de ações de R$ 1,2 bilhão. Por fim, a joint venture formada para a entrada da E.ON na elétrica será incorporada pela MPX e um acordo de acionistas será assinado entre o grupo alemão e Batista, que permanece no controle.
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Segundo fontes, antes da parceria do BTG com a EBX o negócio tinha outro formato. O empresário venderia quase toda a fatia na MPX e receberia R$ 3 bilhões. O controle seria exercido, por meio de acordo, pela E.ON e outros acionistas minoritárias, as gestoras de recursos Gávea e Dynamo, mais o BNDES.

No entanto, enquanto esse acordo era fechado, as conversas com o BTG se estreitaram e o banco tinha interesse na MPX. Como Batista conseguiu uma linha de crédito de Esteves, dono do BTG, sentiu-se mais confortável para continuar com fatia expressiva na MPX - até mesmo por acreditar que, se esperar mais alguns anos, poderá vender suas ações por um valor maior....
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Durante a oferta pública de ações em 2007, a MPX apresentou projetos que somariam potência instalada total de 9.647 MW até 2018. E no fim deste ano, projetava chegar a 5.047 MW.

Até agora, a empresa de Eike tem cinco usinas geradoras de energia em operação, com 1,25 mil MW de capacidade instalada - são quatro térmicas (duas a carvão, uma a gás e uma a óleo diesel) e uma usina movida a energia solar. Com a previsão de iniciar a operação das térmicas Pecém II e Parnaíba II e concluir Parnaíba I ainda este ano, a MPX deve encerrar 2013 com 2.814 MW de capacidade instalada.

A gigante alemã, uma das líderes na Europa, atua na geração de energia nuclear, ciclo combinado, renováveis e a vapor, com potência instalada total de 58,2 mil MW. No ano passado, teve receita líquida de € 132 bilhões (igual a R$ 331,6 bilhões) e lucro líquido de € 2,64 bilhões (R$ 6,63 bilhões). A dívida líquida da E.ON no fim de dezembro somava € 14,65 bilhões (R$ 36,78 bilhões)."

2 comentários:

George AFG disse...

Nada a ver com o post, mas saca o número de irregularidades constatadas no concurso do Município de Rio das Ostras que foi anulado no dia 31/03: http://www.riodasostras.rj.gov.br/download/concursos-publicos/termo-de-ajustamento.pdf

Difícil deve ser auferir o q deve ter saído certo rsrs

George AFG disse...

Mais gritante é a fraude conferida no certame para o cargo de Procurador Municipal onde 2 candidatas, coincidentemente ocupantes de Cargos em Comissão da prefeitura (assessor jurídico) tiveram suas notas misteriosamente aumentadas de modo a estar dentre as classificadas no certame...