quinta-feira, março 28, 2013

Porto de minério que foi da MMX desaba no Amapá

O desmoronamento fez com que caminhões, guindastes e parte da área administrativa da mineradora, que estavam em uma estrutura flutuante, caíssem no Rio Amazonas. O acidente ocorreu por volta das 0h30 desta quinta-feira (28) e as causas ainda estão sendo investigadas. Mergulhadores, homens da defesa civil, da Capitania dos Portos e da Polícia Militar também estão no local.

No início da madrugada, dois funcionários da empresa foram socorridos com vida do rio, informaram os bombeiros. A Anglo American diz que houve uma grande "onda". Em nota, a mineradora confirmou que por volta das 12h desta quinta-feira, seis pessoas permaneciam desaparecidas (sendo 3 funcionários e outros três contratados).

Testemunhas disseram porém que foi o desabamento da estrutura do porto, que exporta minério para diversos países, que provocou a onda. Diversos barcos, que estavam ancorados no porto, acabaram afundando. "Foi tudo muito rápido, não levou mais de cinco minutos", disse o vigia Denilson Silva.

A mina e a estrutura de exportação de minério do Amapá foi vendida pela MMX do Grupo EBX, junto do chamado Sistema Minas-Rio (que inclui a jazida de minério em Minas Gerais, o mineroduto em construção e a unidade de filtragem e esteiras para exportação no Porto do Açu), no final de março de 2008, à mineradora Anglo American, pela quantia de US$ 5,5 bilhões. Foi nesta mesma época, que a holding EBX foi constituída e os negócios com petróleo iniciados através da OGX.
PS.: Com informações e vídeo do G1.

PS.: Atualizado às 22:36: Com novas imagens e informações sobre o desabamento. Segundo o metereologista a causa não deve estar ligada à tal onda" e sim a um provável desbarrancamento de área onde se depositava o minério para ser carregada no pier do porto que desabou junto dos guindastes, caminhões, etc. Desde o segundo semestre do ano passado a Anglo American já havia anunciado seu interesse em vender este "ativo", estimado entre US$ 400 milhões e US$ 600 milhões, para se dedicar o projeto Minas-Rio.

O grupo sul africano Anglo American, em agosto de 2008, depois de ter adquirido o Sistema Amapá e o Minas-Rio da MMX criou a Anglo Ferrous do Brasil.

O grupo Anglo American é uma das maiores mineradoras do mundo, atuando nos continentes africano, europeu, asiático, Austrália e nas Américas do Norte e Sul, com extração de cobre, níquel, ferro e carvão. A Anglo desde que adquiriu o sistema do Amapá informou que investiu R$ 1,5 bilhão neste empreendimento. No ano de 2011 a mina do Amapá produziu 4,8 milhões de toneladas de minério. No primeiro semestre de 2012 a produção atingiu 3,3 milhões de toneladas, com previsão de atingir a plena capacidade da mina, agora em 2013, com uma produção de 6,1 milhões de toneladas de minério.  

10 comentários:

Anônimo disse...

Que preju Eike deu a Anglo né?! Mesmo que indiretamente e sem querer, passou uma bomba pra frente, quem vai pagar a conta?

douglas da mata disse...

Pois é...quanta competência do setor privado, não?

Foi a "onda"...acho que esta "onda" foi uma sabotagem terrorista dos petistas e esquerdistas...

Por aqui, vão escravizando trabalhadores, desterrando famílias e salgando a terra.

tsk, tsk, tsk...bando de midiotas, fanáticos do deus-mercado, nem que a realidade caia sobre suas cabeças, comseguirão enxergar.

Depois falam que nós é estamos impregnados por dogmas ideológicos...tsk,tsk,tsk.

Roberto Moraes disse...

Olá Douglas,

Eu fiz questão de mostras as matérias de dois telejornais da Globo, porque até eles foram obrigados a desmascarar a hipótese da grande onda, que virou piada, infelizmente matando seis trabalhadores.

