quinta-feira, fevereiro 14, 2013

A pior das últimas más notícias para o grupo EBX & o cenário do Complexo do Açu

O grupo EBX vem amargando um conjunto significativo de más notícias nos últimos noventa dias. Algumas delas foram, ou estando sendo administradas pelo grupo, por conta das inúmeras vantagens locacionais que o Complexo do Açu tem, mesmo com todos os problemas, alguns graves.

Porém, de todas elas, a informação divulgada, na última sexta-feira (08/02), antes do carnaval, no fechamento da Bolsa de Valores (Ibovespa), de que a empresa Subsea7 rescindiu contrato de locação de área (veja aqui), para se instalar no Complexo do Açu é uma das mais significativas e impactantes para os interesses do grupo EBX.

A guinada do grupo em direção ao setor de óleo & gás
Quem acompanha o blog já observou que há cerca de um ano, mesmo antes da confirmação da desistência (ou adiamento) da vinda para o Complexo do Açu, das siderúrgica ítalo-argentina, Ternium e da chinesa, Whuan (Wisco), o direcionamento dos negócios para o setor de petróleo & gás vinha sendo cada vez maior, não apenas com o estaleiro para construir plataformas (e FPSOs), mas, também com a ampliação da instalação de empresas conhecidas pelas atividades de apoio offshore.

Das cinco empresas do setor que haviam firmado termo para vir para o Açu, a Subsea7 é uma das maiores e mais tradicionais. Ela havia reservado uma área bastante grande (268 mil m²) e em local de destaque, na entrada do canal do terminal (TX-2) on-shore do Complexo do Açu, conforme, mostra o mapa abaixo divulgado pela LLX.




















O simbolismo da rescisão de contrato Subsea7-LLX
A desistência da Subsea7 em vir para o Açu é menos problemática sobre a perda de receita (R$ 21 milhões anuais) que o aluguel da área previa, do que pelo simbolismo do que a decisão aponta.

É oportuno observar que não se tratou da suspensão de um termo de compromisso, mas, a rescisão de um contrato, num momento em que investidores começam a se preocupar com o andamento das obras e a entrada em fase operacional dos empresas do Complexo do Açu.

O anúncio de que a Subsea7 viria para o Complexo do Açu foi feito em junho de 2012. Na ocasião com a Subsea7, a LLX atingia o número de quatro empresas instaladas junto ao TX-2 numa área total prevista em 730 mil m². As outras três empresas eram: a Intermmor em uma área 52,3 mil m², a NKT Flexibles, numa área de 121 mil m² e Technip, em área de 289 mil m².

EBX avança na atividade patrimonial-rentista no Açu
Em 4 de junho, o blog estimou aqui que assim, o grupo EBX, se consolidava também com rendas financeiras oriundas da atividade patrimonial-rentista com o uso da terra.

A estimativa do blog partia do cálculo de que na área disponível de 2 milhões (atualmente já é citado uma área de 2,3 milhões de m² para aluguel) para esta finalidade foi possível estimar uma receita anual de R$ 144 milhões. Como todos os contratos tinham sido feitos num prazo de 10 anos, é possível estimar um valor total de cerca de R$ 1,5 bi.

Esta postagem do blog do dia 4 de junho (aqui), causou também grande repercussão porque nela foram feitas as contas, comparando a receita obtida pelo grupo para aluguel da terra e o valor pago pelas desapropriações. 

As benfeitorias e a mudança da finalidade do uso da terra não seria justificada por tamanha discrepância. O pagamento pela compra e/ou desapropriação foi feita pela quantia de R$ 1,90 por m² e o valor do aluguel mensal feita nos contratos da LLX de R$ 6 por m².

Das empresas previstas para esta área de apoio offshore a que está com obras mais avançada no Complexo do Açu é a NKT Flexibles que contratou a construtora paranaense DM que, inclusive tem um canteiro de obras instalado em Cajueiro, junto a duas concreteiras Polimix e Barramix.

Os maus resultados das empresas X na Ibovespa e o futuro
O especialista em mercado financeiro, André Rocha, falou sobre o assunto das perdas das empresas do grupo EBX para o Valor Investe: “O principal responsável pelo mau desempenho das ações das empresas X é a má comunicação dos seus dirigentes com o mercado. Os resultados apresentados até agora são frustrantes perante estimativas oficiais iniciais. Recuperar a credibilidade não acontecerá com discurso, mas com resultados consistentes que é a única coisa que interessa para a análise fundamentalista.

