quarta-feira, outubro 31, 2007

Ainda o Duelo

O blog recebeu agora à tarde, fotos feitas "manifestações" de ontem: Garotinho x Mocaiber para a UJS (União da Juventude Socialista) pela Raynna Maciel, aluna do CEFET. As fotos chegaram com o seguinte texto:

"As fotos mostram não a cobertura do evento em si, mas retratam através de fotos feitas na própria manifestação a realidade vivida na cidade e a exploração política das pessoas, e principalmente de crianças, enquanto os dois grupos políticos que se revezam no poder em Campos trocam farpas".
Atualizado 01/11/07 às 10:28: O nome da fotógrafa é Rayanna Maciel.





terça-feira, outubro 30, 2007

Duelo - Final

Em política, quase sempre, a soma total é menor do que as parcelas adicionadas e a diferença é maior do que as parcelas da conta. Talvez, seja um pouco isso, que se possa tirar de conclusão destas duas manifestações que pretenderam se anular para prosperarem. As duas partes tornaram-se menor do que eram antes delas. Garotinho enterrado em praça pública ficou ainda menor do que o coveiro que sustentado nas gordas verbas dos royalties, fere com a ferramenta com que o garoto tanto feriu. Campos? Nosso povo? Isto é apenas um mero detalhe na disputa pela retomada ou pela manutenção do poder.

O Duelo VII

O Duelo - VI




O duelo V



O duelo - IV

Informações sobre as manifestações em frenete à Câmara Municipal de Campos: 1) O aparato policial no local é de 200 PMs e 100 guardas municipais; 2) Avalia-se em três mil o número de pessoas presentes; 3) Houve sessão da Câmara na qual foi encaminhado o pedido de impeachment feito pelos dois veradores de oposição: Edson Batista e Nelson Nahim; 4) Garotinho só chegou no local, por volta das 18h; 5) Após o encerramento da seção da Câmara (18:30) é que que começou a falação da turma de Garotinho em seu trio elétrico deles. Antes da falas do pessoal do Garotinho diversos oradores usaram da palavra no trio de apoio ao prefeito Mocaiber que falava mal fortemente de Garotinho e Roberto Henriques. A pessoa que usava o microfone, que o informante do blog não soube identificar dizia que o vice Roberto Henriques devia a ele a quantia de R$ 26mil de salário. Dentro de instantes este blog postará algumas fotos das manifestações.

Outra manifestação hoje em Campos

Os alunos da FOC (Faculdade de Odontologia de Campos) marcaram uma manifestação para daqui a pouco, em frente da Faculdade de Direito de Campos, onde trabalha o reitor da Uniflu, o professor Levi Quaresma entidade responsável pela FDC, Fafic e FOC. Os professores da FOC estão em greve desde o dia 22 de outubro por conta do atraso em seus salários.

O duelo III

Outra imagem mostra quando defensores do prefeito Mocaiber retiravam com uma foice, faixas com dizeres contra o prefeito colocadas no poste, da esquina da ruas Gil de Góis com Beira-valão. Na segunda foto veja os detalhes da mesma imagem. Gente com foice é sinal de perigo! O ato promete. Vamos torcer para que a manifestação fique apenas nas palavras.

O duelo

O correspondente de guerra deste blog manda mais notícias da preparação do duelo em frente à Câmara Municipal de Campos.

A primeira imagem foi feita ao meio dia e mostra a chegada do Batalhão de Choque da PM. A segunda mostra o batalhão já de prontidão.

Arena guarnecida

O blogueiro não está em Campos, mas seus parceiros acompanham a preparação do duelo de hoje à tarde, às 15 horas, em frente à Câmara Municipal. A Frente anti-corrupção do PMDB de Garotinho x Movimento anti-corrupção de Mocaiber. Como o blog já comentou é possível que os dois tenham razão nas suas manifestações. Veja imagem do cenário, já preparado e guarnecido pela Polícia Militar das manifestações previstas para a tarde. Foto feita agora às 10 horas.

segunda-feira, outubro 29, 2007

Sem novidades a favor dos mais ricos

Aqui no Rio se fala pelas ruas, que o prefeito Cesar Maia, mais uma vez optou pela classe média e pelos ricos contra a classe média baixa e os pobres. Até aí não há nenhuma novidade. A justificativa é que é inovadora: ao ter apenas uma pista do túnel Rebouças em condições de tráfego para o primeiro dia útil desta semana, ele optou por permitir o tráfego de manhã no sentido Sul-Norte e depois das 15 horas no sentido Norte-Sul.

Explicando para quem não se conhece ou não se recorda da geografia da cidade maravilhosa: o horário da manhã no sentido Sul-Norte permite que os moradores da Zona Sul saiam para trabalhar e depois voltem à sua moradia, enquanto os moradores da Zona Norte que prestam serviços na Zona Sul, que talvez sejam maioria, têm que se virar nas rotas alternativas, tanto na parte da manhã quanto na tarde/noite, quando os engarrafamentos foram de lascar. Mais detalhes sobre o que ocorreu hoje no trânsito do Rio veja aqui no Globo OnLine.
Foto: Custódio Coimbra - Globo OnLine.

Acidente na Pecuária

Anderson Pessanha de Azevedo, meu ex-aluno do Cefet manda registro feito nesta tarde de acidente no bairro da Pecuária em frente ao Parque de Exposições com a seguinte observação: "professor Roberto, a imprudência ao volante em Campos está demais". O blog não tem notícias do motorista.

Pregão erótico

O pessoal da prefeitura de Campos parece estar meio sem rumo. Veja o que escreveram "MIDAKU DE" Pregão para escolha do agente financeiro para processar a folha de pagamento da municipalidade no Diário Oficial do dia 27 de outubro de 2007. Ou, seria um ato falho tão bem explicado por Freud.

A arte imita a vida. Ou seria o contrário?

Esta foto do Fernando Quevedo da Ag. O Globo foi postada no blog do Noblat às 22:25 de ontem, domingo, com a seguinte legenda:
"Policias encontraram quatro corpos dentro de um Fiat Palio na Rua Magnólia Brasil, próximo à Alameda Boa Ventura, em Niterói".

Lamentável e ao mesmo tempo, paradoxalmente, esplêndida. Digna de prêmio na esperança de não ter sido montada.

domingo, outubro 28, 2007

Furo sobre o "fanfarrão"

O blog "Eu penso que" do jornalista Ricardo André acaba de dar um excelente furo sobre "excursão" dentro da própria cidade, do prefeito de Campos. Leia aqui a nota na íntegra: "Traíra " "O prefeito Alexandre Mocaiber passou maus momentos no final da tarde de sábado. Ele e vários assessores chegaram numa caravana de Hilux (pelo menos cinco) saltando bombinhas "cabeça de nego" e fazendo muita algazarra num restaurante especializado em traíras no Parque Santo Amaro.
A filha de uma vizinha do restaurante que estava passando mal pediu, sem êxito, ao alegre grupo que fosse mais comedido nas manifestações de alegria. Na saída do grupo, as manifestações foram ainda mais contundentes e com mais bombinhas estourando e buzinando os caros carros. A vizinha voltou e disse poucas e boas ao prefeito fanfarrão e ainda jogou um ovo, que estourou no carro e, por pouco, não atingiu Sua Exa. Segundo uma testemunha, minutos depois uma ambulância do Corpo de Bombeiros chegou para buscar a vizinha que passava mal". Apenas três curiosidades:
1) Esta Hillux é aquela que se questiona a compra por R$ 180 mil?
2) Ela não é um carro oficial para uso em serviço?
3) Sua Exa. não devia dar exemplo de boa convivência e de postura como prefeito?
PS.: Eu venho dizendo que estes blogs vão dar trabalho porque seus espaços permitem saber coisas para as quais, não há espaços na imprensa dual local.