O estrago é enorme. Imagine um pier enorme de exportação de minério tombar, afundar um navio que estava sendo carregado, outras embarcações menores, tragar caminhões, guindastes, tudo. Varreu tudo.

O desmoronamento foi do aterro das margens, onde se apoiava um enorme pier sobre o rio. Bom lembrar que é o Rio Amazonas, enorme, com grande calado, senão não tinha como carregar minério.

A quantidade de ferragens agora sob as águas é enorme e, assim, eles não têm como tentar resgatar os corpos dos trabalhadores.

Um acidente do trabalho, que como repito para os desavisados do assunto, não é sem causa. Todo acidente tem causa ele não ocorre por acaso.

Veja que um metereologista ouvido diz não ter tido fenômeno climático para atuar em desastre tão grande.

Há fortes indícios de um problema de projeto ou de execução de estrutura de engenharia.

Lamentável.

Dantas disse...

Eu nao ia comentar mais pq na ultima vez fui censurado por falar a verdade apos ser acusado por esse Douglas ai, mas aqui vai minha tentativa, mesmo que seja em vão.

Entao o setor privado é incompetente né? Ok, não ocorrem vazamentos nas plataformas da Petrobras, não foi na Petrobras que plataformas explodiram e adernaram (não importa o governo, a empresa é estatal), a Cedae nunca deixa os moradores do Rio na mão, Furnas é um exemplo de distribuição de energia, e poderiamos ficar aqui dizendo 1000 exemplos.

Qualquer acidente não é causado por uma unica causa, mas por varias, talvez vc devesse estudar mais antes de falar do que não sabe, opiniões político-ideológicas não resolvem quando o problema é técnico. Um acidente não é causado por ser estatal ou privado, e sim a varias causas que se sobrepoe mas que na grande maioria são devido a problemas gerenciais, ou seja,MÁ GESTÃO. Não adianta pegar um caso em um milhão e tentar dizer que as empresas privadas são incompetentes. O obvio é que se a empresa é privada tende a ter menos incompetente, por ter menos influencia de burocratas militantes de partidos politicos em cargos de inteligencia estrategica ao inves de tecnicos q visam o lucro da empresa e acionistas. Mas também não significa serem livres de incompetencia, obvio. Dai deveria existir uma fiscalização do estado, coisa que no Brasil só funciona para arrecadar e não para prevenir. Nisso sim concordamos: o aparato estatal é uma maquina de fazer dinheiro. Imbatíveis.

E sim, vc é impregnado por um dogma ideologico que acabou em 1991. O deus mercado ganhou essa guerra, e ganharia mais 10.000 contra o modelo falido que defende.

Quanto ao acidente, triste claro. Tão triste quanto os que ficam nas trincheiras escondidos e a cada falha dos setores que ele não concorda, levanta e fica gritando: eu não disse! eu não disse! E depois volta a normalidade, porque um caso em um milhão não comprovam as teorias fadadas ao fracasso, conforme a historia humana ja comprovou.

Roberto Moraes disse...

Oh Dantas,

Entre outras tantas diferenças, no meu caso, é que diferentemente do que você acaba de dizer e defender, o blog enxerga os avanços, que não são poucos, mas, não deixa de expor os problemas (e divulgamos diversos aqui, helicóptero, vazamentos) na busca de melhorias e aperfeiçoamento daquilo que é de todos nós brasileiros, ao contrário de você que só vê virtudes no seu deus mercado, iludido com uma assepsia que lembra o Murdoch, o Safra e outros.

Nem os maiores defensores do capitalismo hoje, têm coragem de defender a regulação deixando tudo entregue ao mercado.

Isto sim é decadência cultural e, ao contrário do que pensa, ideologia purinha, purinha, em defesa do seu dogma de mercado.

Esta sua fala é a mais clara de todas que já li até aqui.

