segunda-feira, junho 30, 2014

Sobre manifestações e descontentamento de trabalhadores que atuam no Porto do Açu

O blog recebeu por email da Assessoria de Imprensa da empresa Acciona expondo sua posição sobre o movimento:

"Devido a citação da Acciona nas matéria publicadas recentemente por conta da greve que aconteceu na localidade de São João da Barra no dia 27/06/2014, a empresa esclarece que seus funcionários trabalharam com normalidade e portanto, não integraram as manifestações que ocorreram no Porto do Açu."

De outro lado, o blog recebeu contato de trabalhadores da terceirizada Armatek que dizem que o problema que gerou a paralisação na última sexta-feira permanece. Que haverá nova paralisação e que nada teria sido efetivamente resolvido perante as empresas FCC e Armatek. Entre os problemas há o de salários atrasados.

Escolha de vice do PSDB retoma política do café com leite?

A escolha anunciada há pouco pelo PSDB de que o Aloysio Nunes será seu candidato a vice evidencia duas questões: a primeira é ver as dificuldades que o PSDB tem para ampliar o leque de alianças partidárias e de sair do eixo Sudeste; a segunda e mais interessante é a que permite relacionar no tempo histórico à retomada da "Política Café com Leite" da República Oligárquica, do final do século XIX até 1930, quando é superado pela Era Vargas.

Antes que os tucanos reclamem, evidente que hoje ninguém está aqui dizendo que temos oligarquias como há de um século atrás, mas, mesmo na realidade presente, é interessante observar como se dá preponderância do poder político regional no Brasil contemporâneo.

O PT também tem um forte viés paulo-centrista, mas, com a Dilma isto se altera um pouco, tanto no movimento em direção ao sul, como em direção às novas lideranças em outras regiões. O PSDB aparentemente ganharia mais com um nome do Nordeste como fez em 1994 FHC.

Porém, o mais interessante é observar o processo histórico e seus desdobramentos. A política café com leite foi superada com uma nova articulação vinda do sul com Vargas, só superada pela pressão lacerdista contra Vargas em 1954, que depois é culminada com o golpe dos limitares em 1964.

Depois do ciclo militar, com os acidentes de intervalo de dois nordestinos no poder com Sarney e Collor, São Paulo reata o poder com FHC em aliança com a elite econômica e o setor financeiro, gerado a partir do Plano Real no período Itamar.

Lula vem em seguida, também de São Paulo com base originada do trabalho, mas, sem romper o acordo com a elite econômica e financeira. O processos que se sucedem são diversos e guarda relações com as preocupações de bem-estar social da era varguista e assim, por coincidência, se relaciona ao Sul, origem da Dilma.

O olhar de ciclos longos não apenas para analisar os processos econômicos, mas também os políticos sugeriu Fernando Braudel, parece interessante para observar o cenário atual, que é distinto, como já disse de um século atrás.

Resta aguardar que continuemos a avançar, sem contudo acreditar na visão evolucionista gradual, quando na verdade o que se tem no sistema capitalista nacional, ou na concepção de sistema-mundo, são os ciclos históricos com ascensos e descensos.

Copa entra na reta final

Depois de quase vinte dias, cinquenta e dois jogos, a Copa do Mundo no Brasil entra na reta final nestas duas próximas semanas. Incluindo os dois jogos de hoje restam apenas 12 partidas.

Com o início das quartas-de-final na próxima sexta feira com Brasil e Colômbia serão exatos oitos jogos em dez dias, incluído as finais e a disputa pelo terceiro lugar.

Portanto, estamos bem perto da Copa do Mundo de Futebol no Brasil se transformar apenas em história com as festas e o congraçamento de torcedores de todo o mundo.

Qualquer que seja o resultado, o país continuará a ser aquele que é mais vezes campeão mundial. A torcida é grande para que aumentemos a diferença para a Itália, a segunda seleção mais vezes campeã do mundo.

domingo, junho 29, 2014

Morre Dodozinho

O secretário de governo de São João da Barra, Antônio Neves informa no seu perfil no Facebook sobre a morte de Genecy Mendonça, ex-prefeito e vice prefeito do município.

PS.: Atualizado às 17:27:









PS.: Atualizado às 20:36: Com informações do blog do Paulo Noel:

Dodozinho tinha 96 anos. Eleito prefeito por dois mandatos (1977-1982; 1989-1992) foi vice-prefeito por quatro vezes e atualmente, ocupava o cargo de subsecretário de Obras no governo do prefeito Neco. O ex-prefeito, que deixou três filhos, se internou no Hospital Dr. Beda, em Campos dos Goytacazes, assim que deixou o evento do legislativo aonde veio a falecer hoje por volta das 15 horas devido a complicações cardíacas. No início deste ano, ficou viúvo de Marieta Alves Barreto Machado, com quem foi casado mais de 60 anos.

O velório será no Ginásio de Esportes, na sede de São João da Barra, com sepultamento no túmulo da família no cemitério do Caju, em Campos. O prefeito Neco decretou luto oficial por três dias. (Da redação com informações do Quotidiano). O sepultamento será às 11 horas no cemitério do Caju em Campos dos Goytacazes.

A estrutura do mineroduto e suas características técnicas

Alguns leitores-colaboradores que acompanham as postagens sobre a implantação do Porto do Açu e do Sistema Minas-Rio, tanto nas questões de impacto ambiental e social quanto nas repercussões sobre os atingidos, e ainda, nos aspectos econômicos e técnicos, solicitaram que o blog pudesse dar algumas informações mais gerais sobre o funcionamento do mesmo, da origem à chegada para exportação através do Porto do Açu, ainda em construção.

Atendendo a solicitação, então o blog reuniu e resumiu as informações que considera mais importante sobre o sistema que a Anglo American e a Prumo Logística S.A. esperam que esteja em pleno funcionamento até o final deste ano.

O mineroduto do Sistema Minas-Rio interligará Conceição do Mato Dentro, MG, ao Açu, Município de São João da Barra, Norte Fluminense. O duto com diâmetro entre 60 e 66 cm (24¨ a 26¨) e espessura entre 2 e 2,2 cm aproximadamente, cortará 25 cidades mineiras e 7 fluminenses.
Mina onde se faz a lavra do minério de ferro no
município mineiro de Conceição de Mato Dentro

Os dutos foram enterrado a uma profundidade entre 76 cm e 1 metro. O mineroduto sobe e desce serras cruza rios e passa por túneis em morros em seu longo percurso. Terá duas estações de bombeamento (uma na saída da mina, outra no KM 235) e  uma estação de válvulas no km 343.

A polpa que será enviada pelo duto tem a previsão de levar 85 horas e 14 minutos para cortar toda a extensão do mineroduto, ou seja, cerca de 3 dias e meio de viagem até chegar ao Porto do Açu. Há ainda dúvidas sobre o uso que se fará no Açu, da água que trará o minério sob a forma de polpa do interior de Minas até o norte do estado do Rio de Janeiro.

Usina de beneficiamento na
saída da mina em CMD-MG
Abaixo um diagrama esquemático do Sistema Minas-Rio. Da mina, beneficiamento e preparação da polpa para exportação pelo mineroduto. As estações de bombeio para o percurso de 525 quilômetros e o recebimento para filtragem, secagem e colocação das esteiras para embarque no Porto do Açu. Clique nas imagens se desejar vê-las em tamanho maior.

Os testes hidráulicos já foram concluídos pela Camargo Correia encerrando a parte física do mineroduto. A construtora já entregou a obra à Anglo American depois da execução dos testes hidráulicos (TH) com pressão bem superior à de operação para testar as soldas e os tubos.

Agora após a conclusão da montagem da usina de beneficiamento em Conceição de Mato Dentro, MG, começarão os testes para envio da polpa. A Anglo iniciou nesta quinta (26/06) o teste do sistema com uso de água sendo bombeada da Estação de Bombeamento (EB1) em Minas até o Porto do Açu.

Com as informações obtidas pelo blog, de que já há minério das esteiras da planta da usina, na cidade de Conceição do Mato Dentro, onde será misturado nos tanques para produzir a polpa para ser bombeada, fica-se a dúvida sobre o gargalo na planta de filtragem e nas conclusões do terminal 1 do Porto do Açu.

Vencidas estas etapas e após o licenciamento operacional, o sistema poderá funcionar para exportação. A expectativa da Anglo, como já comentado, é que isto possa ser feito até o final do ano. Confiram os diagramas.




sexta-feira, junho 27, 2014

Tempos de rádio e TV na eleição presidencial em 2014

Até segunda-feira (30/06) prazo final das convenções e coligações, alguma coisa pode se alterar, mas, neste caso deve ser pouca coisa.

O tempo definitivo hoje está dependendo mais de saber quantos candidatos serão incluindo os dos pequenos partidos.

Em números aproximados veja qual deverá ser a divisão dos tempos para e eleição deste ano. Entre parênteses o tempo que o partido ou coligação teve na última eleição de 2010.

É oportuno lembrar que o tempo diário a ser repartido entre os candidatos e coligações na eleição presidencial é de 25 minutos. Na eleição de governador de estado, 20 minutos.

Dilma - 13 minutos (10 min, 30seg);
Aécio - 6 minutos (7 min e 18 seg);
Campos - 2 minutos (       );
Everaldo - 1 minuto (      );
Demais candidatos somados - 3 minutos.

A conferir!