Independente de todo os problemas, tanto de desistência ou adiamento de instalação, da perda de valor das ações das diversas empresas do grupo EBX (especialmente da área de petróleo & gás - OGX), dos problemas ambientais, dos questionamentos e ações do Ministério Público Estadual e Federal, das rechaçadas desapropriações de pequenas propriedades pela Codin, das multas do Inea, há agora, também  da liminar obtida pela Associação dos Proprietários Rurais- Asprim (veja aqui).

O Complexo do Açu e os trechos de novas ferrovias
É ainda oportuno recordar que o Complexo do Açu faz parte de um dos nós, dos trechos (5 e 6 do mapa abaixo) de ferrovias, que serão concedidas, num grande projeto do governo federal, o que lhe assegura,  independente dos problemas atuais, posicionamento estratégico, pelo fechamento do modal ferroviário e interligação do porto com todas a regiões do país.


A cooptação do presidente da Firjan e as mudanças nos comandos da empresas X
Avaliando o quadro atual, vê-se que a troca de comando e afastamento de diversos dirigentes das empresas do grupo, aconteceram em maior quantidade, em sequência, à assunção ao cargo de vice-presidente executivo da EBX, do atual presidente da Firjan, Eduardo Eugênio, anunciada há menos de um mês (18 de janeiro). Eduardo Eugênio além de sua experiência como dirigente classista, detém, maior atuação e  vinculação, com o setor de refino de petróleo, pela sua participação, por direito familiar na gestão do grupo Ipiranga. 

Dificuldades de caixa e acordo com a Petrobras
Diante de todo o quadro crescem as informações de que a Petrobras poderia fechar acordo para usar uma área do terminal TX-2, que seria uma solução para a estatal, diante da sobrecarga atual do Terminal de Imbetiba em Macaé. 

Lá, as demandas para manobras e transporte de apoio à Bacia de Campos e parte do ES são crescentes e poderiam ser viabilizadas. Há quem diga que ao invés de aluguel, a Petrobras estaria avaliando a hipótese de entrada no negócio de todo o Complexo, diante do que ele ofereceria de alternativas de logística.

Além de tudo que já foi dito, há informações de que o grupo EBX, diante das sucessivas baixas na Bolsa de Valores, teria hoje, dificuldades de caixa, para fazer face à todas as despesas, para tornar operacional, o estaleiro no final deste semestre (segundo promessa e cronograma junto aos investidores) e o porto (Terminal TX-1) para embarque de minério de ferro, no início do segundo semestre de 2014, depois de quatro sucessivos adiamentos.

O Complexo Logístico-industrial do Porto do Açu (Clipa) como sempre dissemos, é um grande empreendimento e como tal traz oportunidades para toda a economia fluminense (em especial do Norte Fluminense) e nacional, mas, também grandes e variados impactos, que há algum tempo já conhecemos, debatemos e temos sofrido aqui na região.

Os impactos só não são mais amplos porque, como foi dito acima, porque os projetos das siderúrgicas foram suspensos (ou adiados), as usinas termoéletricas (UTEs) à gás e carvão, mesmo licenciadas, ainda não tiveram suas obras iniciadas e o complexo logístico-industrial não deslanchou.

Mais que problema, para a região e para a população, isto talvez, não tenha sido um mau negócio, o mesmo não se pode dizer para o Eike Batista. Também é verdade que no país inteiro, praticamente, todos os empreendimentos de grande porte, estão com os cronogramas atrasados, por razões ligadas à licenciamento, infraestrutura e limitação e disputa por mão de obra qualificada.

Enfim, tem-se aqui no Complexo do Açu, nada muito diferente do que foi imaginado. Como já fazíamos antes, continuaremos a defender que cabe ao poder público nas diversas escalas fazer a regulação deste processo. Nesta linha, há que se compreender e defender que o movimento pela Justiça Socioambiental regional tenha papel importante na pressão por inclusão social, igualdade, preservação e/ou compensação ambiental, através da regulação e negociações, junto com os empreendedores e a interveniência do Ministério Público (Federal e/ou Estadual).

23 comentários:

Anônimo disse...

Q blz!

Anônimo disse...



