quarta-feira, março 13, 2019

Militares doaram a Embraer para a "Boeing cai-cai"

Começou com Temer e terminou com a sua continuação, o governo Bolsonaro, a entrega da lucrativa e inovadora Embraer.

A empresa instalada em São José dos Campos era a base para a parcela mais expressiva de exportações com altíssimo valor agregado do país. Com alto conteúdo de tecnologia que atingia um grande e expansivo mercado.

Fora isso exportamos commodities: minério, soja e petróleo.

Venderam não. Pior. Juntaram ficando a Embraer com um pequeno percentual da "Boeing cai-cai".

A queda de mais um Boeing 737, tipo Max 8, depois de decolar do aeroporto de Adis Abeba, na Etiópia ameaça a empresa e por decorrência a Embraer. 

O caso assim como a queda de outro avião similar na Indonésia, há pouco tempo, evidencia um problema técnico de projeto da empresa americana.

Analistas que acompanham o setor dizem que esse é o modelo (Boeing 737, tipo Max 8) é o que a a fabricante americana de aviões mais vendeu em toda a sua história. Para o qual teria ainda uma encomenda - nessas alturas (sem trocadilho, por favor) - já quase toda suspensa. 

Cada avião desse tipo custa meio bilhão de reais. Fazendo as contas por alto, a Embraer está também indo para o espaço. Por favor, de novo, sem trocadilho.

A turma do capitão que comanda os generais de pijama só pensa em atender os EUA. Mesmo quando estes lhes mandam para o espaço.

É de doer. Qual deveria ser a tipificação para esse crime de lesa-pátria?

2 comentários:

Anônimo disse...

Vai estudar o quem a Embraer tem como acionistas e o que compra e vende fabricado no Brasil. Papagaio de pirata não vale.

Roberto Moraes disse...

A defesa dessa decisão é Complexo de Colonizado da Disneylandia e da crença pueril e desavergonhada no mercado de capitais.

É sabido que mais da metade das ações da Embraer já estavam na Bolsa de Nova York (NYSE) e apenas 48% da B3. Que boa parte das ações já era controlado por grupos financeiros e fundos estrangeiros, entre eles, o que possui mais ativos do mundo que é o BlockRock, que sozinho tinha 5%, além da Branders e outras.

Não há aqui nenhuma xenofobia e muito menos uma visão obtusa sobre a realidade da reestruturação produtiva e das finanças globalizadas. Há Sim críticas a essas cadeias produtivas globais que centralizaram os controles da produção, mesmo as mais tecnologizadas, nos centros financeiros que apenas usam a periferia.

E os sabujos do mercado de capitais considera tudo isso natural, como se natural fosse esse tipo de decisão que se relaciona à soberania de uma nação, tanto é que a empresa possuía a "golden share". É essa a questão.

Além disso, a relação de dependência com a Boeing onde a Embraer virou subsidiária da holding são os riscos de contaminação que prejudicará ainda e em especial, o desenvolvimento do projeto dos aviões militares, que na verdade foi o grande interesse da Boeing no negócio, como parte do controle e vínculo com a geopolítica.

Mas isso é perda de tempo conversar com sabujos do mercado e do Tio Sam.