domingo, setembro 30, 2012

Em decisão monocrática, registro de Rosinha é restabelecido pelo TSE

Segue trecho da decisão proferida pelo Min. Marco Aurélio:

"Conheço do especial interposto por Rosângela Rosinha Garotinho Barros Assed Mateus e Francisco Arthur de Souza Oliveira, não o fazendo relativamente à Coligação Campos de Todos Nós, e o provejo para, ante o quadro acima, restabelecer a decisão proferida pelo Juízo, no que implicou o registro das candidaturas de Rosângela Rosinha Garotinho Barros Assed Mateus e Francisco Arthur de Souza Oliveira aos cargos de Prefeito e Vice-Prefeito, respectivamente, do Município Campos dos Goytacazes.

4. Publiquem.

5. Intimem.

Brasília - residência -, 30 de setembro de 2012, às 12h30."

Fogos, buzinas e algumas manifestações já podem ser ouvidas pela cidade.

À oposição, que pautou a campanha exclusivamente esperando um resultado diverso, deixando a política para os tribunais, pouco ou nada incisiva com as inúmeras mazelas de nossa cidade, fica a questão: valeu?

A decisão, na íntegra, pode ser lida aqui: http://pt.scribd.com/doc/108509486

Pelo twitter, nota do TSE sobre a decisão: aqui.

Atualização às 21:22 para ajuste de título e inclusão da íntegra da decisão.

Atualizado em 22:05 para inclusão da nota do TSE.

Atualizado às 22:18: Decisão na íntegra:
DECISÃO

A cor & a entrevista revelam distúrbios e práticas

Todo mundo conhece, no convívio entre os seus pares, algumas pessoas, que vivem e apreciam assumir a condição de vítimas da vida.

Reclamam dos parentes, dos vizinhos, dos amigos, das situações, mas, sempre se colocando como vítimas.
Olhando de fora, é como se estas pessoas tentassem fazer os outros compreenderem que o mundo inteiro está a conspirar, durante todo o tempo e todas as situações, contra ela.

Muitas vezes, talvez a maioria, seja d pessoas bem situadas nas finanças, na profissão, enfim, na vida. A condição de reclamar dos outros é para justificar e buscar a admiração de terceiros, mesmo naqueles momentos de nossas vidas, em que erramos, ou nos equivocamos.

Por isto, não é difícil, encontrar entre estas pessoas que tentam se passar de vítimas, líderes que buscam a admiração permanente  dos seus pares, num processo de legitimação perpétua, de suas lideranças.

Entre estes se situam alguns políticos, vítimas permanentes de alguém, ou alguma coisa. Sempre. Alguns passaram a depender até psicologicamente destas práticas para viver “normalmente”.

Greve de fome, "entrevistazinha" em rádio sob seu controle, que geraram solidariedade em alguns mais ou menos próximos, por outro lado, já causaram desgastes e processos que aumentam seus problemas.

Porém, a prática usual, já estabelecida, sinalizava que estas ainda não eram suficientes, para mostrar, diante de um novo desafio, a condição atual e mais uma vez de vítima desta vida cruel.

Daí que, faltando menos de um mês para o pleito, quase do nada, ou melhor, do alto de seus  índices nas pesquisas de intenções de voto, em que candidatos considerados normais, dizem que é hora de não fazer marolas, o casal sai, simplesmente, a pintar meio-fios e postes da sua cidade, objeto do desejo, na cor símbolo de sua campanha.

A política explica o quê Freud também já revelara: o poder, a qualquer custo, é mais afrodisíaco que o sexo.

Se vier com riscos e fantasias, tanto melhor. 

Neste quadro, os distúrbios já conhecidos continuarão, se nós, os outros, não desnudarmos, no divã das urnas, esta prática de vítimas eternas no ambiente da nossa política local. 

O problema da judicialização nas eleições brasileiras

A reportagem do jornal O Globo de hoje, mostra que o problema é significativo e passa de 10% entre os mais de 5 mil municípios brasileiros e 30% dos municípios fluminenses. Assim, o laboratório que seria Campos e que foi comentado em nota abaixo (ver aqui) ganha mais realce. Veja abaixo parte da matéria:

Sub judice: 640 candidatos a prefeito correm o risco de ganhar e não levar
No próximo domingo, candidatos em 602 cidades tem futuro incerto
“A uma semana do primeiro turno das eleições municipais, 640 candidatos a prefeito em 602 cidades podem ir para as urnas no próximo domingo ainda sem saber se poderão tomar posse caso sejam eleitos. Ou seja, podem até ganhar, mas correm o risco de não assumir o cargo. Isso acontece porque esses políticos estão com as candidaturas indeferidas ou cassadas, e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ainda não julgou os recursos. Até o momento, a Corte analisou 241 processos referentes a candidaturas ao Executivo, incluindo casos de concorrentes que tiveram o registro aprovado em instâncias anteriores e contestado por partidos adversários ou pelo Ministério Público Eleitoral (MPE).

No Rio, 32 candidatos em 26 cidades tiveram seus registros indeferidos ou cassados. É o segundo estado onde, proporcionalmente, há mais municípios com pelo menos um concorrente à prefeitura nesta situação. Há prefeitos no estado que concorrem à reeleição sem ter a certeza de que sua candidatura vai ser liberada. São os casos de Rachid Elmor (PDT), de Paty do Alferes, Rafael Miranda (PP), de Cachoeiras de Macacu, e Rosinha Garotinho (PR), de Campos dos Goytacazes.

... De acordo com resolução do TSE, nenhum candidato com registro indeferido pode ser diplomado — ato em que a Justiça oficializa quem foi eleito —, mesmo que exista recurso. Caso isso ocorra e o candidato a prefeito mais votado não tiver a maioria absoluta dos votos válidos, o segundo colocado na eleição tomará posse. Essa situação vai perdurar até o julgamento final do registro do primeiro colocado. Entretanto, se o mais votado estiver com o registro indeferido e obtiver mais da metade dos votos válidos, será preciso convocar uma nova eleição. Até lá, o presidente da Câmara Municipal assumirá o cargo de prefeito interinamente. Ainda assim, existe a possibilidade de políticos eleitos, e ainda com o registro indeferido, sejam diplomados, amparados por liminares.

O TSE informou que os casos deverão ser julgados até o fim de dezembro, data das diplomações. Até agora, 5.223 recursos sobre registro chegaram à Corte. Pouco menos de um terço foi julgado. Cerca de 40% dos processos são sobre a Lei da Ficha Limpa.

— Muitos candidatos que deveriam ter recorrido ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RJ) perderam o prazo e entraram direto com recurso no TSE. Isso aconteceu em pelo menos 48 candidaturas do Rio — disse o presidente do TRE-RJ, desembargador Luiz Zveiter, explicando que isso sobrecarrega o TSE.
O PR é, proporcionalmente, o partido com o maior número de candidaturas a prefeito indeferidas. São 48 nessa situação entre os 703 políticos da sigla que concorrem ao Executivo.

— Às vésperas da eleição, o político desiste, e o partido indica outro. O eleitor não tem tempo de se informar. Ao digitar o número do candidato que renunciou, os eleitores verão a foto dele, já que os dados estão na urna. O cidadão vota em um e elege outro — explica Molinaro.

Essa constatação é corrente entre os membros do MPE, que defendem mudança na lei. Na tentativa de impedir que os partidos adotem essa prática, o procurador regional eleitoral do Rio, Maurício da Rocha Ribeiro, recomendou que as siglas não substituam os candidatos a menos de dez dias das eleições, sem justa causa, sob pena de caracterizar fraude eleitoral.”

sábado, setembro 29, 2012

Iguape registra no TSE pesquisa que começou a ser feita hoje em Campos

O Instituto Guanabara de Pesquisas, Iguape, registrou no portal do TSE pesquisa de intenção de votos para prefeito e vereador no município de Campos dos Goytacazes. O contratante da pesquisa registrado foi a empresa High Peak Comércio e Indústria Ltda. 

O Iguape tem sede em Cabo Frio e tem como estatístico registrado Gonçalo Alves Bezerra. A pesquisa começou a ser realizada hoje e irá até amanhã, 29/09, com a previsão de 1.100 entrevistas, ao custo de R$ 8 mil. Veja abaixo o formulário que está sendo usado para a referida pesquisa: 


Colaborador do blog faz novas denúncias ao TRE-RJ

Em comentário abaixo colaborador do blog faz sua reclamação-denúncia:

"Roberto.
Moro em Donana, há mais de 24 anos e durante esse tempo todo, nunca vi, coisa igual.

