domingo, setembro 30, 2007

A disputa pela prefeitura do Rio promete

O governador Sérgio Cabral fez pouco caso do acordo entre Garotinho e César Maia e confirmou a ida de Eduardo Paes para o PMDB. O ato de filiação de Paes ao PMDB foi marcado, para a próxima quarta-feira. Com isso, o governador Cabral vai assumir a briga pela liderança dentro do próprio partido, que segundo consta, seria comandado pelo ex-governador e outros aliados, entre eles o secretário geral do PMDB estadual e presidente da Alerj, Jorge Picciani. Bom lembrar, que a decisão em primeira instância deverá ser do diretório da capital, onde a filha do casal de ex-governadores, Clarissa Mateus, se inscreveu para disputar a vereança.

Botafrouxo x Bota-raça

As pessoas que dizem gostar de futebol costumam afirmar que, o melhor do esporte é poder tripudiar com o torcedor adversário. Por causa desse sentimento, alguns valorizam mais os campeonatos locais ou regionais, do que os nacionais ou internacionais, porque nestes casos, os torcedores adversários, não estarão próximos para serem nossos alvos, quando nossos times ou clubes vencem os deles ou sofrer quando houver o inverso.

A afirmação é um pouco verdade e um pouco mentira. Assim, no caso dos não botafoguenses, o lógico poderia ser azucrinar os torcedores alvi-negros, diante de mais uma derrota na reta final de uma competição, como a que aconteceu contra o River Plate, em Buenos Aires, na última quinta-feira.

Tudo isso seria admissível, menos, ver os próprios torcedores colocarem uma faixa na arquibancada chamando aquele time e não o clube de Botafrouxo. Acho que seria a hora da torcida exigir Bota-raça. No esporte, a vitória ou a derrota faz parte do jogo, mas a dedicação é uma obrigação e a torcida pode ter papel importante nesta cobrança.
PS.: Foto do JB Online.

O hino de Campos e o uso irresponsável de suas riquezas pela geração atual

"Tenho uma certa implicância com algumas partes do nosso tão glorificado hino “Amantia Verba” de Azevedo Cruz. Há algum tempo saí do desconhecimento da sua existência, para o espanto com a exuberância do seu formalismo. Neste processo surgiu o aprendizado de que o título dos versos, que forjaram nosso hino, traduzido do latim, significava “palavras amantes ou amáveis”. Talvez o blogueiro tenha rebuscado e complicado demais, sobre a relação que tentou fazer no artigo, cujo primeiro parágrafo é o que está acima. O artigo que teve o título "A verba de Azevedo Cruz teria hoje, outros significados?" foi publicado, na última sexta-feira, na Folha da Manhã e agora, também disponibilizado, na seção ao lado "Meus últimos artigos". Se desejar poderá ler na íntegra clicando aqui.

Até quando?

A pergunta foi enviada pelo parceiro do blog, o professor José Carlos Salomão junto com a foto ao lado com este detalhamento: "a calçada, recém ampliada, em frente ao Itaú ficará livre para os pedestres?".

O blog aproveita para indagar e esta banca de jornais? Com a retirada do estacionamento e o crescimento da calçada em frente ao banco, fica ainda mais fácil ver, que a posição de uma banca numa esquina onde você não pode ver quem atravessa o cruzamento por trás dela é mais que um absurdo. Bom lembrar dizer que o blog não é contra a banca de jornais, quanto mais melhor. O problema é sua localização.

PS.: O blog aproveita para dizer que pressionada ou não, na diagonal desta calçada, a construtora que levanta o prédio que vai abrigar, a agência do banco Real na Pelinca, finalmente retirou o canteiro de obras que obstruía a passagem de pedestres, que assim estavam obrigados, a usar a rua, ao invés da calçada.

Cachaça de Bom Jesus de Itabapoana vence 4º Concurso Mundial Bruxelas-Brasil

Quem manda a notícia é o parceiro Eduardo Inácio que é de Santo Eduardo, distrito campista, vizinho do município de Bom Jesus. A notícia:

"A cachaça 3 Praias Brasilian Spirit Ouro, de Bom Jesus de Itabapoana, conquistou a Gran Medalha de Ouro no 4º Concurso Mundial de Bruxelas, Edição Brasil, realizado no mês de agosto, em Campos do Jordão – SP. O concurso, promovido em parceria com a revista Vinho Magazine, destaca as melhores cachaças e vinhos dos países e na Edição Brasil 2007 contou com 38 marcas concorrentes avaliadas por degustadores nacionais e internacionais".

"A 3 Praias, que tem como um dos diretores João Luís Bousquet, foi uma das duas vencedoras na sua categoria no Brasil, e com a vitória as marcas ganhadoras terão direito a utilização do Selo de Qualidade do concurso, além de serem introduzidas no catering dos vôos internacionais da TAP – Portugal. Este concurso acontece desde 1994 pelos cincos continentes, em 43 países e mais de 5500 rótulos de vinhos e bebidas espirituosas".

Vinte anos de desenvolvimento – o alambique de João Bousquet foi criado em 1987 e produz atualmente quatro tipos de cachaças: a Bousquet Prata, que fica armazenada seis meses em tonéis de jequitibá; e a Bousquet Ouro, envelhecida três anos em barris de carvalho. A 3 Praias Prata, multidestilada em tonéis de aço inox; e a 3 Praias Brasilian Spirit Ouro, um blend de envelhecimento direto de carvalho, composto por cachaças de 2, 4 e 6 anos, “além de um segredo familiar centenário”, disse Bousquet. O empresário disse ainda que a vencedora do concurso foi criada em 1998, no mesmo período da Apacerj – Associação dos produtores e amigos da cachaça do Estado do Rio de Janeiro da qual faz parte, e que o produto já havia conquistado outros concursos anteriormente.

“São quase 10 anos de desenvolvimento do produto e da marca, incluindo quatro anos de separação específica para entrada no mercado internacional, juntamente com os outros diretores da marca, Gilberto Bomery e Antônio Serralha. Neste período investimos em qualificação e busca de experiência através da participação em eventos".

sábado, setembro 29, 2007

Goyta consegue um pontinho na Ilha do Governador

Em jogo sofrido, mais uma vez, o Azul dependeu de um jogador de trás, outra vez, o lateral Maricá, para conseguir um gol de empate, aos 39 minutos do segundo tempo. Goyta 1 x 1 Portuguesa. O lateral Maricá agora é o artilheiro do Goytacaz na competição com 3 gols. De qualquer forma, o Goytacaz segue em quarto lugar e disputará a classificação em casa jogando contra o lanterna, o Profute.

O Goytacaz está com 12 pontos e disputará a classificação com o Estácio de Sá que tem 10 pontos e jogará contra a Portuguesa. O Goyta só não se classifica se perder e o Estácio de Sá ganhar. Um pequeno detalhe: quem garantiu o empate para a Portuguesa, quando o Goyta pressionava muito foi o goleiro Glaucinho revelado na rua do Gás e que ano passado, se sobressaiu quando assumiu o lugar do goleiro Macula que havia aprontado com o clube.

Dá-lhe Goyta!

Nosso blog recebeu do leitor e parceiro Márcio Rocha, o vídeo motivacional produzido pelos alvi-anis Gustavo Rangel e David Azevedo visando estimular, jogadores e a torcida para o jogo dentro de instantes, contra a Portuguesa na ilha do Governador no Rio de Janeiro. Parabéns à dupla e sucesso para o nosso Goytacaz. Dá-lhe Goyta!

Acervo Pateskiano

Toda a vez que este blogueiro comentava sobre assuntos, imagens e fotos de acontecimentos e patrimônios antigos da nossa cidade, sempre aparecia alguém na roda que dizia: “você precisa procurar Patesko. Ele tem uma enormidade de fotos antigas de Campos”. Quando este blog editou o álbum cujo link está na seção “Imagens” com o título “Campos de outrora”, o meu vizinho Sr. Fernando Bensi comentou, aqui mesmo no blog, esta sugestão. Pois bem, com a partida de Patesko, ocorrida ontem, esta história me voltou à lembrança. Em nosso corre-corre, deixa para amanhã, depois, semana que vem... a procura acabou não sendo feita e as cópias, do que segundo quem já havia visto ficou... Bom que o Arquivo Público, ou a Câmara Municipal, ou outros interessados possam disponibilizar ao público, este material tão comentado. Em sua casinha simples e pequena na rua Siqueira Campos, próximo à rua 13 de maio, Patesko guardava com carinho este seu tesouro. Além do preto que vestia desejando a Paz, Patesko guardava na alma, mais este bom atributo, do zelo com a preservação da nossa memória, para a qual, certamente, ele tornou-se figura indispensável. Vá em Paz!

O aeroporto de Cabo Frio e nosso terminal alfandegado

Nos textos que os jornais exibem hoje, sobre a inauguração do que agora é, o segundo maior aeroporto do estado com pista de 2.560 metros podia ser lido, que “além dos vôos turísticos que levarão pessoas de diversas partes do país e do mundo para Cabo Frio, também existirão operações com aviões que vão levar carga para a Bacia de Campos”. Pois bem: em setembro de 2000, inaugurou-se em Campos, o terminal alfandegado do Aeroporto Bartolomeu Lyzandro, que quatro anos depois acabou desativado por falta de movimento. O terminal teve um custo à época de R$ 2,5 milhões para a Prefeitura de Campos. Naquela época, às vésperas das eleições, gente que hoje está, nos dois diferentes pólos da política local, ganhou votos divulgando que o aeroporto seria a nossa redenção, que era na prática a comprovação do nosso desenvolvimento e etc. e tal... Pois bem, o cântico agora é outro, mas a embromação continua a mesma.

sexta-feira, setembro 28, 2007

O caso do secretário de Saúde no PT, não seria aluguel, e sim, venda!

A história da abertura de vaga, para o médico e secretário de Saúde de Campos, Rodrigo Quitete disputar uma cadeira, na Câmara Municipal nas eleições do ano que vem pelo PT, com todo o respeito que o doutor merece, não seria um caso de aluguel de espaço e sim de venda.