Vaquinha do azar

Na Índia ela é um animal sagrado. Aqui no Rio estão dizendo ser um animal que trouxe azar com as chuvas e seus problemas que vieram depois, que espalharam 92 esculturas destas vaquinhas feitas em fibra de vidro e pintadas por artistas plásticos, designers, arquitetos, estilistas, entre outros profissionais. Deram ao animal um americanizado nome de CowParade.

Dizem que este tipo de mostra já acontece há nove anos tendo sido vista, por mais de 100 milhões de pessoas, em pelo menos 37 cidades do mundo. No Brasil, a mostra esteve em Belo Horizonte e São Paulo. Aqui no Rio já há bastante gente dizendo que as vaquinhas não deram sorte e não têm nada de sagrado.

O blog fez questão de registrar para nossos leitores, uma destas esculturas que foi colocada, na esquina da Rua Jardim Botânico com Lopes Quintas. Ela talvez simbolize, a separação imposta entre os dois lados da cidade com a interdição do Túnel Rebouças. Só não pergunte a este blog como classificar as zonas norte ou sul: com o chifre ou o rabo da vaquinha.

sábado, outubro 27, 2007

Abaixo a Rede Globo!

Agora não é slogan, e sim fato. A revista Carta Capital que foi para as bancas neste final de semana mostra o tamanho da queda do mercado publicitário da, até então “Vênus Platinada”. O blog Convesa Fiada comentou assim o assunto:

A reportagem de Alisson Avila diz que “a emissora de Faustão, Xuxa e Ana Maria Braga perde participação no mercado” (queda de 9,5% na audiência medida na Grande São Paulo no horário nobre, entre janeiro de 2005 e agosto de 2007).” Leia aqui parte da matéria.

Olhando ao redor

Um bom exercício para analisar as administrações municipais é observar que outras cidades estão fazendo. Verdade que a história de cada uma delas desperta vocações e interesses variados. Também não é possível comparar coisas e situações muito diferentes. Algumas vezes exercito a observação diretamente, em outras analisando dados, indicadores e outras informações à distância. Neste exercício de comparação de Campos com outros municípios de porte médio surgiu Sorocaba. Assim o blogueiro iniciou o artigo publicado ontem na Folha da Manhã que acabei de postar na seção ao lado "Meus últimos artigos". Se desejar ler na íntegra clique aqui.

"Os estigmas dos políticos campistas"

"A nossa querida Campos dos Goytacazes é uma cidade aonde alguns de seus representantes políticos se estigmatizaram, de uma forma ou de outra, em sua passagem pelo poder. Segundo o dicionário da Língua Portuguesa, de autoria de Aurélio Buarque de Holanda Ferreira, estigma é sinônimo de cicatriz, sinal e, estigmatizar é marcar com estigma, censurar, condenar".

Assim o professor Vitor Longo Braz começa seu mais novo artigo que acaba de ser postado na seção ao lado "Articulistas do blog". Se desejar ler na íntegra clique aqui.

sexta-feira, outubro 26, 2007

Cartaz do duelo da próxima terça!

Aroeira, bateu certo, colocado, no centro do gol, ou melhor, do túnel!

Do jornal O Dia.

Duelo tão antigo quanto a política de praticam!

A próxima terça-feira dia 30 será uma boa oportunidade, para a população de Campos ver quem deveria estar afastado da política. Os dois grupos políticos hoje antagônicos, filhos da mesma origem populistas, irão às ruas para reclamar a falta de moralidade, no trato da coisa pública, um do outro.

Possivelmente, eles não se deram conta de que o povo pode considerar que ambos têm razão nas suas acusações. Quem não estiver lá talvez, possa representar uma melhor saída para Campos.

Cômico se não fosse trágico

Autoridades que se esconderam, a maior parte do tempo, da busca de uma solução compartilhada para a BR-101, agora querem se manifestar. A sociedade gritou, quase que sozinha, durante sete anos, desde a primeira representação feita junto ao Ministério Público Federal. Mais de três manifestações, paralisações, seminários, reuniões apenas com a assit6encia deles. Governadores e ex-governadores (Garotinho, Rosinha e Cabral) Prefeitos e ex-prefeitos (Arnaldo e Mocaiber) deputados federais e a maioria dos vereadores foram omissos até na busca de uma solução compartilhada do tipo um consórcio, que garantisse a recuperação e duplicação da estrada sem o ônus dos pedágios. Agora querem jogar para a galera dizendo-se numa luta por melhorias da BR-101 sem pedágios. Arnaldo Vianna durante seus quase dois mandatos nada fez, nada buscou. Para ser justo quem se interessou pelo assunto e se mostrou disposto a buscar uma saída foi Campista, no seu curto mandato à frente da prefeitura de Campos e também o prefeito de Quissamã Armando Carneiro. O resto? Querem platéia e votos. O povo? Este eles iludem como os mágicos e palhaços deste nosso grande circo.

Inigualável

A mídia cada vez se diversifica e se integra mais fazendo o que os técnicos chamam de convergências entre as mídias tradicionais e inovadoras. Porém, mais uma vez, com as chuvas em todoo nosso estado, a gente vê de perto o papel e a importância que o velho rádio tem como instrumento de informação. A comunidade sabe disso e se guia pelas informações “on-line” pelo áudio do radinho de pilha no campo, ou no carro que circula nas ruas das áreas urbanas. Neste aspecto ele continua sendo inigualável.

Com o advento do telefone celular as rádios ganharam agilidade ao poderem colocar no ar, rapidamente autoridades e o público sem que eles precisem estar nos estúdios ou o repórter estar na rua. Ontem, quinta-feira no Rio, mais uma vez senti isso de perto. Neste aspecto, a CBN dá um banho nas suas concorrentes. Engraçado como do rádio as informações ganham depois as páginas dos portais e sites que é que se intitula on-line.

quinta-feira, outubro 25, 2007

Agora, chuva lá e cá

O blogueiro ainda no Rio, onde acompanhou cirurgia e agora, a recuperação da esposa, sofre com o trânsito caótico gerado pelas inundações e pela interrupção do túnel Rebouças. Hoje pela manhã ao sair do hospital Quinta D’or tive que usar o Aterro do Flamengo, que estava incrivelmente calmo como é possível ver na foto ao lado. A chuva ainda não parou, embora seja fina.

Abaixo outra foto feita pela minha esposa Ildinha quando passávamos pela praça XV. Apesar do trânsito tumultuado, as pessoas só estão saindo de casa se efetivamente têm necessidade e como chove muito fazem isso com transporte público ou individual, mas muito pouco a pé.

