terça-feira, junho 18, 2013

Repercussão das manifestações no Brasil

A BBC reproduziu e interpretou matéria do espanhol El Pais:

Brasil vive 'esquizofrenia' com protestos, diz 'El País'

protesto no Maracanã (foto: BBC)
Para autor, Brasil vive paradoxo entre crescimento e exigência por serviços de qualidade
Uma análise publicada no jornal espanhol El País nesta segunda-feira diz que os protestos que vêm tomando as ruas das principais capitais brasileiras desde a semana passada causam "perplexidade" dentro e fora do país e geram várias perguntas - e poucas respostas - sobre as razões da situação.
"Por enquanto, o que existe é um consenso de que o Brasil, invejado internacionalmente até agora, vive uma espécie de esquizofrenia ou paradoxo que ainda deve ser analisado ou explicado", afirma o artigo, intitulado "Por que o Brasil e agora?".
O texto, assinado pelo correspondente do jornal no Rio de Janeiro, Juan Arias, indaga por que agora surge um movimento de protesto quando, ao longo dos últimos dez anos, o Brasil viveu como que "anestesiado" por seu êxito compartilhado e aplaudido mundialmente.
"O Brasil está pior do que há dez anos?", pergunta o autor. "Não, está melhor", responde ele, acrescentando que o país está mais rico, tem menos pobres e testemunha o crescimento do seu número de milionários. "É mais democrático e menos desigual", completa Arias.
O autor segue com mais perguntas. "Por que saem às ruas para protestar contra a alta dos preços dos transportes públicos jovens que normalmente não usam esses meios porque já têm carros, algo impensável há dez anos?
"Por que protestam estudantes de famílias que até pouco tempo não tinham sonhado em ver seus filhos pisarem na universidade?"

Um Brasil melhor

O texto ainda questiona por que o Brasil, "sempre orgulhoso do futebol, agora parece estar contra o país sediar o Mundial".
Na avaliação do autor, a resposta para o paradoxo que hoje vive o Brasil talvez esteja ligada à formação da chamada nova classe média; ao fato de que os pobres que passaram a ter uma vida melhor estão conscientes de ter dado um salto qualitativo na esfera do consumo e agora "querem mais".
"Querem, por exemplo, serviços públicos de primeiro mundo; querem uma escola que, além de acolhê-los, lhes ensine com qualidade, o que não existe; querem uma universidade que não seja politizada, ideologizada ou burocrática. Querem que ela seja moderna, viva, que os prepare para o trabalho futuro."
Ainda segundo o texto, os brasileiros, "querem hospitais com dignidade, sem meses de espera, onde sejam tratados como seres humanos".
"E querem, sobretudo, o que ainda lhes falta politicamente: uma democracia mais madura, em que a polícia não atue como na ditadura".
"Querem o impossível? Não", afirma o texto, completando que, ao contrário dos movimentos de 68, "que queriam mudar o mundo", os brasileiros insatisfeitos com o que já alcançaram querem que os serviços públicos sejam como os do primeiro mundo.
"Querem um Brasil melhor. Nada mais."

21 comentários:

douglas da mata disse...

Engraçado.

Eu concordo com o jornalista, mas fica a dúvida:

Querem serviços públicos melhores, mas pagando impostos de 33% da renda e dos PIB nacionais, enquanto no primeiro mundo a média é de 40, 45 e até 65% (países nórdicos).

Querem melhorar a democracia rechaçando partidos?

Querem Universidade viva, sem debate, sem ideologia, sem política?

Querem ação(manifesto) sem reação (polícia)?

Ué, na minha época, em 86, 87, nas greves gerais, nosso orgulho era, justamente, mostrar as cicatrizes das batalhas com a PM.

Ter um "perfil" nas S2 e P2 (seção reservada de inteligência do Exército e da PM, respectivamente) era um símbolo de "distinção e hierarquia na luta".

Agora querem tudo...de mão beijada, sem entregar nada?

Querem mudar a estrutura (e eu concordo) da atenção do Estado, sem tocar na sua estrutura de privilégios, na qual estão incluídos, com os melhores empregos, vagas nas universidades, e atendimento médico privado bancado pelas isenções fiscais?

Como assim?

Roberto Moraes disse...

Estas e muitas outras perguntas estão sem respostas.

Não tenho certeza da afirmação do jornalista do El Pais de que os estudantes, que eram a maioria esmagadora dos manifestantes no Rio (eu estive lá e vi) querem universidade viva sem debate, sem ideologia e sem política. Ouso dizer que ninguém pode ainda tirar esta conclusão baseada em falas individuais escolhidas em edição com interesses velhos e conhecidos, seja de que lado for.