Trabalhadores das empresas espanholas FCC e Acciona fazem manifestação na estrada e paralisam atividades no Porto do Açu

Trabalhadores da empresas espanholas FCC e Acciona, contratadas pela Prumo Logística S.A. (ex-LLX) fizeram manifestação nesta manhã na estrada que dá acesso ao Porto do Açu.

As informações obtidas pelo blog é que todas as atividades estão paralisadas nesta manhã. Trabalhadores de outras empresas voltaram e não foram para o canteiro de obras.
Foto do Ururau que mostra a interrupção do trânsito na estrada que liga Caetá
ao Porto do Açu que paralisou nesta manhã as obras

As duas empresas atuam nas atividades de construção dos píeres e quebra-mar dos terminais 1 e 2 do Porto do Açu.

Os trabalhadores reclamam das condições de alojamento, de excesso do horas extras exigidas pelas empresas, de falta de segurança do trabalho para tarefas de grande riscos no mar, falta de treinamento para as mesmas, desvios de função, promessas de reclassificação que nunca são atendidas por dispensas, já que as empresas acabam fazendo um rodízio na mão de obra.

O site de notícias Ururau informou que o engarrafamento fruto da interrupção do trânsito na rodovia por conta da manifestação chegou a 2 quilômetros.

Problemas e reclamações dos trabalhadores que atuam nas obras de implantação do porto vêm sendo uma rotina ao longo destes quase sete anos de obras de construção do Porto do Açu.

Intervenções do Ministério do Trabalho e do Ministério Público do Trabalho tentam atenuar e intermediar soluções com infrações e "Termos de Ajustamento de Condutas-TAC", mas, os problemas retornam.

As obras para conclusão dos píeres e quebra-mares dos terminais 1 e 2 estão atrasadas. As pressões sobre os trabalhadores é grande. A Anglo American que pretende exportar minério de ferro pelo terminal 1 pressiona a Prumo pela conclusão das instalações do porto, pois o mineroduto já foi entregue pela construtora Camargo Correia para os testes de envio de água pela Anglo.

As empresas de apoio offshore, especialmente a Technip já está atuando, mas, em condições limitadas, pois não dispõe sequer de energia elétrica, porque o sistema de abastecimento comas linhas de transmissão e subestação tiveram suas instalações suspensas.

Assim, a manifestação e a paralisação das obras, pela insatisfação da mão de obra parece ser um problema a mais que a Prumo Logística terá que lidar.

quinta-feira, junho 26, 2014

A conflituosa relação de Pezão com a reeleição de Dilma

A matéria abaixo é do Valor Online agora às 23:06:

Após bronca do Planalto, Pezão muda discurso 


sobre apoiar Aécio no RJ

Após pressão do Palácio do Planalto, o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), mudou o tom em relação ao seu palanque triplo e afirmou nesta quinta-feira (26) defender a reeleição da presidente Dilma Rousseff.
Adotando um tom bem diferente daquele apresentado na segunda-feira (23), quando PSDB e DEM oficializaram o apoio à sua candidatura ao governo fluminense, Pezão disse que trabalhará por Dilma no Estado.
Até então, ele não havia garantido apoio à presidente. Antes, chegou a afirmar que seu palanque estava aberto tanto a Dilma quanto a dois de seus adversários, o senador Aécio Neves (PSDB) e Pastor Everaldo (PSC), cujos partidos apoiam a candidatura do peemedebista.
A declaração contrariou o Planalto. O ministro Gilberto Carvalho conversou com Pezão na manhã de quarta-feira (25) e cobrou posicionamento favorável a Dilma. No dia seguinte, o governador disse apoiar a reeleição dela.
"Eu sou Dilma, não vou cuspir no prato que comemos por sete anos e cinco meses. Vou trabalhar pela presidente", afirmou Pezão nesta quinta-feira, durante a convenção do PMDB-RJ que oficializou sua candidatura.
Na segunda-feira, ele havia dito: "Meu palanque no Rio de Janeiro vai ser com os três candidatos [Aécio, Dilma e Pastor Everaldo]".
Grande parte dos deputados, prefeitos e vereadores do PMDB do Rio farão campanha por Aécio, defendendo a chapa "Aezão".
O movimento surgiu após a confirmação da candidatura de Lindbergh Farias (PT) ao governo do Rio. A aliança com PSDB e DEM foi selada após o acordo entre PT e PSB no Estado ser avalizado pela Direção Nacional petista.
A ordem no PMDB é dar cada passo em direção a Aécio sincronizado com as ações do PT no Rio. "A cada ação é uma reação", disse um dos estrategistas da campanha peemedebista.
Durante a convenção, deputados do PMDB defenderam a chapa "Aezão" antes da chegada do governador. Único presidenciável no evento, Pastor Everaldo (PSC) discursou ao lado de Pezão e defendeu a chapa.
O Planalto avalia que o movimento "Aezão" é irreversível na base do PMDB fluminense. Contudo, quer manter o apoio declarado de Pezão apostando num isolamento de Aécio em eventual segundo turno contra Dilma --o tucano não tem candidato de sua base formal a governador, enquanto a presidente tem quatro.
Ministros já haviam atuado para garantir o apoio do Pros a Anthony Garotinho (PR) e obter, em contrapartida, o apoio do deputado.
Na segunda (30), Dilma participará de inaugurações no Rio ao lado de Pezão.

86 milhões de brasileiros têm acesso à internet

A pesquisa é do TIC Domicílios 2013, realizada pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br), vinculado ao Comitê Gestor de Internet no Brasil (CGI.br) e ao Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br).

O número exato divulgado é 85,9 milhões de usuários de internet no país em 2013, o equivalente a 51% da população,contra 49% em 2012.

O estudo apontou que o acesso em casa 43% do total de lares, ou 27,2 milhões de domicílios com acesso à internet.

Para mim, o número mais importante é o que indica que do total de usuários de internet, 31% acessaram a web do celular no ano passado, o equivalente a 52,5 milhões de internautas. No ano anterior, este percentual era 20% da população com cesso à internet pelo celular.
Fonte: Valor Online.

Lançamentos e divulgação de alianças marcam disputa ao governo do Rio

As principais candidaturas estão postas. Aparentemente a única que pode ainda ser negociada, mas, é pouco provável é a do senador Crivella.

Os dois candidatos com maior número de aliados e mais tempo de TV na disputa Pezão do PMDB e Lindbergh Farias do PT farão hoje no final da tarde, início da noite, grandes eventos para oficializar suas candidaturas e coligações para a disputa de outubro.

O evento do PMDB será na quadra da escola de samba São Clemente, às 16h. Enquanto isto, o PT aproveita a convenção estadual do aliado PCdoB para lançar a aliança do senador Lindbergh, junto com PSB e PV, às 18h, na Via Show, em São João de Meriti. O deputado Romário (PSB) candidato ao Senado na chapa, será a estrela da festa do PT.

Os eventos simultâneos do PT e PMDB buscam a polarização para as duas candidaturas, depois das intensas negociações partidárias dos últimos dias.

O candidato do PR, ex-governador Garotinho também busca um espaço para divulgação de sua chapa. Para isto, o deputado vai participar da convenção estadual do Pros, novo aliado conquistado com apoio de Dilma. O evento do Pros será às 18h, em um clube da Tijuca.

Os partidos menores Psol, PCB e PSTU também terão candidatos próprios ao governo do estado. Até a próxima segunda-feira, dia 30, mudanças poderão ocorrer neste quadro, mas, é cada vez menos provável.

"Mercado de problemas e as soluções?"

Recebi do arquiteto e urbanista Renato Siqueira uma exposição de motivos com uma defesa legal e técnica de sua proposta. Julgo interessante debatê-la à luz destes dois aspectos e também do urbanístico e do uso que a pólis imagina o ideal para aquele importante espaço urbano, de grande tradição histórica e importante e referência e identidade de toda cidade como os seus mercados.

Porém, acrescento, e não por mero detalhe, mas, insisto na importância de um diálogo com os atuais usuários daqueles espaços. Tanto os tradicionais feirantes, da parte interna e externa como os "camelôs" da área hoje anexa. Para se falar em expectativas da sociedade, há que se qualificar se de todos, de partes ou da maioria.

Sabemos que não é uma conversa fácil diante de prováveis e antagônicas posições. Mas, aposto no diálogo, porque, não posso aceitar que à força se faça remoções e intervenções exclusivas de interesse de uma parte da sociedade. É uma questão complexa, mas nada é simples quando se deseja soluções partilhadas.

