segunda-feira, junho 09, 2014

Desajustes nas oposições no plano nacional pode levar a um novo cenário

A oposição que se ensaiava para parecer única, em seguidos abraços, diluiu-se.

Como era de se esperar a disputa entre Campos é Aécio (PSB e PSDB) está cada vez mais pesada.

Não se trata apenas de rompimento de apoios nos estados de origem dos dois competidores, Pernambuco e Aécio, mas, há diversas outras querelas na disputa.

Nos bastidores, assessores de um e outro têm trocado seguidas e cada vez mais e maiores farpas e acusações.

A redução de intenção de votos de Campos nas pesquisas eleitorais, vendo que o mineiro lhe corroeu as bases dos setores financeiros e do agronegócios é uma ponta do problema.

A posição de sua vice, Marina, em reagir às alianças pragmáticas e como intitula “do atraso” em São Paulo e Minas, aumenta o dilema do ex-governador pernambucano.

O jornalista Lauro Jardim, em seu blog noticiou que Campos encomendou na semana passada, uma pesquisa para avaliar seu desempenho sem e com Marina em sua chapa na condição de vice. Algo impensável, a não ser na interpretação do desgaste sofrido a partir do apoio do setor financeiro que levou seu discurso cada vez mais para a direita.

Não é preciso ser muito atento às questões políticas para deduzir que Campos, começa a pensar num plano B, ou de contingência, para o dia seguinte da eleição.

É possível estimar o tamanho do seu dilema. Campos não teria mais como recuar da candidatura. De outro lado, está vendo crescer a polarização entre Dilma e Aécio, lhe restando, uma difícil situação em que parece estar caminhando. Assim, não é difícil imaginar que de alguma forma comece a se mover pensando em 2018, e em seu futuro político.

Jogar Marina e seu grupo para o alto, para tentar retomar as conversas com as elites econômicas (hoje alinhadas com Aécio) e tocar um caminhar solo, já com baixo índice de intenção de votos, parece suicídio.

Seguir o caminho atual, buscando, retomar o seu campo político mais à esquerda e, portanto distante do Aécio cada vez mais à direita, significaria apontar o seu eleitorado, num possível segundo turno, para um novo apoio à Dilma.

Esta decisão, evidentemente que não será verbalizada e nem discutida através da mídia, jogaria numa perspectiva para sua carreira política nacional, para 2018, pensando inclusive num possível desgaste maior das hostes tucanas.

Fato é que esta nova realidade que parece que está em curso, muda e muito o cenário para as eleições presidenciais com ou sem segundo turno. A pesquisa nacional do Ibope que será divulgada amanhã pode ter um peso decisivo em seu desdobramento.

Acompanhemos, pois, os próximos passos.

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