Quem ainda tem dúvidas, de como poderia alguém da direção do partido em Campos ser favorável ao tal fato, que na prática alijaria de vez, a possibilidade de alguém com tradições no PT ser eleito ano que vem, pode ficar sabendo, que a questão não seria de falta de capacidade com a aritmética das contas, mas, simplesmente o caso de se acreditar num conto da carochinha, como costumava falar minha avó.

A “brilhante idéia” que os “iluminados” teriam tido é o de que poderiam acreditar num acordo em que o secretário, em sendo eleito, teria do prefeito (reeleito), a garantia de continuar no cargo, o que daria, no entendimento daqueles que sonham com “o ovo no...” o sonho, de mesmo suplente, se transformar em vereador, só que nas mãos de um possível prefeito.

É crível esta história? Se levada em frente, não há como não lembrar do futebol quando dizem que há coisas que só acontecem ao Botafogo, ao meu Goytacaz, e se assim for, não sei se poderei ainda dizer, ao meu PT em Campos.

Bebel teria mais catiguria!
Este blog retificaria aqueles que estão chamando este caso de barriga de aluguel. A situação em questão teria mais relação, com um outro tipo de prestação de serviço que talvez, só a Bebel de Paraíso Tropical pudesse explicar. Particularmente, desejo que o PT de Campos tenha mais catiguria!

Transparência - V: Olha a José Pelúcio de volta!

Cidadão Campista vê rabo preso...

Vale pelas questões e pela disposição para o debate!

Este blog está muito satisfeito com o interesse demonstrado pelo entrevistado Sérgio Belém, diretor da Viação Tamandaré, e também pelos leitores e comentaristas que procuraram aprofundar, a complexa questão dos transportes públicos em Campos dos Goytacazes. Depois desta surpresa o blog deduz, ou torce que daí saia algo interessante... Sinceramente não esperava a disposição e clareza de um empresário deste setor em comentar questões, até então submersas, sobre a atuação de um segmento que usufrui de uma concessão pública. Sua coragem em questionar de forma pública, pontos vulneráveis do poder regulador, concedente e fiscalizador pode apontar, uma perspectiva nova, até porque o acordo, o compadrio, o fisiologismo são inimigos mortais da transparência e do diálogo aberto. Para estimular ainda mais o debate, que o próprio Sérgio Belém propôs que fosse feito de forma mais ampla para exigir números e informações que são direitos do público, este blog traz até aqui, as respostas do Sérgio, aos comentários feitos sobre sua entrevista: Professor Fábio Siqueira, quando me referi a diminuição da quantidade de empresas, não quis passar a idéia de ser contra concorrência, pelo menos da "saudável concorrência". Pois bem, em Campos, o que existe, é um número muito alto de empresas para o tamanho do município, a maioria com frota muito pequena e linhas pouco rentáveis, sem condição de se auto sustentar. O que passam a praticar é a sobreposição de linhas, economicamente mais viáveis que as suas, já atendidas a contento por outras empresas. Causam prejuízo para as concessionárias do referido itinerário e deixam de atender o seu próprio, ou seja, vivendo as custas de outras empresas. Por exemplo, uma empresa que detém a concessão da linha Ponta Grossa X Rodoviária está fazendo, por vários horários, o itinerário Goitacazes X Centro, encurtando seu trajeto, invadindo a área sob concessão da Tamandaré. Outro exemplo, a empresa que atende o Farol estava retornando com grande parte dos veículos logo após Goitacazes, invadindo novamente nossa concessão. Na maioria das cidades que têm transporte público próximo do ideal, é exigido uma frota mínima em operação por empresa, para um atendimento de itinerários setorizado e bem distribuído, inclusive com rateio entre elas daquelas linhas que dão prejuízo. Além de disto, esta medida contribuiria para melhor fluidez do sistema viário, pois várias empresas, cada uma com seus horários e itinerários, coincidem a passagem, ao mesmo tempo pelos mesmos corredores já saturados, como 28 de Março, Beira Valão, BR 101 Norte, etc. Professor Renato Gonçalves, em momento algum questiono o direito a gratuidade. No entanto, quando o sr. afirma que o subsídio vem dos pagantes, vale ressaltar que Campos tem a tarifa de quilômetro rodado mais defasada do Brasil, conforme pesquisas da NTU. Se na teoria temos o custeio na fórmula, na realidade temos um número cada vez maior de não pagantes, portanto, a possibilidade de custeio não existe. Quando a gratuidade para estudantes foi criada, não se pensou na forma de se controlar este direito e o que ocorre hoje é que muitos estudantes, além de estudar, utilizam o “direito” para viajar em vários horários, inclusive para passear em shoppings no horário de aulas.Outro fato é que pessoas que não são estudantes adquirem facilmente as carteiras e blusas de uniforme para viajar de graça. Quanto ao “volume movimentado”, se é verdadeiro, resta salientar que foi informado o valor bruto, sem se lembrar de descontar o custo operacional.Sobre suas acusações, acho muito “estranho”, simplesmente desconfiar e acreditar no que “salta aos olhos”, principalmente quando não se conhece por completo sobre o assunto ou as pessoas envolvidas. Prefiro acreditar que se trata de um equívoco de colocação. A empresa que dirijo está a sua disposição para que, ao invés de simplesmente acusar/achar, o sr. possa pesquisar no ato da prestação de contas pelos cobradores a receita e comprovar que seu pensamento é pura “ilusão de ótica”.É sempre um prazer lidar com pessoas que buscam o conhecimento e podem contribuir de algum modo. Sugiro ainda, que o Professor Roberto promova encontros entre pessoas realmente interessadas em estudar/ajudar, para que possamos solicitar junto à Prefeitura a cópia da planilha de custos, para que possamos dissecá-la e que formulemos juntos, propostas que possam contribuir efetivamente.

Esta rede é realmente muito vasta

Este blogueiro tem como costume, vez por outra, dar uma olhada na relação dos provedores dos visitantes deste blog. Vejo os locais do acesso, a hora e outras informações que um site estrangeiro e gratuito disponibiliza, para quem tem página ou blog, na internet. É curioso ver como, de diferentes partes do país e do mundo, surgem visitantes. Dois acessos recentes chamaram a atenção deste blogueiro. A cerca de duas semanas, uma visita registrada foi a de um usuário do provedor do grupo "Jihad Islâmico", de Israel. Hoje, nova curiosidade: no horário de 04:05 do Brasil, foi a vez de um usuário cujo provedor de acesso registrado indicava como o "Hamadan" do Iran. Veja os dados completos do provedor: “Neda Gostar Saba Data Transfer Company Private Joi, Gostar, Hamadan, Iran”. O que isso significa? Nada absolutamente, a não ser, que a grande rede é cada vez mais instrumento de trabalho de todos e em todos os lugares.

Transparência - IV

Estaria fazendo água?



A Fundação de Bem Estar Social e Promoção à Saúde de São Fidélis que andou fazendo convênios com prefeituras da região parece enfrentar problemas. Está sem vice-presidente e tem processo para reponder referente ao acordo com a prefeitura de Campos para operar o PSF (Programa de Saúde da Família). Veja abaixo a pauta da Assembléia Extraordinária convocada para o próximo dia 1 de outubro.

Por falar em PSF, coincidência que o novo contrato determinado pela Justiça Federal com a Fundação Cruz Vermelha, com prazo máximo de vigência de um ano com obrigação de realização de concurso público neste intervalo, seja feito exatamente um ano antes das eleições municipais do ano que vem. Os contratos com os 1.159 agentes comunitários estão previstos para serem assinados na próxima segunda-feira.

Serra acaba de dizer na estréia da Record News, que deseja ser lembrado como o governador das Escolas Técnicas

Depois da eleição de 2006, quando todos os candidatos a governador e presidente da República só falavam em criar e ampliar as escolas profissionalizantes, o governador de São Paulo, José Serra, encerra sua entrevista na Record dizendo que vai mais que dobrar, o número de Escolas Técnicas e Faculdades de Tecnologia no estado de São Paulo. O presidente Lula disse o mesmo, quando inaugurou a Uned de Guarus aqui em Campos. Lula junto do ministro da Educação Fernando Hadad falaram que estavam trabalhando para, mais que dobrar, o números de Cefets e de vagas nestas escolas em nosso país. Taí a cereja do bolo! Como 2008 é ano de eleição, imagine o que os candidatos a prefeito não irão falar sobre o assunto.

quinta-feira, setembro 27, 2007

"Entre a colheitadeira e o facão"

Mais uma boa reportagem sobre o assunto que este blog explorou em artigo na semana passada: o trabalho no corte de cana foi abordado no último número da revista Carta Capital.

Veja dois trechos:

"Embalada pelas vantagens competitivas do etanol brasileiro no mercado internacional, a expansão da agroindústria canavieira tem modificado a paisagem do interior do Brasil. A necessidade de não perder espaço para concorrentes acelerou o avanço das modernas colheitadeiras no cenário antes ocupado por trabalhadores braçais".

"O ritmo de trabalho alucinado aumenta a incidência de lesões e doenças laborais. Uma incômoda realidade que os empresários do setor preferem encarar como um resquício de um modelo baseado na mão-de-obra humana, agora em substituição".

..."Em Ribeirão Preto, há usinas com mais de 90% da colheita feita por máquinas. Em Piracicaba, pela declividade do solo, o índice é bem inferior. Uma colheitadeira faz o trabalho de cerca de 100 homens, mas custa 800 mil reais. O investimento total para colocá-la em funcionamento, com os equipamentos de apoio necessários, chega a 2 milhões de reais. Ainda há mercado de trabalho para os cortadores. Mas a mecanização traz outros impactos negativos, como a imposição de um ritmo de trabalho alucinado no corte manual, para que ele se torne competitivo".

Leia aqui o restante da matéria e uma entrevista com o economista e cineasta Beto Novaes, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro que coordena um projeto que mobiliza pesquisadores de quatro universidades federais. O trabalho se desdobrará em um documentário e um livro de artigos acadêmicos, que serão lançados em outubro. Um ensaio fotográfico de Flávio Conde, acompanhado de um texto de Novaes, também serão publicados na revista Democracia Viva, do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase), no fim de setembro..