Enfim, ao debate. Abaixo a análise do Renato Siqueira:

"Olá, boa tarde.
Alguma coisa tem sido dito sobre o Mercado Municipal o Shopping Popular Michel Haddad (Camelódromo) e a Feira Livre, na maioria das situações, trata-se de comentários sobre a pertinência ou não das localizações dos anexos laterais, Feira e Camelódromo, como mero ato construtivo apenas, ou seja, se deve ter essa ou aquela cobertura, se as árvores da Praça Azeredo Coutinho serão atingidas, cortadas ou não. Por essas razões, venho apresentar parecer técnico, resumido, afim de tentar esclarecer alguns aspectos importantes, que não tem sido considerados:


DOS OBJETOS:

1- Cabe ao COPPAM definir se será(ão) ou não permitido(as) intervenção(ões) no prédio do Mercado Municipal e no seu entorno, tudo de acordo com a natureza do prédio do Mercado Municipal da Praça Azeredo Coutinho e da lei 8487/2013: Art. 3º - O Município procederá ao tombamento dos bens e imóveis, de natureza material e/ou imaterial, que constituem o seu patrimônio, segundo os procedimentos constantes desta lei (e de seus regimentos), através do Conselho de Preservação do Patrimônio Histórico e Cultural de Campos dos Goytacazes - COPPAM e Art. 6º, V- Emitir parecer à concessão de licença para obras em imóveis situados nas proximidades de bens preservados e/ou tombados pelo Município e a aprovação, modificação ou revogação de projetos urbanísticos, inclusive os de loteamentos, desde que, umas ou outras possam interferir de alguma forma na segurança, na integridade estética, na ambiência ou na visibilidade de bem preservado e ou tombado pelo município, assim como em sua inserção no conjunto panorâmico ou urbanístico circunjacente;

2- O Instituto Histórico e Geográfico de Campos dos Goytacazes(IHGCG) e o Observatório Social de Campos(OSC), tem defendido que ambos, Feira Livre e o Shopping Popular, devem sair permanentemente do entorno do Mercado Municipal, por uma grande questão de ordem elementar da causa: o Mercado Municipal e a Praça Azeredo Coutinho são bens patrimoniais arquitetônico e cultural, tombados por ato do COPPAM, publicado no Diário Oficial em 13 de Setembro de 2013. Portanto, bens tombados para fins de preservação, que por essa definição, envolve todo o entorno urbanístico do Mercado Municipal, inclusive;

3- O prédio do Mercado Municipal teve a sua inauguração em 25 de Setembro de 1921, projetado em estilo arquitetônico Eclético. Já a Feira Livre e o Shopping Popular Michel Haddad, foram implantados a partir do início do ano de 1981, ambos ao estilo "vamo-que-vamo". Cabe ressaltar, que o Mercado Municipal, já conta com a sua terceira remoção - 1: Porto das Barcas (Rio Paraíba do Sul); 2: Largo (atual Chá-Chá-Chá) e 3- Rua Oliveira Botelho (atualmente ainda conhecida por "Rua do Mercado) - , no trecho urbano do município, todos com a mesma justificativa: inadequação urbanística.

DA LEGISLAÇÃO URBANA:

O sítio dos equipamentos urbanos, está classificado no mapa anexo à lei de Uso de Ocupação do Solo, 7974/2007, como ZCH (Zona de Comercio do Centro Histórico), avizinhada por Eixo de Comércio e Serviços 3 (ECS-3), onde a lei citada define em seu artigo 68: "...com alta densidade de atividades e ocupação horizontal ou de baixa verticalidade...condicionada à presença de bens tombados, para a qual deve-se estimular o uso residencial.", não obstante, no artigo 77, da mesma lei, está disposto que: "O Estudo Prévio de Impacto de Vizinhança - EIV, nos termos do Plano Diretor de Campos dos Goytacazes, se aplica aos empreendimentos e às atividades considerados como de impacto por suas especificidades, mesmo quando constar como permitida na Zona Urbana ou no Eixo de Comércio e Serviço considerado, para efeito de obtenção de licenças ou autorizações de construção, de ampliação ou de funcionamento." Isso significa que não há distinção entre imóvel/atividade nova ou já em prática, visto que o que se pretende é a adequação e mitigação dos efeitos negativos no exercício das atividades dos equipamentos urbanos, proibindo atividades desconformes, estando as naturezas das atividades em questão, enquadradas na lei supra, especialmente nos artigos 79 e 80 com necessárias ao EIV.

Lei 8487/2013(Reestruturação do COPPAM):
Art. 20 - As construções, demolições, paisagismo no entorno ou ambiência do bem tutelado, protegido/preservado e/ou tombado deverão seguir as restrições impostas, por ocasião do tombamento. Em caso de dúvida ou omissão o COPPAM deverá ser ouvido ou consulta-do.

Art. 25 - Os bens tutelado, protegidos /preservados e/ou tombados de propriedade do município poderão ser entregues com permissão de uso a particulares, sendo estabelecidas normas precisas de preservação pelo COPPAM.

Art. 32 - Ficam instituídas penalidades pecuniárias aos infratores, sem prejuízo das sanções cíveis e penais cabíveis, além do que dispõe as legislações federal e estadual.

Parágrafo Único - No caso de obra irregular em bem imóvel tutelado, protegido /preservado e/ou tombado, ou na ausência das providências indispensáveis de proteção e preservação, são solidariamente responsáveis no que couber:

I- O proprietário e o possuidor do bem imóvel a qualquer título;
II - O responsável técnico pela obra ou intervenção;
III - O empreiteiro da obra.

Art. 33 - Os bens tutelados, protegidos /preservados e/ou tombados não poderão ser objeto de quaisquer intervenções ou remoções sem prévia autorização do COPPAM.

Parágrafo Único - Consideram-se intervenções, especialmente as ações de destruição, demolição, mutilação, alteração, abandono, reparação ou restauração dos bens, bem como a execução de obras irregulares.

Plano Diretor Participativo, Arts.: 121, 202 a 210.
DOS TRANSTORNOS:


Os principais deles são a desordem urbana pela descaracterização urbanística, arquitetônica e paisagística dos bens tombados pelo COPPAM, ainda, desempenhos desconformes das atividades, associados à falta de infraestrutura especialmente de estacionamento e impropriedades das ocupações e usos do solo pelas edificações vizinhas ao prédio do Mercado Municipal que obstruem a visualização, acesso e hegemonia volumétrica dos bens históricos.

Comprometimento à mobilidade urbana devido a região ser grande polo gerador de tráfego e atividades de consumo, sem o mínimo critério ou oferta de equipamentos urbanos que sejam adequados à legislação de uso e ocupação do solo, tão pouco a segurança da população que experimenta diariamente, em horários diversos ao longo do dia, grande fluxo de veículos (particulares, coletivos e comerciais de médio e grande porte) proporcionando congestionamentos, aborrecimentos e riscos diversos. Não há oferta de estacionamentos vinculados diretamente.

Permanência da permissão de atividades em área inundável, sem as devidas intervenções de infraestrutura necessárias, principalmente pela falta de elementos que promovam a drenagem urbana, apesar de existir o Plano de Macro-Drenagem Urbana de 2004, produzido pela Prefeitura em parceria com a FUNDENOR, nunca posto em prática e pela contínua impermeabilização do solo.

DAS AÇÕES DA PREFEITURA:
Para ser mais fiel ao que acontece, deveríamos intitular este tópico da seguinte forma: "das faltas de ações da Prefeitura", senão vejamos:

1- Implantação urbanística incorreta (lei de Uso e Ocupação do Solo), caráter provisório do Shopping Popular;
2- Supressão de área pública, Parque Alberto Sampaio, para atividades com fins lucrativos: estacionamento e Shopping Popular;
3- Implantação do ECA (Enviesado de Concreto Anormal), na diagonal (único no mundo), que implantado em frente ao "novo Camelódromo", entre a Feira Livre e o Parque Alberto Sampaio, expõe os pedestres a riscos maiores pela retenção de veículos naquele trecho;
4- Implantação urbanística incorreta da "nova Feira Livre", ZCP (Zona de Comércio Principal), por ser desconforme com as características definidas na lei de Uso e Ocupação do Solo e pelo conflito de uso especialmente como Apart Hotel, corretamente implantado na ZR-4 (Zona Residencial 4);
5- Nenhuma apresentação pública ou estudos de impacto, como requer o caso e define o Plano Diretor Participativo, Arts.: 121, 202 a 210;
6- Violação do trecho central, ZCH/ZCP, da AEIC(Área Espacial de Interesse Cultural);
7- Desenvolvimento, através da PCE com o aval da Secretaria de Obras, de projeto que tratou de violar todo o entorno do prédio do Mercado Municipal, inclusive suprimindo as árvores da Praça Azeredo Coutinho e implantando muro no perímetro do Mercado/Feira Livre e Shopping Popular, estes dois últimos, retornariam ao fim das obras, tratadas como reformas.

DA EXPECTATIVA DA SOCIEDADE:

A foto anexo, apresenta uma das possibilidade de contemplação, beleza, valorização do patrimônio e identidade urbana que poderíamos conquistar pelo deslocamento das construções lindeiras ao Mercado Municipal, apesar de esta não ser a vista mais privilegiada e a foto registrar o tapume de proteção para as obras. O Mercado Municipal a Praça Azeredo Coutinho e o seu entorno devem ser reconhecidos como bens históricos de propriedade da sociedade de Campos - o tombamento é apenas o processo institucional - para que cumpram a sua função social qualificando o espaço urbano e permitindo à cidade e cidadãos a garantia de reserva estratégica de área livre composta ambientalmente por paisagismo, valorizando elementos históricos, que qualifiquem e ordenem o uso e ocupação do solo nesta nobre área definida pela AEIC. Assim, espera-se que sejam deslocados para locais adequados tanto o Shopping Popular, quanto a Feira Livre, esta, aliás, tem o seu histórico de deslocamento desde o início do Século XX, por inadequação urbanística, por isso, não é de mais recomendar que haja maior atenção e cuidado, principalmente quanto a infraestrutura de entorno, nos novos projetos de implantação destes equipamentos urbanos. As condições estão dadas na legislação urbanística, que é avançada e bastante criteriosa. Estas são as expectativas, chega de equívocos.

Abç.,
Renato César Arêas Siqueira
arquiteto e urbanista - perito técnico - professor bolsista UENF."

Enquanto a Copa bomba, o campeão da Segundona sai em jogo com 297 pagantes

Ontem, o Barra Mansa se sagrou campeão da Segundona (Série B)  do futebol do Rio de Janeiro ao vencer o Tigres por 2 x 1 na casa do adversário. Bom que seja mais um time do interior na disputa do estadual.