É como insiste a psicanálise: a fala expõe as entranhas.

Sds.

Dantas disse...

Caro Professor, não sermos do mesmo lado não significa que precisamos ser extremistas. Obvio ocorreram melhorias na Petrobras, tal qual ocorreu dos anos 80 pros 90. E obviamente ja li aqui diversas denuncias envolvendo a Petrobras. Não postei para defender empresa alguma, privada ou estatal. Meu comentário foi sobre a defesa de um modelo de estatização falido, por pessoas que vivem chamando quem empreende nesse pais de "parasitas".

Em pleno 2013 ver pessoas com os velhos gritos de "escravizando trabalhadores", entre outros gritos bonitinhos, afinal, para essas pessoas o ser humano sempre é legal, o que estraga é o maldito capitalismo...tudo isso claro digitado em seus...macbooks air. Realmente muito coerente.

Ao contrario desses radicais, não sou a favor do estado minimo. Existe lugar para o estatal e privado. O estado pode e deve atuar sim onde as empresas não tem interesse, existe lugar para ambos. Existem n atividades economicas que não geram lucro (ou o necessario para a viabilização de uma empresa) mas que são fundamentais para o pais e podem ser exercidas por estatais.

O que irrita é essa defesa do indefensável. Afinal, qual o problema de uma empresa privada explorar minerio ou atuar em qualquer outra area?? Nao entendo que em 2013 existem pessoas que acham isso coisa do capitalismo "malvadinho". Quantos empregos são gerados?? Qual o problema de uma empresa privada atuar onde o governo não tem prioridade?? Realmente o lamentavel é ver gente que acha feio isso só porque gera lucro a outros alem do estado brasileiro. Isso é agir por ideologia e não pela lógica.

Agora sim, eu tenho uma ideologia e ai você tem razão. Sempre seguirei a ideologia da lógica. O que implica necessariamente em ver números e chegar a conclusões obvias sobre a eficiência das empresas. PARA MIM, a maioria as empresas privadas são sim mais eficientes, basta ver números ao redor do mundo. E não será um nicho de excelência estatal que vai mudar isso. E como eu já disse anteriormente, isso não implica em serem infalíveis. Incompetencias ocorrem nos dois modelos. Não enchergar isso, ai sim é cegueira ideologica.

Meu comentario vai continuar sendo contra os extremistas que defendem um modelo falido em 1991. Afinal, se não fosse falido eu estaria andando de Lada e digitando em um notebook da marca...bem, esquece, não existiriam notebooks.

Roberto Moraes disse...

Caro Dantas,

Alguns dogmas têm que ser rompidos.

Ser ou não do mesmo lado ou ser extremista para mim não é problema. Nunca foi.

A defesa extrema e incisiva de uma posição não é ruim em si.

Vivemos numa sociedade que a sociologia do Sérgio Buarque já chamava a atenção para a exigência do homem cordial e para a busca do consenso.

Este blog não busca consensos. Este espaço não banca de imparcial como os jornais que, não por acaso defendem posições bem distintas da expressa e defenda pelo blogueiro.

O espaço está aberto para posições contrárias e sempre esteve.

O blog não compactua com a visão daqueles que só vê ideologia na posição daqueles a quem discorda, de forma muito similar ao que faz a velha mídia.

Voltando à economia e à gestão, eu, particularmente não vejo problemas, no atual estágio que vivemos, que o setor privado atue em áreas complementares ao estado, até mesmo na prestação de serviços públicos.

Não concordo é com a venda a preço de bananas de empresas públicas como se fez no passado. Digo empresa rentáveis como a Vale e algumas siderúrgicas.

Sua posição é contraditória. Quer ver:

"Existem n atividades economicas que não geram lucro (ou o necessario para a viabilização de uma empresa) mas que são fundamentais para o pais e podem ser exercidas por estatais."