Há confusões neste campo sim, mas, não com este diagnóstico.

As reclamações são no campo da política e asseguro,que tirando manipulações aqui e ali, elas estão no campo progressista da política e não do atraso.

Há ainda uma ânsia compreensiva de participação. Eles querem experimentar a luta que ouvem e leem. Mais que perceptível, era possível ouvir isto diretamente dos manifestantes: "daqui a vinte anos eu vou estar nos livros de história".

É como se quisessem construir histórias para serem contadas não no presente, tão comum destas épocas online. (Aqui faço recortes e edição que citei acima e também feito por outros)

Entre os estudantes, mesmo que isto não seja assim tão fácil de identificar, a maioria era de classe média, até aí não há novidades que ajude na aprofundação da análise, já que muitos chegaram às universidades pelos programas dos governos e que com justiça querem mais.

Isto é positivo, porque aponta para um campo em que a política precisa ser discutida.

É evidente que os partidos terão um papel enorme e importante neste processo para ajudar na discussão do que é este processo, para alguns fenômenos.

Não é correto desconsiderar estes atos, mesmo que as redes sociais possam ter trazido ou facilitado (como é comum a elas) a mobilização em bases mais ou menos superficiais (de novo, como é comum a elas), mas, por outro lado, há que se considerar que há descontentamentos a serem trazidos para a mediação política, que demanda renovação e inclusão desta novas expressões.

Mesmo que seja um processo passageiro, a sua ocorrência (e uma passeata de 100 mil não é qualquer coisa) simples) ele tem um componente histórico e uma hegemonia que terá (ou já está sendo) disputada.

Entender como o país melhorou, como ele chegou onde estamos e o que e como deve ser feito para ele melhorar, vencendo as resistências do que sempre resistiram que chegássemos até aqui, tendo ainda tanto problemas para resolver.

Enfim, é bom que politizemos os atos e os debates e entendamos a origem dos problemas, para construir a solução, que será da forma possível e não sonhada.

Isto, mesmo que seja, antigo, é importante e, ao mesmo tempo contemporâneo, embora sua compreensão, possa vir nos livros e/ou nas ruas.

Roberto Moraes disse...

continuando...

A falta de uma pauta clara leva a outra e mais outra manifestação numa aposta de ampliação de forças, mas no risco de redução.

No Rio já há outra marcada par ao dia 20 no Palácio Guanabara. Aliás, se há uma unanimidade para ser contra e se rebelar no ato foi o Cabral.

Parece que o letmotiv é uma insatisfação meio que generalizada. Reclamam representação e das representações, portanto, lutam por uma para si. Ou não?

Há quem pense que seja bom para quem está na oposição, mas, eu tenho a impressão que alguns da oposição podem ser mais rejeitados até que outros.

Como já disseram, há ainda as vivandeiras que já começam a dizer que é preciso parar com este tipo de coisa.

Roberto Moraes disse...

Vale ainda ler os autores que o blog sugeriu nas notas abaixo.

Eles dão pistas para tentarmos ser um pouco menos rasos nas análises como de alguns telejornais.

douglas da mata disse...

Roberto,

Continuo a rejeitar a hipótese de que estes movimentos, que desde já se reivindicam anti-políticos, sejam "de esquerda", ou sensíveis as bandeiras de "esquerda".

Na Europa, por certo, dentre as pautas dos neonazistas haverá a defesa do emprego, dos direitos dos trabalhadores e da indústria nacional. E isto não os torna palatáveis.

Aquilo que você identificou como desejo de protagonizar a história eu remeto a manifestação exibicionista típica dos habitantes do feicebuquistão.

Claro que não podemos ignorá-los, mas fica outra pergunta:

Em movimentos orgânicos e movidos por uma pauta política haveria espaço para que a direita disputasse a hegemonia da condução destes movimentos, como faz com este tipo de passe livre do cansei?

Respondo: é óbvio que não! Então esta resposta já desnuda a fragilidade política deste pessoal.

Na minha rasa opinião, alguns setores serão incorporados pela política pela esquerda, outros tantos pelo que há de pior na direita nacional, e o resto vai para casa, como quem saiu da balada ou do Rock'n'Rio.

Eu espero e torço para estar errado...mas não vejo sinais animadores.

douglas da mata disse...

Em suma, como dizia minha vó:

Não dou carona a estranhos!

Não pego carona com estranhos!

Não viro as costas para meu copo!

Não aceito comida e bebida de estranhos!

Não apoio aquilo que não consigo identificar politicamente!

rsrs, um abraço.

Gustavo Alejandro disse...