O mais interessante é ver que enquanto o nosso Goyta patina nas disputas, mas, sempre com casa cheia, o campeonato é decidido num jogo com 297 pagantes. A segunda vaga para a Séria B ainda vai ser decidida entre o próprio Tigres e o Barra da Tijuca, dois times de empresários.

Voltemos à Copa do Mundo.
Sem mordidas, já que o Suares pegou um gancho de nove jogos e está fora da equipe do Uruguai na Copa.

quarta-feira, junho 25, 2014

Ferrovia Vitória-Rio e suas conexões regionais

O projeto que o governo do estado apresentou hoje pela manhã, na reunião do Comudes, Conselho Municipal de Desenvolvimento de Campos, trata-se do projeto de interligação ferroviário que fará a ligação do Espírito Santo com o Rio de Janeiro - Ferrovia Vitória-Rio (EF 118.

A previsão é que este trecho seja leiloado ainda neste ano, pois faz parte do segundo do pacote das licitações ferroviárias, dentro do Plano Nacional de Logística e Transportes do governo federal, conforme comentamos aqui no blog no último dia 3 de junho.

A discussão com a PMCG se deveu ao traçado do Corredor Logístico do Açu que pretende se interliga a esta ferrovia, devendo também possibilitar a interligação com diversos outros projetos portuários nos estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo, como é também o caso do Porto Central, no município de Presidente Kennedy, ES.

O projeto apresentado hoje foi bancado pelos dois governos e teve a participação de técnicos de diversas prefeituras dos municípios a serem cortados pela mesma. Representantes destes empreendimentos privados (Porto de Açu e do Porto Central) também participaram do projeto colocando e defendendo suas propostas e necessidades.

O blog não sabe informar a cargo de quem ficará a construção e ou financiamento destes ramais de interligação da ferrovia, ou, se os mesmos serão totalmente bancados pelos recursos pela concessão, que aparenta ser o mais provável.

Na prática se dá aquilo que é conhecido com a construção das “Condições Gerais de Produção” por parte do Estado para a viabilização dos empreendimentos.

O município de Campos solicitou corretamente que o traçado da ferrovia no trecho do município não corte a área urbana. Assim, o desenho optado não mais passaria entre a Tapera e Ururaí e sim interligaria Barra do Furado e o Açu, a partir de Dores de Macabu e Tócos, que segundo os técnicos também reduziria o traçado original do Corredor Logístico anteriormente desenhado para ser executado pela LLX.

Espera-se que tenha sido considerada a viabilidade de uso para transportes de passageiros entre estes trechos facilitando o movimento chamado de pendular (ida e volta diária) de trabalhadores.

Resta saber, com este novo traçado como ficaria o decreto estadual anterior que desapropriou diversas propriedades rurais na Baixada Campista que tinha o propósito de viabilizar o Corredor Logístico. Pelo que está se deduzindo, um novo decreto estadual será necessário para desapropriar as novas áreas que atenderão ao novo traçado.

A interligação ferroviária fazendo a chamada intermodalidade é um dos principais itens que podem efetivamente dar grande dinâmica aos projetos portuários da região e sua interligação a outros pontos.

Os técnicos em logística trabalham com a regra básica e geral que até mil quilômetros a via de transporte mais adequada é a rodoviária. Entre mil e dois mil quilômetros a ferroviária e acima disto a marítima. Evidentemente há exceções e cada caso é um caso, como da opção do uso das dutovias que comentamos aqui em postagem ontem também deste blog.

Pelo novo projeto para a ligação Vitória-Rio, uma parte do traçado original da RFFSA da EF 118 que hoje está sob a concessão da Ferrovia Centro-Atlântica (empresa vinculada a Vale) será aproveitada, só que com nova bitola. A concessão deverá ser retomada pela ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres).

O trecho principal terá ligação também em Macaé e Itaboraí, permitindo interligação com o Comperj e daí ao Porto de Itaguaí, onde se vinculará ao traçado nacional, hoje operado pela MRS em direção a Minas Gerais e ao Porto de Santos em São Paulo.

Pelo que o blog está deduzindo, a intenção dos dois governos estaduais é que a licitação inclua os dois ramais de interligação ao Porto do Açu no RJ e ao Porto Central no ES, pela EF 254, na licitação geral. O fato tiraria dos empreendedores portuários os gastos necessários para a construção destes ramais.

Por fim, é bom lembrar que boa parte destas negociações foram feita com o ministro César Borges que foi hoje trocado pelo Paulo Sérgio Passos que já havia sido ministro dos Transportes.

"A cartelização mediocrizante da notícia"

A crítica quando exercida de forma clara, com argumentos poderia valer mais ao criticado que ao seu formulador. Isto se os ideais justificassem os atos. Entender os passos e ver a lógica que há por trás de dos que há muito abandonaram o ofício da notícia é parte do nosso necessário exercício de democracia. É a singela opinião deste blog. Abaixo o texto do Luiz Nassif na página online do GGN:

"A cartelização mediocrizante da notícia"

Luis Nassif, seg, 23/06/2014 - 06:00 - Atualizado em 23/06/2014 - 15:23

1.     TODOS os grupos de mídia fizeram a mesma cobertura negativa da Copa, com os mesmos tons de cinza, o mesmo destaque às irrelevâncias, prejudicando seu próprio departamento comercial pelo desânimo geral que chegava aos anunciantes.
2.     NENHUM grupo preparou uma reportagem sequer mostrando os detalhes de uma organização exemplar, que juntou governos federal, estaduais, municipais, Ministério Público, Tribunais de Conta, Polícia Federal, Secretarias de Segurança, departamentos de trânsito, construtoras, fundos de investimento. NENHUM!
3.     Depois, TODOS fazem o mea culpa e passam a elogiar a Copa no mesmo momento.
4.     Na CPMI de Carlinhos Cachoeira TODOS atuaram simultaneamente para abafar as investigações.
5.     Na do “mensalão”, TODOS atuaram na mesma direção, no sentido de amplificar as denúncias e esmagar qualquer medida em favor dos réus, até as mais irrelevantes.
6.     Na Operação Satiagraha, pelo contrário, TODOS saíram em defesa do banqueiro Daniel Dantas, indo contra a tendência histórica da mídia de privilegiar o denuncismo.
7.     No episódio Petrobras, TODOS repetiram a mesma falácia de que a presidente Maria da Graça disse que foi um mau negócio e o ex-presidente José Sérgio Gabrielli disse que foi bom negócio. O que ambos disseram é que, no momento da compra, era bom negócio; com as mudanças no mercado, ficou mau negócio. TODOS cometeram o mesmo erro de interpretação de texto e martelaram durante dias e dias, até virar bordão.
8.     No anúncio da Política Nacional de Participação Social, TODOS deram a mesma interpretação conspiratória, de implantação do chavismo e outras bobagens do gênero, apesar das avaliações dos próprios especialistas consultados, de que não havia nada que sugerisse a suspeita. Só depois dos especialistas desmoralizarem a tese, refluíram - com alguns veículos ousando alguma autocrítica envergonhada.
É um cartel, no sentido clássico do termo.
Uma empresa jornalística que de fato acredite no seu mercado jamais incorrerá nos seguintes erros:
1.     Trabalhar sem nenhuma estratégia de diferenciação da concorrência, especialmente se não for o líder de mercado. A Folha tornou-se o maior jornal brasileiro, na década de 80, apostando na diferenciação inteligente.
2.     Atuar deliberadamente para derrubar o entusiasmo dos consumidores e anunciantes em relação ao seu maior evento publicitário da década: a Copa do Mundo.
3.     Expor de tal maneira a fragilidade do seu principal produto – a notícia -, a ponto de municiar por meses e meses seus leitores com a versão falsa de que tudo daria errado na Copa e, depois, ter que voltar atrás. Em nenhum momento houve uma inteligência interna sugerindo que poderia ser um tiro no pé. Ou seja, acreditaram piamente nas informações falsas que veiculavam - a exemplo do que ocorreu com a maxidesvalorização de 1999.
4.     Nos casos clássicos de cartel, um grupo de empresas se junta para repartir a receita e impedir a entrada de novos competidores. No caso brasileiro, a receita publicitária cada vez mais é absorvida pelo líder – a Globo – em detrimento dos demais integrantes do grupo. Para qualquer setor organizado da economia, essa versão brasileira de cartel será motivo de piada.
Tudo isso demonstra que há tempos os grupos de mídia deixaram de lado o foco no mercado e no seu público. Não se trata apenas da perda de espaço com a Internet. Abandonaram o produto principal – a confiabilidade da notícia – para atuar politicamente, julgando estar na política sua tábua de salvação.
A sincronização de todas as ações, em todos os momentos, mostra claramente que existe uma ação articulada, centralmente planejada. Visão conspiratória? Não. Provavelmente devido ao  fato de não existirem mais os grandes capitães de mídia, capazes de estratégias inovadoras individuais. Assim, qualquer estrategista de meia pataca passa a dar as cartas, por falta de interlocução à altura em cada veículo.

Ou está com a estatal ou está com o mercado: o resto é lorota eleitoral que só os bobos acreditam!

Engraçado, o candidato tucano à Presidência da República diz que vai reestatizar a Petrobras, enquanto isto seus aliados no mercado vociferam feito abutres.

Derrubam cotações na Bolsa porque contra as "suas vontades" o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) aprovou a contratação direta da Petrobras para produzir, sob regime de partilha, os volumes excedentes do processo de cessão onerosa de petróleo, em quatro áreas do pré-sal.