Veja você defende que só cabe estatais onde não se gera lucros. Depois quer bater na mesa dizendo que elas não geram lucros e quer dar exemplos das empresas privadas que ficaram onde dá lucros, mesmo se forem mal geridas.

Quer outra contradição?

"Sempre seguirei a ideologia da lógica. O que implica necessariamente em ver números e chegar a conclusões obvias sobre a eficiência das empresas. PARA MIM, a maioria as empresas privadas são sim mais eficientes, basta ver números ao redor do mundo."

Números na maioria dos casos são usados para se justificar o que a priori já se defende.

Isto não foi dito e não é repetido por quem de esquerda, ao contrário.
Desta forma, vale sempre o contraditório para avaliar argumentos para além de números.

Dou exemplo de eficiência das Escolas Técnicas Federais no ensino público. Com orçamento por aluno equivalente a algumas escolas privadas conhecidas nas capitais, elas sempre tiveram melhor rendimento que estas, mesmo, recebendo alunos com formação anterior menos estruturado que as outras.

Ninguém aqui que eu tenha lido, defendeu a ineficiência do público, de forma análoga, eu vi, ao contrário, sua defesa cega, de todas as empresas do mercado

... continua abaixo...

Roberto Moraes disse...

...

continuando...

Se voltarmos ao caso do Complexo do Açu, o blog tem mostrado as contradições dos empreendedores e a necessidade da regulação ser efetivamente cobrada, sob pena, de perdas e consequências irreparáveis.

A necessidade de geração de emprego e renda, não justifica sair dilapidando tudo.

As críticas devem ser absorvidas, tanto no setor público quanto no privado. nenhum deles pode estar imune a elas. O primeiro responde à Procuradoria da República, aos MPs estaduais, e à opinião pública, com os votos e com os mandatos. E o segundo?

Diversos exemplos são mostrados todos os dias, sobre as maneiras de se burlar a regulação e a legislação. Para isto existe o Estado. Muitos gostariam que não tivesse que pudessem agir livremente, independente do interesses diferentes existentes na sociedade.

Veja que estamos discutindo o assunto numa postagem sobre um acidente do trabalho numa empresa privada com todos os indícios de erros de projeto e de execução ligados à engenharia, com consequências e vítimas, prejuízos ambientais e sociais grandes e graves.

O estado terá que agir para apurar as causas, responsabilizar culpados e exigir indenizações condizentes com os estragos, que não podem deixar de ser proporcionais aos ganhos que são exclusivamente privados.

Simples assim.

Para a sociedade e o país avançar precisamos de mais política, da inclusão social de mais brasileiros até então excluídos.

O setor privado pode continuar ganhando o que tem ganho nos seus espaços de atuação no país, mas, precisa se modernizar, ao contrário do discurso que você faz, precisa cumprir a legislação, assim, a conversa, mesmo com posições bem distintas (ideologicamente falando e... não precisa ter medo da palavra ideologia).

Sds.

Roberto Moraes disse...

Retomando para falar de algo que havia esquecido.

A prova da pouca interlocução entre as falas apresentadas, reforça a hipótese de que as mesmas, de ambas as partes (e não há problemas nisto) estão calçadas em concepções ideológicas.

Sds.

Anônimo disse...

Olá a todos meu nome e Gabriel não vou discutir sobre empresas ,setores ou economia mas la vai eu morro no amapá e ao contrario do que pensam vários racistas aqui não morra so índios sobre o incidentes essa não foi a primeira vez na verdade e a segunda minha vó esteve na primeira e eu na segunda dura em media 5 minutos acreditem ou não o que causa isso são. Buracos ,e isso mesmo o amapá e como uma flor e em sua raiz submersa e comum a abertura de buracos novos e a cada abertura as aguas entram fazendo com que o nível da agua diminua alguns minutos depois ela estranhamente retorne de onde veio com mais violência criando assim a estranha " onda "