Carnaval mercenário


A burguesia controla o Carnaval de rua (transformado hoje em sambódromos e trios elétricos milionários voltados unicamente para a “espetacularização” do evento) nos grandes centros urbanos como São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Recife, Olinda e tem interferido não só na organização do evento (algo perceptível, particularmente, nos elevados preços dos ingressos e de tudo que está em torno da festa), como também, na transformação desta festa em um espetáculo para a exibição de valores e comportamentos que não têm qualquer correspondência com o espírito popular de sua origem chamado “entrudo”, ou seja, a festa “de libertação” que antecede a quaresma, uma vez que o Carnaval era sinônimo de subversão dos “bons costumes” da elite oligarca ultrarreacionária. Hoje a “festa” que vemos na TV não representa mais o caráter contestatório político-religioso presente até meados da década de 50 (a sátira política como crítica ao regime político vigente).

O Carnaval, para ser palatável aos “turistas” do mundo inteiro e para os interesses comerciais da televisão, foi pari pasu “embranquecido” e “filtrado” de seus autênticos elementos de samba feito no morro, ou seja, foi instrumentalmente “desfavelizado”. Em decorrência da quebra de seus elementos originais quase desapareceram no Rio de Janeiro temas vinculados à cultura popular e às próprias raízes do Carnaval ou à história em versos da formação do povo negro. Até nos locais onde as tradições sempre foram mais preservadas, como em Olinda e, no ultrapopular “Galo da Madrugada”, no Recife, as garras dos patrocinadores capitalistas já chegaram. Somam-se a isso as festas e os camarotes exclusivos que, entupidos de celebridades descartáveis e “saradas”, servem para rechear centenas de páginas de publicações e programas globais que buscam entreter para alienar as massas.

De um lado, o pasteurizado carnaval “globeleza” e suas escolas de samba, completamente adaptadas aos interesses capitalistas, com músicas de letras vazias, vulgarizando e explorando o corpo das mulheres como uma simples mercadoria a ser “exposta” na mídia e para ser “consumida” virtualmente pelos telespectadores ou em carne e osso pelos “clientes” em seus camarotes de celebridades. Tudo isso em carros alegóricos e trios elétricos milionários bancados pelo Estado em associação com as grandes empresas, privatizando espaços públicos em uma verdadeira política de pão e circo, com a “diferença” de que neste show há que se pagar elevados preços dos ingressos, em geral loteados entre os turistas e “populares” indicados pelas diretorias das escolas de samba para fazer a “torcida organizada” nos desfiles. De outro lado, como produto da barbárie cultural, aparecem os paredões com seus incansáveis axés procurando alienar a população trabalhadora acerca de suas reais condições (ritmos de trabalho alucinantes, arrocho salarial, desemprego...). Seja na “luxúria” dos sambódromos, nos trios elétricos baianos com seu lixo cultural ou ao som dos paredões, a manipulação do carnaval o transforma em cultura de massa atrasada, completamente esvaziado de sentido. Desta forma os grandes meios de comunicação com o auxílio dos governos burgueses, como a frente popular petista, cumprem um papel nefasto de deculturação e alienação, ou seja, destroem qualquer traço de cultura genuinamente popular para melhor dominar o povo explorado, como os portugueses colonialistas fizeram com os índios.



Daniel disse...

Boa sorte para Eike Batista. Espero ver esse porto funcionando e ser o orgulho da região. Milhares de oportunidades de emprego para nossos filhos que estão estudando.

Eike Medo disse...

Acho graça dos que veem o Porto so como "oportunidade de progresso" da Região.

Estamos falando de um empreendimento gigantesco que está à beira de ser inaugurado (ou não) e não vemos planos viários e MUITO MENOS de segurança em equivalente situaçao de prontidão.

Ou alguem acha que esse monte de logomarca famosa ta no mapinha só gerando lucro e contratando campistas? HA HA HA

Cidades Portuárias são amplamente conhecidas pelo altíssimo indice de violencia e caos no trânsito. Enquanto se fala em empresas "trilhardárias" investindo na cidade, onde estão as saídas de escoamento dos veículos de lá pra cá e vice versa?

E pior: se mal se consegue resolver o pandemônio das cracolandias que funcionam à luz do dia em plena área central, faça idéia dos assaltos e outros delitos que viciados e falidos cometerão para sobreviver.

