quarta-feira, abril 24, 2013

Novas demissões nas obras do estaleiro da OSX: no total mais de 300 desligamentos

Hoje a ARG demitiu hoje 90 funcionários. Na última sexta-feira a ICEC demitiu 100 funcionários. Com estas demissões está claro que a OSX decidiu reduzir não apenas seu efetivo direto, mas, também empresas que atuam nas obras do estaleiro que ficarão quase paralisadas.

Há informações sobre desligamento na empresas espanhola Acciona, mas, como o seu trabalho é nas obras do porto de dique do TX-2 é possível que sua redução seja menor, porque também, segundo informações ela poderia desviar pessoas para as obras do terminal TX-1.

A ARG atuou na construção do porto, terminal TX-1 junto com a Civil Port e foi demandada para aturar na construção de galpões num contrato que chegaria a R$ 200 milhões que deve ter sido suspenso ou imensamente reduzido. Em novembro do ano passado a ARG já havia demitido cerca de 300 trabalhadores, boa parte absorvido pela espanhola Acciona.

A ICEC é uma empresa de engenharia paulista especializada em montagens industriais que tem um alojamento na estrada de acesso ao Açu, próximo da ARG e que está atuando na montagem dos galpões e parte industrial do estaleiro. Na sexta demitiram 100 pessoas e novas demissões poderiam ser feitas esta semana.

No total, desde que a OSX decidiu reduzir ou interromper as obras de instalação do estaleiro no Açu, soma-se mais de 300 demissões.

PS.: Atualizado às 20:08: A ARG está encerrando suas atividades no Complexo do Açu. Demitiu todos os funcionários. Ficarão apenas seguranças em seu alojamento na estrada em direção ao Açu, próximo da localidade de Água Preta. Funcionários com 4/5 anos de casa foram demitidos hoje. O contrato com a OSX foi completamente rescindido. Outras demissões devem ocorrer ao longo desta semana. O total de demissões na OSX e nas obras do estaleiro já deve ter passado de 400 trabalhadores.

3 comentários:

Anônimo disse...


EX-DELEGADO: FOLHA FINANCIAVA OPERAÇÕES NA DITADURA; FRIAS VISITAVA O DOPS, ERA AMIGO PESSOAL DE FLEURY


do portal Terra

O ex-delegado da Polícia Civil Claudio Guerra afirmou nesta terça-feira, à Comissão Municipal da Verdade de São Paulo, que foi o autor da explosão de uma bomba no jornal O Estado de S. Paulo, na década de 1980, e afirmou que a ditadura, a partir de 1980, decidiu desencadear em todo o Brasil atentados com o objetivo de desmoralizar a esquerda no País.

“Depois de 1980 ficou decidido que seria desencadeada em todo o País uma série de atentados para jogar a culpa na esquerda e não permitir a abertura política”, disse o ex-delegado em entrevista ao vereador Natalini (PV), que foi ao Espírito Santo conversar com Guerra.

No depoimento, Guerra afirmou que “ficava clandestinamente à disposição do escritório do Sistema Nacional de Informações (SNI)” e realizava execuções a pedido do órgão.

Entre suas atividades na cidade de São Paulo, Guerra afirmou ter feito pelo menos três execuções a pedido do SNI. “Só vim saber o nome de pessoas que morreram quando fomos ver datas e locais que fiz a execução”, afirmou o ex-delegado, dizendo que, mesmo para ele, as ações eram secretas.

Guerra falou também do Coronel Brilhante Ustra e do delegado Sérgio Paranhos Fleury, a quem acusou de tortura e assassinatos. Segundo ele, Fleury “cresceu e não obedecia mais ninguém”. “Fleury pegava dinheiro que era para a irmandade (grupo de apoiadores da ditadura, segundo ele)”, acusou.

O ex-delegado disse também que Fleury torturava pessoalmente os presos políticos e metralhou os líderes comunistas no episódio que ficou conhecido como Chacina da Lapa, em 1976.

“Eu estava na cobertura, fiz os primeiros disparos para intimidar. Entrou o Fleury com sua equipe. Não teve resistência, o Fleury metralhou. As armas que disseram que estavam lá foram ‘plantadas’, afirmo com toda a segurança”, contou.

Guerra disse que recebia da irmandade “por determinadas operações bônus em dinheiro”. O ex-delegado afirmou que os recursos vinham de bancos, como o Banco Mercantil do Estado de São Paulo, e empresas, como a Ultragas e o jornal Folha de S. Paulo. “Frias (Otávio, então dono do jornal) visitava o DOPS (Departamento de Ordem Política e Social), era amigo pessoal de Fleury”, afirmou.

Segundo ele, a irmandade teria garantido que antigos membros até hoje tivessem uma boa situação financeira.

‘Enterrar estava dando problema’

Segundo Guerra, os mortos pelo regime passaram a ser cremados, e não mais enterrados, a partir de 1973, para evitar “problemas”. “Enterrar estava dando problema e a partir de 1973 ou 1974 começaram a cremar. Buscava os corpos da Casa de Morte, em Petrópolis, e levava para a Usina de Campos(Cambaíba)”, relatou.

Anônimo disse...

Roberto,

Pode escrever: As demissoes se deve ao fato que a OSX nao tem mais construcao para fazer no acu no curto prazo. Estava acelerando por causa da Joint Venture com a Mendes Junior. Esta como lider, desistiu de fazer a integracao na P-67 e P-70 no acu. Ja é carta virada e nao há volta. A noticia ainda nao virou FR, mas sua divulgacao esta proxima ...

Anônimo disse...

Roberto,

A OSX será vendida, assim como meus amigos ainda não sei como vai ficar nossa situação, uma pena. Poderemos ter novidades já nesta sexta.