São manifestações burguesas, certamente. O pessoal reclama por serviços publicos de qualidade e o fim da corrupção. Ninguém pretende a dominação dos meios de produção; nem sequer os que aproveitaram para vandalizar.
Agora, se uma mobilização burguesa é ruim ou boa, já depende do juizo de cada um sobre a burguesia.

Anônimo disse...

Para os governos ( FEDERAL,ESTADUAL E MUNICIPAL), políticos, gestores da coisa pública e todos que mexem com dinheiro público entenderem:


NÃO A:


ESCOLAS SUCATEADAS
ESTRADAS ESBURACADAS
CORRUPÇÃO
DESVIOS DE VERBAS PÚBLICAS PARA PARAÍSOS FISCAIS
FESTAS PAGAS COM DINHEIRO PÚBLICO (TODAS: CHEGA DE CIRCO)
PRESIDIOS SUPERLOTADOS
HOSPITAIS SEM ESTRUTURA
OBRAS SUPERFATURADAS E QUE NÂO ACABAM
SEGURANÇA PRECARIA
IMPOSTOS ALTÍSSIMOS
SALÁRIOS AVILTANTES
TRANSPORTE CARO E INEFICIENTE
PEDÁGIOS CAROS SEM RETORNO PARA MANUTENÇÃO E DUPLICAÇÃO DAS ESTRADAS
PEC37
+ UMAS TROCENTAS CAUSAS QUE FAZ O VIVER...ALGO CANSATIVO.
Esse cansativo é altamente profundo !

VIVA A PRIMAVERA !!!!!

REPASSEM

Anônimo disse...

Precisamos para isto ter os impostos também do tamanho da Suíça, Finlândia

Anônimo disse...


As Mudanças econômicas , financeiras e "crescimento" do Brasil não chegaram à nossa realidade, o nosso dia a dia não reflete nada disso.A população não é beneficiada com bons colégios públicos, bons hospitais ,etc...bons são os estádios com padrão FIFA feitos com dinheiro público. Quero escolas e hospitais padrão FIFA tb.

Anônimo disse...

Douglas e o comentarista anônimo das 7:34PM
Como vcs querem comparar o que se paga de IR no Brasil com outros países de primeiro mundo?
São sistemas tributários diferentes.
Além de pagarmos sobre a renda, segundo vcs pouco, ainda pagamos sobre patrimônio (a propriedade de um veículo, imóvel, etc.) e mais ainda sobre nosso consumo, que são os impostos cobrados aos empresários e que deveriam ser pagos por eles, e não nos repassado. Porém nosso sistema dá condições para isso e não é por acaso.

douglas da mata disse...

Roberto, estes comentários em caixa alta são se amargar, e revelam o grau de autoritarismo de quem escreve.

Sugiro incluir:

01- O fechamento de Guantánamo.
02- Desocupação do Iraque e do Afeganistão.
03- Sorvete de flocos para todo mundo.
04- Ingressos grátis do Rock',n'Rio.
05- Bolsa-balada.
06- O fim dos jovens com carros com som estrondando os nossos ouvidos.
07- Que parem de beber e dirigir, se matar, e matar outros inocentes,

etc, etc, etc.

Afinal, falar dos outros é fácil.

Agora sério, veja a incongruência:

Querem serviços de Europa, e desejam menos impostos: Como faz este milagre?

Impostos altíssimos? Onde? na França, quem ganha acima de 1 milhão de reais por ano paga 75% de impostos, eu disse, 75%.

na Inglaterra, antes do arrocho fiscal deste ano, proposto por David Cameron, quem ganha entre 45 mil e 90 reais paga 45% de impostos.

E por aí vai...

Contra a PEC 37, eu pergunto: E quem vai vigiar o MP?

Como supor que o mesmo ente que produz as provas se aproveite dela na ação penal?

Como proteger as liberdades e garantias constitucionais?

Santo deus, este é o maior monte de asneiras que já ouvi...trazendo como contrabando alguns temas que todo mundo tem consenso, mas que não apresenta solução.

Ah, e então para tornar nosso viver menos "cansativo", tem mais:

Salvem as baleias, o urso panda, as araras azuis....

Anônimo disse...