Acabo de saber que um grande volume d’água caiu sobre Campos. Pela quantidade pode ser que resolva o problema do campo, mas crie outros. O sempre atento Salomão acaba de me dizer que os carros que utilizavam a ponte Rosinha estão retidos há mais de uma hora, por conta do volume d’água na avenida José Alves de Azevedo em frente ao Mercado Municipal. Pela rádio, as pessoas estão pedindo apoio da Guarda Municipal para que os carros parados possam ir saindo de ré de volta a Guarus para usar a ponte da Lapa.

quarta-feira, outubro 24, 2007

Prefeitura de Macaé e UFRJ discutem a implantação de cursos de engenharia Mecânica, Civil e de Produção, além de Medicina

A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) apresentou e debateu com o poder público, representantes de empresas e da sociedade civil de seu plano de interiorização com planejamento para cursos de extensão, graduação e pós-graduação a serem ofertados na cidade. O encontro está ocorrendo agora na Fundação Educacional de Macaé (Funemac), localizada na Cidade Universitária. A Funemac pretende convencer a UFRJ a trazer para Macaé os cursos de graduação em Engenharia Mecânica, Civil e de Produção, esta com ênfase em Química Fina. A Funemac também sonha em implantar o curso de Medicina para 2009. Segundo o site Click Macaé a UFRJ, já sinalizou, por meio da Escola Politécnica, a oferta de cursos de extensão, aperfeiçoamento e especialização e até mesmo lançar cursos que a UFRJ, no Rio de Janeiro, não possui ainda. É o caso dos cursos de Gestão Pública, com foco em formulações de políticas públicas, e de Gestão Estratégica da Inovação e do Conhecimento (GEIC). Há também a possibilidade de oferta de uma pós-graduação, no formato de mestrado profissional em Engenharia e Gestão de Operações e de Engenharia Urbana. A formação educacional se expande cada vez mais para onde há demandas de mão-de-obra qualificada e de atualização profissional para aqueles que já estão no mercado. Macaé, assim vai tentando tirar a diferença em relação ao pólo de nível superior hoje existente em Campos.

Impacto ambiental do porto de Barra do Furado

Será apresentado na Audiência Pública, marcada para o dia 5 de novembro, às 19h, na praia da Barra do Furado, o Estudo de Impacto Ambiental (EIA-Rima) do Complexo Logístico que será instalado na área. A audiência pública é etapa obrigatória para a concessão de Licença Prévia a ser emitida pelo Ibama. As prefeituras de Campos e Quissamã e representantes das empresas Aker e Chouest vão detalhar os impactos que a construção do Complexo Logístico e Naval da Barra do Furado vai causar no meio ambiente e na economia local. Fala-se em apoio ao setor pesqueiro local como forma de compensar, os problemas que as atividades portuárias causarão àqueles que hoje vivem da pesca, tanto no balneário do Farol em Campos, quanto em Barra do Furado em Quissamã. Consultores ambientais já conversam com moradores da região.

Foi em Angra

Está acontecendo agora no Rio de Janeiro, mesmo com o aguaceiro que cai sobre a cidade, uma entrevista coletiva em que a Polícia Civil do estado do Rio de Janeiro explica a sua primeira operação batizada com o nome de “cartas marcadas”. A operação ocorreu no município de Angra dos Reis. Por lá, a polícia prendeu secretários municipais, o Presidente da Câmara dos Vereadores e empresários graúdos da construção civil, informa o blog Conversa Afiada do jornalista Paulo Henrique Amorim. Será que está aí o motivo de tanta água? Será que outros municípios fluminenses terão operações semelhantes? Seria interessante se o ex-governador, que briga politicamente com Cabral, ter que aplaudí-lo se operação idêntica ocorrer... no “reino da Dinamarca”.

A imagem do deslizamento no tunel Rebouças

A melhor imagem, até agora, do motivo da interrupção do tráfego, no túnel Rebouças, está em O Dia Online, onde não há registro da autoria da foto. Veja:

E tome chuva!

Parece que pediram demais. A estiagem que já causava muitos transtornos em nosso estado, agora vai sendo substituído pelas águas que inundam a cidade. A chuva continua no Rio. Chove sem parar, com certa intensidade, desde a noite de ontem. Diversas ruas e bairros estão completamente alagados. Pessoas deixaram de ir trabalhar e outras chegaram com mais de quatro horas de atraso. A foto foi tirada ao lado foi postada, agora a pouco no blog do Ancelmo Gois e tirada por Reinaldo Hingel. Ela mostra as condições em que se encontra o cruzamento das ruas do Senado e Inválidos, a cerca de duas horas no centro da cidade.

Oração e surpresa

Há poucos instantes, duas senhorinhas, pertencentes à ordem de São Francisco, que originalmente foi a gestora do hospital São Francisco que hoje está arrendado à rede D’or com o nome de Quinta D’or, que fazem um trabalho de evangelização e apoio espiritual aos doentes do hospital, estiveram no quarto 401 e perguntaram à senhora Rosângela Mateus, se ela desejava que fosse feita uma oração em seu leito hospitalar. Após a concordância, apenas uma das senhoras percebeu, que a paciente acamada tratava-se da ex-governadora Rosinha. Ao saírem do quarto para o corredor e seguir em direção a outros apartamentos no mesmo andar, as religiosas riram muito, logicamente, não da pessoa da ex-governadora, mas do fato de não terem sido informados, apesar de possuírem uma lista à mão, de quem se tratava.

Jejum

Desde hoje pela manhã, uma plaquinha está fixada na porta do quarto 401 do hospital Quinta D’or onde está internada a ex-governadora Rosinha. Ela simplesmente mostra um prato de comida com uma faixa de proibido onde se lê: jejum. O hospital já é conhecido do casal de ex-governadores. Nele teria sido disponibilizado um quarto quando da greve de fome feita na sede do PMDB do Rio por Garotinho. Segundo funcionários do hospital, quando Rosinha estava no cargo de governadora, também ficou internada por diversos dias no mesmo hospital. A diferença é que na época havia uma legião de seguranças na porta do quarto, no andar e na entrada do hospital. Política à parte, este blog deseja saúde à Rosângela Matheus.

Chove forte no Rio

Veja foto tirada pelo blogueiro, agora, na Quinta da Boa Vista. O trânsito está caótico no Rio de Janeiro, especialmente na zona Sul com a interrupção do tráfego no tunel Rebouças, a principal ligação entre as zonas norte e sul do Rio de Janeiro.
As autoridades estão informando que nas últimas 24 horas choveu 161 milímetros no Rio de Janeiro, equivalentes a chuvas de aproximadamente 45 dias. O secretário de Obras do município estimou um volume de terra de mais de 200 caminhões que precisam ser retirados da entrada do túnel no sentido Cosme Velho-Humaitá. A previsão é de liberação do trânsito no tunel Rebouças em 24 ou até 48 horas.

Rio Itabapoana receberá duas hidrelétricas já em construção

Duas Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) Pirapetinga e Pedra do Garrafão começaram a ser construídas no último dia quatro pelo Grupo Neoenergia no Rio Itabapoana, entre os estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo. A construção destas duas PCHs estão com investimentos estimados em R$ 170 milhões.

Pirapetinga terá potência de 20 MW e Pedra do Garrafão de 19 MW. O prazo de construção de aproximadamente 20 meses, com previsão de entrada em operação em 2009. Os empreendedores estimam que cerca de 500 empregos sejam gerados durante a construção destas duas PCHs.

Cibele recebe os cumprimentos após confirmação da vitória


Comentários sobre a eleição no Cefet Campos

1) Como o blog previu em nota ontem, apesar de estarem aptos a votar nas eleições para a direção geral, em torno de dez mil pessoas, na sede e nas unidades descentralizadas e avançadas, pouco mais de três mil votantes compareceram às urnas. Para ser mais exato 3.186 votantes escolheram quem deveria ocupar a função de direção geral do Cefet Campos;

2) O percentual do vencedor, em torno de 63%, é quase que o mesmo, das quatro últimas eleições para a direção geral do Cefet Campos. Também em todas elas, os eleitos conseguiram maioria, nos três segmentos da comunidade interna: docentes, técnico-administrativos e alunos.

