segunda-feira, julho 17, 2006

Como e por que migram as grandes indústrias?

Parece história antiga, mas não é. Não adianta alguns governos ficarem oferecendo vantagens, porque o que eles pretendem é redução de custos. Veja o caso da Nike. Ela que já não possui nenhuma fábrica direta todas suas unidades de produção funcionam como uma espécie de terceirizações instaladas mundo afora. Por lá fabricam aquelas camisas das equipes esportivas por um custo de produção num preço abaixo de U$ 10 incluindo os impostos dos países onde estão localizadas. Estes produtos são comercializados quase sempre acima dos US$ 60. O que a NIKE faz é determinar o padrão de qualidade da fabricação e continuar a divulgar as marcas em todo o mundo e pagando as grandes fortunas para elevar o desejo da marca através das celebridades esportivas dos Ronaldos, Jordan, etc. Por conta da necessidade de reduzir ainda mais estes custos de produção a Nike está transferindo seus pedidos das indústrias da China para o Vietnã. Outras marcas que agem de forma semelhante com a Apple, hoje já dispõe de unidades de produção em Bangladesh, Camboja, Tailândia, Filipinas e Malásia como forma de responder às ações do governo chinês que tem estimulado as famílias a terem um único filho e aos próprios trabalhadores chineses que aos poucos vão pressionado por melhores salários. Por conta disso um site da cidade de Saigon no Vietnã já divulga esta mensagem ao lado. A estratégia empresarial é simples: buscar quem quer trabalhar mais por menos. O professor de economia e administração, Hua Ruxing, da univesridade chinesa de Tsinghua chegou a afirmar que a vantagem de custo de mão-de-obra chinesa vai desaparecer em oito anos. Veja outros comentários sobre o assunto aqui.

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