Daniel, "nossos filhos" estão estudando pra se esquivar disso tbm? Acho que não...

Barbas de molho, Senhores. Ponham as barbas de molho...

Anônimo disse...

Vale lembrar que isso é o que saiu na imprensa, né amigo?

O que deve tá debaixo do pano e por trás das cortinas desse teatrinho bilionario, só o diabo sabe.

Daniel disse...

É... maldito capitalismo, coisa ruim. Vamos eleger um Fidel Castro pro Brasil.

"O capitalismo é uma má distribuição de riqueza. O socilismo é uma boa distribuição de pobreza".

Vamos acordar gente! Se nossos filhos estudarem e se capacitarem, vão ter vaga garantida para trabalhar nas empresas do complexo industrial, juntamente com profissionais de fora que vão trazer excelente know-how.

A concientização contra drogas, fazemos em casa. Lição de pai pra filho.

Anônimo disse...

O blogueiro disse:

"Nesta linha, há que se compreender e defender que o movimento pela Justiça Socioambiental regional tenha papel importante na pressão por inclusão social, igualdade, preservação e/ou compensação ambiental, através da regulação e negociações, junto com os empreendedores e a interveniência do Ministério Público (Federal e/ou Estadual)."

E isso é realmente possível?

É realmente possível se atender a interesses tão antagônicos?

Antagônicos porque no Brasil a legislação ambiental é interpretada da forma tão radical que engessou o desenvolvimento do país.

Vejam a duplicação da BR 101. Não sai nunca porque o IBAMA não autoriza. As formigas continuam com seus formigueiros mas a população vai morrendo diariamente nessa BR. Viram o acidente de hoje: Um ônibus invadiu a pista contrária e estraçalhou o carro de passeio. Se fosse um trecho duplicado o acidente não teria a proporção que teve. Mais um vítima fatal. E as casas de cupins á beira da estrada continuam protegidas.
No Brasil, "ambientalistas" xiitas dão mais importância a formigueiros do que a geração de empregos. Mesmo porque eles já possuem os seu sustentos, seus empregos e sinecuras; o leite dos filhinhos já estão garantidos e falar abobrinhas dá ibope na mídia e votos. O ferrado e que vai continuar sem poder trabalhar, vendo seus filhos passarem fome!

Roberto Moraes disse...

Os conflitos são parte do processo de colocações sobre a mesa dos diferentes interesses.

Ou se constrói soluções negociadas ou o caminho será mais longo na Justiça.

Não há como fugir disto numa sociedade "democrática" onde há quem aposte na judicialização, porque para atuar neste campo é preciso dinheiro e estrutura. Aí, talvez, seja, para estes melhor atuar do que fazer concessões de compensações e outras em negociações.

O caso da BR-101 claramente expôs um equívoco na concessão que está sendo corrigida nas seguintes.

A autorização para início da cobrança dos pedágios necessita ter a conclusão dos projetos executivos e do licenciamento, só assim, as concessionárias terá melhor projeto e mais compensações numa conta diferente daquela, em que o $ do pedágio entra e as obras são postergadas.

O que não é possível é ficar oferecendo migalhas compensatórias, em detrimento do lucro, que é parte do negócio na sociedade em que vivemos, mas, regulada, e neste caso, a pressão sócio-ambiental é que garante que ela seja efetivamente cumprida.

Daniel disse...

Muito bem colocado Roberto, mas tem um porém. Em outras sociedades democráticas e mais desenvolvidas que a brasileira, o processo de licenciamente ambiental é muito mais simples.

Aqui o empreendedor é demonizado e escrachado. Uma pena...

É essa a crítica que eu tenho.

Abraços.

Roberto Moraes disse...

Caro Daniel,

É preciso superar o complexo tupiniquim para entender certas coisas.

Há diferenças na China, nos EUA, na Índia, Europa, etc.

As condições de produção, de infraestrutura, do ambiente natural, e principalmente, as condições sociais destes países são diversas, por isto, a construção do arcabouço legal de cada país, compreensivelmente, há que ser diverso.

Além do mais, ele vai sendo aperfeiçoado, lamentavelmente, mesmo sem querer ser maniqueísta, mais para favorecer o capital do que as condições gerais de vida da população.

Os ambientalistas defendem e há que ser respeitado, mesmo que se divirja, que o crescimento econômico menos rápido, propicia mais tempo, para a construção de ações mitigatórias e compensatórias que no fundo são interessantes para todos.

