sexta-feira, julho 26, 2013

A complexidade dos complexos gera uma única pergunta!

Pode ser que a complexidade das negociações e a engenharia financeira para montagem dos complexos logístico-industrial em nossa região estejam embotando a mente do blogueiro.

Assim este blogueiro vai fazer uma pergunta, porque pretende apenas entender a complexidade dos projetos dos complexos em nossas regiões.

O projeto do Complexo de Barra do Furado que está sendo organizado há anos pelas prefeituras de Campos e Quissamã vem buscando e recebendo o apoio dos governos estadual e federal. As prefeituras informam que no presente estão colocando juntas R$ 166 milhões no projeto.

Ao mesmo tempo, o consórcio deste empreendimento diz ter hoje, o interesses de 5 estaleiros em se instalar no local: STX/EISA; Dockstore; Alusa-Alupar; BROffsore e Cassinú. Eles estariam dispostos a investir a soma de R$ 1 bilhão.

Não sei em que são baseadas estas estimativas. Porque além de construir suas instalações, eles terão que adquirir áreas junto à foz do Canal das Flechas para se instalarem (parece que um ou outro grupo já fez isto).

Aí reside a pergunta do blogueiro que tenta ver a questão sobre o prisma regional e não municipal e ao mesmo tempo quer compreender a lógica dos empreendedores. Estes certamente não vão gastar naquilo que não tenham claras e seguras perspectivas de lucro.

Estaleiros estão bombando em diversas partes do país, especialmente em nosso estado, em Niterói e Angra dos Reis. Isto se dá pelo enorme aumento das demandas por embarcações para atendimento aos serviços de apoio à exploração de petróleo offshore, especialmente, no litoral fluminense, capixaba e paulista.

Ainda assim, um estaleiro não se viabiliza sem a garantia de contratos de encomendas que são feitas com grande antecedência e garantias.

Pois bem, considerando todo este cenário e o fato de que o grupo EBX parou quase ao final, a construção de um estaleiro ali do lado, no Açu e está atualmente em busca interessados em assumir o que já foi feito é que parece que a equação parece incompleta.

Assim, o blogueiro fica se perguntando: por que cinco estaleiros (sem ou com encomendas) esperariam a "re"-dragagem do canal e outras obras de infraestrutura, em Barra do Furado para se instalarem, se quase ao lado, no Açu, há agora uma base de estaleiro sendo oferecida ao mercado e em situação adiantada de implantação?

O blogueiro mais que entender quer ter a certeza que por trás das políticas públicas hajam interesses públicos e não especulação para obtenção de renda  imobiliária. O blog aguarda resposta e opiniões.
PS.: Atualizado às 14:15: para correção no texto e acréscimos.

3 comentários:

Anônimo disse...


Pois é Roberto, fica a questão. Obrigado pela reflexão sobre o tais possibilidades e sua contradições. Aliás, perguntaria: realmente não há demanda por navios...a ponto de levar a "falência" uma aposta como a OSX?

Anônimo disse...

Roberto Moraes olha que bela vitória de 4 desapropriados de campo da praia.

Anônimo disse...

Roberto, as empresas interessadas em participar de operações no complexo Farol-barra do furado tem um perfil (demanda em carteira) diferente daquilo que oferece o estaleiro da OSX no Açu. Daí o porte das embarcações pode definir que características um estaleiro deve ter para execução eficiente do projeto de construção.

Faria também uma aposta que as empresas estão pesando eventuais custos de aquisição/implementação no farol-barradofurado menores, porém atrelados ao risco de investir onde há grande influencia dos governos municipais e estadual.