Começou a veicular, agora pouco, dia 29/9/12, em carro de som, que a Prefeitura de Campos, irá realizar,amanhã, dia 30/9/12, um Mega-Show,na Pracinha desta localidade, com pagodeiros e outros músicos do gênero.

Ocorre que, a prefeitura de Campos, não tem por costume, fazer tal tipo de evento, nessa época do ano, pois não existe festa religiosa em andamento na localidade. Suspeito, que o grupo da rosinha, estaria visando única e exclusivamente tirar proveito político dessa situação.
Estou tentando contacto com o DISQUE DENUNCIA DO TRE/RJ, através dos telefones, 21-3513-8144: 8249 e 8204, para fazer a denuncia. Porém, tais telefones, encontram-se, indisponíveis, ou estão desligados. Não sei a quem recorrer e preciso de sua orientação, Dr. roberto."

No dia 7, Campos não saberá quem será prefeito(a)

Pela primeira vez, desde que a eleição passou a ser feita com as urnas eletrônicas, em 2000, a população de Campos passará o domingo eleitoral sem saber que comandará a nossa cidade. Será a quinta já com as urnas eletrônica: 2000; 2004; 2006; 2008 e agora em 2012.

Os votos dos candidatos sem registro, ou com registro à base de liminar, não serão computados agora e muito menos divulgados.

Assim, na noite do dia 7 de outubro, nós teremos a definição dos nomes dos vereadores eleitos, mas, não do(a) titular do executivo municipal.

Isto será apenas, mais um imbróglio das confusas situações jurídicas que envolvem a candidatura da prefeita candidata à releição Rosinha e do candidato do PDT, Arnaldo Vianna, que andam às voltas com os recursos no Tribunal Superior Eleitoral.

sexta-feira, setembro 28, 2012

Campos: um laboratório da democracia eleitoral brasileira

De início é oportuno lembrar que a democracia eleitoral brasileira é recente. É também justo observar que a a tendência, ao que se chama de americanização, é reversível. Ou não.

É observável que a representação política no plano local, portanto, subnacional e sub-regional, para a escolha dos seus representantes no executivo e no legislativo é sempre mais dinâmica, emocional e controversa que a das demais escalas. É natural que seja assim.

Não é natural, assim como no futebol, que o juiz apareça mais que os jogadores/candidatos.

Porém, há quase uma década também aprendemos (mais ou menos) a conviver com esta realidade, assim como com milhões/bilhões de nosso orçamento, como se natural fossem estes estratosféricos valores.

Ao contrário, acho que da maioria, aprendi com o tempo, a respeitar  e apreciar a busca sincera pelo voto que reproduz com argumentos programáticos ou pragmáticos, visões de mundo e da sociedade que elege representantes para cuidar do que é público e comum a nós cidadãos.

Mesmo com a semelhança americanizada da propaganda das bandeiras nas convenções e no nosso caso, nos sinais, das placas nas esquinas e casas, identifico que ela cumpre um papel importante mostrando como se dá o processo a mediação política representativa, mesmo com todos os desvios conhecidos.

Seria bom que aperfeiçoássemos estes mecanismos, mas, esta tarefa tem sido inglória. Às vezes restritiva no sentido de tornar o cidadão-eleitor, mais passivo, do que seria desejável neste processo.

Às vezes me pergunto se a proibição dos showmícios teria sido correta. Entendo e defendo a limitação de abusos econômicos que diferenciam os candidatos e as candidaturas, mas estas, não se alteraram.

Já os comícios com shows foram suprimidos e, talvez, eles tivessem a virtude de levar as pessoas para as ruas, para que elas fossem alcançáveis, para as abordagens e as argumentações, que sustentam o debate necessário para a escolha dos nossos eleitos.

Assim, eles agora são escolhidos num processo, na maioria das vezes intermediada por alguém (familiar, vizinho, colega de trabalho) ou, por algum instrumento, o rádio, a televisão, a placa, a internet, etc., mas, cada vez mais raramente no contato direto e pessoal.

Sabemos que quanto maior o município, maior a probabilidade deste distanciamento, que no “te-a-tête” tendia a ser mais saudável e verdadeiro.

O mundo mudou, as tecnologias também, as cidades idem e o cidadão-eleitor em meio a estas complexas situações vai se virando, se adaptando e buscando com o seu voto produzir melhorias para o seu viver individual e/ou coletivo conforme suas informações e convicções.

Fato é que a escolha democrática deverá merecer sempre o respeito, mesmo, que em meio, a um universo de opções que tenhamos nossas diferenças, neste processo, que tende a ser cada vez mais comum, a de termos escolhermos por eliminação, afinal, a escolha será sempre, não de iluminados, acima do bem e do mal, mas sim, de pessoas como nós, que tem defeitos e virtudes, mas se dispõem a serem nossos representantes, logo a avaliação é a de pesar, os atributos e as ideologias que consideramos essencial na escolha de quem vai agir e decidir em nossa representação.  

A política é solução e não problema. Mais política e não menos política. A boa política que há que ser perseguida, mesmo que como ideário. Menos política é para deixar esta nas mãos dos espertos e aproveitadores de sempre. Estes sempre falam mal da política, mas, a querem para seus interesses, que não são os mesmos da coletividade.

Nesta linha, insisto que a política, é cada vez mais (ao contrário dos que vociferam abstratamente contra, quando não são diretamente atendidos) algo, a ser considerado como instrumento fundamental, no processo de mediação em nossa sociedade, mesmo que desejemos avançar para a democracia direta na ágora, com uso das novas tecnologias, e das participações comunitárias para decidir sem intermediação de representantes.

Assim, é que a pouco mais de uma semana da eleição municipal algumas perguntas surgem quase naturalmente junto das perguntas e estimativas de chances dos pretendes aos cargos no município de Campos:
  1. Que cidade emergirá desta eleição?
  2. O que a diferencia (ou não) das anteriores?
  3. Quem agora em 2012 se lembra em quem votou em 2008 e se lembrará em 2016 no escolhido de agora?
  4. O que é mais importante na cidade? Isto foi debatido?
  5. Quais os vínculos entre representantes e representados?
  6. Quem representará que grupos e a que interesse?
  7. Quem está financiando quem e em troca de quê?
  8. O que diferenciam estes financiamentos dos mensalões?
  9. Qual o papel da velha mídia corporativa local e sua interferência neste processo?
  10. Onde entram aí os recursos dos royalties do petróleo?
  11. Quem garante que os eleitos tomarão posse e governarão pelos quatro anos de mandato?
  12. Que importância tiveram as propostas de políticas públicas no debate deste processo eleitoral?
  13. O que estes debates traduzem de análise e resposta ao que está sendo feito?
  14. A cidade ideal, paradigma da administração pública, desejada por nós e defendida nas propostas dos candidatos, serão referências ou meras ilusões, diante de tanta desigualdade?
  15. Como a gestão planeja reduzir a distância entre estas desigualdades?
  16. O debate seria de mais casas populares, ou mais, melhores e menos caras casas?
  17. Mais ruas e avenidas para transporte individual ou mais e bom transporte coletivo?
  18. Quem vai fazer a Campos-Ururaí?
  19. As crianças terão melhor educação e todos nós melhores assistência em saúde?
  20. A que custo isto será feito num município bilionário como o nosso?
  21. O custeio da máquina pública será maior ou menor?
  22. Qual será a relação com os servidores para além do salário?
  23. Como será a transparência dos gastos? Para mostrar ou para esconder? A prestação de contas será real ou propaganda dos governantes?
  24. Quanto se gastará com propaganda e com a mídia local?
  25. Qual poder continuará a ser dado às empreiteiras e às concessionárias (lixo, água & esgoto e ônibus)?
  26. Como será o planejamento urbano, quais as suas diretrizes e seus limites?
  27. Sairemos melhor ou pior deste processo?
  28. Qual a esperança de futuro que esta eleição traz para nós campistas?
  29. ...

As perguntas serão respondidas, em parte ou integralmente, com as escolhas que faremos.

O blog, mais uma vez, quer estimular nosso leitor-colaborador, a ampliar o leque de perguntas, a respondê-las e a discutir todo este processo.