É importante fazer leituras mais amplas da realidade, sob pena de apenas repetirmos preconceitos já arraigados, sem nenhuma aperfeiçoamento e aprofundamento.

Certamente não é este o seu caso. Porém, é necessário ampliarmos a visão para além dos nossos interesses, sem isto, olhamos para a política, ou melhor, para o poder, com os olhos apenas de apropriá-los aos nossos interesses e não os comunitários e até nacionais.

Daniel disse...

Concordo Roberto. Mas vamos lembrar que a geração de empregos e de PIB gera impostos. Fica muito mais fácil cuidar do meio ambiente, saneamento básico, etc, tenho dinheiro no caixa.

É um ciclo "virtuoso".

Claro que a avaliação que fazemos é muito subjetiva. Na minha balança essa obra do Porto vai ser benéfica visto a imensidão do nosso território e a riqueza de natureza que temos. Países muito menores e com menos recursos sacrificaram mais em prol da economia. Esses paises têm elevados indices de IDH e PIB per capta.

A LLX está fazendo sua parte, já gastou 70 milhoes com meio ambiente, criou uma reserva ambiental, está soltando tartarugas no mar, etc...

Se a empresa não estivesse ali, nada disso teria acontecido.

Se houve algum erro de execução, concordo que a empresa tem de ser punida com multa.

Mas por favor, vamos torcer para que não aconteçam mais erros. Vamos apoiar os empresários que vão se instalar lá.

Copo meio cheio!

Anônimo disse...

Como disse o Betinho, "quem tem fome tem pressa"

A questão ambiental não pode impedir o desenvolvimento, a geração de empregos.

Renda gera emprego que gera renda.

O lucro é o investimento de amanhã e o emprego de depois de amanhã (M.H. Simonsen, acho).

Enquanto leva-se anos discutindo pequenas questões ambientais, vários passam fome, vários não tem emprego, vários vivem sem condições dignas. A prioridade deveria ser o desenvolvimento, pois o Brasil é um país subdesenvolvido. Emergente? Coisa nenhuma; é subdesenvolvido mesmo!

Anônimo disse...

Quanto mais os boys do X comentam aqui, mais acesso a nota do professor gera na internet.

Anônimo disse...

Gostaria que o blog colocasse coisas boas e ruins que são geradas com o porto do açu. As noticias sempre sao direcionadas para a questão ambiental, sem qualquer menção às melhorias sociais na região. Olhem para Macae de 30 anos atrás e hoje, conversem com as pessoas que moram lá, com seus familares, que entenderão o que estou sugerindo.

Roberto Moraes disse...

Torcidas e interesses à parte o blog traz dados, informações e análises que julga interesse ao debate público.

Quem acompanha o blog sabe que as notas versam mais sobre estratégias, dinâmica econômica regional e impactos sociais e ambientais decorrentes das mudanças das territorialidades, no caso, em relação à implantação do Complexo do Açu.

o blog não tem preocupação com a divisão (repartição) de opiniões e nem com questionamento de imparcialidade que muitos fingem ter.

O blog traz informações que julga pertinentes, comenta, faz análises, debate sobre o tema, até pela compreensão de que aqui, as pessoas buscam estas informações e análises que são diversas, às vezes complementares, outras vezes, discordantes, das que são oferecidas em outras mídias.

O blog estimula o leitor a fazer a leitura das diversas fontes, se aprofundar nos temas, e assim construir, para si próprio a sua opinião, que mais adiante pode ser reformulada, sem tutelas, de nenhuma forma.

Anônimo disse...

Quantas e quantas vezes endeusaram o Eike, sem conhecer, analisar, e até mesmo pesquisar sobre seu potencial prático-técnico? Agora que os seus empreendimentos nos mostra sua verdadeira faceta especulativa, alguns bajuladores em buscas de migalhas incertas, prefere pôr culpa em ambientalistas...filho feio não tem pai!? E os chineses, argentinos, espanhóis, estão pulando fora do barco, por questões ambientais? Claro que não! Esses grupos trabalham com pesquisas, investigam tudo, e checam informações! Agora minha humilde visão acadêmica! Todo grande empreendimento por impactar o local de implantação e todo seu entorno, deve ser seguido do respeito àqueles cidadão, e meio ambiente que ali se encontra a anos, antes de qualquer possibilidade de exploração, sob pena de não ser visto como solução viável, causando a antipatia e a política da má vizinhança por toda região. Isso sem falar nas causas judiciais que podem inviabilizar qualquer projeto! Viu Eikeanos!?

