sexta-feira, agosto 31, 2007

Cultura como ferramenta de promoção social

O texto com o título acima é mais um artigo deste blogueiro publicado hoje no jornal Folha da Manhã: Cultura como ferramenta de promoção social Sou mais consumidor de cultura do que um conhecedor das suas diversas formas de manifestação. Não pretendo, até pela falta de base para isso, fazer uma análise das formas de produção e/ou conteúdo da cultura. Este espaço articulista quer apenas defender o uso e o incentivo da formação cultural, como elemento agregador, incentivador e de resgate de valores e auto-estima nos projetos desenvolvidos por instituições públicas e/ou organizações sociais de todos os tipos. Não falo de apêndices culturais a projetos maiores, sejam eles de gênese autêntica para geração autônoma de renda, ou, os paternalistas e assistencialistas. Aliás, estes últimos até pela compreensão que têm do mundo, ou pela visão utilitarista que normalmente fazem dele, não conseguem enxergar a cultura para além do lazer e do divertimento, embora, estes resultados não sejam problemas, mas partes das vivências que o exercício e o convívio cultural possibilitam. Nos dias atuais, este articulista passou a ter uma visão melhor desta questão depois de ter participado diretamente de pelo menos, três projetos sociais/educacionais/geração de renda em Campos: a incubadora de cooperativas de trabalho no Cefet; o Informática Cidadã na comunidade da Aldeia e as Cooperativas de Alimentos e Brindes – Cooperdouro - na comunidade do Matadouro. Num diagnóstico sobre o desenvolvimento das três experiências evidenciam-se resultados positivos e outros nem tanto. A existência deles, por si só, já poderia ser considerado um ganho pelos resultados produzidos, para além, das metas imediatas de produção, pelos empregos gerados, pessoas treinadas, inserção no mundo do trabalho, ascensão social, contatos, etc. Porém, nada disso permanecerá de forma mais ampla e significativa, se não forem articulados com uma visão de mundo que só a cultura pode oferecer. Não falo de cartilhas, formação política ou catequese. Falo de autonomia, de emancipação, no conceito que o sociólogo português Boaventura Santos chama de Emancipação em suas diversas e única nuance. Em tempos em que o reformismo pragmático tornou-se real, contra os sonhos utópicos das revoluções e seguindo a idéia de que a melhoria gradual é a tônica e o caminho, este articulista enxerga na cultura, o elemento chave de transformações sociais que embora, lenta e algumas vezes cíclicas, pode produzir, a favor daqueles que necessitam de apoio dos governos e da sociedade. Apresento assim, a sugestão aos gestores de que incorporem a idéia da exigência de uma atividade cultural permanente como necessidade básica para apoio aos projetos sociais e de geração de renda. Os resultados da ampliação da cultura através da música, teatro, literatura, artes plásticas, dança, cinema, fotografia, etc. darão, densidade e qualidade, que a sociedade também espera dos projetos sociais.

Seja bem vindo!

A chegada de um craque da escrita deve ser sempre comemorada. É exatamente isto que faz este blog com a chegada do "Eu penso que..." com o novo blogueiro da nossa região o jornalista, Ricardo André Vasconcelos. Clique aqui e leia.

quinta-feira, agosto 30, 2007

Vale o registro

Ponderada e firme a posição do André Lacerda, um dos representantes dos alunos, na questão das bolsas universitárias bancadas pela prefeitura de Campos. Postada como comentário da nota abaixo merece o destaque, enquanto nota, aqui neste espaço do blog: André Lacerda: "Olá Roberto. Meu nome é André Lacerda e participei dessa reunião na Câmara, representando a União da Juventude Socialista (UJS). Na minha fala, também lamentei a ausência do Dr. Francisco de Assis, coordenador do ProCampos e alertei para o uso eleitoreiro do Programa, como no episódio envolvendo o Sr. Roberto Barbosa, secretário de comunicação de nossa cidade, e a Universidade Cândido Mendes, onde usou-se do ProCampos, uma política pública de democratização do acesso (ou assim deveria ser), para nitidamente atacar à autonomia universitária. Lamentável que, por falta de regulamentação, ainda exista uma elitização na distribuição das bolsas de estudo do Programa, fazendo com o que o "filho do povo" continue de fora da universidade. Quero dizer que a UJS manifestou publicamente sua indignação com o problema das bolsas universitárias durante seminário de educação,, realizado em julho pela Câmara onde estava presente a Sra. Elizabeth Landim, secretária de educação. Na ocasião, realizamos um protesto no plenário da Câmara e alertamos para a falta de critério do ProCampos (veja matéria em www.ujscampos.cjb.net/novo/content/view/59/1/). Acredito que a luta para regulamentar o ProCampos é de todos e fico feliz pela iniciativa da Câmara de ter convocado essa reunião para discutir critérios para o ProCampos. Ao todo, atualmente, 8500 bolsas de estudos são ofertadas pelo ProCampos num universo de cerca de 18 mil estudantes matriculados nas universidades particulares de nossa cidade. Ou seja, metade das vagas são, de certa forma, financiadas pela Prefeitura. No nosso site pode ser encontrado as reinvidações que apresentamos aos vereadores: www.ujscampos.cjb.net". "Saudações socialistas!"

quarta-feira, agosto 29, 2007

Universidade S.A.