Cibele foi escolhida para ser a primeira mulher-educadora a dirigir o Cefet

A professora de Inglês, Cibele Daher Monteiro, atual vice-diretora, foi escolhida por ampla maioria da comunidade cefetiana para dirigir a tradicional instituição de ensino com sede em Campos, durante o mandato a ser desenvolvido entre os anos de 2008 e 2011. Cibele alcançou um total de 62,8% dos votos ponderados ganhando nos três segmentos de docentes, técnico-administrativos e alunos.

Cibele alcançou nos servidores 399 votos, contra 189 do professor José Luiz Boyanrd. Nos alunos, Cibele chegou aos 1.414 votos contra 1.184 do seu concorrente. Ponderando os três segmentos de alunos, professores e funcionários administrativos com um terço cada, segundo as regras eleitorais, a professora Cibele chega aos 62,8% contra 36,2% de José Boynard.

A posse antes prevista, para ocorrer, nos primeiros dias de janeiro do ano que vem, poderá ser antecipada, para que o atual diretor-geral, professor Luiz Augusto Caldas Pereira possa ocupar um cargo de direção na Secretaria de Ensino Tecnológico do Ministério da Educação em Brasília para o qual já foi convidado.

Cibele tem trinta anos de dedicação ao ensino do Cefet e é a primeira mulher eleita para dirigir, a quase centenária instituição, na sexta eleição ocorrida, desde a implantação do critério do voto direto de alunos e servidores para a escolha de seus dirigentes em 1986. A professora Cibele já foi coordenadora de Inglês e depois de Códigos e Linguagens, presidente da Comissão Permanente de Pessoal Docente, diretora de Ensino, vice-diretora e agora foi eleita diretora geral do Cefet Campos.

Cibele sai na frente com 2/3 dos votos dos servidores na eleição do Cefet

Entre os servidores, Cibele teve mais de 2, em cada 3 votos, na eleição para a direção geral do Cefet Campos., 4 votos brancos e 20 nulos. Com esses números, a professora Cibele alcança 44,78% precisando apenas de pouco mais de 5% entre os 33,3% dos votos proporcionais dos alunos para ter mais de 50% do total e ser eleita, diretora-geral do Cefet Campos para o mandato 2008-2011.

Eleitores de Cibele antecipam comemoração

Mesmo que ainda não tenha começado a apuração da eleição para direção geral do Cefet Campos, alunos professores e funcionários que apoiaram a professora Cibele Daher fazem festa, com a candidata ao centro, na entrada do ginásio de esportes, onde se processará a contagem. A urna de Arraial do Cabo acaba de chegar ao local da apuração.
Foto: Professor josé Carlos Salomão.

terça-feira, outubro 23, 2007

Eleições encerradas no Cefet Campos

Desde 19 horas, nas unidades descentralizadas e avançadas e desde 20 horas, na sede foi encerrada a recepção de votos da eleição para a direção geral do Cefet Campos. Os votos de cada uma desta unidades, por segmento, estão sendo reunidos para o processamento da apuração. Dentro de instantes este blog dará os primeiros resultados.
PS.: Atualizado às 22:48: neste momento aguarda-se apenas a chegada da urna que funcionou na unidade avançada do município de Arraial do Cabo.

Corre em clima tranqüilo, a eleição para direção geral do Cefet Campos

Estima-se que aproximadamente três mil pessoas votem hoje, na eleição que escolherá a nova direção geral do Centro Federal de Educação Tecnológica de Campos, o Cefet Campos. A eleição começou às 8 horas e se estenderá até 20 horas. Há oito mesas de recepção de votos no ginásio de esportes da sede, no parque Dom Bosco, em Campos dos Goytacazes, além de outras nas unidades descentralizadas e avançadas instaladas em Guarus também em Campos, Macaé, Quissamã, São João da Barra e Arraial do Cabo.

Estas mesas receptoras de votos estão distribuídas entre os três segmentos (alunos, docentes e técnico-administrativos) que têm peso igual (1/3 cada) na definição do percentual que indicará quem dirigirá a instituição federal de educação tecnológica, por um mandato de quatro anos, incluído o ano de 2009, quando o Centro Federal de Educação Tecnológica completará cem anos de funcionamento.

Disputam a eleição os professores Cibele Daher Monteiro e José Luiz Boynard. O clima de tranqüilidade na disputa democrática pode ser sentido no bate-papo entre os partidários das duas candidaturas. Esta será a sexta escolha por eleição direta do diretor geral que ocorre desde que o processo foi adotado em 1986 e a terceira desde que foi transformada em Cefet.

É perceptível o clima de otimismo e empolgação entre alunos, professores e administrativos que defendem a candidatura da professora Cibele Daher, que espera poder ser escolhida, a primeira mestra a dirigir a instituição que na origem era, exclusivamente para “atender as crianças deserdadas da sorte” do sexo masculino. Apenas, em 1973, quando completou 64 anos, a então Escola Técnica Federal de Campos, passou a admitir mulheres no quadro de alunos da instituição.

A apuração da eleição no Cefet Campos começará logo após, o encerramento da votação e do recolhimento dos votos, por segmento, recolhidos nas unidades diferentes da sede e tem previsão de encerramento por volta das 23 horas.
Atualizado às 16:10 com foto do professor José Carlos Salomão.

segunda-feira, outubro 22, 2007

Eleição para a direção geral do Cefet Campos

Por quê votar amanhã na professora Cibele Daher?
C
ibele é uma educadora. Sabe ouvir. Enxerga a instituição como instrumento de transformação coletiva. Ocupou diversas funções, encargos e cargos desde a então Escola Técnica Federal de Campos até o Cefet de hoje, com determinação, zelo e competência que lhe dão com sobras, créditos para liderar o processo de expansão das atribuições e competências do Cefet Campos.

O Cefet Campos cresceu suas responsabilidades, tanto no aspecto da área de abrangência geográfica, hoje atuando diretamente em Macaé, Guarus, Cabo Frio e Itaperuna e ainda através de unidades avançadas em parcerias com os municípios de Quissamã, São João da Barra e Arraial do Cabo, quanto nas ofertas de cursos.

Atualmente o Cefet Campos atua desde a Qualificação Básica e Educação de Jovens e Adultos, Ensino Médio, Cursos Técnicos, Licenciaturas, Graduação em nível superior em diversas áreas das Tecnologias, Engenharia e Arquitetura e vai até pós-graduação com especializações e mestrado. Suas pesquisas têm sido citadas e valorizadas por importantes e reconhecidas instituições no setor.

A comunidade do Cefet tem feito opção por gestores com perfil democrático, de construção coletiva e com objetivos ousados em favor da população da nossa região como um todo, mas de forma, ainda mais especial, daquela parcela que necessita de uma educação inclusiva feita com abertura de oportunidades para a ascensão social dos seus estudantes.

Sem desmerecer o seu concorrente direto, que tem todo o direito de postular o cargo, a professora Cibele tem hoje, muito mais condições de oferecer os resultados que a comunidade sempre almeja, ao ver a troca de comando desta quase secular instituição, a de continuar a crescer e se aperfeiçoar, sem perder o viés de escola pública de qualidade.

