sexta-feira, julho 12, 2013

Projeto da Usina Hidrelétrica de Itaocara é suspenso

A informação é da rede PetroNotícias. Todas as unidades que foram licitadas entre 2000 e 2002, mas as empresas vencedoras até hoje não executaram os projetos, devido à demora de contornar obstáculos ambientais, entre outras dificuldades, com os recentes vetos de Dilma Rousseff à Medida Provisória 609, sancionada nessa quarta (10), as usinas teriam se tornado inviáveis. Entre as companhias que tiveram seus projetos afetados estão Vale, Gerdau, Votorantim, Camargo Corrêa e Light.

Além da unidade de Itaocara, RJ, os projetos de outras sete hidrelétricas que não saíram do papel voltam à União.: Santa Isabel, Murta, Pai Querê, São João, Cachoeirinha, Olho D’Água e Itumirim.

De acordo com Mauricio Tolmasquim, presidente da EPE (Empresa de Pesquisa Energética) agora o objetivo do governo é licitar esses empreendimentos novamente, segundo as novas regras, só os projetos já licenciados poderão ir entrar no certame.

O projeto da UHE Itaocara foi proposto pela Light que venceu venceu o leilão em 30 de novembro de 2000. Depois, em junho de 2008, foi formado o consórcio UHE Itaocara entrando a CEMIG junto da LIGHT. Assim, o consórcio passou a ser o responsável pelo desenvolvimento da Usina Hidrelétrica Itaocara, no trecho médio-baixo do rio Paraíba do Sul, com projeto de geração de energia elétrica com capacidade de 145 megawatts (MW).

Para o desenvolvimento da UHE Itaocara seria construída uma barragem no trecho médio-baixo do rio Paraíba do Sul, localizada entre os municípios fluminenses de Itaocara e Aperibé. A área do reservatório envolveria cinco municípios: Cantagalo, Santo Antônio de Pádua, Itaocara e Aperibé (no Estado do Rio de Janeiro) e Pirapetinga (no Estado de Minas Gerais). As obras tinham um prazo de duração estimada em 30 meses, ou dois anos e meio.

O site do consórcio da UHE Itaocara (aqui) informa que o empreendimento estaria em processo de licenciamento no Ibama para obtenção da Licença de Instalação (LI) com expectativa de ser obtida agora no mês de julho de 2013. A Licença Prévia do Ibama (aqui) foi concedida em dezembro de 2011. 

É possível perceber que o projeto está (estava) em fase adiantada de planejamento e aquisição de propriedades que seriam atingidas pelos reservatórios. Resta saber agora, os desdobramentos. A área de alagamento prevista para o reservatório era de 41,49 Km².

7 comentários:

Anônimo disse...

É... Fazer hidrelétrica é uma desgraça mesmo. Atrapalha a tudo e a todos. Dos peixinhos aos camponeses, da lama no fundo do rio que chamam de sedimento de arrasto às aglomerações urbanas, das árvores e plantações aos micos e preás, dos caminhos de burro às estradas. Tudo sofre.
Mas o engraçado é quando chegamos em casa e apertamos aquele botãozinho perto da porta a um metro e vinte do chão, a luz se acende.
Deve ser milagre.

Roberto Moraes disse...

Eis a questão.

Os grandes lagos desalojam famílias, cidades...

A energia do carbono causam efeito estufa e os problemas do clima.

A nuclear é temida.

A solar e dos ventos são desejadas, mas, limitadas.

Assim, só litando e controlando o crescimento econômico e as desigualdades, porque se for para congelar como estamos vivendo hoje é condenar os pobres à pobreza perpétua...

Continuamos na questão.

Anônimo disse...

A questão não seria o crescimento demográfico professor? Todos querem o mesmo conforto.
O mesmo ambientalista que escarnece a hidrelétrica, teme a nuclear, deseja (mas ignora como é produzida) a solar e eólica, liga o ar condicionado quando faz calor.
Ora, se ele pode, porque os outro não?

Roberto Moraes disse...

Sim, também, mas, em muitos países como o nosso o crescimento demográfico é reduzido e tende à estabilização.

A questão é a redução das desigualdades. Quando esta se reduz a consumo tende a ampliar.

Aí entra o consumo consciente, mas, não há que se falar disto com quem não tem nada ou quase.

Assim, voltamos de novo para o velho dilema que a ONU propõe nos Objetivos e Metas do Milênio (ODM)n alinha do Desenvolvimento menos desigual para as nações e o movimento ambientalista e de luta pela "sustentabilidade" propondo que ao invés de ODM tenhamos a ODS, os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, incluindo mais fortemente metas para a questão do Clima, da biodiversidade e para o uso dos oceanos.

Só que como diz José Eli da Veiga em seu mais recente livro "A desgovernança Mundial da Sustentabilidade" os dois objetivos correm em linhas paralelas que não se tangenciam, não se tocam.

A decisão é política, mas, os dois grupos apenas conversam entre si.

Sds.

Anônimo disse...

Quem está chegando agora para o consumo deve ter em péssima conta os ambientalistas. Devem pensar: "Agora que eu posso comprar aquela TV em 200 prestações e trocar o ventilador pelo ar condicionado, vem essa gente a querer que eu economize energia".

Sávio disse...

O projeto da UHE Itaocara não foi suspenso. O que aconteceu é que a Lei 12.839/13 autorizou as empresas a devolverem a concessão, se quiserem. A UHE Itaocara continua em andamento e, inclusive, obteve do IBAMA a licença de instalação no dia 29/07/2013. Isso precisa ficar claro.

Anônimo disse...

Eu acho bem engraçado pessoas que sempre utilizaram energia das hidrelétricas tentarem agora demonizá-las. Energia renovável sim, energia limpa, intervenção pontual na natureza, mas longe de 'matar o rio' e o ecossistema como querem tentar propor. Esse povo dos partidos emergentes diz que bastaria substituir por solar e eólica, esquecendo que essas fontes também têm impactos e que as turbinas ou painéis são caros, fabricados industrialmente e também têm custo ambiental e financeiro enormes. Ou seja: criam o obstáculo mas não te dão a opção para todo mundo que precisa ter energia boa e barata. É um lance político de não deixar governar para depois dizer que não governaram ... assim é mole!