O blog informou diversas vezes aqui, aqui e aqui neste
espaço (em maio e julho deste ano, entre outras postagens mais antigas) sobre
os estudos para esta malha de logística. Por último, o governo federal estava
decidindo se iria prorrogar algumas concessões em troca de investimentos ou se
faria licitações para novas concessões e junto, a inclusão de outros trechos de
ferrovias e rodovias.
No caso específico que envolve nossa região dois trechos
foram contemplados. O ramal Vitória-Rio com passagem em Campos e interligação
com o Açu, em São João da Barra e outro que vai em direção ao Centro-oeste
ligando a região à ferrovia Norte-Sul. trechos 5 e 6 do mapa ao lado.
Aqui na região, a FCA que ganhou a concessão durante o governo FHC nunca fez
nada além de aproveitar o que estava instalado. Sequer fez ampliações ou
melhorias. Ao contrário foi cada vez foi menos ativa, desativando até o transporte de combustíveis na direção do Rio.
Assim, seria um prêmio sem merecimento, agora conceder a esta empresa, o direito de continuar
com a concessão em troca de investimentos. Melhor mesmo que o leilão analise
as condições que podem ser ofertadas por outros grupos, embora, nada impede que
ela mesma possa concorrer e até ser a vencedora em um ou mesmo nos dois trechos.
Um outro comentário a ser feito sobre o assunto desta malha regional é que com
este grande projeto de logística, o governo dota o país e oferece ao setor
produtivo, condições de crescer usando a infraestrutura a ser criada e/ou
ampliada, numa perspectiva de inserção competitiva no cenário internacional.
É evidente que o empresário ganha com estas chamadas
condições gerais de produção, mas, o projeto é mais amplo e há que se exigir
contrapartidas e estabelecer condições e regulações.
Neste caso o papel mais importante é do governo estadual e
dos governos locais que são os gestores diretos do território, onde este capital
fixo está sendo instalado.
Os governos locais deveriam se preparar melhor tecnicamente, para uma gestão mais eficiente das políticas públicas de interesse do cidadão, junto aos empreendedores e seus projetos que já estão sendo implantados e outros que virão a seguir. O
blog comenta este assunto aqui desdee o ano de 2005.
Fato é que com este anúncio a região se transforma num
centro de logística integrada com rodovias integrando importantes pontos da
região sudeste, a de maior dinamismo econômico do país, e também em direção a Minas e ao centro-oeste, grande
produtor de alimentos e grãos e, assim um grande demandante de estruturas de transportes ligando a portos que permitam a exportação a custos competitivos.
Com, isto os investimentos do Complexo do Açu ganham outro
grande impulso e tendem a entrar numa nova fase, desde que os empreendimentos
sejam concluídos e entrem em operação entre 2013 e 2015, após as seguidas alterações nos cronogramas iniciais.
Os municípios da região com estes investimentos e com as infraestruturas que aos poucos serão montadas, ganharão as chamadas vantagens competitivas, extremamente significativas, em negociações sobre a implantação de novos empreendimentos por aqui por nossas bandas.
Dever-se-ia buscar um processo, em que ao invés de atuar
passivamente como balcão de análise de propostas, os municípios da região agissem pró-ativamente, apontando e buscando, o almejado desenvolvimento
socioeconômico, com inclusão social e a menor desigualdade possível.
É dever das autoridades regionais, governo estadual,
prefeituras, órgãos de licenciamento, e Ministério Público (estadual e federal)
garantir que todas as condicionantes estabelecidas nos processos de
licenciamentos sejam efetivadas, as melhorias no território que já sofre
grandes mudanças e sofrerá um grande adensamento populacional, sejam realizadas.