A escolha da professora Cibele será ainda um marco, porque, com a sua eleição, a instituição que em 2009 compeltará um século de existência - durante o próximo mandato de quatro anos - terá dado o importante passo, de colocar na direção geral, a primeira mulher, mestra e educadora desta histórica instituição de ensino, pesquisa e extensão.

PS.: Leia aqui entrevista concedida há um ano, no dia 19 de outbro de 2006, pela professora Cibele Daher para nosso blog.

Comemorações do 101º ano do vôo do 14 Bis em Campos

Convite dos eventos comemorativos ao centésimo primeiro ano do vôo do 14 Bis. Amanhã, a partir das 14:30h no Aeroporto Bartolomeu Lisandro. Assinado pelo Cmte Zenildo JR., presidente do Conselho Fiscal do Aeroclube de Campos.

domingo, outubro 21, 2007

Veja porque, entre outras coisas, mantenho este blog

Olá Roberto. Meu nome é Denis, sou paulistano, porém minha família por parte de mãe é toda de Campos, mãe, avô, tia, conheci seu blog pq sou completamente apaixonado pela região, morei aí em Campos na rua Baronesa da Lagoa Dourada, estudei no LHC, morei tb em Grussaí, não me lembro o nome da rua, era vizinho dos Dauaire de muro, uma rua na frente do clube. Como adoro esse lugar, às vezes coloco no Google (Grussaí, Atafona) até que apareceu suas fotos do pontal, lindas por sinal, só quem conhece aquele lugar para entender. Minha família saiu de Campos no começo dos anos 70. Eu nasci aqui, no começo dos anos 90, fui morar em Campos com familia que resolveu voltar, adorei, sempre passava férias em Atafona, e sempre tive uma sensação desde pequeno com mais ou menos uns 8 anos que morreria ali, não sei como explicar. O problema dai é emprego, quando voltamos meu avô voltou atrabalhar com Sr. (????) da ..., grande amigão de meu avô, porém era só isso de $$$ que entrava, acabamos indo morar em Grussaí, era uma fase f... de$$$, porém maravilhosa para mim, ficava lá durante a semana, aprendi a surfar, só que no final das contas tive que voltar p/ SP, agora estou casado, com filho e tudo mais. Minha esposa adorou o lugar quando a levei para conhecer. Bom é isso, resolvi opinar nessa materia pq sou Fla, herança do meu avô Barreto, aqui sou simpatizante do São Paulo, mas sou Fla, Americano e Goyta, adoro tudo que é de Campos. Sabe um lugar que acho fantástico!!!! Na estrada para Grussaí, a casa da Escrava Isaura, acho que é solar ....!!! Tirar umas fotos por dentro hein? Vc deve ser que nem eu, adora essas coisas de mar, coisas antigas, e de Campos ainda parece que são muito mais curiosas né? Vc é engenheiro? Eu abri uma empresa de estrutura metálica aqui m SP, faz 5 meses, estamos nos mantendo...!!! é isso aí Roberto, parabéns pelo trabalho e saiba que apesar da distância seu trabalho alegra meu coraão com essas fotos... Obrigado. Denis 29 anos. Obs: mandei nesse e-mail pq no comments só podia 300 letras... PS.: Este blogueiro só retirou o nome da empresa e do avô de Dênis para evitar relações que não são aqui importantes.

sábado, outubro 20, 2007

A vida

Hoje escolhi um tema diverso para o artigo semanal que é publicado, todas as sextas, no jornal Folha da Manhã em Campos dos Goytacazes, RJ.
A Vida Hoje preciso abordar um tema diferente. Peço licença aos que vieram aqui ver uma opinião sobre política, administração ou de sugestão sobre temas afins. A vida leva-me hoje a pensar mais sobre o interior do que sobre estas circunstâncias que nos cercam. Já me considerando desculpado atenho-me, a um dos muitos e-mails com mensagens que a companheira de rede, Cristina Lima, costuma nos brindar. Confesso hoje, que alguns eu leio integralmente, outros em parte e outros ainda acabam ficando para depois, depois e...

Esse, porém, bateu no âmago da angústia atual sobre o significado da vida e o quê efetivamente vale à pena. Ela propositalmente chamou a atenção para a observação cotidiana, mas profunda do John Lenon: “A vida é aquilo que acontece enquanto planejamos o futuro”. Vivemos pensando no futuro e na ilusão de que a vida é para sempre. Sabemos que não é assim que as coisas funcionam, mas rejeitamos pensar no fim que pode ser um novo começo. Li e nunca mais esqueci, no livro “O fio da vida” do Drauzio Varella que “a morte é a ausência definitiva”. Independente dos nossos credos e da esperança que podemos sentir ou intuir em algo que não é concreto, a frase não poderia ser mais chocante, além de insuficiente. Porém, eu lhe indago: o ontem, assim como a pedra lançada, não são também ausências definitivas? Não vou pela auto-ajuda, mas não me importo pelos que avançam nestas águas. Seguindo nas reflexões e sem querer ser piegas, mas sem preocupar-me em publicamente sê-lo, pergunto-me em voz alta: por quê complicamos nossas vidas? Por quê vivemos de menos, o tempo presente que, como alguém já disse, é o único que existe, na medida em que os demais, ou são memórias ou são possibilidades que podem ou não se concretizar? A onda sobe, desce e esparrama na areia. Nunca uma onda será como a outra, da mesma forma que nenhum momento será igual ao que passou ou ao que virá. Que saibamos aprender as lições postas em nossos caminhos. “Mas e a vida? Ela é maravilha ou é sofrimento? Ela é alegria ou lamento? O que é, o que é, meu irmão? Há quem fale que a vida da gente é um nada no mundo. É uma gota é um tempo que nem dá um segundo. Há quem fale que é um divino mistério profundo. É o sopro do criador. Numa atitude repleta de amor. Você diz que é luta e prazer. Ele diz que a vida é viver...” Que Deus nos ajude!

sexta-feira, outubro 19, 2007

Olha os royalties aí gente...


O barril do petróleo ultrapassa a barreira dos US$ 90. Discórdia no Oriente Médio faz chover dim-dim em nossos municípios. Uma pena que por aqui, ele seja o Pecado Capital como o samba do Paulinho da Viola que diz: dinheiro na mão é vendaval, é vendaval...

Veja aquem acertou o placar


Ao posar para a foto antes do jogo no Maracanã, o garoto rubro-negro mostrou com os dedos da mão, o número de gols do seu time, contra o único dedo do rapaz vascaíno. A foto que mostrou o palpite certo para o placar que deu Fla 2 x 1 Vasco é do Marcelo Theobald do Globo Online.

quinta-feira, outubro 18, 2007

Overbooking – castigo ou prêmio?

A jornalista Cora Rónai que assina uma coluna todas as quintas no jornal O Globo, hoje comentou sobre o overbooking que a companhia aérea Air France está cometendo quase todos os dias, no destino Paris - Rio de Janeiro. No sábado passado cinco campistas e no domingo, mais outra conterrânea tiveram o mesmo(des)prazer de, também, ficarem retidos, na capital da luz, por conta do excesso de passageiros no mesmo vôo.

A jornalista e os conterrâneos reclamaram do mau tratamento e do pouco caso, como já é hábito dos franceses, que embora sejam os maiores receptores de turistas do mundo, não toleram estes, tratando-os mal em toda e qualquer oportunidade, com raríssimas exceções.