InterTV entrevista juíza eleitoral

Do Luiz Gonzaga Neto, da InterTV informando pelo Facebook:

"Amigos, hoje o RJ INTER TV primeira edição (que já está no ar) está IMPERDÍVEL. No último bloco teremos uma entrevista muito esclarecedora com a Juíza LEIDIJANE CHIEZA GOMES DA SILVA. Ela vai tirar nossas dúvidas com relação as eleições: candidaturas indeferidas, possibilidades. Já adianto: SERÁ BOMBÁSTICA! 

Não percam, no último bloco do RJ INTER TV PRIMEIRA EDIÇÃO!!!!"


PS.: Atualizado às 12:59: " A juíza falou que os candidatos indeferidos sabem de suas situações e mesmo assim entram na disputa esperando não serem pegos".

PS.: Atualizado às 17:32: Assista aqui a entrevista na íntegra.

Apoio & alvos na eleição de vereador em Campos

Um candidato a vereador, dito como da oposição, que concorre pela primeira vez, está tendo apoio, nem tão discreto assim, da coligação majoritária da situação. Já há várias pessoas na chamada "pedra" apoiando este candidato junto com a prefeita.

Neste caso não é simpatia ou qualquer outra motivação ligada ao escolhido que está feliz da vida. O alvo é outro. O alvo é tentar retirar as chances de outro concorrente indesejado desta coligação.

A resistência é tão grande que mais um candidato da mesma coligação, tido também como de oposição, pode vir a receber apoio, para que não se tenha dúvidas de que o alvo será atingido.

E veja que o blog tinha dito em nota na segunda-feira (aqui) que depois das eleições, a dança das cadeiras como sempre era certa e garantida. Pois não é que o baile começou antes?

quinta-feira, setembro 27, 2012

TSE aprova tropas federais para Campos no dia da eleição

O plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou nesta noite o envio de tropas do Exército brasileiro para reforçar a segurança  no dia da disputa eleitoral, da próxima semana, 7 de outubro, para as cidades de Campos, Itaboraí, Magé, Macaé e Rio das Outras.

O tribunal também aprovou a presença das tropas na cidade do Rio de Janeiro a partir desde domingo (30). Fuzileiros e soldados permanecerão no Rio até o dia da eleição. 

Eleições, desrespeito & absurdo em Campos

A dez dias do pleito, em Campos, a Justiça Eleitoral é mais importante que o eleitor.

É como se no jogo de futebol o juiz definisse quem poderia jogar, fazer gol e levar seu time à vitória ou mesmo à derrota.

A indefinição do processo é desrespeito ao eleitor, que dizem ser o todo poderoso no processo democrático.

Mais que isto a indefinição do quadro eleitoral em Campos é a confirmação dos riscos da judicialização não só da política, mas da nossa vida.

Seria "a vida como ela é" na concepção de Nelson Rodrigues, ou a vida para onde nós campistas a levamos?

Seria justo (já que estamos falando dela, ou de sua falta) também atribuir aos royalties e ao seu uso, parte que seja, também de mais este carma?

Com a palavra os colaboradores do blog.

Local de votação: veja aqui

O portal do TSE criou mais esta facilidade para o eleitor. Clicando aqui, dando apenas, seu nome, sua data de nascimento e o nome de sua mãe, você terá a informação do endereço do seu local de votação. Isto vale para qualquer seção eleitoral em todo o território brasileiro.

Morre Ralph Pessanha

Faleceu na manhã desta quinta-feira, no Hospital da Unimed, vítima de câncer, o médico Dr. Ralph Dias Pessanha. Ele era vice-provedor da Santa Casa de Misericórdia de Campos e foi diretor do Hospital Escola Álvaro Alvim de janeiro de 2008 a março de 2010. Formado na turma de 1977 pela Faculdade de Medicina de Campos, ele também integrou, por dois mandatos, o Conselho Curador da FBPN. O velório do médico Ralph Dias Pessanha, 63 anos, ex-diretor do Hospital Escola Álvaro Alvim, acontece na Loja da Maçonaria, na Joaquim Nabuco, próximo à Beira Rio. O sepultamento será às 17 horas, no Cemitério do Caju.

quarta-feira, setembro 26, 2012

Quase metade dos eleitores de Campos ainda não escolheu candidato a vereador

O percentual exato é de 44% de eleitores indecisos no município de Campos. É nesta reta final é que a maioria dos votos é definida e/ou confirmada, na conversa com parentes, vizinhos e colegas de trabalho.

Neste período bate uma ansiedade para aqueles que estão efetivamente disputando vaga entre os mais votados da sua coligação e/ou partido.

Nesta fase, os que estão apenas completando chapa começam a cair na real. Já entre os que estão na disputa para valer, muitos abandonam o pedido de voto para o candidato a prefeito e se dedicam exclusivamente a sua campanha.

Há alguns poucos, mais confortavelmente colocados, que tentam apenas, ser o mais votado, na sua coligação, mas, mesmo estes poucos, sabem que voto nunca é demais.

Embora, as pesquisas para eleições majoritárias sejam muito imprecisas, especialmente, para identificar as intenções de voto de quem possui reduto localizado, a maioria, no caso da eleição de vereadores, já é possível estimar que, mesmo com mais do dobro de candidatos (613 em 2012 x 279 em 2008) e mais vagas no legislativo (25 ao invés de 17) o mais votado em 2012 deve se aproximar do total de 10 mil votos, como aconteceu em 2008, quando o vereador Marcos Bacelar, que não concorre a reeleição alcançou 9.549 votos. A conferir!

TRE-RJ atende denúncias dos moradores e vai a Sto. Eduardo

O TRE-RJ atende denúncia de moradores publicada abaixo pelo blog e realiza inspeção sobre a propaganda política naquele distrito no extremo norte do município de Campos dos Goytacazes.
Abaixo postagem feita pelo blog do Lenilson Werneck que é de Santo Eduardo:

TRE visita Santo Eduardo e recolhe placas irregulares

O TRE esteve em Santo Eduardo nesta tarde de quarta-feira recolhendo placas de candidatos que estavam fixadas em lugares inadequados. Segundo informações, cabos eleitorais, que brigam entre si para ver quem coloca mais placas, muitas vezes à força, denunciaram um ao outro; resultado, todos foram "prejudicados" e até a polícia apareceu para dar apoio à operação.


Polícia Militar acompanhou o carro do TRE nas apreensões.
Veículo do TRE cheio de placas.


Policiais na portaria do Hospital enquanto o TRE procurava alguma  "plaquinha" irregular 

Disputa para vereador em Campos

Três dos cinco nomes mias citados em pesquisa para a eleição de vereadores de Campos são de novos nomes. Já na lista dos dez mais citados, a proporção entre vereadores que buscam a reeleição e os sem mandato é meio a meio.

41 das 46 plataformas paralisaram atividades hoje na Bacia de Campos

O movimento do Sindipetro-NF tem o objetivo pressionar a Petrobras e alertar os petroleiros para uma possível greve da categoria, caso não haja entendimento com a empresa, para as reivindicações dos trabalhadores.

Por zonas eleitorais (ZE)

Nas intenções de voto para prefeito em Campos, a candidata à reeleição Rosinha se sai melhor na 100ª Zona eleitoral, a da área norte do município (do Aeroporto, Morro do Coco e Santo Eduardo), depois a 76ª Zona eleitoral em Guarus, do Jardim Carioca ao Parque Prazeres.

Já as oposições somadas vão melhor na 98ª ZE (do Centro para a Pecuária) e depois na 249ª Zona eleitoral (Turfe, Penha, IPS e Pq. Aurora).

Relembre abaixo a distribuição das Zonas eleitorais do município de Campos:

Zona Eleitoral
Nº Seções
Nº eleitores
Localização
75ª ZE 
156
56.813
Baixada Campista – Donana ao Farol
76ª ZE
155
56.665
Guarus do Jardim Carioca ao Parque Prazeres
98ª ZE
143
52.559
Da Rua 13 de maio, av. 28 de março até a Pecuária;
99ª ZE
111
37.302
Do Centro para a Lapa, Turfe Clube e Jockey 
100ª ZE
100
33.439
Do Aeroporto-Morro do Coco, Sto. Eduardo extremo norte Campos
129ª ZE
155
60.195
Guarus, Três Vendas, L. Cima até Serrinha extremo sul de Campos
249ª ZE
116
46.037
Do Turfe, Novo Jockey, Penha, Pq. Aurora, IPS, etc.