10.000 acessos em um mês

O blog vai batendo aos poucos os seus recordes. Depois de atingir 100.000 acessos em três anos no ar, sendo 77.000 no último ano, o blog acaba de completar 10.000 acessos, em apenas um mês. O aumento da visibilidade transforma a distração quase que numa obrigação. Aos leitores do blog nosso muito obrigado, extensivo aos parceiros que ajudam a fazê-lo.

Simbólica a garantia do presente contra o planejamento para o futuro

O imbróglio do PMDB que como pirraça acabou com a Secretaria de Planejamento de Longo Prazo (ou, simplesmente Secretaria do Futuro) como forma de mostrar seu descontentamento para aprovar à força à CPMF do presente, pode ser entendida como o símbolo de como, em nosso país, temos feito, até mesmo, inadvertidamente, mas de forma freqüente, esta opção pelo presente, em detrimento de preocupações futuras. Saúde e presente. Educação é futuro. Emprego é presente, meio ambiente é futuro... Do PMDB nunca se pode esperar algo muito diferente mesmo, mas o caso em questão, numa observação, que não precisa ser muito rebuscada, tem um simbolismo que poderia servir também ao plano local, onde os nossos estão se regalando com os royalties do presente, sem temer o futuro.

Transparência III

Despesas com pessoal e "apoio administrativo" na PMCG

U
m dos parceiros deste blog, com olhar mais atento do que o deste blogueiro, viu na publicação do Díário Oficial do município, do dia 15 de setembro, quando a prestação de contas do primeiro quadrimestre deste ano foi divulgada, um percentual exagerado em despesas de pessoal de algumas secretarias.

Na imagem abaixo, que você pode ver, em tamanho ainda maior clicando sobre ela, que além das despesas assumidamente ditas como de pessoal, outra que sendo de serviços, mas chamada de "apoio administrativo" aumenta o bolo de despesas da máquina da prefeitura de Campos nos quatro primeiros meses do ano para 45% de todo o orçamento. Este blog repete, 45%, quase a metade, de todo o recurso orçamentário do município de R$ 1,165 bilhão estão sendo gastas com despesas da máquina administrativa.

Exclusivamente com Pessoal e Encargos Sociais, a secretaria campeã é Promoção Social, Guarda Municipal e depois Saúde, que desbanca a soma de diversas outras, em volume de recursos em termos absolutos. Veja o quadro e acompanhe o que a prefeitura diz estar ocorrendo com a gestão do seu dinheiro:


PS.: Se desejar ver a imagem da tabela em tamanho maior clique sobre ela.

Transparência II

A arena do questionado "elefante branco da Lapa":

Futebol feminino despacha os EUA

É sempre bom ganhar dos Estados Unidos, quanto mais por 4 x 0 no futebol feminino onde, até então, eles eram superiores. Não vi o jogo, apenas os belos gols das meninas do Brasil. O blog vai voltar ao assunto, sei que não é simples como este leigo pensa, mas, já que é difícil imaginar que n Brasil tenhamos um campenato feminino bem organizado e com várias equipes, porque não pensar o futebol misto? Só não esqueçam de deixar os Coelhos de fora. Só as focas podeiram jogar. Para quem não está ligando o caso às pessoas, o blog está se referindo ao jogador do Atlético, suspenso ontem, por 120 dias, pela agressão ao jogador Kerlon do Cruzeiro, que com a bola sobre a cabeça foi com o drible da foquinha passando por grande parte da defesa adversária.

PS.: 1 - Foto de O Globo OnLine;
2 - As maiores TVs perderam a chance de transmitir o jogo mostrado pela Bandeirantes.

Transparência - I

Finalmente...

Há quase dois anos, este blog bate na tecla do prejuízo que a prefeitura de Campos estava tendo, ao não realizar um leilão entre os bancos, para ver quem daria mais, para ter o controle da milionária conta de pessoal da prefeitura. Veja aqui nota do dia 13 de julho de 2006 e outra aqui no dia 22 de novembro de 2006.

A prefeitura que tem uma folha de pagamento que é um pouco maior do que a nossa definiu como valor mínimo a quantia de R$ 16 milhões. No Rio de Janeiro, o Santander-Banespa se dispôs a pagar à prefetura carioca a "discreta soma" de R$ 365 milhões por uma folha de R$ 2,3 bilhões. Por estes valores, não há como imaginar um valor inferior a R$ 30 milhões para uma folha de pagamento anual entre ativos e inativos da ordem de R$ 400 milhões.

A pergunta que resta é: quem pagará o prejuízo de quase dois anos, em que os bancos "mamaram" sem ter que dar nada em troca, pelo menos que se saiba. Veja ao lado a publicação do edital do pregão 172/2007 da PMCG.

quarta-feira, setembro 26, 2007

Capitanias hereditárias?

Além do caso do município de São Francisco do Itabapoana citado abaixo, circula pela rede, um e-mail apócrifo que afirma que fato semelhante pode ocorrer também em São João da Barra. Por lá, o ex-prefeito Betinho Dauaire, se não conseguir se livrar da condenação de inelegibilidade, imposta pela reprovação das contas quando era prefeito do município, poderia indicar, para concorrer em seu lugar pelo PDT, o seu filho Bruno ou a sua esposa Lídia. O e-mail diz também que o ex-prefeito já teria até encomendado uma pesquisa de opinião.

Falta de energia elétrica provoca tumultos na hora do rush em toda a área urbana de Campos

Depois de diversos picos foi interrompido, o fornecimento de energia elétrica em toda a área urbana do município de Campos foi interrompido durante quase uma hora. Um verdadeiro caos se instalou e ainda prossegue, pela falta dos sinais de trânsito exatamente no horário de rush. A avenida 28 de março é uma das que sofre com o engarrafamento do trânsito, especialmente no cruzamento com a beira-valão com repercussões em toda a redondezas incluindo a avenida Nilo Peçanha onde desemboca o trânsito da BR-101.

Durante todo este tempo, a rede de telefonia e de celulares também apresentou problemas. A concessionária de energia elétrica da região, a Ampla, acaba de informar que o problema ocorreu devido a interrupção nas redes de transmissão de energia elétrica de Furnas Centrais Elétricas de quem recebe a energia que distribui para toda a região.

“Tropa da Elite é “F” de Farsa"

As diversas opiniões sobre o filme "Tropa de Elite" está gerando um interessante debate. Isto talvez, por si só, seja a consequência mais especial deste produto, que apesar de ser classificado como documentário, é apenas ou, principalmente e especialmente, Arte. Paulo Henrique Amorim em seu "Conversa Afiada" publicou hoje, um interessante e polêmico texto que, merece ser lido na íntegra aqui. Abaixo apenas um trailler: "O filme “Tropa de Elite” não é “fascista”, como disse Arnaldo Bloch, no Globo. É “f”, mas de Farsa, Fraude, Fantástico. A PM não é assim. O Bope não é assim. A favela não é assim. A PUC não é assim. O Rio não é assim. Nem o livro “Elite da Tropa” é assim. O filme é a cópia pirata do livro. O livro é a denúncia da corrupção da Polícia do Rio. Mas, não, apenas, de um comandante de batalhão da PM. O livro denuncia a corrupção do Secretário de Segurança – a cúpula mesmo da segurança do Estado -, que se articulava com a estrutura de poder do Rio. Por acaso, um chefe da Polícia Civil do Rio é, neste momento, suspeito de cometer os mesmos crimes do Secretário de Segurança de “Elite da Tropa”, depois de fisgado numa operação da Polícia Federal". Leia o restante aqui.

Filho de Barbosa Lemos pode ser candidato em SFI

O radialista Barbosa Lemos afirmou, nos microfones da sua rádio, que no seu lugar poderá concorrer à prefeitura de São Francisco do Itabapoana, o seu filho, Frederico Barbosa Lemos.
Frederico que comanda uma rádio da família no balneário de Marataízes, vizinho ao município de SFI, está entrando no diretório do PMDB, no aguardo das definições do pai. Nas palavras de Barbosa: "Isso poderá ocorrrer porque ainda tem para ser julgada, em Brasília, duas liminares, em que estou sendo processado por ter dado emprego em SFI, sem concurso público".

“Em 4 anos, miséria pode cair a níveis residuais”

Este título foi de uma pequena matéria que saiu em um jornal de grande circulação na semana passada, mas, não virou notícia. Explico. Você, leitor do blog que pode ser considerado uma pessoa bem informada e com acesso a dados absorveu o que a notícia sugere? Não? Então há realmente algo de errado com a grande mídia. O pior é que ela não admite discutir esta questão. A matéria prossegue com o seguinte subtítulo: “Segundo o Ipea, 17,2 milhões estão fora da faixa de indigência graças a benefícios sociais”. Digerindo a informação a matéria vai mais fundo: “o Ipea apontou que estes 17,2 milhões de pessoas estão fora da faixa de indigências graças à previdência e à assistência social”. Prosseguindo a digestão dos dados: “O país voltou a crescer, a indústria retomou a sua atividade, a agricultura também. Isso tem puxado a renda do país inteiro, com efeitos mais fortes nas camadas mais pobres. A hipótese é que, com mais dinheiro no bolso, integrantes de famílias pobres tenham abandonado formas precárias de trabalho e até voltado a estudar. A queda na taxa, que mede a proporção de pessoas aptas a trabalhar e que buscaram alguma ocupação, foi concentrada nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. O estudo mostra que a desigualdade vem caindo desde 2001, mas entre 2001 e 2004, só os mais pobres ganharam renda. De 2004 a 2006, todos passaram a ganhar mais, e os mais pobres tiveram um acréscimo proporcionalmente maior”. O blog não consegue entender como uma questão como esta não consegue dirigir os debates sobre o país que temos e o que queremos. Ou não? Será que este blog endoidou?

