quarta-feira, fevereiro 15, 2017

A Opep confirma as razões sobre a "sede" que o mundo tem sobre o nosso petróleo

A Opep cada vez tem desenvolvido estudos mais detalhados sobre a geopolítica do petróleo e da energia que utiliza para que a organização tome decisões.

Assim, a Opep hoje acompanha não apenas a exploração e a produção de seus 14 países membros, mas também dos demais.

Desta forma divulga bons e densos relatórios mensais. Neste último estudo, divulgado ontem, a Opep voltou a confirmar a colossal ascensão de produção de petróleo no Brasil, apesar de toda a pressão contra a Petrobras.

O Brasil será o país - fora Opep - com o maior crescimento de produção de petróleo no mundo, com cerca de mais 250 mil barris por dia.

Para a Opep, o Brasil poderá chegar à uma produção diária de 3,5 milhões de barris por dia. Isto se dá por um planejamento anterior que garantiu a entrada em funcionamento de três unidades de produção (plataformas) em 2016.

Outros países fora da Opep deverão ter também aumento de produção, embora inferior ao Brasil: EUA, Canadá, Cazaquistão na Ásia, Congo e outros países da África.

Enquanto isto, outros tradicionais países produtores perderão capacidade este ano como: México, Noruega, Rússia, China, Colômbia entre outros.

Já insistimos aqui por diversas vezes que o atual excesso de produção de petróleo no mundo, está consumindo as reservas que estão sendo menos prospectadas, por conta da redução de investimentos derivados do baixo preço.

Trata-se de ciclo petro-econômico.

Desta forma, uma nova fase de expansão dos preços se apresenta no horizonte para daqui a três a cinco anos, que pode ser antecipado por conflitos regionais.

Assim, diariamente, se coleciona dados e indicadores que confirmam a enorme sede do mundo sobre o nosso pré-sal, a maior fronteira petrolífera descoberta na última década.

O Brasil possui, nada mais, nada menos que seis dos maiores campos de petróleo descobertos nos últimos dez anos. 

Desta forma, não é difícil compreender o que se tem feito para que outras nações, corporações e fundo financeiros - agindo em conjunto - têm articulado e executado para ter acesso a tamanho manancial. 

E tudo isso com ajuda de uma elite econômica, sem projeto de nação, apenas preocupada com seus interesses em se apropriar de um mínimo percentual disto tudo - como rentistas - e sem nenhuma preocupação em assumir a condição de dependência e de consentida subordinação.  

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