sexta-feira, fevereiro 08, 2013

BR-101 no RJ está entre os trechos de rodovias mais perigosos do país


Segundo a pesquisa, de 17 a 22 de fevereiro do ano passado do Ipea (Instituto de Pesquisas Econômica Aplicadas) identificou a BR-101 na nossa região estão entre os mais perigosos do país e no carnaval passado teve registrados 37 acidentes, com 13 feridos e 3 mortos.

Veja abaixo mais detalhes da matéria do Globo Online. Os grifos são do blog que registrou a posição da concessionária que confirma o perigo no trecho Rio Bonito-Campos e a intenção de colocar radares para limitar a velocidade a 100 km/h.

“A metodologia da pesquisa conferiu peso diferenciado aos acidentes, que receberam pontos conforme a gravidade (um ponto para colisões sem vítimas, cinco pontos para as com vítimas e 25 pontos para as que resultaram em morte). Embora os acidentes com mortes tenham peso maior no índice de gravidade, de acordo com a Polícia Rodoviária Federal, os 20 trechos classificados como os mais críticos alcançaram essa posição por causa do grande volume de pequenas e médias colisões com ou sem mortos. Mais de 70% dos casos registrados nessas áreas, no carnaval do ano passado, diz a corporação, não produziram feridos.

— Os trechos considerados críticos não são onde se morre mais nas estradas federais, mas onde temos mais acidentes. É um recorte da situação das estradas. São áreas tipicamente urbanas, que têm um fluxo grande de veículos e muitos engarrafamentos. E onde a maioria dos acidentes ocorre por falta de atenção e porque o motorista não mantém a distância segura em relação ao carro da frente. Não é porque o trânsito é lento que não há risco de colisão — explica a assessora de comunicação da PRF Marisa Dreys.

Com 25 acidentes, 11 feridos e uma morte, o trecho da BR-101 entre os quilômetros 320 e 330 foi considerado o mais crítico pela pesquisa, com 73 pontos no índice de gravidade. Esse trecho é composto por nove quilômetros da Ponte Rio-Niterói e um quilômetro da Avenida do Contorno. Já o segundo trecho considerado mais crítico é o que fica entre os quilômetros 300 e 310 da BR-101 Norte, em São Gonçalo. Ali foram registrados 12 acidentes com 2 feridos e duas mortes.

A Autopista Fluminense informou que foram registrados quatro acidentes na Avenida do Contorno, sendo um com uma vítima fatal (um atropelamento perto de uma passarela) na folia de 2012. No trecho de concessão da Niterói-Manilha foram dez acidentes com dois mortos (um por atropelamento e outro em uma colisão entre uma moto e um carro) no período.

Segundo o gerente de operações da Autopista Fluminense, Edmundo Régis Bittencourt, a Avenida do Contorno registra acidentes de baixa complexidade causados sobretudo pela briga por espaço no afunilamento da estrada. A Contorno, que tem duas faixas de rolamento por sentido, sem acostamento, começou a ser alargada no final do ano passado. A previsão é que a obra, que adicionará mais uma faixa de rolamento e um acostamento por sentido, dure dois anos. As obras deverão ganhar volume depois do carnaval. Já na Niterói- Manilha, os acidentes são atribuídos ao fato de a estrada cortar uma área populosa de São Gonçalo e ter um fluxo muito grande, sobretudo nos feriados.

— Por esse trecho passam 95 mil veículos por dia. Em São Gonçalo, as margens da estrada são muito povoadas e tem muita gente que atravessa para pegar o ônibus ou anda por ali de bicicleta. Conseguimos reduzir os atropelamentos em 35% de 2011 para 2012, quando implantamos 13 passarelas e 25 quilômetros de tela no canteiro central da rodovia. Isso direcionou o pedestre para uma travessia mais segura — diz Edmundo.

O gerente de operações diz que embora o trecho apareça entre os mais críticos no levantamento da Polícia Rodoviária Federal, a concessionária não o considera o mais perigoso da área de concessão. A concessionária diz, ainda, que já enviou à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) um estudo dos pontos mais arriscados da estrada para implantação de radares na rodovia. O estudo ainda depende de convênio para ser implantado.

Hoje o trecho que consideramos mais complicado é o que ainda dá a possibilidade da colisão frontal, por não ser duplicado, que vai de Rio Bonito a Campos — complementou Edmundo.

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