EBX com dinheiro para dois anos

Do Valor Online:

"Grupo de Eike tem 'fôlego' para dois anos"
"As empresas da holding EBX, controladas por Eike Batista, têm hoje um caixa consolidado de US$ 9 bilhões, suficiente para garantir as atividades das diferentes companhias por um período de dois anos, na avaliação de fontes próximas ao grupo. Os recursos não cobrem 100% das necessidades, mas asseguram uma situação confortável em "larga escala" até 2014. Entre analistas do mercado financeiro existe, porém, a avaliação de que várias empresas da EBX - a maioria delas em fase pré-operacional - precisarão buscar recursos no mercado de capitais para executar seus planos de negócios dentro dos prazos e custos previstos. A CCX, que tem ativos de carvão na Colômbia, precisaria de US$ 1,5 bilhão. Na mineradora MMX, analistas estimam que haveria necessidade de R$ 1,5 bilhão.

Mas o cenário atual é bem distinto dos anos anteriores, quando predominou alta liquidez nos mercados e interesse dos investidores tanto no crescimento brasileiro quanto no grupo EBX. Além disso, há uma tendência de queda dos preços das commodities, sobretudo do minério de ferro, muito importante para o grupo. Portanto, o momento é desfavorável para empresas que precisam se financiar."

terça-feira, setembro 25, 2012

Ibope no Rio e SP

Rio de Janeiro:
Paes - 52%
Freixo -  17%
Rodrigo - 4%
Otávio - 3%
PS.: A maior rejeição é de Rodrigo Maia com 38%

São Paulo:
Russomano: 34%
Haddad: 18%
Serra: 17%
PS.: A maior rejeição é de Serra com 40%.

PS.: Atualizado às 01:24: O Vox Populi deus os seguintes números em pesquisa no Rio também divulgados neste terça. Eles são próximos aos do Ibope:
Paes - 56%
Freixo - 13%
Rodrigo - 4%
Otávio - 3%

Coligação de Arnaldo avalia trocar nome para Matoso

A possibilidade está sendo cogitada, mas, ainda não foi decidida. Os candidatos a vereador defendem decidir já, pela troca do nome de Arnaldo Vianna, pelo de Rogério Matoso, que hoje é o candidato vice-prefeito na chapa.

A vereadora Ilsan Vianna e o filho Caio defendem que a coligação entre com recurso para manter Arnaldo concorrendo como candidato a prefeito, mais uma vez, sob a forma de liminar, segundo informações obtidas pelo blog.

A decisão deverá ser tomada, no máximo, até amanhã. De qualquer forma, como a inseminação das urnas já está sendo feita no ginásio do IFF, a coligação concorreria com Rogério Matoso na cabeça de chapa, mas com o número 12 de Arnaldo Vianna.

Dentro desta possibilidade o nome do vice que deverá ser encaminhado, ainda não é do conhecimento deste blog. A decisão pela manutenção de Arnaldo na cabeça de chapa também, pode ser mantida. A conferir!

Denúncias de abuso político eleitoral em Santo Eduardo

O blogueiro Lenilson Werneck, como longa tradição aqui na Rede Blog de Campos, de compromisso com a atuação comunitária, de aperfeiçoamento da gestão a favor da população, de seguidas reivindicações através desta blogosfera, pela melhoria das condições das localidades e dos moradores dos distritos da área norte do município de Campos, especialmente de Travessão para cima, e mais especificamente do seu distrito de Santo Eduardo, encaminhou a este blog uma cópia da denúncia com detalhes sobre as denúncias de abuso do uso da máquina pública, abusos do poder político, cometidos no processo eleitoral naquele distrito limite do nosso município do nosso estado enviado ao TRE-RJ.

Os detalhes e as provas são grandes. Ele denomina o documento como SOS Santo Eduardo:

"SOS SANTO EDUARDO - DENÚNCIA DE ABUSOS DE CAMPANHA POLÍTICA
Nós, aqui de Santo Eduardo (13º Distrito de Campos dos Goytacazes/RJ) acabamos de enviar para o "Clique Denúncia" do TRE-JR esta denúncia que abaixo transcrevemos na íntegra, e esperamos que a Justiça cumpra o seu papel de verificar, confirmar e fazer Justiça. Estamos também recorrendo aos blogs e sites da região na esperança de divulgarem esses escândalos.

A DENÚNCIA AO TRE-RJ:

O uso da "Máquina Pública" está explicito de forma DESCARADA nesse Posto de Saúde que é mais conhecido como "Hospital de Santo Eduardo...

... Estamos fazendo essa denúncia temendo que aconteça algo bem pior com essa omissão de atendimento médico-hospitalar a essas pessoas indefesas que não podem expressar sua preferência política.

O uso dessa "Máquina Pública" ainda se estende à outras áreas da propaganda eleitoral nessa localidade, quando esses "Cabos Eleitorais" INESCUPULOSOS ficam coagindo e ameaçando pessoas para colocarem placas. Veja nesse link

( http://lwerneck.blogspot.com.br/2012/08/moradores-de-santo-eduardo-intimidados.html ).

A população de Santo Eduardo é muito pacata, na maioria "gente de roça" que "Vê tudo e sabe de tudo", mas fica com medo e impotente diante desses “coronéis" do pedaço e que NÃO VÃO SOFRER NENHUMA PUNIÇÃO.

Se a JUSTIÇA existe como deve existir façam uma averiguação com URGÈNCIA (ANTES QUE SEJA TARDE). Não vai ser muito difícil confirmar essas denúncias. O mais difícil será vencer a "Barreira do Medo" desse povo coagido e desprotegido.

Número de registro de envio: 2012117785"

PS.: Atualizado às 20:44: Os autores do e-mail pediram que publicasse a retificação abaixo sobre a denúncia que reforçam sobre abusos na campanha no distrito de Santo Eduardo.


Boa noite, caro Roberto Moraes.
Primeiramente queremos agradecer sua atenção em publicar parte da “DENÚNCIA DE ABUSO DE POLÍTICA ELEITORAL EM SANTO EDUARDO” em seu blog.
Em segundo lugar, gostaríamos que você RETIFICASSE a autoria da denúncia, pois não foi iniciativa do Lenilson Werneck como pode ser confirmado na contextualização enviada, pois apenas citamos alguns links do seu blog como referência. A denúncia foi ANÔNIMA (Algumas pessoas se juntaram e fizeram a denúncia).
Em “Nota” no final do e-mail enviado fomos claros quanto ao nosso anonimato (Veja a Nota):
Nota: Preferimos o nosso anonimato por considerarmos ser um risco de vida enfrentar de “cara limpa” essa CORJA de MALFEITORES, SEM ÍNDOLE, SEM ÉTICA POLÍTICA, SEM ÉTICA CRISTÃ E SEM PRINCÍPIOS CIVIEIS (Esperamos que compreendam nossa posição), mas como dissemos acima, não é difícil confirmar essas veracidades. O mais difícil mesmo é “ROMPER AS BARREIRAS DO MÊDO” que pairam sobre esse pacato povo de Santo Eduardo e região.”
Criamos o e-mail ( sossantoeduardo@gmail.com ) justamente para expressarmos nosso inconformismo com essas diversas situações de abusos que estamos vivenciando no nosso dia-a-dia de maneira mais segura quanto à investidas de certas pessoas inescrupulosas, como bem dá pra compreender.
No entanto, não nos dispomos a difamar ou mesmo caluniar pessoa alguma, mas os fatos que denunciamos são verídicos e podem ser facilmente confirmados, como dissermos “...O mais difícil mesmo é “ROMPER AS BARREIRAS DO MÊDO” que pairam sobre esse pacato povo de Santo Eduardo e região.”
O que está acontecendo aqui é realmente VERGONHOSO, e parece que todos estão impotentes diante dessa “Máquina Horrorosa do Governo”. Isso não poderia existir nos dias de hoje em nosso país. Ainda mais quando se trata de saúde pública, onde todos devem ter os mesmos direitos sem favoritismos políticos.
Pedimos que você retifique a autoria, pois como tememos, pode-se esperar de tudo dessa CORJA de MALFEITORES, SEM ÍNDOLE, SEM ÉTICA POLÍTICA, SEM ÉTICA CRISTÃ E SEM PRINCÍPIOS CIVIEIS. Tememos por Lenilson Werneck, pois o mesmo não tem nada a ver com a denúncia que fizemos ao TSE-RJ.
Diga somente que recebeu um e-mail anônimo identificado apenas como SOS Santo Eduardo onde é descrita uma  “DENÚNCIA DE ABUSO DE POLÍTICA ELEITORAL EM SANTO EDUARDO” ao TSE-RJ por alguns eleitores de Santo Eduardo. O Ministério Público já está ciente e com certeza irá averiguar a veracidade e tomará as devidas providências.
Estamos certos que você agirá com urgência para a retificação da postagem, e mais uma vez agradecemos por nos prestigiar e publicar nossas reinvindicações. Logo que tivermos novidades sobre o assunto você será o primeiro a saber.
Continuaremos prestigiando seu blog.
Abraços.
SOS Santo Eduardo (Anônimos)

Empatado: Arnaldo também com registro indeferido pelo TRE-RJ

Assim, a decisão sobre os registros de candidaturas de Arnaldo Vianna, pelo PDT e também de Rosinha, pelo PR, terão que ser decididos, na última instância, o TSE. A informação é do blog do advogado Francisco Pessanha que entrou com a ação em nome da coligação da candidata Rosinha.

