65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
domingo, maio 25, 2008
Seria a 3ª Via, só um desejo da classe média campista?
Vira e mexe a gente ouve de um ou outro “entendido” da política que o desejo de mudança na gestão municipal em Campos seria “papo de quem não conhece o povo”.
Nem todos têm condição de ter acesso a uma pesquisa qualitativa, as chamadas “quali”. Elas custam caro, mas quando bem feitas dão boas informações. As “quanti” servem mais para massagear o ego ou o bolso das campanhas de quem está na frente ou no bolo da disputa, do que apontar cenários.
Diante do confuso imbróglio da política local com cenários ainda incertos, é mais provável, que as pesquisas apontem mais, o que não será provável, do que o inverso.
Porém, aqueles que se interessam pelo assunto e informações podem ter pistas bastante confiáveis, se resolver, por si, próprio, ou por gente que lhe seja confiável, saber como anda a opinião sobre a política local até por segmentos. As mulheres, os universitários, os operários de obras, a dona de casa da periferia, o produtor do interior, etc.
Mesmo sem rigor científico apurado não é difícil saber o que “andam suspirando pelas alcovas, o que andam combinando no breu das tocas, o que estão falando alto pelos botecos, o que gritam nos mercados”...
Uma escuta relativamente aguçada e sensível identifica que há um desejo, mais que latente de mudança da política e de seus personagens. Mais: é possível perceber que ela é mais ampla do que alguns pensam e não está restrita a apenas um segmento de nossa população.
Porém, os que desejam esta mudança fazem exigências... Para terminar é possível dizer que, mesmo sendo majoritariamente, a favor, digamos que da “limpeza da área”, qualquer ameaça de remendo ou simples troca-troca de nomes, o desejo de varrição pode ser adiado.
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7 comentários:
Em primeiro lugar, para melhor qualificar o debate é importante dimensionar o que reprsenta esta " limpeza total", proposta pelos falsos moralistas de plantão. O jornal que representa os interêsses das oligarquias atrasadas e vive da verba pública declara que uma chapa PT/PSDB estaria em plena gestação na cidade. Bom, então seria Mackoul/Mérida. Que mudança estes nomes verdadeiramente representam no atual quadro policialesco campista. Senão vejamos, até semana passada o PT (partido da boquinha,não esuqeçamos) estava de braços dado com a dupla Mocaiber/Arnaldo e hoje virou santo em casa de puta ? O Psdb, por seu turno, é presidido por um ex-deputado que muito recentemente oarticipou de um mega-escândalo em Brasília. Por outro lado, a experiência concreta do rapaz do setor do comércio, se limita ao Boulevard ( área dos cafés) e a uma extraodinária passagem como sub-administrador em Italva. Esqueçamos um pouco nomes meus amigos. Não existe salvador da pátria, mas sim projetos em disputa que representam interêsses concretos. O nosso povão é hoje muito mais pragmático e esperto ( na boa acepção da palavra) e não vai embarcar em mais uma canoa furada pra depois pagar a conta. Resta pouco tempo, mas eu ainda acredito que nossa cidade poderia implantar políticas públicas que de forma concreta minimizasse o enorme sacrifício dos que vivem na periferia. Os royalties tendem a evaporar, o atula governo já foi para o beleleu ( não pra cadeia não sei porque)O quadro está muuito confuso ainda e as peças do xadrez no tabuleiro ainda não representam as reais forças políticas em jogo. Caminhemos um pouco mais para que a neblina se dissipe.
Ao ler a Folha da Manhã deste Domingo, que ao que tudo indica se tornou a principal articuladora da Terceira Via em nossa cidade, o que não deixa de ser uma decepção, ver essa bandeira indo para mãos ultra-conservadoras e oportunistas, me deparei com uma entrevista com Zito, presidente do diretório estadual do PSDB e com Alberto Cantalice, presidente do diretório estadual do PT.
Zito ao que parece, está por dentro dos fatos políticos de Campos, além de se mostrar favorável a formação de uma Frente pela Terceira Via, mas não é nele ou em suas posições que vou me deter.
Quero levantar algumas questões a respeito do presidente estadual do partido, Alberto Cantalice.
Cantalice deixou claro, durante a sua entrevista, que não está a par dos acontecimentos políticos e das disputas partidárias em Campos. Essa desinformação com relação ao partido no município, é uma grande falha, não por estarmos em ano eleitoral, e sim devido às ocorrências políticas/policiais mais recentes que envolveram o governo municipal, que o partido integrava, além ter filiados ao partido envolvidos diretamente no escândalo.
Porém, o espanto maior foi ele deixar transparecer que o partido em Campos tem dono, quando questionado sobre uma possível aliança ele afirma: “Precisamos ouvir isso do Makhoul (Moussalém)”.
Até bem pouco tempo atrás, O PT tinha por tradição, por ser um partido democrático, ouvir os filiados, os delegados ou o diretório, não uma determinada pessoa. Parece que em Campos e no estado do Rio de Janeiro é diferente.
Após ler, essa entrevista, chego à conclusão que a professora Odisséia não estava falando em seu próprio nome e sim em nome de um grupo que hoje é majoritário, dentro do partido no município e do diretório estadual. Essa conclusão veio após ler os seguintes trechos da entrevista, dada por Alberto Cantalice “Nós estamos examinando a possibilidade da candidatura própria, como estamos examinando outras possibilidades. Nós temos um diálogo com o PDT, pouco conclusivo. É fundamental saber como estão os nossos companheiros aí.”, e mais adiante ainda afirma: “O PDT é da base aliada do Lula, então na verdade é o PDT que tem entendimento de aliança conosco. O que pode acontecer é a conveniência local não colocar a gente no mesmo palanque”.