Assim, Petrobras com mais esta área a ser explorada, que é maior do que a do Campo de Libra, passa a ter capacidade para produzir de 10 a 14 bilhões de barris de óleo equivalente, se transformando numa empresa com uma das maiores reservas de petróleo, do mundo.

Que brasileiro poderia ser contra?

Repito, é mais que estranho. Diz que vai reestatizar e promete outra coisa ao mercado. Só quem não te conhece acredita, A verdade não interessa ser perguntada. A mídia comercial que estrebucha não indaga a incoerência? Tudo como sempre. Dando papel de bobos aos que acreditam tanto em um quanto noutro, embora possam ser vistos como apenas um.

terça-feira, junho 24, 2014

Quadro do dia sobre as candidaturas ao governo estadual no Rio

As posições das principais candidaturas parecem ter ganho uma certa estabilidade. Hoje, o mais provável é que os quatro principais nomes caminhem para disputar o primeiro turno.

Duas decisões no dia de hoje reforçam esta hipótese. A identificação nas bases de Lindbergh que poderia ser um equívoco tirar Crivella da disputa. A outra também tem relação com o PT e Lindbergh.

Tem origem no PT nacional e nos articuladores da candidatura de Dilma que compreenderam que não  fazia nenhum sentido deixar a candidatura do Garotinho desidratada, num cenário em que a direita se uniu.

Além disso, há a visão que mesmo que Pezão não retire o seu apoio formal à Dilma, este será no mínimo constrangidamente desidratado. A quantidade de água dependerá das pesquisas e da evolução da campanha nacional e da presidenta no estado.

Lindbergh deve ter compreendido e assimilado, embora, todo e qualquer candidato queira sempre somar. De outro lado, surgiu uma outra possibilidade que mais que recompensa, o senador do PT: a possibilidade de retomar a conversa com o PDT.Até hoje, o PDT estava na chapa com Pezão dando o vice, o deputado Felipe Peixoto.

O fato é decorrência da posição do presidente Carlos Lupi e bases importantes do partido não aceitam o acordo de Cabral e Pezão com Cesar Maia, com o desenho à direita e bem distante do trabalhismo.

Mesmo que Lupi não seja nenhum quadro tão ideológico, ele sabe que romper determinados limites traz desgastes quase que impossíveis de serem retomados dos antigos ideais do PDT, de forte base no Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.

Desafazer o acordo anterior não é simples, mas, motivos não faltam depois de toda a grande dança das cadeiras dos últimos dias. Há ainda um prazo de seis dias para as conversas, rompimentos e acordos.

Enfim, o quadro fechado ao final desta terça-gorda parece menos instável que no final da noite de ontem. Continuemos acompanhando as conversas até o final do prazo na próxima segunda-feira.

PS.: Atualizado às 09:44: Para corrigir expressão final do primeiro parágrafo que se referia ao segundo turno, quando evidentemente, queria dizer primeiro turno.

"Miro pode ser vice de Lindbergh" - Breve análise sobre estas movimentações

As movimentações continuam. As novas possibilidades incluem Miro Teixeira que é do Pros. Abaixo do Globo Online. Pelo visto não evolui o convite do Lindbergh para que Crivella fosse seu vice. A hipótese de Miro se aliar a Lindbergh reforçaria a posição de centro-esquerda da chapa do senador do PT.

Se mantidas pelo menos três ou quatro candidaturas que têm peso eleitoral, reduz muito a hipótese de decisão no primeiro turno. Apesar da decisão do Pros ser tomada ainda hoje pelo presidente estadual, deputado, Hugo Leal, até o dia 30/06, a próxima segunda-feira muita movimentação ainda poderá ocorrer. 

"Miro pode ser vice de Lindbergh"
"PT ofereceu a vaga de vice na chapa do pré-candidato Lindbergh Farias, mesmo com o lugar prometido a Roberto Rocco, do PV. Apesar de a chapa do petista já estar fechada, o nome do deputado federal Miro Teixeira é cogitado para substituir o de Rocco.
Marcelo Crivella (PRB), ex- ministro da Pesca, e o deputado Anthony Garotinho (PR), líderes nas pesquisas de intenção de voto, também ofereceram ao PROS a vaga de vice ou a vaga para disputar o Senado em suas chapas, além de coligação para as proporcionais. Já o governador Luiz Fernando Pezão (PMDB), também em negociação, tenta atrair o partido com uma coligação proporcional."

Mais comentários do blog sobre este processo recente da movimentação das cúpulas partidárias:
Há que se observar com cuidado este processo. É bom saber que as eleições estaduais e nacionais são diferentes das eleições de prefeito. As alianças e acordos partidários serão sempre feitos com lógicas não muito simples. Há que se saber como o eleitor vai se comportar. Verdade que as bases de cada candidato são distintas. Umas mais exigentes ou mais de acordo com os líderes.

Há lideranças com maior e outras com menor capacidade em transferir os seus apoios. Avalio que o senador Crivella tem histórico de maior influência direta sobre seu apoio. O Romário foi eleito deputado pelo PSB em coligação com o PT e PMDB. Este processo aconteceu na mesma eleição que Lindbergh foi eleito senador.

Por isto é um processo de aliança mais natural e que compõe um espectro de centro-esquerda na política. O caso de Cesar Maia com Cabral até iria nesta linha pelo espectro mais à direita, só que as divergências entre ambos e ainda o prefeito Paes são muitos recentes e com agressões e xingamentos, assim, parecem mais estranha.

Além disso, Cabral/Pezão até alguns dias elogiava e agradecia à Dilma/Lula por quase todas as principais ações do seus dois mandatos. Pular agora também tem um peso de traição forte. Parte do eleitorado pode entender, mas, parte, rejeita.

Enfim, há ainda muita coisa pela frente, mas, evidentemente, como vínhamos falando, o quadro está se afunilando e uma decisão leva a outra, num processo de polarização que pode trazer o segundo para o primeiro turno. A conferir!

PS.: Atualizado às 16:30: Ainda sobre o assunto das alianças nas eleições para o governo do estado, o ex-governador Garotinho acabou de expor suas impressões agora em seu blog, evidentemente, puxando brasa para a sua "sardinha". Porém, usando um pouco das técnicas da análise do discurso, há como perceber que toda esta movimentação lhe deixa apreensivo.

Também não é difícil perceber que no plano nacional, depois de ter sido fortemente descartado pelo PSB de Campos e PSDB de Aécio, o primeiro partido pelo qual concorreu ao cargo de presidente em 2002 e o segundo que apoiou Alckmin contra a reeleição de Lula em 2006, ele, caso mantenha sua candidatura não teria outra alternativa a não ser ficar com a presente Lula. Na verdade, voltando à análise do discurso, o seu texto tem este endereço. Confiram:

"Estou em Brasília conversando com a direção nacional do meu partido, PR, e tratando dos últimos detalhes da nossa grande convenção de domingo, que oficializará meu nome para a disputa do governo do Estado. Ouvi muitas observações e reflexões, e quero compartilhá-las com vocês. De um senador importante da República ouvi que no arraial peemedebista o medo da minha candidatura assusta mais que sinal da cruz para vampiro. Disse-me ainda o senador, que além de fazer aliança à base do dinheiro, comprando partidos, lideranças políticas para apoiar Pezão, o PMDB - RJ tem tanto pavor da minha vitória, que estaria também ajudando outros candidatos. Perguntei ao senador: "Quais?". Ele sorrindo me disse: "Você sabe".

De vários deputados recebi comentários sobre minhas lideranças nas pesquisas. Em Brasília ninguém tem dúvida, Garotinho está na frente. Um deles chegou a dizer: "A 'poderosa' está tão tonta com a sua liderança, que escalou até um deputado para defender os interesses do plim-plim". Eu perguntei: "Mas quem é esse cidadão?". Ele respondeu: "Você sabe Garotinho!".

Pela manhã tive um encontro com dois ministros que cuidam da política no governo federal. Aparentam tensão, e mágoa em relação à atitude de Cabral ao botar a linha de frente do PMDB - RJ a serviço de Aécio Neves. Aliás, um outro senador que esteve comigo ontem, me disse que Lula não quer ver Cabral nem pintado, e ainda disse para alguns: "Bem que o Garotinho avisou"."

Amplia-se o uso de dutovias como solução de logística

No Brasil conhecemos os oleodutos e gasodutos para transporte de óleo e gás. Hoje há uma grande rede
em funcionamento e outra em construção. Veja mapa ao lado.

Na matriz de transportes brasileiro, segundo o Plano Nacional de Logística de Transportes (PNLT), em 2005, o Brasil tinha 3,6% do transporte por dutos, contra 58% rodoviário, 25% ferroviário e 13% aquaviário. Pelo PNLT, no ano de 2025, o transporte dutoviário sobre para  5%, o rodoviário cai para 33%; o ferroviário sobe para 32% e o aquaviário para 29%.

Depois dos oleodutos e gasodutos passamos para a utilização dos minerodutos. O primeiro foi da Samarco entre o Quadrilátero Ferrífero, município de Germano e o litoral capixaba, no município de Anchieta. O primeiro começou a funcionar no final da década de 70. Agora a Samarco que atualmente é controlada pela Vale já possui três minerodutos para a exportação de minério de ferro. Outro está sendo concluído pela Anglo entre Conceição de Mato Dentro, MG e o Açu no norte do Estado do Rio de Janeiro. (ver mapa abaixo)

No mundo as alternativas dutoviárias só aumentam, especialmente para petróleo e gás. Um importante ponto de distribuição é o Porto de Roterdã na Holanda. Outra importante ponta é a Rússia enviando gás para boa parte da Europa.