É natural que Mocaiber queira mudar de conversa

É natural que o prefeito Mocaiber tenha arranjado, uma pretensa jurisprudência, no distante município de Tabatinga no Amazonas, conforme noticiou hoje, a coluna Painel Político do Saulo Pessanha na Folha da Manhã que relatou: “por lá, o presidente da Câmara Municipal ocupou o cargo de prefeito enquanto não era realizada a eleição complementar. Em seguida, foi eleito e por fim, reeleito”. O prefeito Mocaiber sabe, que a um ano das eleições municipais e quinze meses antes do final do seu mandato, a confirmação da sua não candidatura, mudaria por completo o eixo de poder dentro da prefeitura de Campos, tornando-o, como se diz na gíria, uma simples rainha da Inglaterra. Porém, como pode ser visto na nota abaixo da outra consulta ao TSE, o site do Tribunal por coincidência expôs com propriedade que: “De acordo com o artigo 23, inciso XII, do Código Eleitoral, cabe ao TSE responder às consultas sobre matéria eleitoral, feitas em tese por autoridade com jurisdição federal ou órgão nacional de partido político. A consulta não tem caráter vinculante, mas pode servir de suporte para as razões do julgador”. Portanto, como a resposta a uma consulta não vincula o entendimento sobre outras consultas, e como, no caso de Mocaiber, o que pesaria mais sobre ele seria o extenso prazo de interinidade de onze meses, o prefeito poderia acabar com tais dúvidas e questionamentos, simplesmente mostrando a resposta direta da consulta, já feita ao TSE, sobre o seu caso. Ou, se já não a possui, providenciá-la. O resto é jogo político e pelo jeito, a bola está rolando no campo do adversário.

Na verdade, a pergunta da consulta abaixo seria outra

Sendo um pouco menos inocente e consequentemente mais ousado, pode-se deduzir, o quê o nobre deputado realmente deseja saber do TSE é: pode uma família ser dona de uma cidade? Outras más línguas dizem, que o deputado Simão Sessem não teria relação e nem interesse direto com tal consulta. Em outra verdade estaria ele, com a indagação ao Tribunal, apenas prestando um favor, a um conhecido casal de políticos do PMDB, instalado em outra região do estado, um pouco distante da Baixada Fluminense.

terça-feira, setembro 25, 2007

Aonde chegamos...

Esses são os nossos representantes no parlamento
Só podia ser em nosso estado. O deputado federal fluminense, Simão Sessim (PP-RJ) que tem base eleitoral na Baixada Fluminense, encaminhou consulta (Cta 1464) ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com vistas, a tirar dúvidas sobre a possibilidade da mulher de um prefeito, compor a chapa do marido, como vice, em disputa pela reeleição.
Barba e cabelo “A pergunta, em tese, é a seguinte: “Pode o chefe do Poder Executivo municipal ter na sua chapa de candidatura à reeleição, sua cônjuge como candidata à vice-prefeita?” Segundo o site do TSE, o relator da consulta será o ministro Carlos Ayres Britto. O site dá outra informação que serve para os campistas interessados em consultas ao TSE:
"De acordo com o artigo 23, inciso XII, do Código Eleitoral, cabe ao TSE responder às consultas sobre matéria eleitoral, feitas em tese por autoridade com jurisdição federal ou órgão nacional de partido político. A consulta não tem caráter vinculante, mas pode servir de suporte para as razões do julgador”.

Gato na cabeça!

Não sei avaliar, o impacto ambiental que o projeto do porto do Açu empreendido pelo grupo MMX vai causar, mas com o número 255/2007, da licença ambiental concedida pelo Ibama e publicado hoje, em O Globo, para a viabilidade ambiental do Mineroduto Minas-Rio, entre as cidades de Alvorada de Minas, MG e São João da Barra, pode-se imaginar, que pelo menos os gatos devem se cuidar. Antes que o leitor pense bobagem, o blog explica: o número 55 é do grupo do gato no jogo do bicho.

Denúncia grave

Tarado do Horto de Campos” Não parece montagem. Quem disponibilizou o vídeo de dois minutos no YouTube assina como MCCareca. No texto de apresentação do vídeo ele diz: “Funcionário da prefeitura de Campos dos Goytacazes, RJ, flagrado masturbando-se, em plena luz do dia, para uma jovem estudante, no Horto Municipal”.
Clique aqui e veja o vídeo.

Parecer jurídico contra novo mandato para Mocaiber fica mais evidente

Para quem ainda tinha alguma dúvida, sobre a possibilidade de Mocaiber não poder ser candidato no ano que vem, com a leitura da matéria da Folha da Manhã de hoje: "PDT quer caminhar com Mociaber" o blog acredita que a dúvida, não mais se justifica. O enredo de Arnaldo dizendo apoiar Mocaiber, para mais um nandato é de quem sabe, que o seu ex-secretário de Saúde tem grandes possibilidades, de não poder ser novamente candidato. Palavras de Arnaldo: "O importante é que o grupo esteja unido" logo depois fala: "primeiro, é preciso saber se Mocaiber pode ser candidato à reeleição". Informações circulam que há gente na cidade que teria em mãos, um parecer do TSE que garantiria que por Mocaiber, por ter sido candidato, em 2006, quando já estava no cargo, teria perdido o direito de concorrer mais uma vez, ao que seria, uma nova reeleição. Ou seja, fontes bem informadas e aparelhadas garante que o atual prefeito de Campos, Alexandre Mocaiber estaria legalmente impedido de buscar um novo mandato. O parecer afirmaria que o prefeito não teria condições legais para isso, porque ao usufruir, na condição de presidente da Câmara de Vereadores, 11 meses de mandato tampão referente às eleições de 2004, pelo qual prefeito e vices eleitos foram caçados e depois sido eleito, já teria, desta forma, usufruído do instituto da reeleição. Como consequência deste entendimento, comenta-se que Mocaiber já teria acertado, um acordo com Arnaldo que voltaria a ser o candidato do grupo, novamente unido, e trocando de cadeira com Mocaiber. Assim, Mocaiber teria o apoio de Arnaldo, para buscar um mandato de deputado federal em 2010. Confirmada a história, muita gente que sonha com o apoio de um ou outro, já deveria ir tirando o cavalinho da chuva.
Atualizado às 17:44: O parecer que a nota se refere acima seria de um importante advogado especializado em direito eleitoral e não do TSE. Comenta-se também nos bastidores que pessoas (ou partidos) interessados já teriam formulado tal consulta junto ao Tribunal Superior Eleitoral.

Com a palavra leitores e parceiros do blog

O blog traz para este espaço comentários que valem o debate: Do professor e agora também blogueiro, Fábio Siqueira, comentando a entrevista com o diretor de uma das empresas concessionárias de transporte público no município de Campos: “Mais uma vez esse blog sai na frente e aprofunda um debate fundamental para a cidade!Os problemas com as pontes revelaram o quanto o trânsito da cidade é desorganizado e caótico!Sem um transporte coletivo eficiente, não há solução boa para o problema. É preciso reestruturar e racionalizar o sistema de ônibus e pensar também em uma alternativa como VLT para transporte de massa - tese confirmada pelo sucesso da recente reativação emergencial do trem para Guarus! Na lógica empresarial, o diretor da Tamandaré apresenta pontos de vista até avançados e coerentes para melhoria do transporte coletivo em Campos. Das cinco prioridades que ele apresenta para o setor, só uma me pareceu estranha: "diminuição da quantidade de empresas que operam no município". Algo contra a saudável concorrência, tese tão cara aos liberais?” Do professor Renato Gonçalves sobre a mesma entrevista: Incitado pelo Professor Fábio passei a ser leitor de blog's e por conseqüência do seu em particular.O tema do debate que você abre me incomoda profunda, inicialmente como usuário do sistema de transporte coletivo depois como liderança que ajudou a consolidar o passe livre para estudantes da rede pública e hoje como cidadão.Desde então não consigo ler ou ouvir determinadas afirmações sem contestá-las, vejamos:1-sobre as gratuidades;é verdade que a lei orgânica prevê o devido pagamento sobre a gratuidade oferecida pois sabemos que "não existe almoço grátis", no entanto a partir do momento em que os preços das passagens é calculado em cima de uma planilha de custos que é dividida somente entre aqueles que pagam passagens fica evidenciado que quem subsidia as passagens em Campos são os próprios passageiros,portanto se voltar a ter subsídios temos que reduzir proporcionalmente o valor das tarifas praticadas o que não seria má idéia.2-sobre as relações governo X empresas; salta os olhos a relação promiscua entre eles. As roletas não dizem a verdade sobre o número exato dos passageiros em Campos. Adoraria saber esses dados e poder saber o real valor da tarifa. Ou seja, os empresários do setor são também comandantes deste "TITANIC" QUE SE TRANSFORMOU O SETOR EM NOSSA CIDADE. Um grande abraço, Renato Gonçalves Comentário do blog: Ótima a lembrança que o Renato trouxe da questão sobre a origem dos subsídios. Bom também resgatar a memória de que o Renato teve participação ativa na luta estudantil, pela obtenção do passe público em Campos, quando ele ainda não era regra como acontece hoje. Concordo com ele, que não há como admitir, que o poder público conceda os subsídios, sem a abrir o caixa e a fórmula de cálculo das planilhas. O blog lembra que os dados do início de 2004 apontavam que o setor movimentaria cerca de R$ 32 milhões por ano. Da assistente social Rossana Florêncio uma sugestão que também se relaciona à questão do trânsito e do transporte em Campos: “Uma sugestão, essa vem em forma de cartilha, talvez facilite mais a implementação”. “O Ministério das Cidades lançou um manual para orientar prefeituras na implantação de projetos cicloviários. A publicação denominada “Caderno de Referência para Elaboração de Plano de Mobilidade por Bicicleta nas Cidades”. O livro será distribuído aos municípios com mais de 60 mil habitantes.” Aproveite e divulgue também o site http://www.cidades.gov.br.