E só pegar a entrevista da professora Odisséia e ver que o ponto de vista dela, é o mesmo e que até as palavras não mudaram.
Agora uma provocação.
Por que não uma aliança com o PMDB?
Ele é o maior partido da base aliada do governo Lula.
È o partido do maior amigo (sic) do presidente o Governador Sergio Cabral, que inclusive abriu mão do seu candidato a prefeito do Rio, para apoiar o candidato do presidente.
PT, PSDB, ARNALDO, MOCAIBER, FOLHA DA MANHÃ são tudo farinha do mesmo saco. Governaram juntos nesses últimos anos. Esse bando representa tudo que é mais retrógrado na sociedade campista. Alimentam-se da corrupção e estão se lixando para o povo. Agora querem nos enganar com essa história de 3ª via.
A 3ª via só é desejo da classe média? Não, apenas de uma parte da classe média - a que não está trabalhando na prefeitura.
A 3ª Via é desejo do PT e do Psdb?
Sim, mas só depois da operação Telhado de Vidro - se a PF não tivesse pousado em Campos, eles já teriam garantido sua participação num eventual futuro governo de Arnaldo Vianna.
Torço por uma mudança, mas não dejo de perceber que será um processo de longo prazo. Talvez, quem sabe, seja mais viavel um amadurecimento do proximo prefeito, ainda que seja da 1ª ou 2ª via, para um governo um pouco mais sensato em termos politicos do que o triunfo de um "Novo Nome".
Afinal Gorbachev, para detonar a União Sovietica, teve que chegar ao poder seguindo a cartilha do bom comunista.
Tenho visto com uma certa frustração a guinada repentina dos blogs que se encarregaram de estartar o Movimento "Chega de Palhaçada". Ás vezes chego a imaginar: será que me fizeram de palhaço? Pouco se vê falar em qualquer outra iniciativa para dar densidade e sobrevida ao movimento. Penso que também os bloguistas, de alguma forma, também se desencantaram. Como exemplo, o blog Urgente, ultimamente tem feito uma viagem pelo mundo da fotografia, linda por sinal, porém desviando todo o foco inicialmente incentivado pelos jornalistas que o compõem. Salvo engano, e isso é mais provável, alguma coisa aconteceu para que essa letargia se instalasse e nos fizesse companhia. Não teria sido porque projetamos um vôo um pouco alto, sem a devida sustentabilidade da sua execução? Talvez devêssemos redirecionar o norte e talvez nos concentrarmos em uma terceira via que passagem pela garantia de elegermos um vereador ou mais vereadores (não importa o partido). Até porque Partido por Partido, se olharmos a sua filosofia e ideologia não dá nem para explicar as aberrações que hoje presenciamos. Alguém com um perfil de compromisso com a 3ª via, com um mandato com apoio popular ( dos bloguistas e entidades que se afinassem com a sua conduta que imaginamos seria independente, denunciativa e cumpridora do papel primeiro de um vereador), cuja visibilidade o credenciaria para um futuro não muito distante. Nomes já foram citados. A grande questão é que aquela idéia inicial do surgimento de um nome que pudesse representar a 3ª via, sempre esbarrou, ora em questões orgânicas internas dos partidos, envolvendo maioria ou caciques, ora na ausência do espírito de renúncia de alguns nomináveis.Em meu blog coloquei duas histórias, que muito bem ilustram a sugestão. Deve existir entre nós pessoas de bem, idôneas, com tempo disponível, com relativa independência financeira, parece utopia mas não é, que pudesse se lançar, eleger-se e buscar todos os recursos inerentes ao cargo,que seria administrados por um conselho, para fazer crescer o movimento, como incubadora para a eleição de outros do mesmo naipe. É claro que a nossa angústia nos leva a imaginar projetos mais ousados. Mas, diante dessa impossibilidade, por que não lançarmos mão do possível. De minha parte, quero garantir: Para um projeto dessa natureza eu garantia pelos menos um cem votos. Quem mais se habilita. Se formos 100, na média, teríamos em torno de 8 mil votos. Não é difícil conseguir esses votos. O que falta é a credibilidade, o passado limpo, a proposta sem personalismo, o querer o bem coletivo. Devo adiantar esse nome não seria o meu. Mas podem contar com o meu apoio.
Essa turma do PMDB não quer reconhecer ã máxima usada pelo seu líder Garotinho, por diversas campanhas: quem promete e não fez perdeu a vez!
Até alegar que o PMDB faz parte da base aliada e por isso deveria receber apoio em Campos é absurda por que no plano nacional se coloca contra.
É a tentativa de criar confusão e tentar colocar todos no mesmo saco. Isto não é aceitável. O professor Roberto está correto, o povo, mesmo que reconheça que governos passados tenham feito alguma coisa, na verdade poderiam ter feito muito mais. Além disso, depois de 20 anos... não há porque.
Uma candidatura independente de quem não tenha participado destes desgovernos pode surpreeender, prncipalmente com 1/3 do tempo da TV e do rádio.
Isto se os caciques do partido não atrapalharem.
Félix você tem toda razão, o problema é que esta turma da chamada terceira via ou dos blogs, não quer sequer pensar em colocar o "fio fó" na reta da seringa, ou seja na palavra a coisa tem uma fluidez incrível, mas na hora da ação meu amigo, todo mundo está mesmo querendo e aguardando é passar o cavalo selado e o pior quando se constrói uma candidatura alternativa,não vão para as ruas e quando vão, apoiam outros.
O gostoso é ver que no final, se f..... todos.
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