quarta-feira, junho 19, 2013

Interrupção das obras da UCN/OSX no Açu

Como este blog informou aqui em postagem no dia 10 de junho de 2013, a OSX acelera as medidas para interromper as obras da Unidade de Construção Naval no Açu, município de São João da Barra. Hoje, o blog foi informado que na semana passada todos os gerentes foram demitidos.

Hoje, o jornal Valor (em matéria abaixo) confirmou que a OSX faz plano de paralisação de obras.

Na semana passada, o blog foi informado que através de carta, a OSX deu prazo até o próximo dia 20 (amanhã), para que a empresa espanhola Acciona, faça toda a desmobilização de materiais do canteiro de obras da UCN no Açu.

A Acciona retirou bastante material e devolveu equipamentos alugados. Continua também fazendo a limpeza da parte do canteiro em que atuava nas obras do estaleiro. A Acciona está retirando geradores, formas, torres de iluminação, contêineres, 4 usinas de concreto, além de diversos outros equipamentos. A OSX não confirma este prazo dado á Acciona que atuava na construção do terminal TX-2 do Açu.

Hoje, funcionários da Petrobras e Mendes Junior do Consórcio Integra inspecionaram as obras e a realidade do estaleiro da UCN no Açu.

Abaixo a matéria do Valor que é esclarecedora sobre a realidade da UCN no Açu. Os grifos são do blog:

"OSX faz plano de paralisação das obras"
"Empresa mais problemática do conglomerado de Eike Batista, o estaleiro OSX contratou a consultoria Alvarez & Marsal, que tem entre suas especialidades a reestruturação empresarial. Procurada, a OSX não respondeu até o fechamento dessa edição. Segundo fontes ouvidas pelo Valor, o objetivo nesse momento é parar a obra do estaleiro ao menor custo possível. O plano, segundo a fonte, é que esse custo não ultrapasse US$ 380 milhões, que é o valor que Eike Batista terá que injetar na empresa remanescente do direito de venda de novas ações a que o estaleiro tem direito, a ser exercida contra seu controlador até março de 2014.

O investimento total programado no OSX era de US$ 1,7 bilhão, sendo 80% financiados pelo Fundo de Marinha Mercante (FMM). Os repassadores são BNDES e Caixa Econômica Federal (CEF). Segundo o balanço da empresa, uma dívida de R$ 523,14 milhões com o Itaú Nassau vence na sexta-feira, dia 21 de junho. Dia 15 de agosto vence dívida de R$ 492,12 milhões com o BNDES.

No mês passado a empresa informou que iria suspender os investimentos no estaleiro e concentrar o desembolso de caixa na atividade de afretamento de plataformas de exploração e produção. O braço de leasing da OSX afreta para a co-irmã OGX a plataforma OSX-1 que produz no campo de Tubarão Azul. Outras duas plataformas - OSX 3 e OSX 2 - estão em construção na Ásia.

Quando ficar pronta, a OSX-3 irá para o campo de Tubarão Martelo, que agora tem como sócia a malaia Petronas. Se a OSX tiver problemas para pagamento dessa plataforma e de outra, a WHP2, os US$ 500 milhões devidos pela Petronas à OGX como parte da aquisição de Tubarão Martelo serão usados para essa dívida. Isso porque ambas são necessárias para que esse campo entre em produção. A OSX-2 está à venda, como apurou o Valor.

A OSX realizou recentemente uma reestruturação que resultou no enxugamento da força de trabalho e na redução da carteira de encomendas, o que incluiu o cancelamento de um contrato, de R$ 732 milhões com a inglesa Kingfish, para a construção de 11 navios-tanque. Hoje, a demanda confirmada do estaleiro é para construção de um navio PLSV (para instalação de oleodutos) para a Sapura e da integração de dois navios plataforma para a Petrobras, por meio de joint venture na qual a OSX tem 49%.

Ontem, o Ministério Público do Trabalho no Rio (MPT-RJ), por meio da Procuradoria do Trabalho no Município (PTM) de Campos dos Goytacazes, obteve liminar favorável à reintegração de 331 trabalhadores dispensados sem justa causa pela OSX, desde janeiro deste ano. A decisão, da juíza da 1ª Vara do Trabalho em Campos, Fernanda Stipp, determina multa diária de R$ 1 mil por empregado não reintegrado, caso a empresa não obedeça a liminar. Procurada, a OSX informou, em nota, que foi informada ontem sobre a existência da ação judicial e da liminar.

"A companhia está avaliando como irá proceder, levando em conta a decisão liminar e seu momento estratégico", disse. O MPT-RJ afirma que a OSX demitiu os funcionários da obra "sem qualquer negociação coletiva prévia".

Um comentário:

Anônimo disse...

Informação Perfeita.

Paulo Dantas.