Agora em maio, a Rússia fechou um grande acordo de 400 bilhões de dólares com a China para fornecimento de gás por 30 anos, numa estimativa de volume de 38 bilhões de metros cúbicos de gás à China por ano. Para esta finalidade será construído um gasoduto estimado em 3.700 quilômetros entre a Rússia, passando pelo Kazaquistão até fronteira de Xinjiang na China (Ásia Central). (Veja abaixo rede de gasoduto -pipeline- existente a a construir)

Agora, nesta semana foi a vez do Canadá anunciar construção do oleoduto 1.177 quilômetros que vai conectar as reservas petrolíferas da região de Alberta no centro do Canadá, ao Oceano Pacífico. Com o projeto Northern Gateway, a empresa Enbridge pretende exportar para a Ásia o óleo cru extraído de areias betuminosas de Alberta pelo porto da costa do Pacífico.

Grupos ecologistas, indígenas e partidos de oposição também contestam a obra, alegando riscos para a região do Norte do Pacífico.

O governo canadense prevê a construção de um terminal portuário de carga do Northern Gateway na cidade de Kitimat na extremidade do oleoduto. A previsão é que entre 600 e 700 superpetroleiros circulem finalizando o transporte pelo Pacífico até a Ásia.

A instalação das dutovias são caras, mas, seu custo é pago rapidamente, quando comparado a outras formas de transporte, por terra, cuja alternativa para esta distância seria basicamente por via ferroviária.

O valor médio do petróleo no mercado internacional acima de US$100 o barril tem desengavetado diversos projetos considerados até então inviáveis. Enquanto isto, a resistência dos ecologistas contra o uso dos combustíveis fósseis é cada vez maior, por conta das emissões de carbono (CO2), das conseqüências para o clima e para a preservação da natureza.

Segundo previsão do diretor geral da WWF, Marco Lambertini, em entrevista esta semana ao Valor, não será possível usar nos próximos 30 anos, mais do que 20% das reservas existentes de petróleo. Lambertini avalia que isto produzirá em breve um crack no valor das petroleiras mundo afora, quando poderão perder até 80% de seu valor no mercado.

Infraestrutura de Oleodutos (pipelines) a partir do
Porto de Roterdã na Holanda
As resistências são grandes. Aumentam os estudos e os investimentos em energias alternativas, mas, elas não dão conta de substituir a demanda por energia que continua centrada no petróleo e no gás. É difícil que se tenha uma alteração significativa deste quadro, num prazo inferior a 20 anos. 

Percebe-se que além do uso das dutovias cresce a demanda por petroleiros e portos para o transporte do petróleo e ainda para apoio às atividades de exploração (perfuração e produção) offshore de petróleo em diversos outras áreas do mundo além do Brasil. A conferir!

Lula e PT Nacional negociam para Crivella ser vice de Lindbergh

Como dissemos na nota aqui abaixo as negociações entre os principais concorrentes ao governo do estado do Rio de Janeiro prosseguem com novidades impensáveis.

O jornalista Fernando Molica do jornal O Dia, acaba de dar detalhes sobre as negociações do PT Nacional e de Lula para que o senador Crivella desista da disputa e seja candidato a vice na chapa de Lindberh. Abaixo segue o texto de sua coluna  no Dia Online.

De outro lado, o ex-governador Garotinho tenta apoio do Pros para ampliar, um pouco que seja, o seu tempo de propaganda no rádio e na televisão, de cerca de 1 minuto e meio para 2 minutos e 20 segundos. Isto, embora a coluna do Molica especule sobre a desistência de Garotinho. Confira a abaixo a parte da coluna "Informe do Dia" referente ao assunto:

"Ex-presidente Lula pressiona Crivella para que aceite ser vice de Lindbergh"
"O principal argumento é o pouco tempo que o senador pelo PRB, segundo colocado nas últimas pesquisas, terá na TV"
FERNANDO MOLICA

"Rio - O quadro eleitoral do Rio promete mais novidades: o ex-presidente Lula e a direção nacional do PT passaram a pressionar o senador Marcelo Crivella (PRB) para que ele desista de sua candidatura ao governo e aceite ser o vice de Lindbergh Farias. A decisão deverá ser anunciada ainda nesta terça-feira.

O principal argumento é o pouco tempo que Crivella, segundo colocado nas últimas pesquisas, terá na TV. Como não fez alianças, ele ficaria com menos de um minuto, contra dez minutos de Pezão e cinco de Lindbergh.

Vice e ministros
O PT também acena com a possibilidade de Crivella, mesmo se for eleito vice-governador, assumir um ministério importante num eventual novo governo Dilma.

Segundo turno já
Diante da polarização entre as candidaturas de Pezão e Lindbergh, há quem aposte na desistência de Garotinho, que, isolado, teria apenas cerca de dois minutos na TV.

O dono dos aumentos
Cesar Maia irritou deputados estaduais da base governista ao se apresentar como responsável pelas propostas de aumentos de salário do funcionalismo. Muitos chegaram a deixar o plenário, o que impediu que alguns dos projetos fossem votados."

PS.: Atualizado às 00:58: Para correção de parte truncada do texto inicial.
Atualizado às 01:14: A nota da coluna será a capa do jornal que circulará nesta terça-feira, 24-06-2014, dia de São João e de balões.


























PS.: Atualizado às 03:06: O Globo Online já diz que além do PT, como comentado na coluna do "Informe do Dia", o PMDB também tenta o apoio do senador Crivella. As negociações com o PMDB parecem estranhas, porque Crivella pede a liberação de partidos que hoje estão com Pezão para aumentar seu tempo na propaganda de rádio e TV, como condição para um possível apoio no 2º turno. A matéria diz que o senador "esta disposto a dar apoio no segundo turno aos pemedebistas". Veja abaixo matéria de O Globo:

"PMDB e PT lutam por apoio de Crivella, que não tem alianças"
"Petistas querem que candidato do PRB desista; peemedebistas pensam em união no 2º turno"
POR LEANDRA LIMA E MARCELO REMÍGIO - 24/06/2014 6:00

"Após fechar o apoio do DEM à candidatura do governador Luiz Fernando Pezão à reeleição, o PMDB busca um acordo com o candidato do PRB ao Palácio Guanabara, senador Marcelo Crivella, de olho num eventual segundo turno. O presidente estadual do PMDB, Jorge Picciani, iniciou conversas com Crivella, por meio de interlocutores, para que as duas candidaturas caminhem juntas num embate contra o líder nas pesquisas de intenções de voto, o ex-governador Anthony Garotinho (PR).

O senador do PRB também é assediado pelo PT, que busca uma aliança com o PRB já para o primeiro turno. Os petistas desejam que Crivella desista da disputa, mesmo estando em segundo lugar nas pesquisas.

Isolado na disputa pelo Palácio Guanabara - o PRB não fechou nenhuma aliança -, Crivella foi convencido por líderes políticos de seu partido a negociar com o PMDB. Crivella está disposto a garantir seu apoio aos peemedebistas no segundo turno.

Em troca, quer que pelo menos dois dos 17 partidos hoje coligados com Pezão migrem para sua candidatura no primeiro turno. Com o apoio dessas duas legendas, Crivella teria mais tempo no programa eleitoral de TV e rádio. Ainda ganharia cabos eleitorais, material de campanha e a estrutura eleitoral do PMDB, por meio de seus partidos-satélites.

A busca pelo apoio de Crivella ao candidato do PT ao governo, Lindbergh Farias, trouxe para as negociações o ex-presidente Lula. O ex-presidente pressiona o PRB, partido da base do governo Dilma Rousseff e que tem o Ministério da Pesca.

Lindbergh teve sua chapa fortalecida na última semana com a entrada na coligação do PSB, do candidato a presidente Eduardo Campos. Para Lindbergh, é natural que candidatos isolados, como Garotinho e Crivella, repensem suas candidaturas.

- O Marcelo Crivella tinha a esperança de crescer ao longo da pré-campanha. Como o que aconteceu foi a polarização entre a minha candidatura e a do governador Pezão, é natural que ele repense um pouco o propósito de sua candidatura - disse o petista.

Por meio de sua assessoria, Crivella reafirmou nesta segunda-feira que mantém sua candidatura a governador do Rio."

segunda-feira, junho 23, 2014

Eleição no ERJ: o cenário aponta para novas “surpresas”

Além do que já foi alterado na disputa política no ERJ, há ainda espaços para outras mudanças, especialmente em partidos que não participaram destes últimos movimentos: PDT, PRB do Crivella e PR do Garotinho, além outros partidos de menor expressão.

Em uma semana, prazo máximo, para convenções e decisões das executivas, novas mudanças poderão ocorrer. Para os que qualificaram as articulações de “suruba” e “bacanal” eu não sei como qualificaria o que ainda está sendo tentado nos bastidores. 

O povo (eleitores) observa(m). Os acordos parecem se adequar ao que chamamos de campos políticos. Goste-se ou não, concordando ou não, elas estão mais relacionadas aos campos políticos daquilo que se qualifica como direita e esquerda.

A verdade é que quem mais chia é quem acabou alijado como parceiro em algum acordo, porque em eleição majoritária o caminho é muito tortuoso para quem faz política solo.

Confesso que apesar disto tudo, me surpreende que o PSDB e o PSB tenham recusado e desdenhado os votos e uma aliança com o ex-governador Garotinho.