Presidente da FME responde ao artigo sobre o "Elefante branco da Lapa"

O presidente da Fundação Municipal dos Esportes (FME), Ivanildo Cordeiro, respondeu ao artigo do professor Vitor Longo Braz sobre a arena de esportes construída no Cais da Lapa em Campos, publicado aqui neste espaço, inicialmente no dia 24 de agosto e depois ampliado em nota do dia 21 de setembro. O debate é salutar na democracia e este blog roga, desde o seu início, exatamente por ele, em alto nível como pode ser visto aqui na exposição de diferentes opiniões, sobre a forma de condução da gestão esportiva no município de Campos dos Goytacazes. Eis a resposta: Resposta ao artigo “o ‘Elefante branco’ da Lapa” Um pensamento, uma idéia, e, principalmente, o que se depreende através da leitura de determinada matéria, principalmente quando impregnada de críticas nem sempre construtivas, e de cunho pessoal, se não devidamente contestada, normalmente conduz o leitor à conclusões não muito acertadas, por vezes formando-se um juízo de valor sobre a pessoa ou fato, via de regra inverídicos. Não é em vão que a própria Carta Magna eleva à categoria de dogma constitucional, o princípio pétreo do contraditório e da ampla defesa, aliados à proteção da imagem e honra da pessoa. Logicamente, neste espaço, não se busca promover o fato originário da matéria “o ‘Elefante branco’ da Lapa”, datado de 24 de agosto de 2007 à categoria de grande importância. Mas, como determinadas colocações do articulista estão vinculadas a outras, divulgadas através de outros meios de comunicação, cujo escopo já atinge outras raias, houvemos por bem, neste mesmo blog, proporcionar ao leitor alguns esclarecimentos, a fim de que se possa dar ao assunto, através de fatos anteriores e desconhecimento do leitor, o verdadeiro sentido e conotação da matéria, por razões de consideração direta e respeito a qualquer público, que não pode ser propositadamente conduzido à conclusões equivocadas, decorrentes de manobras forjadas no submundo da informação tendenciosa, que, ao percorrer os túneis escuros e sombrios da maldade, realimentam-se de mentiras, em detrimento dos interesse maiores da administração pública, da honra pessoal e da opinião alheia, vez que, um artigo deturpado e viciado quando astuciosamente colocado, normalmente migra para outros canais de informação, por vezes desprovidos do verdadeiro critério ético, na tentativa de macular a vida de homens de bem com a nódoa indesejável e impregnada de seus próprios mantos, valendo-se, infelizmente, de forma a ética e ilimitada, da liberdade de expressão e pensamento. Vejamos os fatos: A arena, hoje instalada no cais da Lapa, objeto do artigo em pauta, surgiu como resultado do “Estudo para Ocupação de Espaços Públicos Ociosos de Campos”, promovido pelo SESC/Campos, sob a direção de Izabel Maiolino e Heloísa Landim, no mês de junho/2007, onde, através de levantamento de imagens, o cais da lapa surgiu como uma opção dentre outras. Mesmo assim, já preexistia processo de licitação em andamento para instalação de uma arena, sendo que esta será removida para o Farol de São Tomé, ao final do ano, valendo frisar que a realização de eventos noturnos na referida área ainda dependem da tramitação do prazo legal de licitação, que ainda é moroso. Retrata o articulista, que “no ano de 2000”, muito anterior à nossa gestão, concebeu um projeto, por ele intitulado, como disse: “Fesporte Campos”, que, segundo consta, “consistia no aproveitamento do cais da Lapa”. Acontece que não somente ele como diversas outras pessoas também já fizeram do cais da lapa alvo de diversos outros projetos, e, nem por isso, reclamaram para si o monopólio de idéias para o referido dique, o que seria um absurdo. Pelo que consta, a lei de proteção aos direitos autorais não dispõe sobre utilização de espaços públicos como privativo de qualquer particular!. Vários munícipes de peso, inclusive, já apresentaram projetos e idéias para a construção de uma nova ponte sobre o Rio Paraíba do Sul, ao longo da avenida onde foi construída a “Ponte Rosinha”, mesmo antes da queda e dos embargos de uso das atuais, mas, nem por isso, pelo que se sabe, alguém reivindicou a autoria sobre o projeto da ponte recentemente inaugurada. Ademais, no governo do ex-Prefeito Sérgio Mendes, de 1993 a 1997, bem anterior a 2000, já se realizava diversos eventos na referida área da lapa, inclusive eventos culturais e esportivos alusivos até à Festa do Santíssimo Salvador. Quanto à alegação do autor de não ter sido convidado para a posse do presidente da FME, vale dizer que, não houve qualquer distribuição de convite pessoal por parte do presidente da FME para quem quer que seja. O grande número de pessoas que lá compareceu foram amigos que se prontificaram para dar o apoio necessário, nos momentos de grande responsabilidade. Logo que um gestor público assume um cargo, é grande o número de pessoas que se apresentam com projetos os mais variados, cabendo ao gestor sopesar com a devida cautela, os viáveis, os exeqüíveis e os legitimamente praticáveis. No caso particular, irresigna-se o autor por ter apresentado à Fundação Municipal de Esportes um Projeto por ele elaborado, datado de 13 de abril do corrente ano, denominado “Circuito Unimed Campos de Natação 2007”, pleiteando “2 (duas) parcelas de R$ 6.000,00 (seis mil reais)”. O autor, não muito familiarizado com a gestão da coisa pública, talvez não tenha se apercebido que recursos públicos não poderiam ser direcionados para um evento particular, onde cita, inclusive, no bojo do documento por ele mesmo subscrito, referindo ao interesse do evento pelo seu patrocinador – a Unimed, o seguinte: “promove os serviços oferecidos pelo patrocinador e contribui para expansão e conquista de novos valores, uma vez que, os participantes e público assistente sempre manifestam atitudes favoráveis em relação às instituições patrocinadoras”. Além do mais, a Fundação Municipal de Esportes dispõe de quadro de pessoal próprio para a realização de eventos dessa natureza, implicando, portanto, princípio de economicidade a otimização de recursos à consecução desses eventos através de seu próprio pessoal. A pretensão, portanto, do articulista, esbarra-se em impedimento legal e em razões de inconveniência para gestão pública. Idéias e discussões pertencem ao campo das especulações, distintas, no entanto, da prática administrativa, que deve, compulsoriamente, realizar a gestão através de atos administrativos pautados nos mais elevados princípios da legalidade, moralidade e finalidade públicas. Quanto ao outro aspecto a que faz referência, sobre “o que dizer para meus filhos”, a reflexão é pessoal, pois, se por acaso não pode dizer a eles o que é correto, ao longo de mais de 20 anos como profissional, talvez seja porque alguns não tenham dado, na verdade, o merecido valor que a família representa no contexto da sociedade e na formação da pessoa. Todavia, se os filhos não mais acreditarem nos homens, principalmente naqueles que exercem cargo público, diga-lhes das realizações da Fundação Municipal de Esportes, no curto espaço de 6 meses, tais como a sua regularização fiscal, o que tem proporcionado condições para parcerias com órgãos e entes públicos e privados, e ainda possibilitando o acesso à inúmeros projetos e programas de nível nacional, além dos seguintes: Bolsa Atleta, avaliação Morfo-funcional, Escolinha de Artes Marciais, Ballet/Jazz, Arena Multi-uso da Lapa, Lazer e Esporte em Nosso Bairro, Convênios com Tênis Clube de Campos, com a Associação Desportiva de Campos do Distrito de Goytacazes, Associação Campista de Handebol, Associação Ciclística de Campos, Associação de Tae kwondo, para não citar outros. Também não é por demais acrescentar, que pela primeira vez, em mais de l5 anos, a Fundação Municipal de Esportes sente orgulhosa em poder indicar para compor a sua Diretoria de Esportes um Professor de Educação Física, como forma de prestígio ao profissional da área, inclusive de mesma categoria funcional do próprio autor. Por fim, é de bom alvitre falar, que a amizade de mais de 20 anos permanece incólume; no entanto, não se pode atribuir um novo perfil a alguém com base somente em dados trazidos do passado, onde teses em grupo eram discutidas em nível de especulações ideológicas, saudáveis, por que não. O munus funcional do cargo público, no entanto, delimita o gestor aos parâmetros da lei. Nesse contexto, o Presidente da Fundação Municipal de Esportes está em plena consonância, harmonia e coerência com os ideais que pregava e ainda prega, pois, em momento algum, ainda que no clamor da discussão e dos debates em prol da causa pública, jamais olvidou da moralidade, da honra pessoal e do respeito ao próximo e à lei. Ivanildo Cordeiro – Presidente da Fundação Municipal de Esportes.

Sei não, mas...

A conversa “cerca-lourenço” que o ex-prefeito Rockfeller de Lima vem tendo, sobre a sua posição, em relação ao acordo do DEM com o PMDB de Garotinho, permite intuir, com todo o respeito, que sua decisão pode ser equivalente àquela que faz o leiloeiro bater o martelo.

