terça-feira, agosto 14, 2012

Pequena propriedade sofre invasão no Açu

O blog foi informado, que no fim da tarde desta segunda feira, uma pequena propriedade rural, localizada na Estrada da Figueira, no Açu, a última de uma área que ainda estaria em negociação com a empresa, foi alvo de uma invasão (entrada forçada) sem mandado judicial e sem oficial de justiça. 
 
Os invasores, incluindo policiais em carros particulares, só recuaram quando o proprietário que se mantém no local questionou a ausência de decisão judicial. 

O proprietário registrou com fotos o ato de invasão e amanhã irá à Delegacia Policial para fazer um Boletim de Ocorrência a respeito da invasão que sofreu. 

O proprietário disse ainda que a invasão da terra se deu com máquinas e que estas teriam destruído grande parte de sua lavoura.  

É difícil sequer imaginar que pessoas responsáveis tenham promovido invasão e destruição, sem decisão judicial de imissão de posse. A conferir!

PS.: Atualizado às 11:28 com a inserção das fotos.



















PS.: Atualizado às 17:26: Hoje, quatro pessoas foram presas por conta dos problemas citados nesta nota do blog. Uma delas possui mais de 65 anos. Policiais Militares retiraram as máquinas fotográficas das mãos dos pequenos proprietários deletando as fotos. A ação dos policiais não teve a presença de oficiais de justiça. Ontem, os policiais estavam em viaturas da Codin e hoje retornaram com várias viaturas da própria PM. O blog não tem informação sobre que acusação pesa contra os proprietários. 

O blog aguarda mais informações para repassar. Desde já, e como sempre faz, o blog, abre espaço para que a Codin possa se manifestar sobre o processo de desapropriação e sobre a situação dos proprietários rurais.


PS.: Atualizado às 17: 46: O blog recebeu da jornalista Suzy Monteiro, que presta assessoria de imprensa para a Codin, repassou ao blog a nota abaixo da Companhia de Desenvolvimento Industrial do Estado do Rio de Janeiro a respeito da ocorrência informada pelo blog:

“Em relação à área mencionada, a Companhia de Desenvolvimento Industrial do Estado do Rio de Janeiro, bem como os empreendedores que atualmente detém a posse da área, esclarece(m) que a imissão na posse já ocorreu e que o invasor foi alertado inúmeras vezes sobre o fato estar prejudicando o andamento das obras no local.

A Codin esclarece ainda que oferece a todas as famílias atingidas pelos decretos de utilidade pública o Programa Auxílio Produção (que varia de 1 a 5 salários mínimos).” 


PS.: Atualizado às 18:22: A partir do contato da jornalista Suzy Monteiro como assessora de imprensa da Codin, o blog solicitou que a companhia estadual também se pronunciasse sobre as seguintes questões:

  1. Para a Codin o proprietário encontra-se ou não sob a condição de ocupação irregular?
  2. O que determinou a prisão de quatro pessoas?
  3. Foi a Codin que solicitou a prisão?
O blog aguarda o retorno da assessoria de imprensa da Codin para informar a seus leitores sobre os desdobramentos da ocorrência na localidade do Açu.

PS.: Atualizado às 21:12: O blog recebeu a resposta da Codin às perguntas acima enviadas pela jornalista e assessora de imprensa da Codin, Suzy Monteiro: 

1. Afinal para a Codin o proprietário encontra-se ou não sob a condição de ocupação irregular?
  Condin: Uma das pessoas encaminhadas à Delegacia era o ocupante da área quando da  imissão na posse (que já aconteceu). 

2. O que terminou a prisão de quatro pessoas? Foi a Codin que solicitou a prisão?
   Condin: O PROEIS, conveniado com a CODIN, patrulhando a área, identificou que  três pessoas estavam invadindo uma das áreasSolicitou então que saíssem da área e eles desacataram a autoridade. Por este motivo, foram encaminhados para a Delegacia.

O blog vai voltar ao assunto com mais detalhes sobre toda a ocorrência.

6 comentários:

Anônimo disse...

Isso é fruto da cabeça pequena que vai desde os comandantes até seus comandados. Falta evolução para estas pessoas. O estado é lerdo inerte e arrogante quando é do interesse do cidadão, quando é do interesse dele atropela feito cavalo entrando numa loja de cristais derrubando tudo e todos. O cidadão São Joanense deveria anular seus votos para renovar essa bagunça vergonhosa que esta se enraizando cada vez mais. Todos esses atos irão voltar para seus autores por conta de uma lei natural que muitos desconhecem.

Roberto Moraes disse...

Boa tarde, Roberto!

Infelizmente tenho presenciado estas violações de direitos em várias ocasiões no V Distrito.

Portanto, penso que nesta Pais, o direito de propriedade, tem sido garantido para o latifúndio, mas as terras dos pequenos agricultores e neste caso, os do Açu, a invasão e expropriação dos mesmos, tem sido realizada pela LLX/Eike Batista e legitimada pelo Estado/Sergio Cabral.

Eu tenho acompanhado e documentado esses atos arbitrários. É revoltante.

Ana Costa/UFF de Campos.

Anônimo disse...

Caro Roberto, teria sido interessante, que a CODIN mandasse a cópia com assinatura dos proprietários que estavam cientes da retirada deles, não acredito em nada que venha de uma empresa que é do estado e que presta serviços a um bilionário mimado.

Anônimo disse...

Fica evidente com essas informações que hoje o estado esta a serviço das megacorporações e se esquecem do cidadão comum que esta sendo massacrado por atitudes como estas.
A Pm prestando serviço não apenas a codim como também para o GRUPO EBX isso é um absurdo.

Anônimo disse...

Caro Roberto:

Sabemos que não podemos frear o progresso, mais não podemos aceitar os abusos cometidos em nome do progresso, ate hoje a imprensa,os orgãos ambientais e o Ministerio Público não se manifestaram sobre o aterramento do canal do Brejo Cumprido em Barra do Açu, crime cometido pela empresa Acciona. Basta de abusos.
Saudações

xacal disse...

Caro Roberto,


Dentre tantas outras aberrações, que estão embutidas nesta disputa entre o empreendimentos de escala, farsescamente "contrabandeados" como projetos de desenvolvimento, está um fato que chamou minha atenção:

Veja que o PROEIS, o famigerado programa que institucionaliza o "bico"(trabalho extra do policial) já revela aquilo que denunciávamos quando da sua criação, mas que foi festejado como mais uma "solução", embora não passasse de um remendo que se destinava a dar uma pequena esmola ao invés do pagamento constitucional de horas extras e de um salário digno aos policiais:

Carros privados, e com identificação precária, com policiais uniformizados, e perguntamos, a serviço e sob ordens de quem?

Sim, pois a CODIN é uma empresa de capital público, mas de natureza jurídica privada, criada para "facilitar" os interesses e desapropriações!

Como contratante (eles usam o eufemismo "convênio") é ela quem manda e dá ordens a sua "milícia" ou estes milicianos estão sob as ordens do comando que recebe as ordens da CODIN?


Grave! Fato grave que deve provocar uma reflexão na sociedade sobre o tema.

ATENÇÃO: O PROEIS permite convênios com empresas privadas e outros órgãos governamentais ou não, que acabam por diluir a cadeia de comando e hierarquia policial, por exemplo:

Um policial na escola responde ao seu superior, quando na escala PROEIS ou a diretora?