quarta-feira, maio 08, 2013

Venda de ativo da OGX, mais empresa estrangeira nos negócios e estratégias do grupo EBX seguindo receita do Banco Pactual - consequências?

O acordo comercial agora foi na área de petróleo com a OGX, hoje e ainda, a mais valorizada das empresas do grupo. A OGX vendeu à empresa estatal de petróleo da Malásia, a Petronas, o percentual de 40% na participação nas concessões BM-C-39 e BM-C-40 (Bacia de Campos), onde estão os blocos o Campo de Tubarão Martelo (estimado em 212 milhões de barris) e as acumulações de Peró e Ingá, localizados a 95km da costa e há 110m de profundidade. O valor divulgado do negócio foi de US$ 850 milhões.

No negócio, a Petronas também pagou pelo direito em adquirir 5% do capital total da OGX, a R$6,30 por ação do seu controlador, o empresário Eike Batista. Segundo a OGX, a Opção de Compra da Petronas pode ser exercida a qualquer momento até abril de 2015.

A empresa estatal de petróleo da Malásia comentou hoje, (veja aqui) desta forma, a negociação com a OGX, em seu site oficial:

"O Brasil é considerado um dos principais detentores mundiais de reservas de hidrocarbonetos, com cerca de 145 bilhões de barris de reservas de petróleo. A proposta de aquisição, que está no nível dos ativos, marcará a primeira entrada PETRONAS 'no negócio de exploração e produção no país.

PETRONAS vê a aquisição como uma oportunidade muito atraente em termos de qualidade de ativos e para o crescimento futuro estratégico no Brasil. A conclusão da operação está condicionada à aprovações regulatórias relevantes.

Bank of America Merrill Lynch é o assessor financeiro exclusivo, enquanto Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr. e Quiroga Advogados é o assessor legal para PETRONAS nesta transação."

A posição oficial da empresa mostra que a expectativa da empresa entrar e ampliar seus negócio no Brasil é enorme e crescente. Percebe-se ainda que a regulação atual exercida pela ANP atende a empresa, mas, observa o cenário futuro. Também vale conferir que é o agente intermediador este fluxo de capitais: O Banco Merril Lynch.

Sobre o grupo EBX vale obervar que, a venda das áreas da OSX em Biguaçu, SC, onde projetou construir o estaleiro, antes de vir par ao Açu. A tentativa de venda de participação no estaleiro da OSX que agora está tendo suas obras praticamente paralisadas. A tentativa, ainda em curso, também em vender de parte do porto do Açu e partes (dos ativos) da empresa de óleo e gás da OGX, como relatado acima, evidenciam que a prevalência da posição do Banco BTG Pactual, no sentido de reduzir a participação do grupo EBX em todas as empresas da holding, a um patamar inferior a 50%. 

O Banco Pactual objetiva com sua proposta aceita pelo grupo EBX reduzir os enormes riscos de mercado da realidade atual, assim como, a de buscar mais recursos, para tentar viabilizar o empreendimento do Complexo Logístico-industrial do Açu que consome (e consumirá) muito mais dinheiro que o projetado inicialmente.

Se dará certo ou não só o tempo dirá. O que já se pode perceber é que esta decisão aumenta o número de empresas (estrangeiras, especialmente), assim como o fluxo de capitais entre os países, tanto da Europa, quanto da Ásia, com consequências a serem avaliadas sobre a economia (em suas diversas dimensões), sobre a política e sobre a vida das pessoas das comunidades envolvidas.

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