segunda-feira, setembro 24, 2007

Senador Aloizio Mercadante responde a e-mail de um campista

Este blog recebeu hoje, da companheira Luiza Botelho, a resposta que o senador Aloizio Mercadante enviou a um campista que havia lhe encaminhado um e-mail, com cópia aos também senadores Eduardo Suplicy; Renan Calheiros; Pedro Simon; Paulo Renato Paim; Cristovam Buarque; Delcidio do Amaral Gomez. Luiza disse ainda:
"O Paulo Paim respondeu (ele acha que foi aquela resposta "padrão"); mas, ainda segundo ele, para sua "grata surpresa, o senador Aloizio Mercadante respondeu também... e parece que foi de próprio punho... " Leiam de cima pra baixo, por favor. O primeiro texto é a resposta do Mercadante e logo abaixo a mensagem enviada pelo meu amigo. Vale a leitura!" "Espero que leia e entenda minhas razões: Razões do meu voto" "Os juízes devem ser homens de Estado. É necessário que saibam discernir o espírito de seu tempo, afrontar obstáculos que é possível vencer e desviar-se da corrente, quando o turbilhão ameaça arrastar, junto com eles mesmos, a soberania da União e a obediência devida a suas leis". Tocqueville Percebo e compreendo o sentimento da sociedade, que quer a cassação do Senador Renan Calheiros. Ao longo de mais de 100 dias, diante de tudo o que foi publicado, verdade ou não, é natural que seja essa a vontade e a conclusão das pessoas. Trata-se de um julgamento que não apresenta grandes dificuldades, feito ao sabor da percepção dos acontecimentos veiculados pela mídia". "De minha parte, também seria mais fácil me esconder no voto secreto, como infelizmente tantos fizeram, sem que ninguém sequer soubesse minha posição, ou simplesmente acompanhar o movimento da sociedade e do eleitor, sem preocupar-me com a imprescindível proteção aos direitos e garantias individuais que julgamentos relativos à cassação requerem. Poderia estar, agora, confortavelmente recebendo elogios de todos". "Não foi essa a minha atitude. Fiz o difícil e o necessário. Naquele momento, eu não era simplesmente um parlamentar, mas um juiz diante de uma decisão que poderia tirar da vida pública por mais de 10 anos um senador eleito com aproximadamente 80% dos votos de seu estado. Tais julgamentos não podem ser fáceis, pois incidem diretamente sobre direitos e garantias individuais". "Porém, alguns argumentam que o julgamento no Senado é eminentemente político e não precisa ter o rigor e nem o tempo dos julgamentos jurídicos". Não é verdade. É óbvio que todo processo dessa natureza tem como pano de fundo uma disputa política, principalmente quando está em jogo a Presidência da Casa. Essa disputa, no entanto, não deve contaminar o processo. Julgamentos políticos são típicos de ditaduras. Numa democracia, quaisquer julgamentos, principalmente aqueles que incidem sobre os direitos e as garantias individuais, têm de respeitar princípios jurídicos universais, como o do devido processo legal, o do amplo direito à defesa e, acima de tudo, o de que o ônus da prova para além da dúvida razoável cabe ao acusador. São exatamente esses aspectos formais do processo que garantem o respeito aos direitos e garantias individuais e a lisura dos julgamentos. Não fosse desse modo, os julgamentos seriam, aí sim, meras formalidades". "Coerentemente com esses princípios e preocupado com o desgaste do Senado, defendi na sessão que fosse adiada a decisão, por considerar que não havia ainda no processo provas conclusivas de que os pagamentos à Sra. Mônica Veloso foram feitos pela empreiteira à qual era vinculado o lobista amigo de Renan Calheiros, já que a leitura atenta dos pareceres revelava mais indagações do que certezas. Tampouco havia no processo a tão necessária análise das outras acusações que pesam contra o Renan Calheiros, como seu eventual envolvimento com a compra de emissora de rádio por intermédio de laranjas, a possível intervenção indevida e ilegal em favor da cervejaria Schincariol e o noticiado esquema de beneficiamento de instituição bancária para atuar com créditos consignados. Assim, era impossível, naquele momento e com as informações disponíveis, emitir um juízo de valor conclusivo sobre a culpa do Senador Calheiros". "Considerei, por outro lado, que também não era possível inocentá-lo em definitivo, pois há indícios de crime tributário, que só serão configurados após a devida investigação pela Receita Federal. Outra frente de investigação também está em andamento no Ministério Público Federal, já autorizada pelo Supremo Tribunal Federal, que tem demonstrado extremo rigor na análise de processos que envolvam parlamentares. Ante a impossibilidade do adiamento da decisão, vi-me num dilema ético. O voto "sim" significava a culpa comprovada acima de quaisquer dúvidas e a cassação. O voto "não", por seu turno, significava o reconhecimento de uma inocência ainda em questão e o arquivamento do processo. Optei, dessa maneira, pela abstenção. Portanto, não dei esse voto por falta de convicções, mas porque acreditava e continuo a acreditar que todos os processos abertos no Conselho de Ética devam seguir com rigor, até que se possa fazer um julgamento final e conclusivo sobre todas as acusações". "Defendo, inclusive, que o Senador Renan Calheiros deva licenciar-se da Presidência do Senado, de forma a assegurar que os processos transcorram com isenção e sem percalços de qualquer tipo. Não foi uma decisão fácil. Tive de abstrair meus interesses políticos e eleitorais e repelir a sedução do aplauso da opinião pública. Tampouco foi uma decisão coletiva, pois, ao contrário do que foi noticiado de forma maliciosa, não solicitei voto a ninguém e respeitei as convicções de todos". "Foi uma decisão difícil e solitária e o meu voto foi o voto do magistrado que busca pesar cuidadosamente todos os aspectos jurídicos do processo na balança da Justiça e que se rege por lógica e tempo obviamente distintos daqueles utilizados pela mídia". "Estou, é certo, pagando um preço político e pessoal caro por ter tomado essa decisão e não peço que concordem com ela. Mas quero que compreendam que foi uma decisão tomada com transparência e com base em princípios e convicções. Poderia, é claro, ter tomado outra decisão com base apenas nas minhas conveniências políticas e eleitorais. Porém, nesse caso, eu teria de pagar um preço terrível: o preço daqueles que votam contra suas convicções. E esse preço, podem acreditar, eu não poderia jamais pagar". Senador Aloizio Mercadante. Texto do e-mail enviado por um campista na sexta-feira, 14 de setembro de 2007 - 15:24 - Para: Sen. Aloizio Mercadante Oliva Cc: Sen. Eduardo Suplicy; Sen. Renan Calheiros; Sen. Pedro Simon; Sen. Paulo Renato Paim; Sen. Cristovam Buarque; Sen. Delcidio do Amaral Gomez Assunto: Para o senador Aloizio Mercadante "Tenho 46 anos e desde novo sempre fui um bom leitor de jornais, acompanhando (e participando, mesmo na época da ditadura) fatos e acontecimentos políticos. Sempre, desde os tempos de Arena e MDB, as coisas foram muitas claras para mim, em termos de posicionamento político. Era como alto e baixo, bom e mau, claro e escuro, Flamengo e Vasco... os opostos, neste caso, não se atraem... jamais". "Quando minha filha nasceu (hoje ela já tem 20 anos), eu procurei dar a ela um pouco da minha herança e conhecimento político. Um dia, com 11 anos, ela estava lendo o noticiário de um jornal e me perguntou: - Afinal pai, na política, quem é do bem?. - Filha, o pessoal da esquerda está lutando por um Brasil melhor, sem corrupção, sem fraudes, com respeito ao cidadão e principalmente com muita ética. - Ética? O que é ética? Ah, já sei, é aquele negócio que o PT inventou? - Não filha, não foi o PT que inventou a ética. Mas com certeza é o partido mais disposto a praticá-la... - Mas, e os tucanos. O nosso presidente parece ser um cara legal... - Sim, é verdade, mas ele está contra os interesses do povo. Veja só as manobras incríveis que o PSDB articula na Câmara e no Senado para aprovar o que lhe interessa... - Se o PT fosse governo, não faria isso, né pai? - Claro que não, filha. O PT é um partido sério. Jamais compraria políticos para aprovar suas leis ou faria conchavos e negociatas com quem quer que seja. Filha, vou te contar um segredo... eu tenho quatro líderes políticos... são os meus mártires... meus ídolos... neles eu confio de olhos vendados... - É pai? E quem são? - Todos são do PT. José Dirceu, José Geonoíno, Aloízio Mercadante e Eduardo Suplicy. Ah, meu Deus, quem dera se um dia esses homens chegassem ao poder... Pois é... eles chegaram. E isto não é uma estória da carochinha não. Isto é real. Eles sempre foram meus ídolos e eu passei esta confiança e sentimento para minha filha... minha herdeira política. Excelência. Como o senhor tem a coragem e desfaçatez de covardemente se abster na votação da cassação do senador Renan Calheiros? Qual é o nível de comprometimento que o governo da república tem com esse cidadão? Que carta ele tem na manga para fazer vossa excelência jogar ralo abaixo todo o seu passado e reputação política?" "Será o senador Renan Calheiros o novo Roberto Jefferson no Senado? Será que se ele abrir a boca leva uma porção de gente junto como aconteceu com os dois "Josés" no mensalão?" "Ontem, quando vi uma entrevista de vossa excelência na TV, percebi que o senhor, quando tentava justificar o injustificável, estava tenso, nervoso, envergonhado. Já é um bom sinal, senador. Isto mostra que vossa excelência não enlouqueceu completamente. Mostra apenas que vossa excelência sabe muito bem o que fez e só não concorda muito com os motivos que fizeram vossa excelência tomar esta decisão absurda e aviltante. Estou pensando em adotar o comportamento do Zarôio". "Zarôio é um lavador de carro boa praça que faz ponto perto do meu trabalho. Zarôio é a felicidade em pessoa. Está sempre assoviando, de bem com a vida, no paraíso. Zarôio não sabe escrever nem ler (portanto não lê jornais). Zarôio não entende e nem quer entender de política. Zarôio não conhece Renan Calheiros, nunca ouviu falar de Mônica Veloso (tem sempre uma Mônica por trás desses escândalos sexuais) e nunca vendeu gado. Zarôio não sabe nem para quê que serve um senador (confesso que eu já estou ficando bem perto dele, pois também já não sei para quê que serve um senador). Zarôio só quer saber de carnaval, cachaça e futebol. Ele não tem noite mal dormida, não tem decepção política, não fica indignado, não tem úlcera e nem se sente lesado nem enganado. Ele sabe perfeitamente o que ele pode e o que não pode fazer". Talvez seja melhor viver assim do que cercado por pessoas como vossa excelência e os outros cinco senadores que se abstiveram. Talvez seja melhor nunca mais saber de nada". P.S.: enquanto isso, na Suécia, o nosso presidente diz que o caso está encerrado e o Senado precisa trabalhar... P.S.2: não sei como o senador Eduardo Suplicy votou... só espero que não tenha acabado de vez as aventuras do "Quarteto Fantástico". (...) Campos dos Goytacazes PS.: Do blog: Luiza preferiu não divulgar o nome do conterrâneo que ela conhece porque ainda não conversou com ele sobre esta publicização do seu texto e da resposta recebida.