Embora alguns pontos apontados pelo correspondente sejam reais, achei o texto ofensivo ao povo brasileiro e de material pouco válido. O repórter, pelo visto, é um espectador de uma política manipuladora que abaixa os medidores para melhorar os índices. Os brasileiros não querem mais do que já tem, por que os brasileiros quase não tem! Outra, achei um absurdo o comentário em que ele diz que alguns jovens protestam mesmo tendo carros, algo inpensável há dez anos. Ter carro pra mim, das duas uma: ou sao pobres endividados que nao receberam educação financeira; culpa do estado. Ou são os 'médios' brasileiros que nao estudam sociologia e compram carros para seus filhos por nao entenderem que é responsabilidade do governo proporcionar transporte público de qualidade. É antidemocrático dizer que nao tem problema se o transporte público é ruim, já que todos tem carro. Se o publico nao fosse necessario, nao existiria. Nao queremos um Brasil melhor, queremos é que surja uma pátria. Onde ja se viu politicos roubarem descaradamente o povo, o povo aceitar, e um estrangeiro ainda dizer que nao há nada demais nisso. No brasil, o unico pais do mundo onde educação de qualidade é crime e roubo é belo.

douglas da mata disse...

Anônimo das 8:00, reconheço as diferença pontuais sobre fatos geradores e incidência de tributos.

Lá, o tributo de alguns países chama-se IVA(imposto sobre valor agregado), algo que tentamos copiar aqui.

Há imposto sobre propriedade do veículo, no entanto, concentrado no ato da transação (fato gerador-aquisição do bem).

Mas o que importa é que a carga total de tributos é, na média, sempre maior que a do Brasil, salvo o dos EEUU, que é de 28% sobre o PIB nacional de lá.

Mas lembre-se, até ontem os EEUU não tinham um sistema universal de atendimento de saúde, por exemplo.

Não há almoço grátis: proteção do Estado = mais imposto, ou menor gasto do Estado com empreendimentos e subvenção privada (nisto eu estou de acordo com o pessoal que repudia a gasto com a Copa e Olimpíada).

..............................

O comentário do Claudio Gabriel dá bem o tom anti-política de alguns dos setores do movimento e de parte deste pessoal.

O que o texto da reportagem diz é que o Brasil deu um salto em 10 anos.

E não reconhecer isto é de uma obtusidade que só se explica pela ingenuidade ou má-fé.

Pobres endividados? Há 04 ou 05 meses as famílias da classe C tem batido recordes na quitação de suas dívidas.

Nosso endividamento das famílias não chaga a 80% de suas rendas, na média, enquanto na maioria dos países de nosso porte este endividamento familiar é de 110, ou 150% das suas rendas.

E por falar em manipulação rasteira, eu não li no texto a justificativa para a qualidade (ruim) do transporte público por causa dos carros privados.

O que eu li, e posso estar errado, afinal, não estudei "sociologia", é que não há, aparentemente, vínculo entre quem reclama e a suas situações econômicas e sociais, ou seja, não há uma causa determinada.

E neste ponto, nem o jornalista e nenhum de nós poderia se atrever, antes do tempo histórico, a dizer quais são, de verdade.

O comentário do Gabriel poderia estar em uma passeata do "Cansei", como um colar de tomates.

Um abraço.

Anônimo disse...

Por falar em impostos, porque os manifestantes não cobram a regulamentação do IGF (Imposto sobre Grandes Fortunas) previsto na Constituição de 88? Só depende de Lei Complementar, e se depender da boa vontade dos deputados nunca farão um projeto de lei sobre o assunto.
Deveriam ir ao Congresso pra isso.

Anônimo disse...

Caro Douglas, vc deveria começar ajudar o governo, pagando mais impostos. Vc não disse que países do 1º mundo pagam 40, 50 e até 65 % de impostos e que aqui pagamos apenas 33%.

Chega de defender o indefensável. Esse governículo, já era. O povo já percebeu. Infelizmente, Só fica quieto, os dependentes das esmolas do assistencialismo político, que com isso garantem a vitória e a permanência do PT, na Presidência da República.
A casa tá caindo. popularidade de DILMA, em queda livre. Estão perdidos não sabem o que fazer.

Roberto Moraes disse...

Este comentário das 08:24 é de um reacionarismo que nem os democratas ou tucanos ousam fazer.

Repito, as reivindicações são progressistas.

As metrópoles precisam há muito de políticas e de uma gestão ainda não adotada, já que na matriz de gestão no país, a região, não tem gestão própria.

Veja, que o caso mais gritante e complexo é exatamente a da região metropolitana de SP.

O caso do Rio vem logo depois.

A análise do quadro atual não pode ser deturpado como tenta fazer a velha mídia corporativa.

douglas da mata disse...

Roberto,

Me perdoe: as reivindicações não são nada! Não tem direção, e logo, podem ser apropriadas por imbecis como este.

Esta é a crítica fundamental que tem que ser feita, até para esta molecada aprender.

Só é deturpado o que não é dito, ou o que é deixado a deriva.

Você imagina que a mídia possa se apropriar de uma passeata do MST? Pois é...