A diferença é que enquanto os campistas foram hospedados, num legítimo cinco estrelas Hilton Hotel, além de receber, cada um dos dezessete passageiros nesta situação, a quantia de 600 euros, pelo aborrecimento causado pela empresa de aviação, a jornalista disse ter recebido apenas 150 euros.

Pelo jeito o overbooking está se repetindo dia após dia, já que o caso dos cinco campistas ocorreu na noite de sábado, outro no domingo e o da jornalista na segunda-feira. Agora, cá para nós, mesmo com os transtornos, este não pode ser considerado um grande problema, porque além de aproveitar a baixa cotação das moedas estrangeiras frente ao nosso real, ainda receber uma compensação equivalente a quase o valor da passagem... O pior é se o excesso de passageiros (overbooking) fosse na rota inversa. Overbooking em Paris, para quê melhor?

Por fim, varre-se o lixo para...

E o novo local para o Aterro Sanitário? Falam que seria no distrito de Conselheiro Josino. Quanto ao seu licenciamento ambiental? Quem responde por ele? Os custos quem controlará? Sobre as usinas de reciclagem de lixo, porque uma está na baixada, mais propriamente em Santo Amaro e a outra estaria sendo construída em Morro do Coco? A indagação surge naturalmente, por quê a área urbana que é onde se gera a maior parte do lixo da cidade, não tem pelo menos uma destas usinas? Quanto ao certame licitatório outra pergunta desponta: quantas empresas conseguirão se habilitar para operar tal serviço? O blog deixa seus inteligentes leitores responderem a estas e outras questões que ficam subliminares, ao que aqui, já foi apresentado.

Resumindo no final ... mais para a Queiroz Galvão

O documento do secretário propõe "encarar o problema de frente e diz que a solução é a gestão integrada do sistema de limpeza pública” e diz que esta é uma solução moderna e eficaz para o município porque reuniria um "conjunto de ações e serviços coordenados, contínuos e imunes às sazonalidades políticas, objetivando a universalização, agilidade, e qualidade da prestação de serviços de limpeza pública, e mais enfaticamente, a otimização dos recursos e custos envolvidos na prestação de serviços. Deixa ver, se o blog entendeu: Pacote para evitar sazonalidade política? As ações o poder público já não deveriam ser assim? Objetivando universalização, agilidade e qualidade? Isto também já não eram obrigações da concessionária? Otimização de recursos e custos envolvidos? Ora, em 2000, os recursos da Secretaria de Limpeza Pública era de R$ 2,8 milhões, para o ano que vem a própria previsão da PMCG foi de R$ 40,3 milhões e ainda fala-se em otimização e redução de custos? O documento ainda fala que “o sistema integrado poderá, por exemplo, fazer com que o mesmo caminhão da coleta de resíduos domiciliares seja também utilizado em sua rota para a coleta dos resíduos de varrição. Por outra vertente, caso os serviços da coleta de resíduos fossem também delegados à uma empresa e os serviços de varrição delegados à outra empresa, tais serviços prestados em dia e horários diferenciados para uma mesma via, certamente as duas empresas teriam recursos distintos para efetuar a mesma tarefa de coleta dos resíduos”. Muito estranho e ao mesmo tempo muito claro. Claro porque é desejável que os serviços referentes ao lixo sejam integrados, tanto na varrição, coleta comum e seletiva e usinas de reciclagem de lixo. Estranho é que a desejada integração não precisa ter relação direta com a necessidade exclusiva de serem as mesmas empresas prestadoras deste tipo de serviço. Aqui o blog entendeu:
Querem garantir que uma mesma empresa, provavelmente, o grupo Queiroz Galvão, através da empresa concessionária que passou a ter nome de Vital Engenharia Ambiental S.A. continue a fazer o serviço que hoje fazem e impedir que os serviços de varrição e coleta de lixo sejam desmembrados. Ou seja, dizem que o sistema é integrado, o que para qualquer munícipe hoje perguntado, ele responderia que para ele assim sempre foi, ou não? Como consequência, ao taxar desta forma, o que pode-se estar buscando é o impedimento de que empresas menores, que eventualmente tenham interesse nesta concessão, sofram dificuladades para se habilitarem à disputa concorrencial. E, por final, tudo isso, antes das eleições de 2008 para evitar a “sazonalidade política”. O que vem descrito a seguir no mesmo documento do secretário explicita a situação:
“Cabe, portanto, em nome do interesse público, concessionar todos esses serviços à iniciativa privada. Com base, então na Lei Federal das Concessões (Lei Federal nº 8987 de 13/02/1995), o Poder Executivo se move para promover o processo licitatório visando à seleção de empresa habilitada técnica e financeiramente ao exercício da função de Concessionária”.

Feema, Ministério Público, Ibama e Polícia Federal já notificaram a PMCG sobre o Lixão

O documento do secretário de Limpeza Pública de Campos, Jorge Rangel, publicado no diário oficial do município e citado em nota abaixo prossegue: “o atual governo depara-se com uma situação precária dos serviços de saneamento básico na área de destinação final de lixo. Nossa população tem diariamente vivenciado estes fatos e a prefeitura tem sido interpelada pela Feema, Ministério Público, Ibama e Polícia Federal no sentido de adotar solução ambientalmente correta pra a questão, indispensável à garantia de qualidade de vida para toda a população”.

Nova denúncia do Vitor Longo

“Elefante branco da Lapa" vira abrigo para mendigos e criadouros de mosquitos da dengue.
O professor Vitor prossegue: "A arena de esportes da Lapa, conhecida popularmente como o “Elefante Branco da FME”, além de ser subutilizada, ou até mesmo não utilizada, tornou-se agora abrigo de mendigos e criadouro de mosquitos da Dengue".

"O flagrante das fotos mostra o completo abandono de um lugar que deveria servir para abrigar espetáculos esportivos. Nem vigia durante o dia o local dispõe. À noite o “Elefante Branco”, segundo relatou alguns freqüentadores dos quiosques estabelecidos no local, serve de ponto de prostituição e venda de entorpecentes da favela situada próxima a “Arena”.
Mendingos dormem durante o dia na Arena.

Água parada e suja pronta para disseminar doenças
num local elaborado para desenvolver o esporte.

O Goyta sofre

O Goytacaz praticamente jogou para o alto, a chance de estar entre os cinco times que ano que vem, terão o privilégio de jogar o campeonato estadual de futebol da primeira divisão. As próximas disputas da Segundona voltarão a ser duras com apenas uma ascensão. Não adianta listar culpados. Lamentável. Como bem disse o parceiro Fabio Siqueira na nota Melancólico desfecho postada em seu blog, com uma apaixonada torcida como a do Goytacaz merecíamos melhor desempenho. Enfim, bola prá frente e pelo Amor de Deus, da próxima vez, arrumem um time menos limitado.

quarta-feira, outubro 17, 2007

Aterro controlado (Lixão) da Codin opera sem licença ambiental da Feema

O atual aterro controlado (antigo Lixão) do município de Campos, gerenciado pela empresa Queiroz Galvão, agora com a personalidade jurídica de Vital Engenharia Ambiental S.A., não possui licença ambiental de operação emitida pela Feema. O município carece de uma imediata solução que aponta para a substituição do atual aterro, por outro especialmente construído, em plena sintonia com a legislação ambiental e subordinado, às melhores técnicas de engenharia consagradas.

A informação acima poderia ser interpretada apenas, como mais uma denúncia, dentre as diversas irregularidades nas quais, a prefeitura de Campos está envolvida. Porém, trata-se de um documento oficial assinado e publicado no diário oficial do município, pelo secretário municipal de Limpeza Urbana, Jorge Ribeiro Rangel.