Ventos fortes derrubam árvores, destelham casas e interrmpem energia elétrica em diversos pontos de Campos

Já dura mais de três horas consecutivas, os fortes ventos que atingem a planície no município de Campos dos Goytacazes. Além da força e velocidade do vento, sua forma, não é habitual. O vento sul forma círculos e provoca rajadas que têm ainda mais força de arrancar o que encontra pelo caminho. Neste momento, parte da cidade, inclusive na área central da cidade, próximo a beira-valão está sem energia elétrica. Sua origem, provavalemente está ligada ao fato da troca repentina entre a alta temperatura feita ontem e na manhã de hoje, com a entrada da frente fria. É provável que algumas áreas rurais tenham ainda mais fortemente atingidas.

“Entre 400 e 600 carros fazem transporte clandestino em Campos”

Estas e outras afirmações foram feitas por um diretor de uma empresa de transporte público que opera no município de Campos dos Goytacazes. Para isso, o blog do Roberto Moraes entrevistou o senhor, Sérgio Belém de Morais, diretor da Viação Tamandaré, uma das tradicionais empresas que operam o transporte público no município de Campos dos Goytacazes. Este bate-papo se dá como conseqüência de um artigo que este blogueiro publicou no dia 11 de maio deste ano no jornal Folha da Manhã, com o título “Emut – hora de abrir caminhos”. Se desejar releia-o aqui.

Na ocasião, o Sr. Sérgio respondeu através de um documento com interessantes observações, que por questões operacionais, só recentemente este blogueiro veio a ter acesso e que está disponibilizando-o aqui para seu conhecimento. Um texto suscitou o outro e assim um saudável debate. Por conta disso, este blog propôs ao Sr. Sérgio Belmor e ele topou, a entrevista abaixo que ajudará ao nosso leitor conhecer um outro lado da questão deste grave problema que atravessa atualmente como transporte público no município de Campos dos Goytacazes .

Sérgio Belém de Morais, tem 32 anos é mineiro do município de Divinópolis e mora em Campos desde maio de 2003. Sérgio é casado, pai de dois filhos campistas, tem formação superior em Administração de Empresas pela Faculdades de Ciências Econômicas de Divinópolis e possui ainda dez anos de experiência em gestão de serviços terceirizados e transporte público. É diretor da Viação Tamandaré desde o mês de maio de 2003.

A entrevista:
Blog do Roberto Moraes: O caos atual no trânsito de Campos tem diversas origens, o aumento do número de carros, o inadequado planejamento viário, mas também um transporte público que se apresenta deficiente que na opinião do blog leva o usuário, a descartá-lo em prol do transporte individual de carro, bicicleta, motos, etc. O que o senhor pode falar sobre isso?

Sérgio Belém: O declínio do transporte público teve início a partir de 1996, quando começou a gratuidade sem subsídio, de todos os estudantes da rede pública, deficientes (temporários e permanentes) e idosos a partir de 60 anos (e não 65 anos como manda a Constituição). Hoje as gratuidades representam 55 % do total de passageiros transportados, sem nenhum reembolso para as empresas. Este fato contribui para a dificuldade em renovação de frota, que em 1996 era de 4,5 anos e hoje tem média 11,5 anos. Junte-se a isto, as “facilidades” que a estabilidade econômica trouxe para aquisição de veículos, basta observar que em cada esquina tem uma agência de veículos, que oferece parcelamentos “a perder de vista” e ainda o baixo custo de se rodar com GNV. Mais ainda, Campos apesar de possuir a maior extensão territorial do estado não possui depósito público de veículos, o que incentiva a existência de veículos circulando sem pagamento de impostos e multas, condutores sem habilitação e ainda, o crescente número de veículos emplacados no Espírito Santo, onde o IPVA é a metade do preço e as multas não chegam lá. Portanto, o excesso de veículos causa estrangulamento do trânsito, dificultando a mobilidade e atraso nos horários dos coletivos.

Blog do Roberto Moraes: O setor de transportes públicos em Campos é muito mal visto pela população que se sente iludida e mal servida. Há ainda desconfianças de promiscuidade na relação com os gestores governamentais. Este sentimento é real ou não?

Sérgio Belém: Creio que a resposta anterior mostra que é uma desconfiança infundada, fruto da falta de conhecimento. Quanto a ser mal visto pela população, trabalhamos com seriedade para que isto não aconteça, mas só a competência e boa vontade da empresa não resolve, se tantos fatores externos têm influência direta.

Blog do Roberto Moraes: Os empresários do setor reclamam muito da baixa rentabilidade e até de prejuízos que o empreendimento traria aos seus gestores. Como então explicar a manutenção dos seus negócios?

Sérgio Belém: A frota envelhecida, dificuldades em se pagar a altíssima carga tributária em dia e recorrendo a parcelamentos intermináveis, atraso no pagamento de funcionários e fornecedores, ou seja, administramos um dia depois do outro, sem poder planejar estrategicamente. Exemplificando, se você tem uma casa, abriria mão dela porque tem vazamentos no encanamento? Como todo empresário brasileiro, esperamos sempre dias melhores.

Blog do Roberto Moraes: Sobre isso, corre à boca pequena, que o setor poderia fazer a lavagem de dinheiro. Certamente o senhor contesta esta acusação. O blog então perguntaria: de onde sairia tal acusação?

Sérgio Belém: Mais um fruto da falta de conhecimento da realidade, pois as empresas de Campos são tradicionais, em sua maioria empresas familiares, que já estão na segunda ou terceira geração e o fato de manter a duras penas o seu negócio, não faz do empresário, um criminoso. Para conhecedores do assunto, manter empresa de qualquer ramo, no Brasil, é um desafio diário, mas para leigos resta imaginar e acusar sem fundamento.

Blog do Roberto Moraes: Na sua opinião porque o chamado transporte alternativo ganhou tanta força em Campos?

Sérgio Belém: Campos é vista como “uma cidade rica do povo pobre”, isto pode ser comprovado pela própria estrutura de moradia da cidade, juntamente com o assistencialismo que a meu ver é extremamente nocivo para qualquer cidade que almeja crescimento. Portanto, a falta de empregabilidade, aliada a falta de qualificação profissional, leva pessoas a buscarem meios individuais de sobrevivência, da forma que for mais facilitada, como abordado na primeira resposta. Para refletir:
- as rádios ilegais existem por ineficiência das rádios legalizadas?
- os camelôs, as barraquinhas no meio das calçadas e o comércio nos sinais de trânsito, comprovam a falta de qualidade do comércio que paga impostos e é regularizado e fiscalizado?

“Hoje existem casas que abrigam verdadeiras repúblicas de topiqueiros de outras cidades e estado”

Blog
do Roberto Moraes: O senhor tem elementos para estimar o número de veículos clandestinos e de transporte alternativo operando em Campos?

Sérgio Belém: Realizamos pesquisas rotineiramente e constatamos, entre carros de passeio, kombis e vans, uma variação entre 400 e 600 veículos dependendo da época do ano. Campos se tornou a opção para este tipo de transporte, principalmente pelas facilidades comentadas na primeira resposta. Hoje existem casas que abrigam verdadeiras repúblicas de topiqueiros de outras cidades e estados, por exemplo, Av. Carmem Carneiro esquina com Murilo Peixoto (estrada da Codim).

“Um indivíduo observa quando os ônibus vão sair e despacha a van na frente, ou seja, não viaja nos intervalos e sim aparecendo na frente”

Blog
do Roberto Moraes: O senhor vê possibilidades de convivência harmoniosa com o transporte alternativo na prestação deste serviço de transporte público, em Campos?

Sérgio Belém: Principalmente da forma que está sendo conduzida a questão, envolvendo pessoas idôneas que buscam sustentar a família e a maioria composta de oportunistas, é praticamente inviável. Seria o mesmo que pedir ao dono da loja de discos para conviver em harmonia com o camelô que vende cd pirata na porta da loja dele. O que o setor de transporte enfrenta hoje é uma concorrência ruinosa por parte do transporte clandestino, que não trabalha suprindo necessidades e sim “marcando” os ônibus para passar na frente deles, levando os pagantes e deixando as gratuidades. Quando acaba o horário de maior movimento, mudam de linha ou recolhem os veículos para não terem prejuízo de andarem vazios, enquanto as empresas regulares têm obrigação de manter a frota na rua. Um exemplo claro desta prática pode ser vista no ponto final da Penha, onde as empresas Tamandaré e Brasil saem para cumprir itinerário para Pecuária e Centro. Um indivíduo observa quando os ônibus vão sair e despacha a van na frente, ou seja, não viaja nos intervalos e sim aparecendo na frente. Além desta prática, temos observado a utilização de “batedores” que retêm o ônibus na fila do ponto, enquanto outros topiqueiros avançam para os pontos seguintes. Por exemplo, ponto na beira-valão logo após a Tenente Coronel Cardoso.

“Na realidade, hoje trabalham neste órgão pessoas sem conhecimento técnico, sem treinamento e sem estrutura nenhuma”

Blog
do Roberto Moraes: Qual a sua opinião sobre o papel desempenhado pela Emut que é o órgão regulador da prestação do serviço público que sua empresa opera?

Sérgio Belém: Com a recente troca de Diretoria, a EMUT passou a fiscalizar o transporte de maneira imparcial, o que antes não acontecia, porém, o que se vê é um “jogo de empurra” de responsabilidades entre a EMUT e Guarda Civil Municipal, ou seja, ninguém quer a “batata quente”. Ações têm sido realizadas em alguns pontos da cidade, porém sem apreensão de veículos irregulares e com aplicação de multas que não serão pagas ou nem sequer chegarão a ser registradas no sistema, como me disse recentemente o Major Sandro, Diretor Técnico da EMUT. Na realidade, hoje trabalham neste órgão pessoas sem conhecimento técnico, sem treinamento e sem estrutura nenhuma para exercerem a função que ocupam, são simplesmente cargos políticos.

Blog do Roberto Moraes: A informação que circula em Campos é que o grupo empresarial que o senhor está à frente que hoje comanda a Viação Tamandaré seriam originários de Minas Gerais. O blog então pergunta, se comparado com aquele estado, o negócio de transporte público em Campos é atraente? Se não, como explicar o estabelecimento de vocês por aqui?