Entre elas, passou da hora, da região, aproveitar e
garantir, entre outras coisas que o uso destas ferrovias não sejam apenas para
ao transporte de cargas e sim, que sejam aproveitadas para o transporte de
pessoas cujo fluxo deve ser também fortemente ampliado como suporte aos
negócios e à nova dinâmica econômica que surgirá na região integrando ao sul, a
microrregião de Macaé e Rio das Ostras e região dos Lagos a Quissamã-Campos-SJB-SFI
e, ao norte, Campos-SJB-SFI, Presidente Kennedy e Marataízes no Espírito Santo.
Desta forma, as viagens para Macaé, para Itaboraí, junto ao
Comperj e Rio de Janeiro, e, em direção à Vitória, poderiam prescindir da
terrível BR-101, com o uso de trens para passageiros, a serem usados entre o
tráfego de cargas as mais diversas.
O problema é que antes de pensar o futuro, nossa comunidade
é mercê dos gestores preocupados apenas nas eleições que se sucedem. Resta
então à comunidade pressionar os eleitos a abrirem o diálogo em busca de
parcerias e sugestões da comunidade em direção aos interesses coletivos. A
conferir!
5 comentários:
Acho engraçado uma coisa, agente ouve falar do Açu isso, Porto do Açu aqui, Estaleiro do Açu aquilo outro, e eu estive no Açu no final de semana e fiquei impressionado com o descaso da prefeitura e da Sra. Carla Maria Machado em deixar aquela comunidade abandonada, estive lá a 2 anos atrás e voltei agora e nada foi feito, uma escola que estava em reforma ainda se encontra, nenhuma obra concluída, que prefeita é essa que ta dormindo no ponto gente, era para a comunidade está um brinco, principalmente porque está colocando o nome da cidade no mapa e si quer tem um caixa eletrônico ou loteria. Um absurdo, nota ZERO para a prefeitura e nota 6 para a LLX por está fazendo 35 km de asfalto, dou 6 porque não é dever da empresa assumir responsabilidade por essa obra, e sim da prefeitura e estado, e também pelo tempo que demoraram para começar, só no ano eleitoral começaram. Antes tarde do que nunca, mas o pessoal do Açu tem que acordar, do jeito que tá não dá pra ficar! Prefeita carta, onde andas? Vê-se que não anda por lá faz tempo.
Daniel Santos/RJ
Boa Noite,Professor, são grandes empreendimentos sensacionais que avançarão nos próximos anos, estão unidos governo federal,estadual e o municipal? O municipal está se preocupando muito mais no momento com as eleições, não estão nem aí para o crescimento e o desenvolvimento. Se esperarmos pelo governo municipal estamos ferrados...
Caro Roberto
Saudações e parabéns pelo Blog
Uma informação que gostaria de obter :
A ferrovia, a linha que ligará Campos ao centro oeste, objeto de concessão, passará por Itaperuna?
Sabes o trajeto completo?
Obrigado
Luís Adriano P. Da Silva
Diretor de operações da Faculdade Redentor
Caro Adriano,
Os editais e estudos não foram liberados, por isto, eu não temos como informar com certeza sobre este longo trajeto.
Porém, posso estimar, por tudo que conheço quenão deve passar pelo município de Itaperuna, mas, próximo, no amonho para Minas em direção ao Centro-Oeste.
Até onde sei o conceito principal desta via de transportes, basicamente de cargas, prevê poucos pontos de paradas, para ganhar em velocidade de transporte, entre os principais pontos de transferência destas cargas.
O estudo de cargas que certamente já existe é que apontará intereses neste modal.
A nível regional e de estado seria interessante que esta conexão pudesse ser feita.
Isto demandaria uma articulação política-institucional para apontar possbilidades. Porém, o sucesso desta intervenção dependerá da apresentação de propostas de cargas que pudessem usar este ramal como modal de transporte.
Sds.
Na pagina http://www.brasil.gov.br/infograficos/mapa-ferroviario-do-brasil
Vera como ficara o novo trajeto. "Ferrovias planejadas" la também tem os trajetos já existentes.
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