O deputado que frequentemente mostra sua aversão ao PT e ao governo federal, apesar da posição do seu atual partido. Fato é que está cada vez com menos espaços para avançar com sua candidatura sem estar articulados a outras forças.

Aliás, ninguém teve esta força para seguir sozinho. Por isto, nós assistimos todas estas movimentações e acordos que ainda estão em curso.

Há ainda uma semana pela frente (até o dia 30/06) e outros casamentos e divórcios podem ser feitos. Quem não conseguir se juntar vai ter que ser criativo para inventar novos adjetivos para os acordos dos adversários. A conferir!

Despesas de pessoal se aproximam de R$ 1 bi na Prefeitura de Campos

Depois de um bom tempo sem observar e analisar as contas públicas do município de Campos dos Goytacazes, por conta de outros afazeres, o blog traz abaixo um breve comentário sobre o assunto.

Apesar da reclamação de diversos setores do funcionalismo público na Prefeitura de Campos, os gastos com a folha de pessoal e encargos, já se aproxima de um valor bilionário.

Observando a tabela publicada aqui no blog "Economia do Norte Fluminense" do professor Alcimar das Chagas Ribeiro, eu chego a algumas conclusões, em parte, um pouco diversa da feita por ele.

Vamos à tabela da execução orçamentária do 1º Quadrimestre de 2014:


Considerando o intervalo de tempo de quatro meses, pode-se fazer algumas extrapolações da situação anual multiplicando por três os números da tabela acima.

Desta forma em "Pessoal e Encargos" tem-se o volume de recursos realizado de R$ 277,9 milhões. Multiplicando por três teremos: R$ 33 milhões.

Considerando que há ainda as despesas com 13º salário, pode-se estimar um gasto com pessoal próximo a R$ 900 milhões, que deverá ficar bem acima dos R$ 793 milhões previstos na Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2014.

Se incluirmos neste montante, outras quantias pagas em rubricas de "PJ" (Pessoas Jurídicas), mas, com prestação dos serviços contratados a empresa, em que se tem basicamente o trabalho de pessoas, estes valores de "despesas de pessoal" certamente ultrapassarão a quantia de R$ 1 bilhão, que representaria, então, mais de 40% de toda a receita orçamentária prevista que foi de R$ 2,435 bilhões.

Outra observação a ser feita é que a parcela relativa a investimentos, ainda é muito baixa comparando as extraordinárias parcelas das renda petrolíferas, obtidas com os royalties e as participações especiais recebidas da Agência Nacional de Petróleo (ANP).

É certo que o percentual de investimento deste 1º trimestre de 19% (R$ 148 milhões no total executado de um total de R$ 763 milhões) é alto, quando comparado a outros municípios com receitas menores, ou maiores populações e também gastos de custeio. Este não é o caso de Campos.

Investimentos inferiores a 30% da receita total, não podem ser aceitáveis com a  realidade de Campos, considerando que a fonte principal de nossas receitas, as rendas petrolíferas (próximo dos 65%) são finitas e como tal não sustentáveis ao longo do tempo para tão alto custeio da máquina pública.

Veja que se se tirarmos os 19% de novos investimentos, nós estamos então dizendo que com nosso bilionário orçamento estamos consumindo os 81% apenas em custeio da máquina. Sendo aproximadamente 40% em pessoal e encargos e outros 41% em despesas correntes para manter a máquina funcionando.

A boa notícia é ainda relativa a juízo deste blog. Trata-se da arrecadação própria que cresceu bastante, especialmente, com a receita do Imposto Sobre Serviços (ISS). Com a receita (tributária) própria de R$ 84 milhões no quadrimestre pode-se prever uma receita anual que fique próximo da estimativa dos R$ 201 milhões.

Não dá para apenas multiplicar por três, porque sabemos que a receita do IPTU é paga por boa parte do contribuinte em um única parcela com descontos e sendo assim, a maioria já deve ter feito seu pagamento, o que deixa restando bem menos para os dois próximos quadrimestres.

Ainda assim, é um bom volume de recursos. Avança em relação a períodos anteriores, mas, não muito. Se considerarmos que a receita toral deverá chegar na casa dos R$ 2,6 bilhões (contra o projetado de R$ 2,43 bilhões), se chega a uma projeção de que a receita própria atingirá um percentual de 7,7%.

Isto demonstra que o crescimento em valores absolutos desta arrecadação, não superou muito o valor relativo, em termos percentuais do orçamento geral do município, que continua se ampliando com as "receitas petrolíferas".

A discussão sobre a utilização dos recursos finitos dos royalties em nosso orçamento não é um assunto simples. Não dá para ir usando os mesmos em custeio e despesas correntes como se não tivessem fim. Investir em infraestruturas que demandarão custeios e manutenção (com gastos de consumo e pessoal) é um problema.

As demandas sociais da população são grandes. É correto que se tenha optado pelo investimento habitação diante do déficit que se tinha de 11 mil moradias, embora se tenha problemas graves de qualidade das obras.

A saúde quando mais dinheiro tem mais parece ter problemas e crônicos, assim voltamos a ter pessoas dormindo em filas e ao relento para ter acesso a uma consulta. A educação continua também baixíssimos resultados, quando poderíamos mudar para diante, toda uma geração, inclusive reduzindo problemas que aparecem na saúde.

O apoio a investimentos continua muito limitado. O Fundecam de antes caducou com projetos pontuais, muitos naufragados e sem que tivesse vinculado a cadeias produtivas que garantissem o arrasto para atração de outros empreendimentos sem que fosse preciso apoio financeiro, apenas pelo atrativo da localização. Bom que se diga, também sem repassar dinheiro sem compromissos a empresários picaretas como infelizmente foi feito.

A expansão da cadeia produtiva do petróleo para quase todo o estado, parece não ter nenhum atrativo por aqui, a não ser o contínuo e já conhecido fornecimento de mão de obra qualificada.

Não há como não encerrar esta brevíssima análise sem tocar nos problemas de natureza política entre os entes federados com os quais nosso município precisa se relacionar. O mesmo vale para os municípios vizinhos que não conversam, não se relacionam. Não cooperam. São concorrenciais nas disputas por investimentos, deixando de lado possibilidades.

Não se trata de exigir coalizão partidária de forças sociopolíticas diversas, mas, de exigir e executar cooperação entre autoridades, municípios, governo estadual e federal.

Enfim, é bom permanecermos atentos, porque, as ameaças sobre as receitas permanecem e serão cada vez maiores, especialmente depois das eleições de outubro. Há que se lamentar a falta de um diálogo aberto com a comunidade para repartir  diagnóstico e a busca de soluções que não são simples, mas, precisam ser buscadas, mesmo que a máquina esteja quase que exclusivamente voltada quase sempre para as eleições.

PS.: Atualizado às 02:04 de 24/06/14: Para corrigir concordância do título.

"Suape: promessas não cumpridas"

Este blogueiro conheceu o professor Heitor Scalambrini, ano passado, quando esteve em Recife para um Congresso e este com o professor que coordena o Fórum Socioambiental de Suape.

Interessado em conhecer a realidade da construção e implantação do complexo portuário-industrial de Suape conversamos pessoalmente e ele nos possibilitou acesso e uma visita à região do entorno daquele grande empreendimento. Isto já possibilitou algumas postagens sobre o tema. (aqui e aqui)

O professor Scalambrini tem também como pesquisador uma militância no campo da energia alternativas e sempre questionou os impactos e os mega-projetos de empreendimento, assim como a articulação entre eles e o poder político.

Assim, eu tenho recebido os artigos que o professor publica aqui no Fórum e em outros espaços. Publicamos alguns que julgamos com relação mais direta com a nossa realidade. 

É desta forma que publico abaixo o artigo que trata da preocupação com as consequências da desmobilização de frente de obras dos empreendimentos ao redor do Porto de Suape que entendo que vale conhecer e avaliar. Os que se interessarem podem ler clicando aqui o primeiro texto "Suape: promessas não cumpridas" do dia 2 de março de 2014:

"Suape: promessas não cumpridas (2)"

Heitor Scalambrini Costa
Professor da Universidade Federal de Pernambuco e 
Coordenador Geral do Fórum Suape – Espaço Socioambiental

"O Complexo Industrial Portuário de Suape (CIPS), chamado por segmentos da sociedade pernambucana de “joia da coroa”, “locomotiva do desenvolvimento”, “poupança do povo”, “redenção do Nordeste”, e “Eldorado”, entre outros, vive momentos de desnudamento de uma realidade cruel.

Movimentos sociais, ao longo dos anos, têm denunciado questões referentes à ação da empresa Suape – como a imoralidade dos procedimentos judiciais que tramitam na Vara Privativa da Fazenda Pública da Comarca do Cabo de Santo Agostinho; o desvio de verbas públicas, através do ajuizamento de ações judiciais e simulação de audiências não realizadas nessa mesma Vara da Fazenda; os danos ambientais e sociais causados pela empresa; a continuada violação de direitos humanos; o tráfico de influência no Poder Judiciário de Pernambuco; a ausência do Ministério Público nos procedimentos de remoção/expulsão de milhares de famílias da área; e a falta de legitimidade da empresa Suape como proprietária das terras que hoje abrigam o Complexo.