Sérgio Belém: O grupo ao qual faço part, teve ou tem negócios em São Paulo, na cidade do Rio de Janeiro, em Minas e na Bahia. Na ocasião, a Tamandaré estava à venda e nós queríamos expandir nossos negócios e após pesquisa de mercado, descobrimos que Campos tem potencial, cientes que o trabalho seria árduo, porém esperávamos mais receptividade do poder concedente, para otimizarmos o negócio. Apostamos tanto nesta cidade que compramos a Viação São João da Barra e Rangel nos anos seguintes, dobrando o tamanho do nosso investimento por aqui.O ramo de transporte é um desafio em qualquer região do mundo que esteja em desenvolvimento.

Blog do Roberto Moraes: Os últimos dados que o blog dispõe aponta para a existência de 14 empresas operando este serviço em Campos, com 191 ônibus em 87 linhas urbanas e 76 veículos em 45 linhas distritais. Fala-se no número de 22 milhões de passageiros transportados por ano, nas linhas urbanas e 3,2 milhões de passageiros nas linhas distritais que gerariam uma receita anual em torno de R$ 32 milhões. Estes números conferem?

Sérgio Belém: Os números podem ser confirmados diretamente na EMUT, pois todas as empresas enviam relatório mensal e não tenho acesso a números de outras empresas.

Blog do Roberto Moraes: A oferta de linhas e seus itinerários oferecidos no município na sua opinião são adequados?

Sérgio Belém: Merece ser reestruturado, porque em várias linhas há sobreposição de empresas e há deficiência em outras, mas isto ocorre desde o início e tem que ser estudado por quem entende do assunto e não como ocorre ocasionalmente, por pessoas leigas. Nenhum empresário quer ficar sem sua linha mais rentável e pegar uma linha que só dá prejuízo.

Blog do Roberto Moraes: Observando logicamente pelo lado empresarial que você representa, o blog solicita que elenque cinco prioridades a serem implantadas para uma efetiva melhoria do transporte público em nosso município.

Sérgio Belém:
- Subsídio das gratuidades;
- Eliminação do transporte clandestino;
- Reestruturação completa do sistema viário, que tem vários pontos de estrangulamento e é o principal culpado pelos atrasos de horários;
- Diminuição da quantidade de empresas que operam no município;
- Ação efetiva no sentido de eliminar veículos que não têm condição de estar circulando e inibir a prática de motoristas que dirigem sem habilitação.

domingo, setembro 23, 2007

Notícias do Propinoduto

Da revista Consultor Jurídico:
"TRF-2 condena 22 servidores por rombo de US$ 33 milhões" "Está mantida a condenação de 22 acusados de participação no esquema de fraudes ao Fisco do Rio de Janeiro, conhecido como propinoduto, com participação do ex-subsecretário de Administração Tributária do Rio de Janeiro, Rodrigo Silveirinha, e auditores-fiscais, que também estão sendo investigados na Suíça por lavagem de dinheiro. A 1ª Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª Região decidiu também imputar a 14 dos envolvidos no caso o crime de formação de quadrilha, além de ratificar a sentença, que determinou o seqüestro de bens e a perda dos cargos dos servidores públicos envolvidos nos crimes".
"As fraudes contra o Fisco do Rio de Janeiro foram descobertas durante investigações dos promotores da Suíça, que verificavam informações sobre grandes depósitos irregulares em bancos daquele país. As autoridades européias notificaram o caso à Polícia Federal no Brasil depois de localizarem US$ 33,4 milhões depositados em contas que tinham como beneficiários Rodrigo Silveirinha Corrêa, Hélio Lucena Ramos da Silva, Amauri Franklin Nogueira Filho, Carlos Eduardo Pereira Ramos, Rômulo Gonçalves, Lúcio Manoel Picanço dos Santos, Sérgio Jacome de Lucena, Ripoll Hamer Axel e Roberto Cavallieri Vommaro".
"Silveirinha foi subsecretário de Administração Tributária do estado do Rio durante o governo de Anthony Garotinho. Os demais nomes são de fiscais e auditores das receitas fluminense e federal. O grupo foi condenado por montar um esquema de extorsão na secretaria da Fazenda do Rio de Janeiro, o chamado “propinoduto”, bem como por evasão de divisas e lavagem de dinheiro"...
Processo: 2003.51.01.500281-0 Revista Consultor Jurídico, 21 de setembro de 2007
Mais detalhes veja aqui. Leia também aqui o que fala o Jornal da Tarde sobre o assunto.

Ta difícil, mas, dá-lhe Goyta!

O blogueiro não pôde ver o jogo do Azul contra o Estácio. Mas, desconfiado depois daquele jogo horrível que o time havia feito em casa contra o São Cristóvão, na verdade, não há como mostrar surpresa: o time é muito limitado!

Para alguns amigos dizer isso, é pior do que dizer que é ruim. É como se uma pessoa fosse muito feia e alguém, por pura dó, a pessoa diz que é muito feiinha, ou então, diz que é até simpática. No caso em questão, o time não é nem simpático, mas como manifestou, a economista Maria da Conceição Tavares, sobre o governo do PT quando no auge da crise, um tanto depressiva e decepcionada, no meio do primeiro mandato do Lula, ela disse: “Pode ser um governo de merda, mas é o meu governo”.

Pois então, este blogueiro reproduz este discurso para o caso do nosso Goytacaz, depois da vexatória derrota de ontem, para o penúltimo colocado no seu grupo, o Estácio de Sá. O blog reproduz também, lembrança que o torcedor Mario Rocha faz na comunidade do clube no orkut, lembrando o hino do alvi-anil: "Na vitória, na derrota, na alegria, no amargor, Sou Goytacaz sim senhor! Sou Goytacaz por Amor!!! ". Dá-lhe Goyta!

sábado, setembro 22, 2007

Citação infeliz em conversa de vendedor

Este foi o título do artigo publicado ontem no jornal Folha da Manhã por este blogueiro. Resolvi transcrevê-lo na íntegra abaixo. O mesmo segue ilustrado com mais uma das fotos que foram feitas por alunos do Cefet Campos, a partir de um trabalho recentemente elaborado, exatamente sobre as condições de trabalho no corte de cana em nossa região.

Citação infeliz em conversa de vendedor

O presidente Lula, no seu elogiável trabalho de mascate vendendo mundo afora nossas potencialidades, agora, especialmente, o etanol e os bio-combustíveis, acabou pisando na bola no quando na Espanha, ao rebater as críticas sobre as condições de trabalho no setor canavieiro, disse: “Será que o corte de cana-de-açúcar é mais penoso do que trabalhar numa mina de carvão? E por quantas décadas, ou por quantos séculos, o carvão determinou a economia do mundo?”

Não dá para justificar uma coisa com outra. É inaceitável que condições de trabalho, quase escravocratas de séculos atrás, sejam reproduzidas hoje, em qualquer situação. Ano passado pelo menos quinze trabalhadores morreram, apenas em São Paulo, por causas não determinadas.

Pesquisadores-médicos do Hospital das Clínicas estão investigando a suspeita de que a causa principal tenha sido, a exaustão causada pelo exagerado esforço físico no corte de cana.

Fora isso, ainda há inúmeros casos de canavieiros trabalhando de forma clandestina, sem carteira assinada, sem segurança, sem o uso de EPIs, etc. Correto e bom que queiramos vender nosso etanol lá fora. Que briguemos para reduzir as taxas de importação hoje cobradas pelos países desenvolvidos, mas não podemos deixar de exigir, a melhoria das condições de trabalho do canavieiro, que ainda são precaríssimas, na maioria das regiões produtoras do nosso país.

É inaceitável que a remuneração seja também tão baixa, em torno de 1/3 de R$ 0,01 por golpe de facão. Até uma década atrás, o bóia-fria cortava entre 4 a 6 toneladas de cana por dia. Hoje, este número, considerado mínimo, oscila em torno de doze toneladas cortadas diariamente.

O presidente é bem intencionado quando quer vender nosso país lá fora. É também compreensível, que ele queira fugir das artimanhas que o mercado global arruma, para impor barreiras alfandegárias, sanitárias e até de uma falsa preocupação com o meio ambiente e com a saúde do nosso trabalhador.

Porém, em troca de ganhos de capital para nossos produtores e industriais, não se pode deixar que condições de trabalho e de ganho dos trabalhadores sejam equivalentes àquelas vivenciadas há mais de um século por mineiros. Isto não pode ser considerado natural.

Avancemos sim, no plantio controlado ambientalmente da cana, no comércio internacional do etanol e dos bio-combustíveis, mas, não deixemos, os trabalhadores sofrerem as conseqüências de uma produção barata e exploradora como faz a China. Tenho certeza que com a origem de vida do nosso presidente, sua fala não deve ter sido, nada além, de uma conversa de vendedor.

sexta-feira, setembro 21, 2007

Assim cresce a torcida do Goyta - II

Além da foto mostrada abaixo na última quarta-feira, outro batismo na torcida do Goyta foi do Henrique filho do Apollo, alvi-anil de quatro costados. Apollo herdou a música do pai Oswaldão e mostrou que talento e bom gosto podem ser obtidas hereditariamente, ao levar o filho de apenas seis meses, devidamente uniformizado para torcer pelo Goyta contra o São Cristóvão. O blog soube que como o menino mostrou que é uma pessoa de sorte, ele já ganhou uma comunidade no orkut que o relaciona, ao clube de futebol de maior torcida do interior de nosso estado.

"Elefante branco"

O assunto já foi motivo de artigo de autoria do professor Vitor Longo Braz que você pode reler aqui. Agora, o mesmo professor manda para este blog, a prova daquilo que ele descreve como:

"Esse é o retrato mais fiel do abandono e desperdício do eráriopúblico. Infeliz cidade. Tenho preocupação com o futuro de meus filhose dos meus alunos, além de pena das crianças que poderiam estar usando esse espaço pago com o nosso dinheiro. Ouvi comentários pelo calçadão de Campos, que o custo deste elefante branco teria sido de R$ 140.000,00. Será que é verdade? Como não ficar pasmo com toda essa "sacanagem"?"