O uso do espaço publico na visão do leitor-colaborador do blog

O blog recebeu e publica abaixo texto do servidor público George Maia:

"O bom senso no uso do espaço público evita conflitos desnecessários"

"Caro professor Roberto e acompanhantes do blog:

A questão do uso dos espaços públicos nesse município é, deveras preocupante.

Hoje pela manhã, me deparei com uma cavalete de madeira, medindo aproximadamente 1,50m de altura x 0,80m de largura na minha calçada. Era uma placa de propaganda de um recém criado depósito de água mineral na minha rua, depósito este clandestino, ou seja, sem alvará de funcionamento.

Prontamente fui até o referido “depósito” que fica numa residência da minha rua e perguntei a um rapaz se era ele o responsável pelo mesmo. Ele disse que sim. Eu pedi a ele que retirasse aquele cavalete da minha calçada, quando ele retrucou com um “por quê ?”. Respondi dizendo que, em primeiro lugar porque eu não queria aquele cavalete ali, em segundo lugar porque não fui consultado sobre a colocação do mesmo, em terceiro lugar, pelo cavalete estar atrapalhando o trânsito de pessoas pela calçada e, também pelo fato de não ser sócio dele naquele negócio de revenda de água mineral. O jovem olhou para mim e disse: “- É por isso que ninguém gosta do senhor aqui nesse bairro...”

Essa fala me deixou perplexo, pois nesse município para você ser querido pelas pessoas tem que consentir, coadunar e coagir com suas loucuras acerca do uso do espaço público, caso contrário será taxado de vizinho esnobe ou mal humorado.

Refletindo mais calmamente e fazendo uso da razão, procurei nas bases históricas deste município o porquê disso tudo.

As práticas de senhorio e domínio além do compadrio, sempre permearam as relações entre membros da sociedade campista. Afinal de contas, vivemos atualmente em pleno século XXI e ainda assim, produtores de cana e usineiros fazendo uso das queimadas a séculos, poluem o ar atmosférico, degradam os solos da região e ainda sujam lares e promovem doenças respiratórias, sem que ninguém possa fazer efetivamente nada, absolutamente nada. Esse desrespeito público e notório àquilo que é classificado como bem comum (solo, ar, água, etc), essa invasão de privacidade pública e notória quando maliciosamente sujam lares com a famigerada fuligem, esse descaso público e notório com os outros habitantes do município, tudo isso reafirma a sociedade campista como conservadora, não no sentido cultural da palavra, mas um conservadorismo retrógrado, cuja característica marcante é a tendência ao egoísmo de opinião, um egocentrismo sociopata* de proporções assustadoras.

Infelizmente, não sabem fazer uso daquilo que é público como ruas e calçadas e o pior: essa informalidade, no que tange à oferta de produtos e serviços, está trazendo sérios prejuízos à sociedade. Se por uma lado os empregos informais são geradores de renda para o sustento de famílias, por outro há de se conceberem regras para que os estabelecimentos comerciais funcionem causando danos mínimos à população ao redor dos mesmos. Para isso o pretenso “comerciante” tem, em primeiro lugar que estudar para poder conceber e avaliar mecanismos eficazes de propaganda e marketing de baixo custo e que não causem prejuízos no dia a dia da população. E não para por aí não... têm também que continuar estudando para viabilizar seu negócio da melhor maneira possível, não somente do ponto de vista econômico e financeiro, mas também na relação com seu público alvo, os consumidores.

Infelizmente o consumidor brasileiro está cada vez mais exigente em relação à qualidade dos produtos ofertados, mas ainda está longe de exigir das empresas e comerciantes outros níveis de qualidade no que diz respeito às questões ambientais, sociais ou sócio culturais e de melhoria da qualidade do ambiente onde está inserida a empresa ou o comércio.

Não basta termos empresas e comércios que vendam bons produtos e com preços atraentes. Temos que exigir que os mesmos cumpram seu papel social, não somente em relação ao trato com seus funcionários, mas também em relação ao trato com a comunidade do entorno.

Reduzir drasticamente todo tipo de poluição, seja do ar, sonora e visual, respeitar os limites entre áreas particulares e espaços públicos, isso é fundamental.

Quando prefeituras permitem a instalação de comércios informais sem alvará de funcionamento e sem as visitas de entidades fiscalizadoras (conselhos de classe; vigilância sanitária; órgãos regulamentadores em níveis federal, estadual e municipal, etc) faz do comércio informal uma atividade obscura aos cofres públicos e aos organismos reguladores, dando uma noção de total liberdade ao pretenso “comerciante”.

A prefeitura, embora possua um excelente código de posturas, parece vendar os olhos perante tais irregularidades, dando a entender que o compadrio e o toma lá dá cá são mais importantes que por a cidade em ordem e retira-la do caos atual em que vive.

Todo comércio causa um dano à população do entorno, mesmo que bem estabelecido e dentro das normas de higiene e segurança. Sem fiscalização e deixando “correr solto” a situação só se agrava, notadamente nas periferias distantes do centro, onde não existe a presença de órgãos fiscalizadores.

Os espaços públicos já não pertencem mais aos “sinhozinhos” escravagistas do ciclo da cana, coloquem isso em suas mentes e serão felizes em bem sucedidos. Os habitantes desse município têm que aprender a respeitar as leis.

Respeitem as calçadas, respeitem as ruas, que não são lugares adequados para comércios e propagandas.

* - Nota: explicando o egocentrismo sociopata.
Para melhor compreensão do leitores do blog tentarei, brevemente, explicar melhor essa colocação. Quando um indivíduo acha que as coisas no mundo devem apenas lhe beneficiar e lhe agradar, em detrimento das opiniões, sentimentos e crenças das outras pessoas, esse indivíduo é um sociopata. Quando acha que o mundo e todas as coisas giram única e exclusivamente em torno de sua pessoa, é um egocêntrico.

George Maia
Servidor público."

Novas tendências das empresas de Eike e interesse na licitação do Maracanã

Os comentários sobre a possível venda do estaleiro da OSX no Açu crescem junto com a desconfiança de que o Eike pode estar saindo de mais de seus ativos (assim o pessoal do setor financeiro se refere às empresas que podem gerar riqueza) que estrutura, num processo do tipo do que começamos a chamar de “macro incorporação de empreendimentos”.

Assim, ele fez com a parte de minério que era da MMX e foi toda vendida, por US$ 6,6 bilhões para a Anglo American, uma das maiores do setor de extração de minério de ferro do mundo, e que hoje é a proprietária do chamado sistema Minas-Rio, que envolve a mina no interior de MG, o mineroduto e a unidade de filtragem e embarque no Porto do Açu.
Outra possibilidade no setor de construção naval é a sociedade com a empresa Sete Brasil, onde ele entraria com o valor do estaleiro da OSX no Açu e se tornaria sócio da empresa que negocia e incorpora, demandas e vendas, de sondas e plataformas de petróleo.
Assim, a tendência dele parece ser a de se vincular a dois principais segmentos: produção de petróleo e economia do entretenimento, do lazer e certamente do setor imobiliário para além da Cidade X.
No setor de entretenimento e do lazer, além do Hotel e da Marina da Glória, da gestão de contratos de grandes atletas, ele vai para a área de eventos, espetáculos, como agora com o Cirque Du Soleil. Com a sua empresa de entretenimento, a IMX, o grupo aponta interesse para administrar o Maracanã, agora, depois de reconstruído. Sobre o assunto, veja abaixo a informação do Valor Online:
“Alan Adler, presidente da IMX, joint venture do grupo EBX com a IMG Worldwide, afirmou que a possibilidade de a empresa IMX abrir capital “existe e sempre foi considerada”. O executivo, porém, não citou prazos para a abertura de capital.
A afirmação foi feita hoje durante a coletiva de imprensa em que a IMX anunciou parceria com o Cirque Du Soleil para trazer os espetáculos do circo canadense para a América do Sul com exclusividade. A parceria marca a criação da IMX Arts, braço da IMX para espetáculos de artes cênicas.
No evento, Adler também confirmou interesse da IMX na licitação do Maracanã.
De acordo com o executivo, o primeiro espetáculo fruto da parceria com o Cirque Du Soleil no Brasil deve ocorrer no próximo ano.
O Cirque Du Soleil ainda tem parceria em andamento, cujo contrato não encerrado, para mais uma turnê com a Time For Fun (T4F). De acordo com Daniel Lamarre, presidente da empresa, o Brasil será “a base” das operações do Cirque na América do Sul. “Com a IMX podemos desenvolver nossa marca de forma mais agressiva”, afirmou.”