Anônimo disse...

Professor, muito bem colocado o post, mas seria mesmo um golpe tão duro assim? Estão em andamento 2 grandes projetos da NOV e Technip, a NOV é uma gigante mundial, uma das maiores da industria offshore, assim como a Technip. Acredito que o mercado offshore, area que voce ja afirmou ser o novo norte do empreendimento, é que não vive um bom momento. O reflexo disso é o que tem acontecido, empresas fechando inclusive por falta de contratos.

Mas concordo, acho interessante sua colocação sobre a falta de comunicação, quando o bloomberg perguntado do porque da saida, a empresa apenas informou " The cancellation is due to “external factors” mainly related to changes in the oil and gas industry, the company said in an e-mailed reply to questions today."

http://www.bloomberg.com/news/2013-02-13/batista-s-llx-slumps-on-subsea-7-contract-termination-rio-mover.html

Ou seja, de acordo com a empresa, algo externo terminou o contrato. Considerando que a Subsea, assim como nov e technip são empresas que se instalam no brasil para atender a Petrobras, se o que foi dito for a verdade, tem mais a ver com a condição atual da Petrobras do que com qualquer andamento do empreendimento em si. Bem, essa é só uma analise superficial baseada em "achismos" de quem tem visto como o mercado offshore tem se comportado desde a entrada da Graça na BR, a comunicação ao investidor fica bem subjetiva realmente.

Quanto aos profetas do apocalipse, que adoram falar mal sem fundamentos, então porto só tras desgraça, crack, etc? Então a cidade de Vitoria deve ser um inferno com seus 3 portos (tubarao, TVV e porto de vitoria), sem contar com outras operações perto, né? Triste ver que o Campista ao invés de ver oportunidade de negocios, ou empregos, e se qualificar para aproveitar o momento, fica na internet falando mal de tudo e todos só e principalmente dos que vem QUALIFICADOS de fora para ocupar vagas, ou seja, é a velha mentalidade de "preferencia do emprego local" como se uma empresa tivesse a obrigação de empregar alguem pior apenas para preencher cotas locais, tal qual fazem as prefeituras da região pedindo inclusive titulos de eleitor para preencher vagas, sinto muito meus caros, mas no mundo real as empresas empregam pela qualificação e não pela indicação (na maioria dos casos, claro). Sabe o que vai acontecer? Aqueles que se qualificarem vão conseguir bons postos de trabalho, os outros serão preenchidos naturalmente por pessoas de outras cidades que aceitarão ir viver em campos para trabalhar nas vagas dos que hoje preferem ficar por ai gastando o tempo a toa. Assim como aconteceu em outras cidades do Brasil, que fique claro.

Roberto Moraes disse...

Meu caro,

Se a desistência da Subsea7 é por conta dos problemas da Petrobras, então, a possibilidade da estatal ocupar área no Complexo do Açu também é pequena, o que também afetaria as estratégias e os objetivos do Grupo EBX.

Quanto a empregos e qualificação (local ou externa) já tratamos muito aqui.

O que difere é a lógica e os interesses das partes. Ninguém quer cota para empregos locais. A questão é que isto faz parte dos compromissos para evitar impactos pelo adensamento populacional.

O que acontece é que as corporações fazem acordos por cima, em seus escritórios de direção, instalados e centralizados nas capitais, o que, praticamente alija, possibilidades de inserção da economia regional nesta nova dinâmica. Assim, acaba ficando "fora da festa".

De acordo com as preocupações com o lugar onde o empreendimento está se instalando e pretendendo lucrar é preciso criar formas reais para que esta integração ocorra. Não é questão simples, mas, necessária e não exclusiva do empreendedor, mas, este também tem responsabilidade e pode até ganhar sobre esta ação, quando menos, com a redução das resistências, como a que se reclama no momento.

Ouça os empresários regionais e ouça o que eles estão falando e reclamando há meses.

Atuar proativamente nestas questões vale muitas vezes mais do que ficar distribuindo releases e questionando opiniões divergentes.

Anônimo disse...