Não quero pagar pelos erros deles.

Não é justo!

Se querem dizer que têm uma pauta progressista, organizem-se e digam!

Não dá para ficarmos passando a mão na cabeça, com leniência típica de "papais e mamães" orgulhosas quando os filhos gritam e esperneiam em frente a loja de brinquedos, do tipo: "ah, são crianças, estão moldando sua personalidade".

O que está em risco é algo muito sério, e 64 nos dá o tom...

O caso espanhol, idem.

Eu acho que comentários como este aí de cima, como já te disse em várias oportunidades, não trazem nenhuma contribuição.

Democracia só serve para quem a respeita e a cultua...não é o caso deste pessoal.

Mas o blog é seu, afinal, e eu respeito seus parâmetros!

Anônimo disse...

Comparar a carga tributária brasileira com a de países desenvolvidos da Europa não faz sentido. Apesar da carga tributária lá ser maior, o PIB per capita é muito maior, ou seja eles possuem maior capacidade tributária.
O pais tem que ser mais eficiente nos gastos públicos.

douglas da mata disse...

Bom, se é por aí, eu poderia dizer que as demandas de um país como a França, ou a Noruega, que cabem, talvez em SP ou em Tocantins são bem menores, e que tamanha carga tributária, ainda que com renda per capita maior, nossa expectativa de vida, que é como se mede, dentre outros parâmetros, a qualidade de vida não é tão inferior.

Fazer estradas em um país de menos de 1 milhão de metros quadrados, como tamanha tributação sobre renda tão alta é mole.

Quero ver fazer em 8 milhões de m², com nossa carga tributária sobre renda tão menor, como você mesmo disse.

Então, o problema não é só de gestão, mas antes de recursos disponíveis.

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Mas não se trata deste cálculo. A proporção de tributos sobre a renda que utilizo é dolarizada, ou no caso da Inglaterra, equiparada a libra, ou na Europa ao euro, onde por exemplo: quem ganha algo em torno de 40 mil libras ano na GBR, ou seja, 120 mil reais, paga 45% de impostos!

Na França, quem ganha algo acima de 350 mil euros, ou 1 milhão de reais, paga 75%.

É só comparar, e nem vou falar das grandes fortunas, intocadas aqui.


Vou relembrar: os EEUU não tem, até hoje, sistema público de saúde!

Mas para fazer justiça, eles arrecadam algo em torno de 28% da renda nacional.

Anônimo disse...

o povo ainda não se manifestou cobrando providências ao Presidente do Tribunal de Justiça do Estado; que haja mais celeridade, agilidade nas tramitações dos processos, cumprindo o art. 5 º, inciso LXXVIII da Constituição da República Federativa do Brasil, que trata da RAZOABILIDADE DA DURAÇÃO DO PROCESSO. É inadmissível, um processo durar anos sem sentença por mais complexo que seja, bem como, durar anos um processo simples de ser resolvido. O HORÁRIO PARA FUNCIONAMENTO DO FÓRUM DEVE SER de 09:00 HS às 18:00 hs. Não pode continuar como está. É brincar com o povo, ainda mais, os juízes e desembargadores ganhando entre R$ 21.000,00 (vinte e um mil reais) e R$ 25.000,00 (vinte e cinco mil reais), pago pelo povo. Isso se aplica também aos Presidentes dos Tribunais Regionais Federais). Vamos fazer passeata começando enfrente ao Tribunal Regional Federal, cada um em sua cidade, às 15:00 hs e terminando enfrente ao Tribunal de Justiça do Estado, dentro da ordem, respeitando a lei, sem vandalismo, exercendo nossa cidadania pacificamente. Passeata dia 01 de agosto de 2013. Organizem-se. Divulgue essa convocação e enviem mensagem a todos. Vamos parar o Brasil por uma causa justa. SEM JUSTIÇA, NÃO HÁ DEMOCRACIA. VAMOS COBRAR DESSE PODER JUDICIÁRIO intocável, que vive em um casulo de ferro, e que estão resguardados na VITALICIEDADE e GARANTIAS nos termos do art. 95, inciso I da Constituição Federal, a pararem de serem morosos nos processos judiciais e tomarem vergonha. Vamos para as ruas; vamos cobrar resposta ao Poder Judiciário dessa lentidão, vamos cobrar a verdadeira JUSTIÇA SOCIAL e cobrar também, que o fórum abra das 09:00 hs às 18:00 hs. A OAB espera essa providência há anos e nunca foi ouvida e agora chega !!!! O gigante acordou, que somos nós o POVO que aprendemos a exercer nossa cidadania dentro do Estado Democrático de Direito.