Tipity

O vídeo abaixo sobre a fábrica de farinha de mandioca, a Tipity, instalada, em Barra do Itabapoana, município de SFI foi motivo da montagem de um vídeo experimental pelo CCH - UESI da UENF.

O breve vídeo "Tipity - arqueologia de um sonho tropical" de aproximadamente quatro minutos, conta a história doa esforços do Barão de Ludwig e daquela comunidade, para a montagem do empreendimento, no período que antecedeu a Segunda Guerra Mundial.

É um documento interessante para o resgate de nossa memória regional, especialmente, aquela relacionada à economia.



As imagens de todo o processo de instalação são interessantes de serem recordadas por quem gosta de conhecer a história de nossa região.

A história é um pouco mais ampla do que o pequeno vídeo teve condições de descrever. A viabilidade do empreendimento só aconteceu pela obrigação gerada por um decreto de Vargas que determinou que todo o trigo vendido no Brasil tivesse um percentual de fécula (20%, se não estou enganado). A fécula era então extraída da mandioca e por isto a fábrica tinha objetivos e perspectivas imediatas garantidas por lei.

Para montar a fábrica o Barão de Ludwig, oriundo da Alemanha teve financiamento do governo brasileiro através do Banco do Brasil. Assim, o projeto avançou.

Só que com a pressão da sociedade para que o governo Vargas se posicionasse contra a Alemanha e junto aos países alinhados, gerou desconfiança com a presença de um alemão no país, gerando a suspensão do decreto que obrigava a mistura da fécula ao trigo e e o empreendimento faliu.

A farinha é um produto de baixo valor agregado para ter viabilidade comercial para grandes produções, porque, o seu transporte para pontos mais distantes faria o frete custar mais que o produto, assim, a sua produção é sempre em locais mais próximos do consumo, por isto, o projeto de Tipity não tinha como se viabilizar sem o uso da fécula.

Entre 2006, 2006 e 2007, o blogueiro junto com outros professores do IFF fez incursões a diversas localidades do interior da nossa região que suscitou postagens, fotos e vídeos que estão na seções específicas na lateral direita deste blog.

Sobre SFI e sobre a Fazenda Tipity você pode ter acesso clicando aqui. As informações acima foram fruto de uma breve pesquisa que o blogueiro empreendeu para escrever a publicação "O Caboieiro do Pé Rachado" com objetivos de distribuição familiar (que também foi disponibilizado na internet - veja aqui) sobre a trajetória de vida de meu avô, Manoel Estevam, morador de SFI que faleceu com 100 anos, no final de 2011.

Briga e pancadaria em fábrica na China que produz Iphones

O custo social da produção dos objetos mais cobiçados da Apple, Sony e HP na fábrica da Foxconn na China:

Arte sucata - II

Outra produção do artista plástico Marcos Guimarães Maciel:


segunda-feira, setembro 24, 2012

Vox Populi em SP: Russomano 34%; Haddad e Serra 17%

Esquenta a disputa em São Paulo segundo a pesquisa do Instituto Vox Populi. Na pesquisa estimulada realizada entre os dias 19 e 21 de setembro, Haddad subiu de 14% no levantamento em agosto para 17% das intenções de voto. Já o candidato do PSDB passou de 22% para 17%. A liderança continua com o candidato do PRB, Celso Russomanno, que ampliou a vantagem de 31% para 34% das intenções de voto.

Ainda de acordo com a pesquisa, o candidato do PMDB, Gabriel Chalita, aparece em quarto lugar, com 5% das intenções de voto, mesmo número do último levantamento. Soninha Francine (PPS) caiu de 4% para 2%. Paulinho da Força (PDT) foi de 2% para 1%. E Levy Fidelix (PRTB) passou de 0% para 1%. A maior rejeição continua com Serra com 39%.

Decisão da juíza da 100ª Zona Eleitoral



















PS.: Atualizado às 18:50: A repercussão e os primeiros comentários:

Ricardo de Freitas deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Decisão da juíza da 100ª Zona Eleitoral":

Deveria constar da decisão o termo com candidatura indeferida até o momento
Moderar comentários para este blog.

Postado por Ricardo de Freitas no blog Blog do Roberto Moraes em 6:23 PM

18:24 (24 minutos atrás)

douglas da mata deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Decisão da juíza da 100ª Zona Eleitoral":

Roberto,

O teor da decisão da Juíza traz um sentido grave:

Se a cor dos postes foi considerada propaganda, e por conseqüência, uso, ou melhor, desvio de uso da coisa pública, o mesmo deve valer para todo e qualquer bem público que esteja na mesma condição.

E se assim for, na amplitude que sabemos, com escolas, creches, iluminação das pontes, ciclovias, etc, teremos assim base jurídica para uma ampla investigação sobre abuso de poder econômico (âmbito eleitoral), peculato e dano ao patrimônio público(criminal) e improbidade administrativa.

As palavras são incontestes...logo, resta aos advogados o melhor entendimento para manejar as possibilidades.

E fica a pergunta: por conta de quem correrá a nova pintura e a retirada desta que foi censurada?
Postado por douglas da mata no blog Blog do Roberto Moraes em 6:24 PM

18:28 (20 minutos atrás)

Edmilson Sales deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Decisão da juíza da 100ª Zona Eleitoral":

Dr. roberto essa aberração, é fato em práticamente todo municipio de Campos. Postes, colégios municipais, creches, postos de saúde, predios onde se localiza secretarias municpais(esportes),pracinhas, Beira Valão, recentemente, MURETAS DE CONCRETO DA CICLOVIA DA, AV. VINTE OITO DE MARÇO,todos esse bens públicos estão pintados com a chamada cor rosácea. Como muito bem postado,há anos, por este BLOG, tal pratica, no uso de tais cores, caracterizaria, uma forma de propaganda pessoal da prefeita, inclusive, em alguns municipios do Brasil, a justiça, havia determinado que ais prática fossem abolidas e somente agora, a nossa justiça, resolveu coibir, tal crime eleitoral.

Que a decisão judicial, seja estendida a todo municpio e a todos órgãos, onde ocorreu tal propaganda, resumindo o crime eleitoral.
Postado por Edmilson Sales no blog Blog do Roberto Moraes em 6:28 PM

18:41 (6 minutos atrás)
Anônimo deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Decisão da juíza da 100ª Zona Eleitoral":
E a ciclovia, Roberto?!

Nas proximidades da Supermercado Extra a mesma suspeita cor foi utilizada.

Postado por Anônimo no blog Blog do Roberto Moraes em 6:41 PM
CARLOS RIBEIRO noreply-comment@blogger.com
18:42 (5 minutos atrás)

CARLOS RIBEIRO deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Decisão da juíza da 100ª Zona Eleitoral":

Já que, a MMª. Juiza eleitroal de Campos, em decisão judicial, recente,por convicção, entendeu que, com a pintura rosacea, ou rosa paixão,nos bens públicos municipal, seria uma forma de crime eleitoral, por entender que há sinais evidentes, de propaganda pessoal, da prefeita rosinha, logo acredito que, caberia, uma ação de ressarcimento, ao erário público municipal, do dinheiro público, gasto, com empreiteiras, na pintura dos vários bens públicos municipal, com a referida cor promocional da prefeita, rosacea, ou rosa paixão, como queiram chamar.

Postado por CARLOS RIBEIRO no blog Blog do Roberto Moraes em 6:42 PM

Bruno deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Decisão da juíza da 100ª Zona Eleitoral":

Ah, a velha mídia... Encoleirada é, encolerada fica sempre que se perfectibiliza a vida fora do espaço tangível, manietável que sempre avocou para si. Resolveram brincar de blogar, exercendo a democracia de ocasião em que só acreditam os incautos ou os bobos oportunos, mas o cacoete de detentor, mercador e intermediador da informação é irrefreável.