O documento publicado na semana passada contém um aviso tornando público que haverá no dia 19 de setembro (? não seria outubro?), uma Audiência Pública para “apresentação dos termos que comporão o instrumento convocatório visando a Concessão Integrada do Sistema de Limpeza Pública do município”.

Na justificativa da audiência, o secretário Jorge Rangel diz textualmente que: “a Secretaria Municipal de Limpeza Pública é responsável pela coleta e destinação final de 300 toneladas/dia de resíduos sólidos urbanos do tipo domiciliar, 3 toneladas/dia oriundos dos serviços de saúde e cerca de 600 toneladas/dia de resíduos inertes (entulhos e terras) gerados no município... ...que os dois primeiros resíduos, o domiciliar e o hospitalar vêm sendo depositados no Aterro Controlado da Codin, na região de Guarus”... “embora nos últimos anos um conjunto de intervenções que modificou consideravelmente o antigo lixão da Codin transformando-o num Aterro Controlado, não há como desviar do fato que o atual aterro sanitário do município de Campos operado pela empresa Queiroz Galvão não possui licença ambiental de operação emitida pela Feema”.

Mais um imbróglio na política local

Com a nova decisão tomada, nesta terça-feira, por unanimidade, pelo plenário TSE, de que os mandatos dos cargos majoritários, também pertencem aos partidos, um novo ingrediente deve ouriçar, o já complicado, quadro eleitoral em Campos. A decisão de estabelecer o fim da infidelidade partidária vale para prefeitos, governadores, senadores e presidente da República. Embora o tempo seja reduzido e poucos acreditam que o STF, que também já disse que pretende dar, todo o direito de defesa aos questionados, o PDT nacional pode requerer o cargo do prefeito eleito de Campos, nas eleições extraordinárias de 2006, Alexandre Mocaiber. Para quem não se lembra, a eleição em que Mocaiber foi eleito pelo PDT ocorreu em março de 2006 e no início do segundo semestre, o prefeito já abandonava o PDT para se filiar ao PSB. Muitos devem se lembrar das declarações fortes do presidente nacional do PDT, hoje ministro do Trabalho, Carlos Luppi, indignado com o quê na época, ele chamou de traição. O caso de Campos torna-se ainda mais interessante, porque o vice-prefeito, Roberto Henriques que poderia estimular o PDT nacional na reivindicação do cargo, também está impedido de assim agir, porque no último dia 4, também anunciou seu desligamento do PDT, para voltar ao PMDB. Bom lembrar que a decisão do TSE vale também para vices, nos casos de prefeitos, governadores e presidente da República e para os suplentes de senadores.

terça-feira, outubro 16, 2007

Indicador da tramóia?

Em meio ao anúncio do aumento do número de empregos com carteira assinada no Brasil, em Campos surge algo diferente. Há pouco tempo atrás foi presa na cidade uma quadrilha que envolvia político, médicos e funcionários públicos na concessão de benefícios do INSS através de perícias viciadas. A amplitude da atuação da referida deve ter sido realmente muito grande.

Tem se multiplicado pela região, os pedidos de pessoas interessadas em trabalhar sem carteira assinada, para não serem flagradas em contratos de trabalho concomitantes, ao usufruto do benefício no Instituto Nacional de Seguridade Social. A tramóia tem revertido a situação antiga, onde era o patrão que não desejava assinar carteira, pela nova onda, onde é o patrão que tem receios de contratar gente sem carteira assinada.

segunda-feira, outubro 15, 2007

“Gestões oligárquico-patrimonialistas podem agravar o gasto público por meio do inchaço administrativo e da terceirização predatória”

Este blog sempre interessado em aprofundar o estudo e debate sobre as questões locais e regionais entrevistou o cientista político Hamilton Garcia Lima, que é professor e pesquisador do Lesce (Laboratório de Estudos da Sociedade Civil e do Estado) ligado ao CCH (Centro de Ciências do Homem) da Uenf a Universidade Estadual do Norte Fluminense. Atualmente o professor Hamilton Garcia desenvolve a pesquisa “Crise e competição política em Campos – visões das eleições de 2004 e 2006”. A pesquisa iniciada no último mês de julho é financiada pela Faperj (Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro) e tem um cronograma de desenvolvimento que se encerra em junho de 2008.

O professor Hamilton é doutor em História pela UFF/RJ, mestre em Ciência Política pela Unicamp/SP e bacharel em Sociologia e Política pela PUC/RJ. A partir desta formação, o professor Hamilton atuou profissionalmente como consultor em Políticas Públicas, foi assessor político nos primeiros anos de sua carreira profissional e trabalha na Uenf desde 2001, como pesquisador e docente e há mais de vinte anos escreve em jornais e revistas especializadas. Leia abaixo a entrevista:

Blog: O senhor intitula sua pesquisa como a análise de uma crise. Por quê chama de crise o que pode ser apenas uma competição eleitoral tanto em 2004, quanto em 2006? Que crise seria esta?
Hamilton Garcia: A pergunta faz sentido, pois o uso da máquina pública para fins privados dos grupos no poder não foi uma invenção destas eleições. O fato novo foi a exacerbação deste uso, por conta da forte polarização entre dois grupos enquistados no poder (local e estadual), e a inusitada intervenção do TRE, fruto de uma juíza que colocou a Lei acima das conveniências do poder que domina o Estado e a sociedade brasileira. Por conta disto, inclusive, foi criticada por alguns de seus próprios colegas que a consideraram “desequilibrada”.

Blog: Sua pesquisa pretende “mapear a percepção das elites locais (…) acerca da crise (…) de 2004”. Quem são estas elites? Qual é a hipótese principal de sua pesquisa?
Hamilton Garcia: Elite, aqui, é definida como grupo organizado que conduz ações corporativas (públicas ou privadas) com objetivos múltiplos, o que abrange desde o empresariado (formal e marginal) até o ativismo social e religioso, passando pelas burocracias e a classe política propriamente dita; como se vê, o conceito é usado em sua abrangência máxima. A intenção é lançar luz sobre como estas lideranças interagem nas disputas eleitorais de Campos, tendo como hipótese que elas expressam, na sua ação, crenças e interesses tanto de suas bases como próprias, e que, deste modo, ajudam a conformar a política local.

Blog: Pode-se dizer que houve uma migração do controle político local? Até a década de 80 os empresários “faziam” o prefeito. Hoje o prefeito produz os novos empresários? Isto é real?
Hamilton Garcia: Talvez seja, afinal o incremento da arrecadação local extrapolou o aumento das atividades econômicas ordinárias – excetuando petróleo – o que fez a máquina pública, e nela a classe política, assumir uma envergadura extraordinária diante da sociedade civil. Dadas as possibilidades do subsídio e da apropriação privada direta do orçamento público, este agigantamento da sociedade política pode ter impactos diferenciados, mas sempre importantes sobre a atividade econômica, o que inverte, por certo tempo, a lógica clássica do processo de dominação de classe.

