segunda-feira, agosto 11, 2014

"Os mineiros contra a mina". Prefeito de Conceição do Mato Dentro, MG, de onde sai o mineroduto: "O projeto é o maior absurdo imposto à cidade"

As questões acima que já havia sido amplamente divulgado (veja aqui) pelas matérias do jornal mineiro "O Tempo" que inclusive está concorrendo a prêmio internacional de jornalismo (aqui), sai agora exposto em quatro páginas da revista Exame que está nas bancas com o título: "Os mineiros contra a mina".

A reportagem da Maria Luíza Filgueiras de quatro páginas (60-63), de certa forma, reescreve de forma resumida, a série de matérias de O Tempo "Um minerotuto que passou em minha vida", das jornalistas Ana Paula Pedrosa e Queila Ariadne.

Interessante observar que a resistência dos atingidos por mais este grande projeto de investimentos (GPI) só cresce em indignação por parte da população que começa a compreender a quem se destinam os bônus e ônus do mesmo.

Não parece ser por outro motivo a indignação atual do prefeito da cidade mineira, onde se localiza a mina e local da saída do mineroduto de 525 km, até chegar ao Porto do Açu, aqui no litorla nort do estado Rio de Janeiro.

Confiram a matéria. Clique sobre as imagens para ver em tamanho maior:





5 comentários:

Anônimo disse...

O prefeito reclama que as meninas estão ficando grávidas por causa dos operários. É só a prefeitura distribuir camisinha que diminui o problema. A Anglo não tem como proibir ninguém de fornicar. :)

Todos estes problemas mencionados na reportagem fazem parte do passado. A Anglo conseguiu todas as licenças e já está pronta para começar a exportar o minério.

Este é o maior minério duto do mundo. Contratempos sempre existirão em projetos deste porte.

SOUZA disse...

Lamentável o comentário de que a Prefeitura deva distribuir camisinhas.
O mar da Praia do Açu ainda vai dar um fim a todas essas desgraças cometidas por todos os irresponsáveis desse projeto absurdo, causador de uma devastação ambiental jamais vista.
A resposta da natureza não tardará a chegar.

Anônimo disse...

Não entendi.

Por que é lamentável meu comentário sobre a distribuição de camisinha?

A culpa das meninas estarem engravidando é do próprio prefeito e não da mineradora. As escolas do município deviam ensinar educação sexual para prevenir a gravidez precoce e a transmissão de doenças como a aids e a sífilis.

Esse tipo de problema só se combate com educação. Os adolescentes precisam aprender a se cuidar, isso significa aprender a usar os métodos anticoncepcionais como as pílulas, a camisinha e o preservativo feminino. Mandar o Ibama não conceder a licensa ambiental (como o prefeito pediu na reportagem) não vai resolver este tipo de problema. Assim como não resolve o problema da violência.

Adicionalmente, a prefeitura devia investir no hospital para que o público feminino (e também o masculino) tenha acesso a um ginecologista para exames de prevenção.

O problema tem que ser enfrentado de maneira racional. Ser irracional não ajuda ninguém.

atenciosamente,

Alex

Anônimo disse...

A matéria publicada na revista é apenas uma pontinha do iceberg de violações de direitos deste Projeto.
E racionalidade está para este comentário sobre a distribuição de camisinhas da mesma forma que sustentabilidade está para o Projeto Minas-Rio. Irracional é defender aquilo que é aviltante.

Anônimo disse...

Alex, seu comentário é ridículo pois a empresa é responsável pelos impactos ambientais e SOCIAIS que provoca com seu empreendimento. Não adianta você falar que o problema é da prefeitura pois não é. Quem tem que resolver esses problemas é a empresa, é responsabilidade dela.
Vamos supor que ela faz a mina e consequentemente seca completamente o rio que abastasse a cidade (impacto mínimo que não estava previsto no EIA/RIMA,mas acabou acontecendo) e a responsabilidade de prover água para a população é do município?