E eu que pensava que o processo era público e seu conteúdo, salvo os casos em que a publicidade é refreável em nome de interesses de monta maior, de consulta oportunizada a qualquer cidadão.

Sequestraram até a Constituição e, pior, o cacoete, que é irrefreável, faz peticionar o resgate.

Postado por Bruno no blog Blog do Roberto Moraes em 9:13 AM

A 13 dias do 1º turno

A maior disputa agora se concentra na busca de votos para vereador. É a última decisão do eleitor, muitas vezes tomada na última semana, e sempre sujeita, a mudanças, até no caminho para a seção eleitoral.

Em Campos, a situação insiste que faz 22 dos 25 vereadores. Pode ser que seja apenas uma tara pelo número do partido, que aliás, tem também outras conotações.

Já as oposições, contas para lá e para cá, não têm como sonhar com mais de oito edis para o próximo mandato. Tirando a média, o blog volta a apostar numa relação de 19 x 6.

Após as eleições o quadro pode ser alterado. Tanto pelos problemas judiciais que podem percorrer todo o próximo mandato, quanto pela tradição dos legislativos, e Campos não é diferente.

Nesta linha, todos sabem que estes números podem alterar, porque, a condição de oposição no município, nunca teve história de sustentar tamanha coragem, no enorme prazo de de quatro anos, de duração de um mandato. Poucos resistem.

Sobre números e nomes das chances por partido e/ou coligação, pode ser que o blog faça, mais adiante, como em 2004 e 2008, os seus prognósticos.

Este ano, o blogueiro, por conta de suas demais obrigações, está menos presente no acompanhamento desta disputa, e além do mais, os parâmetros usados para estas projeções, se alteraram com o aumento de 17 para 25 cadeiras, mas, ainda assim, pode ser que o blog arrisque novamente. A conferir!

Sobre a disputa eleitoral nas cidades com investimentos previstos de R$ 65 bi

A reportagem está aqui no Globo Online e faz referências às disputas em Itaboraí, Itaguaí, Resende, Maricá em São João da Barra.

Aqui pode ser visto o complemento da matéria com referências também ao uso dos recursos dos royalties em Macaé e Campos.

O que o blogueiro não viu foi a referência aos processos judiciais que se avolumam relacionados a estas disputas eleitorais, especialmente, em Campos, que parte para as duas últimas semanas de campanha com indefinições em duas importantes candidaturas entre as cinco em disputa.

Sobre as negociações para o estaleiro da OSX participar das encomendas da Petrobras

As informações confirmam o acordo com a Mendes Junior e vão mais além. (Sobre o assunto veja mais detalhes aqui na nota do dia 4 de setembro deste blog).

É fácil de identificar que o interesse na parceria do estaleiro da OSX com a Sete Brasil é que a empresa do grupo EBX, tem como objetivo entrar no circuito de produção de embarcações e plataformas para a Petroras, já que até aqui, a OSX, conta na sua carteira apenas com pedidos da OGX, empresa de petróleo do próprio grupo. Conheça os detalhes na reportagem transcrita abaixo pelo Valor Online:

Eike negocia união entre OSX e Sete Brasil
Por Talita Moreira, Ana Paula Ragazzi e Francisco Góes | De São Paulo e do Rio

“O empresário Eike Batista poderá se tornar acionista da Sete Brasil se prosperarem as negociações, ainda preliminares, para unir a OSX à companhia.

As conversas ainda estão em fase inicial e têm em vista não uma venda simples da OSX para a Sete Brasil, mas uma fusão entre as duas empresas que daria a Eike uma participação societária na estrutura resultante. A afirmação é de fonte ligada a um dos acionistas da Sete Brasil que acompanha de perto o assunto.

A OSX está construindo um estaleiro no porto do Açu, no norte fluminense, e vai fazer no local, em parceria com a Mendes Junior, a integração de módulos a um dos cascos das plataformas replicantes encomendadas ao estaleiro Rio Grande (RS). A OSX também quer construir sondas de perfuração para a Petrobras, carteira que vem sendo gerida, em sua maior parte, pela Sete Brasil.

Por enquanto, não há proposta formal e o assunto sequer chegou ao conselho de administração a Sete Brasil. "Mas é algo que o Eike está articulando com os principais acionistas da empresa", diz esse interlocutor.

Neste momento, o que se discute é se uma operação como essa faria sentido. A OSX é o braço de construção naval do grupo EBX, controlado por Eike. A Sete Brasil é uma holding que gerencia carteiras de ativos voltadas para o segmento de petróleo e gás - contrata e aluga sondas que serão usadas pela Petrobras, por exemplo. A empresa tem como acionistas a Petrobras, fundos de pensão de estatais (como Petros e Previ) e os bancos Santander, Bradesco e BTG Pactual.

"Faz sentido uma empresa que aluga e opera sondas passar também a construir?", questiona essa fonte. Na avaliação desse interlocutor, o negócio poderia dar à Sete Brasil um acesso mais rápido às sondas que precisa contratar, mas os ganhos ainda não estão muito claros. "Há sinergias, mas não é um negócio maravilhoso."

Também de acordo com essa fonte, foi concluído nos últimos dias o aumento de capital de US$ 3,7 bilhões na Sete Brasil, liderado pelo BTG Pactual e pela empresa americana de participações EIG Global Energy Partners.

A Sete Brasil não tem atividade de construção naval e offshore e vem contratando uma série de sondas de perfuração com diversos estaleiros do país. A holding já assinou contratos para a construção de 28 sondas com a Petrobras. Depois de prontas, as unidades serão afretadas à estatal em contratos de longo prazo.

Para a holding, portanto, seria uma boa oportunidade oferecer esse tipo de serviço integrado. Nesse modelo de negócio verticalizado a empresa participaria desde a construção até a operação das sondas de perfuração tornando-se concorrente dos próprios estaleiros nos quais vem contratando serviços.”

Nova pesquisa do Precisão em Campos custa apenas R$ 8 mil e é pago com dinheiro próprio

O Instituto Precisão registrou no sábado, no portal do TSE, uma nova pesquisa eleitoral para identificar intenções de votos para prefeito, em Campos, com 1000 entrevistados, pelo preço de R$ 8 mil.

Segundo as informações prestadas obrigatoriamente ao Tribunal Superior Eleitoral, o contratante e o contratado são os mesmos, o próprio Instituto Precisão. Ele está pagando a ele mesmo para fazer uma pesquisa.

Repito para você entender: o Instituto Precisão está fazendo uma pesquisa por R$ 8 mil com 1000 entrevistados pagando do próprio bolso.

As pesquisas do Ibope com 602 entrevistados, contratadas pela InterTV, custaram quase quatro vezes mais cada uma, a quantia de R$ 31 mil, ou seja, R$ 51 por entrevistado. Enquanto isto, a pesquisa do Instituto Precisão custa R$ 8 por entrevistado.

Clique aqui e veja o formulário usado nas entrevistas, que segundo o registro aconteceram entre os dias 18/09 a 22/09/2012 e possuem uma margem de erro de 3,1% para mais ou menos. Aqui você pode ver o registro da pesquisa no portal do TSE.

Interessante, país afora, os institutos de pesquisas ganham algum dinheiro ao longo dos meses e faturam mais alto com a chegada dos períodos eleitorais. Parece que o caso, aqui é do inverso. Ganha-se antes e nas eleições trabalha-se não de graça, mas, gastando do próprio orçamento. Seria difícil de entender?

Um dos significados da pesquisa e da extensão universitária em nossa sociedade individualista

O artigo abaixo é de autoria dos professores Márcio Andrade e Paulo César Barboza da cidade de Pelotas, RS. O texto foi publicado esta semana nos jornais Diário Popular e Diário da Manhã, da mesma cidade.

O artigo traz à tona reflexões, o que defino como questões imprescindíveis, para pensar o planejamento de nossas instituições, quaisquer que sejam suas naturezas e formas de sustento. 