Blog: Os convênios se transformaram na ação preferencial de gerir e terceirizar os serviços públicos municipais, apesar da prefeitura ter quase 10% da população lotada em seus quadros. Hospitais, escolas/universidades, igrejas, sindicatos, ongs, clubes de serviços, associação de moradores desenvolvem diferentes projetos bancados pelo poder público. Isto explicaria algo sobre a competição política em Campos?
Hamilton Garcia: Certamente, embora, em si, nada diga sobre a natureza desta competição. Por exemplo, administrações republicanas, num extremo, podem incrementar a produtividade do setor público fazendo-o crescer, ao mesmo tempo que compartilham a gestão com outros organismos da sociedade civil, produzindo enorme alavancagem econômico-social e forte legitimação institucional na cidade. Noutro extremo, gestões oligárquico-patrimonialistas podem agravar o gasto público por meio do inchaço administrativo e da terceirização predatória, gerando concentração de renda, baixo crescimento econômico e retrocesso grave na reputação e capacidade de gestão das instituições locais – fenômeno que, diga-se de passagem, acomete o país desde os anos 1980.

“A função do médico aproxima seus profissionais das pessoas comuns – que hoje constituem a grande massa do eleitorado – e lhes dá legitimidade difusa”

Blog: Como interpretar o fato que não é inédito, mas significativo na proporção, de que atualmente, os médicos controlam a política no município. O ex e o atual prefeito são médicos. Um deputado estadual e um federal são médicos. Cinco dos dezessete vereadores, ou, quase 1/3 dos vereadores serem médicos. Simples coincidência ou articulação?
Hamilton Garcia: Esta super-representação deve estar, em grande parte, articulada com a carência histórica de assistência médica num município de grande extensão territorial, como é Campos, propiciando toda sorte de iniciativa
supressora. Ao mesmo tempo, a função do médico aproxima seus profissionais das pessoas comuns – que hoje constituem a grande massa do eleitorado – e lhes dá legitimidade difusa, potencializada, por outro lado, pela aversão ou inapetência de outras categorias profissionais ao contato popular.

Blog: O quadro de disputa local entre criador e criaturas que disputam a hegemonia do poder repete-se “coincidentemente” em quase todos os municípios contemplados com os royalties do petróleo. Como isto se explica?
Hamilton Garcia: Explica-se pelo agigantamento da arrecadação e das novas possibilidades de captação de recursos eleitorais, monetários ou não, para as campanhas de seus titulares, em meio a um contexto de extrema fragmentação dos partidos políticos e de perda da importância relativa dos projetos sociais nas disputas políticas, o que faz com que as ambições pessoais de poder se sobreponham às coletivas.

Blog: A eleição de 2004 e a de 2006 mostraram, o que sua proposta de pesquisa chama de “descompasso entre a complexidade da nova pólis campista e as demandas de seu eleitorado, prisioneiro tanto de necessidades básicas sub-atentidas quanto de uma tradição superada de ordem pública – cuidadosamente cultivada pelos mandatários”. Traduzindo, isto poderia se compreendido, como sendo a velha e conhecida compra de votos, agora vitaminada pela abundância de royalties e controle político mais amplo?
Hamilton Garcia: Não apenas compra de voto, cujo montante é difícil de estimar em função de sua ilegalidade, mas, sobretudo, a valorização da “dádiva eleitoral” por um público muito maior, que não a recebe diretamente, mas se sensibiliza por seus efeitos
circunvizinhos sem se dar conta dos custos que ela embute na sociedade, em geral, e nas instituições, em particular. Infelizmente, a longa dominação patrimonialista no bojo do processo modernizador brasileiro – e sua falta de tradição democrática e de educação cívica – fez com que largos estratos sociais percebessem a coisa pública como coisa estranha a si, abrindo caminho para uma selvagem apropriação privada do público. Não que apropriações sejam estranhas ao capitalismo liberal, mas que este as faz sob a égide da lógica da acumulação de capital (maximização econômica) e não da dádiva eleitoral (manipulação política). Trata-se, aqui, na verdade, na perspectiva da sociedade industrial, da diferença entre desenvolvimento e subdesenvolvimento.

“Crença fatídica na imutabilidade da política e a ausência de projetos alternativos bem estruturados, levam os indecisos a sucumbir à lógica individualista”

Blog: O aumento do voto dos candidatos das máquinas em 2006, comparado a 2004, pode ser interpretado como pragmatismo e desencanto dos eleitores campistas?
Hamilton Garcia: Sim, de uma parcela importante do eleitorado; é o que diz a hipótese central do trabalho: de um lado, a percepção de que votar no mais forte pode garantir acesso privilegiado a recursos escassos, mobiliza um grande público, de outro, a crença fatídica na imutabilidade da política e a ausência de projetos alternativos bem estruturados, levam os indecisos a sucumbir à lógica individualista ou simplesmente se abster de qualquer resistência a ela, o que,
moto-contínuo, maximiza as chances da política clientelista.
Suponhamos que num universo de 100 pessoas, 18 resolvem se abster ou simplesmente repudiar indiscrimandamente os candidatos. Neste caso, os 50 inclinados ao jogo do poder, como em 2004, serão estimulados a repetir a dose, atraindo naturalmente os indecisos, no lance seguinte (2006), dada a diminuta força reunida pelos grupos alternativos, reduzida a 32 apoiadores. Outrossim, se o absenteísmo e o niilismo fossem menores, o jogo se reequilibraria e se tornaria mais competitivo aumentando as chances de rotatividade no poder e, por extensão, de novas abordagens políticas potencializarem o progresso esperado pelos recursos do petróleo.

Blog: Neste cenário de pragmatismo selvagem entre eleitores e eleitos ou como é dito em seu projeto de pesquisa, em meio a “esta cultura da naturalização e do oportunismo”, há espaços para surgimento de alguma alternativa que seja diferente da ambigüidade mostrada pela polarização atual?
Hamilton Garcia: Devemos pensar não apenas em termos de alternativa partidário-eleitoral, mas também em saídas institucionais. O cenário selvagem tem também outro componente importante, que é o fato de as instituições fiscalizadoras da ordem política estarem comprometidas com as práticas em tela. Como já foi dito, o estupor da crise de 2004 foi causado pela atitude da Juíza Denise Apolinário mais do que pela instrumentalização da coisa pública pelas máquinas partidárias. Como o círculo atingiu um patamar de maturidade muito expressivo, a atitude dela teve escasso impacto político na sociedade civil, que manteve-se pateticamente paralisada ou presa a soluções derrotistas. Não apenas isto, ela própria foi mais questionada que as práticas que ela quis coibir, numa demonstração clara de que a Lei era o ponto fora da curva da equação e que a ilegalidade se institucionalizara. Desta feita, a solução institucional terá também suas dificuldades se não encontrar pelo caminho algum movimento social mais forte e esclarecido.

Blog: Há gente que diz que a competição eleitoral local, não teria as características de crise e de beligerância, se o caixa da prefeitura não tivesse a injeção dos quase R$ 1 bilhão de royalties anuais, hoje equivalentes a mais de ¾ do orçamento municipal. Qual a sua opinião?
Hamilton Garcia: Certamente ela não seria tão dramática quanto vimos. Mas, uma vez colocada neste patamar, ela não refluirá sem produzir uma crise ainda pior pelo que restar dos recursos no caso de sua redução. Neste extremo de solução institucional-tributária, restará na sociedade campista o travo amargo das escolhas sociais feitas no passado recente, o que, do ponto de vista estritamente acadêmico, tornará a pesquisa local ainda mais importante em função da possibilidade de eventuais achados científicos sobre o comportamento político. Assim como nas ciências naturais, infelizmente, o conhecimento social também avança em meio aos fenômenos críticos.
PS.: Atualizado e corrigido às 18:30.