Professor, que fique claro, concordo com seu post, o recado aos "profetas do apocalipse" foram aos que falam mal pela arte de falar mal. Eu acho até que esse é um problema do Eike criado pelo proprio, ele ta tanto na midia que ja existem os que adoram odiar o cara. Virou meio que esporte nacional, basta ver os comentarios em qualquer site quando saem noticias sobre algum empreendimento dele. Ao mesmo tempo outras grandes corporações fazem de tudo e ninguem da a minima. Acho que a figura do Eike da uma imagem humana que podemos chutar, ao contrario de outras empresas. Dava um belo estudo psicologico rs.

Sobre o mercado se adaptar e aproveitar as oportunidades, acho interessante ver que na mesma cidade de vitoria as empresas que trabalham para Vale, Petrobras, CST, são empresas majoritariamente locais. Ou seja, talvez alguns dos empresarios locais ainda não tenham entendido e vão precisar se adaptar a uma nova realidade, ou podem surgir novos empresarios na cidade que os engulam, não acredito que todas as empresas serão de fora, isso é inviavel e nao faz muito sentido.

Minha analise sobre esse caso dessa saida foi só achismo de quem acompanha o mercado offshore, ja ocorreu de empresas até falirem devido o fechamento atual de torneiras da BR, mas é claro que essa é só uma suposição, podem haver inúmeros motivos, o importante é que o post deixou claro que a comunicação vaga deixa o mercado apreensivo e fazendo exatamente o que fiz: suposições.

Anônimo disse...

É... Pois é mesmo, vou comprar ações da osx. A Dilma foi ai no porto e alguns dias depois liberou alguns bilhões para os portos de todo o Brasil, a ponte do SFI saiu do papel, foram liberadas as malhas ferroviaria p/ ai no Rio e Campos, só falta a tal da BR duplicar... Vão dar lucro estas ações. Agradecido pelo debate doutores.-

Anônimo disse...

Não se esqueçam da BR 101. Ela é um gargalo!

Sem a sua duplicação, nada vingará no Açu e também em Barra do Furado.

Hoje mesmo estava trafegando pela 101 vários (vi uns oito)caminhões enormes carregando risers. O Transito ficou emperrado e só fluía um pouco quando alguns caminhões iam para o acostamento para dar passagem.

A BR não suporta nem o seu atual tráfego. Os gringos já devem estar sabendo deses "detalhes" que envolvem o Porto do Açu.

Anônimo disse...

O debate aqui quase sempre descamba para o ideológico. Pouco se aproveita.
De um lado, os inteligentezinhos que, do alto de seus empregos públicos, se acham de esquerda. Nunca deram emprego, jamais empreenderam e não conseguiriam gerir seus próprios recursos num ambiente de competição. Valem-se de uma série de argumentos para justificar sua mediocridade, preguiça e covardia. Contudo, pensar assim tem suas vantagens: consola a alma e os aproxima dos outros. Acreditam estar lutando o bom combate.
Por outro lado, o argumento desenvolvimentista negligencia uma série de fatores que de tão superficial, fica chato.
Não tenho a verdade, por isso leio o blog e outras fontes. As informações do professor Roberto são relevantes e mesmo que estampadas com sua marca pessoal (como não poderia ser diferente) valem a leitura com toda atenção.
O blogueiro está de parabéns por trazer tanta informação sobre os investimentos do Açu.
Tem muita gente aqui que torce para o jacaré (ou crocodilo) no filme do Tarzan, mas não parece ser o caso do Roberto Moraes.
Ainda assim, no modelo de sociedade de consumo que vivemos (e queremos viver até onde vejo) empreendedores são necessários, mesmo que isto implique em um ou outro fanfarrão. O segredo é o controle dos (d)efeitos pela sociedade que tem nos seus representantes o poder para tal.
Os que clamam por emprego tem tanta legitimidade quanto os expurgados do quinto distrito ou os pesquisadores da UENF. É uma equação complexa abrigar tantos interesses muitas vezes conflitantes. Mas viver não é isso? Fazer escolhas?
Façamos as nossas...

Abs

Anônimo disse...

Comentarista das 12:38: voce disse tudo!

O problema é que todos acham que estão certos, e poucos veem que é uma equação complexa. Ideologia no mundo de hoje, seja de direita, esquerda, não leva a nada. Tem que se achar é uma solução viavel para a tal equação.

sds