O blog sugere que os docentes que leem este blog, confiram, discordem, concordem, em parte ou no todo, mas, não deixem de ler e refletir sobre o que o curto e denso artigo suscita para o seu dia-a-dia:

"A Efetiva extensão"
Por Márcio Andrade e Paulo César Barboza (professores)

"Uma pesquisa feita pela FIUC - Federação Internacional de Universidades Católicas - com alunos de universidades em geral mostrou, dia desses, que os estudantes acadêmicos priorizam os interesses pessoais aos coletivos. Tal análise induz à reflexão sobre o entendimento de muitos docentes e discentes acerca do papel das instituições de ensino superior brasileiras, especialmente das universidades públicas. Não é incomum, desde o ingresso nas faculdades, notar-se o incentivo à busca sistemática por títulos. Estes, no imaginário de boa parte dos calouros, muitas vezes possuem maior significado que o próprio conhecimento, e fundamentam a hierarquização da vida acadêmica, constituindo a matriz para veneração e obediência ao longo da caminhada universitária.

Conforme o aluno vai avançando nos estudos, menos ele deixa de ser ‘educando’, e mais vai se tornando um ‘pesquisador’, dentro de um processo produtivista, no qual o formalismo certificador tende a suplantar o conteúdo e secundarizar a relevância social da produção acadêmica. Menos o estudante deixa de ser preparado para transformar a sociedade, e mais é moldado para se adaptar a ela. Exasperação da competitividade e da individualidade, numa maratona de “produção” que, em muitos casos, provocaria inveja em Taylor.

Iniciados como pesquisadores, vários estudantes produzem artigos em série, qualificam o seu currículo Lattes e buscam pontuações acadêmicas. Inúmeros pensam o aprendizado para os próprios objetivos, enquanto a comunidade não-douta sofre com a carência de fraternidade, altruísmo e justiça social. Não seria o momento de redirecionarmos aqueles velhos autores, impostos, verticalizados, ensimesmados para algo maior? Quem sabe, começarmos o debate sobre isonomia, valorização do coletivo ou educação cidadã, efetivando a extensão universitária e derrubando os muros que aprisionam a universidade num universo de projetos individuais, algumas vezes surdos às demandas da comunidade.

Assim, criar-se-ão novos laços de cumplicidade com o povo, carente de ideias e ações para viver melhor. E, cada vez mais, reduziremos a peculiar e rotineira “privatização” do interesse público, estimulando o protagonismo social a que se destina a Universidade."

domingo, setembro 23, 2012

Até a ONU quer um pedaço dos royalties do pré-sal

Além dos demais estados e municípios brasileiros, agora, é a ONU que anuncia o seu desejo de ficar com uma parte do valor do petróleo extraído para além das 200 milhas do litoral brasileiro. A ONU quer 7% do que for explorado entre 200 e 350 milhas náuticas (370,8 km a 648,2 km da costa) — considerado uma extensão do mar brasileiro, já obtida no órgão.

O novo tributo internacional, que funciona como royalties e será aplicado a toda atividade econômica nesta área, começa a ser discutido em outros países e já preocupa o governo.

O Canadá, que possui uma expansão marítima semelhante à vivida pelo Brasil, já questiona a solicitação da ONU baseado em uma permissão contida no artigo 76 da Convenção de Montego Bay para que, atendidos determinados requisitos, os Estados possam ampliar sua plataforma continental de 200 para até 350 milhas.

O Globo Online informa sobre o assunto:
"Ao tratar de uma possível extração de petróleo na plataforma estendida do Canadá, surgiram questões como quem irá arcar com o pagamento de tais royalties? Governo central, companhias petrolíferas, ou os entes subnacionais (no caso do Brasil, Estados e Municípios)? Qual seria a base de cálculo desses royalties. O valor total da produção? Caberia a dedução de algum valor? — afirma.

A advogada acredita que o tema ainda não está sendo muito debatido no Brasil pois a cobrança deve demorar para começar — esta região do pré-sal sequer foi leiloada pelo governo. O valor será crescente, começando em 1% da produção do sexto ano da atividade na região, até chegar a 7% do total, no 12º ano da exploração. Além do petróleo, esta região é rica em outros minerais, como cobalto, níquel, cobre e manganês, entre outros.

Assim como ocorre com os royalties brasileiros, os debates estão abertos na ONU. Uma nova rodada está prevista para acontecer antes deste ano, em um seminário na China. Há divergências quanto à base de onde será cobrada a taxa e para onde iria o dinheiro arrecadado dos países costeiros envolvidos: distribuição equitativa? As nações que não têm mar ficariam de fora? À frente do tema está a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar (CNUDM), a Uncles na sigla em inglês. Estarão sujeitos ao tributo os países que conseguirem autorização para explorar recursos naturais além das 200 milhas. Isto porque, pela Uncles, tudo o que estiver de fora é considerado patrimônio da humanidade. Depois da Rússia, o Brasil foi o segundo país a pedir a ampliação para 350 milhas, em 2004.

Complexidade técnica e legal
Alexandre Szklo, professor de planejamento energético da Coppe/UFRJ, afirma que ainda não tem conhecimento desta discussão no Brasil, mas teme que o assunto acabe complicando ainda mais o setor. Hoje, lembra o professor, já são três sistemas tributários diferentes para o pré-sal: alguns campos foram concedidos, houve a cessão onerosa para a Petrobras e, nos novos campos, haverá o sistema de partilha:

A Petrobras não quis comentar o tema O Departamento Nacional de Produçção Mineral, órgão do MInistério de MInas e Energia, lembra que o governo está realizando pesquisas nas área de extensão marítima, próximas ao Rio Grande do Sul e Santa Catarina."

Como ficarão os royalties?

O debate parece caminhar para uma solução:

"Não se chegou, ainda, a um consenso, mas a perspectiva de que maior número de estados e municípios venha a se tornar produtor de petróleo em futuro próximo tem possibilitado uma negociação que leve a bom termo. No lugar de punir estados e municípios e produtores, reduzindo significativamente suas receitas, o acordo se projeta mais para a divisão dos royalties relacionados aos futuros blocos, com uma solução intermediária para o presente."

Mais detalhes leia aqui na matéria "Acordo político é a saída para os royalties do petróleo" no Globo Online.

Parabéns!

O fato foi informado ao blogueiro com alegria pelo advogado Luiz Ribeiro Gomes Junior, mas, relembrado agora, na nota da Gianna Barcelos aqui em seu blog. 

Refiro-me, ao advogado Marcos Vinícius Filgueiras Júnior, aprovado em concurso público, para o cargo de Consultor Jurídico do Mercosul, em Montevidéo (sede do Mercosul).

O Dr. Marcos Vinícius Filgueiras toma posse nesta segunda feira, 24/09/2012, em Montevidéo. Filgueiras é servidor concursado da Fundação Estadual Norte-Fluminense, FENORTE e competente advogado na área de direito público e administrativo.

Marcos Filgueiras é natural de Carangola, formado em Direito pela antiga Faculdade de Direito de Campos, hoje UNIFLU, e, possui os títulos de Pós Graduação, mestrado pela PUC-SP em Direito Administrativo e doutorado na PUC de Buenos Aires/Universidade de Catânia na Itália.

Em 1880, defesa do acesso à terra para garantir maior produtividade na agricultura em Campos

O assunto da questão da reforma agrária e do acesso à terra parece novo, mas, em 1880, no Almanak Industrial, Mercantil e Administrativo de Campos, organizado pelo João Alvarenga já trazia opiniões  interessantes de serem repercutidas 130 anos depois.

Nas páginas 129, 130 e 131 (veja abaixo), o autor faz uma breve análise sobre o  "Commercio" local e sobre a Industria onde emite sua opinião sobre a importância das terras próprias sobre a condição do trabalho escravo e do trabalho assalariado.

Ao falar sobre a produção agrícola, o autor defende a cessão ou venda da terra para quem nela mora, para que uma maior produtividade possa ser obtida. Alvarenga também cita exemplos de produtores de São Gonçalo (hoje Goitacaes) e São Sebastião em Campos que progrediram nesta condição.

É evidente que a posição àquela época não era da maioria, e muito menos unânime, mas, o interessante é ver a confirmação de que o debate já existia, embora, a luta da posse da terra, continue hoje, tão viva quanto nos longínquos anos de 1880.

É certo que este documento já deve ser de conhecimento de muitos historiadores, mas, talvez, pouco divulgado. Nesta ótica, vale a sua conferida lendo estas três páginas do Almanaque que a Hemeroteca Digital possibilitou ao blog trazer o assunto para conhecimento de debate de um número maior de pessoas, e mesmo pesquisadores.

Certamente muitos poderão sorver melhor este almanaque como base para investigação de muitos outros temas das duas últimas décadas do século XIX, exatamente, nos anos que antecederam a Abolição da Escravatura e da Proclamação da República.