Com a atração de inúmeras empresas, como refinaria, estaleiros, termoelétricas, siderúrgica e petroquímica, o que se verifica há alguns anos é o completo desrespeito às leis vigentes por parte da empresa gestora do Complexo; é a falta de responsabilidade social das empresas que lá se instalaram; e, principalmente, a visão anacrônica do governo estadual, responsável pela degradação ambiental daquele território. Os reflexos desta política obstinada, que considera a natureza um entrave ao crescimento econômico, inclui a interrupção drástica e dramática dos modos de vida da população local – ferindo direitos adquiridos de pescadores, marisqueiras e agricultores familiares, expulsos de suas moradias, abandonados sem condições de trabalho ou qualquer assistência social digna desse nome.

O mantra mais utilizado pelo governo estadual em suas ações de marketing político, que o tem projetado nacionalmente, é a geração de empregos e o aumento da renda proporcionado pela implantação desse Complexo Portuário e Industrial. Sem dúvida, cresceu muito o emprego de baixa qualidade, temporário, com salários irrisórios, devido às obras de construção dos empreendimentos, atraindo tanto trabalhadores pernambucanos como de outras regiões do país. Todavia, agora, com o término desta etapa de construção civil, os responsáveis se vangloriaram e manipularam a opinião pública, “lavam as mãos” perante o comportamento de empresas que não cumprem suas responsabilidades sociais e trabalhistas para com os seus empregados. Um comportamento no mínimo irresponsável.

A promessa de emprego abundante, usada na propaganda política, se tornou um verdadeiro calvário para os trabalhadores. O Ministério Público do Trabalho (MPT) estima que as empresas do Complexo vão demitir mais de 50 mil trabalhadores entre 2014 e 2016, em particular, aqueles que trabalharam na construção da Refinaria e de outras obras da Petrobrás.

Na tentativa de fazer valer os direitos legítimos daqueles que com sua força física ajudaram na construção de Suape, e preocupado com o desemprego em massa, o MPT criou, em dezembro de 2013, o Fórum para Recolocação da Mão de Obra de Suape (REMOS), tentando assim minimizar o que já estava acontecendo: demissões em larga escala, calotes das empresas, como o não pagamento de salários, um total desrespeito a direitos básicos da classe trabalhadora.

O que se verifica atualmente no território de Suape é a barbárie nas relações entre o capital e o trabalho, com a omissão do governo do Estado e da Empresa Suape. Sem tirar, obviamente, a responsabilidade da Petrobrás que contratou os consórcios de empresas para a realização das obras. Os responsáveis pelo descalabro existente não se manifestam diante da gravidade da situação. Fazem de conta que não é com eles.

A situação é explosiva e muito tensa. Diante da falta de cooperação das empresas que insistem nas irregularidades, o Fórum REMOS foi desfeito no inicio do mês (4/6) pelo MPT. Os trabalhadores, devido à falta de pagamentos dos salários e das garantias que lhes concede as leis trabalhistas, estão sendo despejados de onde vivem, não tendo sequer dinheiro para suprir suas necessidades materiais de sobrevivência. São relatadas situações em que famílias perderam o direito ao plano de saúde, com todas as consequências que isto implica.

Revoltados com a demora no atendimento de seus legítimos direitos, as vias de acesso ao Complexo têm sido tomadas por estes trabalhadores, que denunciam o abandono a que estão submetidos. Os órgãos de repressão, chamados para “garantir a ordem”, espancam e prendem trabalhadores em violentos e injustificados embates.

Promessas de trabalho. Promessas de vida melhor. Promessas e mais promessas, agora desmascaradas, desnudam a realidade da “gestão moderna e eficiente” do governo de Pernambuco, cuja propaganda cínica segue à risca a Lei de Ricupero:“No governo é assim: o que é bom à gente mostra; o que é ruim a gente esconde”.

domingo, junho 22, 2014

Prefeito do Rio, Eduardo Paes se insurge contra posição do Picciani e defende aliança com Dilma

A matéria é do Valor Online e mostra como anda a movimentação e os acordos partidários mal digeridos na política fluminense. Confira abaixo:

Paes: Proposta do PMDB de vaga ao DEM no 


Senado é 'bacanal eleitoral'

Por Guilherme Serodio | Valor
RIO  -  Em resposta ao movimento do seu próprio partido que ofereceu ao DEM a vaga ao Senado na chapa do governador Luiz Fernando Pezão, o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), defendeu a manutenção da aliança do PMDB com o governo federal do PT. Em nota, Paes classificou a proposta de seu partido de ter Cesar Maia (DEM) na vaga a o Senado na chapa do governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) como um  “bacanal eleitoral”.
O prefeito defendeu a manutenção do nome do senador Francisco Dornelles (PP) ao Senado na chapa de Pezão “para que o Rio de Janeiro não corra o risco de voltar a ser um campo de batalha onde o maior prejudicado é o cidadão”.
Paes afirmou que a parceria entre o PT no governo federal e o PMDB no estadual e na prefeitura do Rio trouxe conquistas para a cidade e permitiu tirar do papel projetos que estavam “há décadas prometidos e inviabilizados justamente pelos constantes desentendimentos entre governantes”.
“Depois da suruba, o que se vê agora é o bacanal eleitoral, e o Rio não pode ser vítima dele”, afirmou o prefeito na nota. O termo suruba eleitoral foi usado por Alfredo Sirkis para classificar a aliança firmada na última sexta-feira entre o PT, do pré-candidato ao governo Lindbergh Farias, e o PSB, de Romário, pré-candidato ao Senado.
A nota abre um racha dentro do PMDB ao afastar Paes do presidente estadual da legenda, Jorge Picciani. A candidatura de César Maia ao Senado na chapa de Pezão é defendida por Picciani. A vaga, originalmente de Dornelles, foi oferecida ao ex-governador Sérgio Cabral, que agora abre mão da disputa para atrair à candidatura de Pezão os partidos da base do pré-candidato do PSDB à presidência,  Aécio Neves.
Picciani convocou a imprensa para uma coletiva na manhã desta segunda-feira, quando a adesão do DEM, do PSDB e do PPS à chapa de Pezão deve ser anunciada, junto com a candidatura de Cesar Maia ao Senado.

Mais mudanças no quadro eleitoral do RJ

Como consequência da aliança de Romário e Lindbergh, Cabral confirmou hoje sua desistência na disputa para o Senado. Cesar Maia também desistiu de concorrer ao governo do estado e se dispôs a ir para o sacrifício na disputa pela única vaga pelo Senado contra Romário.

Assim, o quadro eleitoral ganha contornos mais mais nítidos. Toda a direita com Pezão e a esquerda com Lindbergh. Setores populares e de base evangélica se dividem entre Crivella e Garotinho.

Estes dois, especialmente, Garotinho fica mais isolado e perde a chance de imaginar reatar uma aliança de segundo turno com Cesar Maia, reeditando a coligação de seus dois filhos na eleição passada de prefeito da capital.

Até o próximo dia 30 de junho, data limite para as convenções outras surpresas poderão surgir. A conferir!

PS.: Atualizado às 18:12 e 18:16: Se forem confirmadas as alianças do DEM e também PSDB ao PMDB com Pezão, este deverá ter o maior tempo de propaganda eleitoral no rádio e TV com cerca de 9 mim e 30 seg; seguido do Lindgergh com cerca de 5 min e 30 seg; Garotinho com 1 min 30 seg; Crivella com 1 minuto. Os demais candidatos de partidos menores somados com aproximadamente 2 min e 30 seg, totalizando os 20 minutos de propaganda para a disputa ao governo estadual.

Atualizado às 18:42: Para corrigir a informação que embora a parte mais densa eleitoralmente da esquerda esteja com a candidatura de Lindbergh, no campo da esquerda há ainda as candidaturas do Psol, PSTU e PCB.

Visitantes estrangeiros ao blog?

O blog já comentou aqui há cerca de dez dias, a estranheza com o grande números de visitantes estrangeiros que o gerenciamento de estatística do Blogger (Google) indicava deste blog, na ocasião com grande número de acessos diários originados na Ucrânia.

Na ocasião levantei a questão esperando alguma explicação dos mais entendidos. De lá para cá, uma vez ou outra dou uma observada na origem destes visitantes.

A minha intriga só aumentou neste período. Hoje, em nova observada na estatística, apenas do dia de hoje, mais estranheza. Veja o que mostra página para gerenciamento das estatísticas, cuja cópia da tele, eu posto abaixo sob a forma de imagem:




















Observem, no quadrado vermelho destacado que para hoje, as visitas de origem alemãs superam a do Brasil. Nem nas recaídas mais megalomaníacas (e euro-centristas) deste blogueiro, ele pode imaginar que seria possível mais visitantes alemães que brasileiros.

Para este blogueiro, sem conhecer detalhes de como se processa o fluxo de dados, o caso pode identificar ou um problema técnico de programação do Google, ou a hipótese de que parte do fluxo de dados do Brasil, ou dos arquivos relacionados ao Google (proprietário da estrutura do Blogger), possam estar passando por servidores instalados nestes outros países (Alemanha e Ucrânia, etc.).

Pode ser teoria conspiratória ou não. Só especialistas no assunto podem explicar ou se aprofundar no assunto. Porém, depois de tudo que Eward Snowden nos mostrou sobre os esquemas da agência americana NSA não considero nada impossível.

Evidentemente, não estou aqui julgando que o blog e seu conteúdo possa ter algum interesse deles, mas, há nível dos macrodados (bigdata) do fluxo de informações brasileiras, eu posso deconfiar sim, que hajam interesses e filtragem de dados.

Esta postagem tem o interesse em novamente provocar pessoas e técnicos especializados no assunto para que possam se manifestar e nos explicar as razões deste indicativo de visitas do Google registrar esta estranha indicação. Aguardo retorno.