Este blog antecipou o assunto em artigo aqui que comentava o enxugamento de pessoal em universidades que têm campus na cidade e se referia ao interesse delas em se transformar em empresas com ações na Bolsa de Valores. Pois bem, a revista Época da semana passada trouxe uma extensa matéria com o título “Nem ouro, nem dólar. Educação!” em que fala de grandes investidores que estão postando milhões de reais em escolas, faculdades e no financiamento a estudantes. O financiamento já em vigor em universidades de Minas e São Paulo, me fez lembrar, o financiamento de carros cada vez mais evidência, onde os bancos na ânsia de angariar mais clientes, ao invés de emprestar diretamente o dinheiro, estimula o consumo que o empréstimo bancará tendo como garantia o bem financiado. No caso em questão, a garantia que o banco visualiza é o de que o trabalhador com diploma universitário teria no Brasil, um salário 2,7 vezes maior que os demais. O problema é a garantia do emprego. Por isso, o que se sabe e que não está na matéria, é que os financiadores garimpam pessoas que já trabalham e que têm alguma renda e assim, podem dividir os custos do curso, amortizar mais rapidamente o empréstimo diminuindo os riscos, e, por já serem empregados, terem mais condições de alçar novos patamares na carreira garantindo assim, os resultados almejados, que para o investidor é o dinheiro retornado com os juros de 2 a 3% ao mês. Estes investidores consideram, que o mercado para este serviço só tende a crescer. A matéria diz: “o setor educacional brasileiro é o quinto maior do mundo, atrás apenas da china, EUA, Índia e Rússia com 4 milhões pessoas de 18 a 24 anos matriculados em alguma universidade. De acordo com estudos setoriais, o potencial é atraente: esses quatro milhões de alunos representam apenas 205 do contingente que poderia estar na universidade”. Estes caras só não teriam espaço em Campos, onde segundo as informações divulgadas pela prefeitura, o poder público banca, a fundo perdido, 8.500 bolsas anualmente. Por falar nisso, acabou sendo pouco divulgado a audiência pública realizada, na última sexta-feira, 23 de agosto, pela Câmara Municipal para discutir o programa municipal de bolsas pra universitários, antes chamado de Probo e agora de ProCampos. Vi, apenas parte do debate na UniTV. Lamentável a ausência do coordenador do programa na prefeitura, o financiador e de alguns representantes das universidades. Corajosa e necessária a intervenção de outras. Parabéns à Câmara, tão merecidamente criticada em outras ocasiões, pela sua realização. Uma sugestão: transcrevam as falas e divulguem no site da Câmara. Há verdadeiras pérolas nos depoimentos.

terça-feira, agosto 28, 2007

A dinâmica que ensina a quem deveria ensinar!

De vez em quando aplico aos meus alunos, uma dinâmica de grupo como parte do desenvolvimento da formação na disciplina que estou lecionando. Normalmente, os alunos gostam muito deste tipo de exercício, mesmo os mais tímidos e reflexivos que preferem ouvir a falar ou se expor.

A análise sobre a validade do exercício, que sempre solicito que façam após a prática evidencia, o desenvolvimento que ocorre com esta simples coleta de experiências que não são acumuláveis com estudo stricto-senso.

Entre estas dinâmicas, a que traz mais empolgação é o do júri simulado. Funciona assim: divido a turma em três partes, duas iguais, normalmente composta de seis a oito pessoas no máximo e uma terceira com os demais alunos, em torno de 14 a 20 para turmas compostas de 30 a 35 alunos como costumamos ter no Cefet.

Para as duas partes iguais de seis a oito pessoas apresento um tema em que dois pontos de vista diferentes serão abordados por cada uma delas. No caso do curso de Segurança do Trabalho costumo sugerir o tema do exercício do profissional da área que quer investir na melhoria do ambiente de trabalho e o outro grupo é formado pelos patrões que vão decidir pelos investimentos propostos. O terceiro grupo serão compostos de observadores que farão anotações, observações, críticas e propostas após o debate.

Depois de um tempo de 15 a 20 minutos para que os dois grupos contendores se organizem, levantem itens, dividam argumentos, etc. o debate é iniciado e desenvolvido, num tempo que pode variar de 15 a até 30 minutos, conforme a disponibilidade de tempo e do desenvolvimento das discussões.

Quase sempre repito a dinâmica com assunto paralelo, por exemplo, um grupo como profissional de segurança do trabalho e o outro o trabalhador se recusando a cuidar da sua saúde e de se proteger no trabalho. Desta vez, o debate será feito pelos observadores que se dividem no debate e os debatedores da dinâmica anterior vão para o papel de observadores.

A cada vez que aplico este exercício fico impressionado com seus resultados e com o que se pode extrair deles. Alunos médios transformam-se em expoentes. Expoentes em avaliações escritas muitas vezes somem e se escondem nos debates.

Alguns se revelam excelentes tribunos com agilidade de idéias, criatividade elevada diante de inusitadas situações. E há também as surpresas, nos aspectos emocionais, para além dos conteúdos e dos conceitos que se está debatendo. Não é raro, se observar alunos tranqüilos se transformarem, assim como o inverso.

Analisando com eles o exercício é comum tirarmos conclusões que, a cada vez me deixa mais surpreso e espantado sobre o papel do professor. Normalmente, nós professores tendemos a trabalhar mais conteúdos do que comportamentos. Seja por falta de tradição, pelo desconhecimento ou mesmo, pela prática disseminada de que aula que vale é o professor falando e o aluno escutando. Aliás, os alunos, embora vibrem com estas práticas, costumam ser os que mais valorizam o professor de estilo catedrático que fala bonito.

Nunca tive a presunção de imaginar que o desenvolvimento de uma ou duas dinâmicas de grupo consigam desenvolver competências e habilidades complementares e necessárias a um exercício profissional mais eficiente e responsável. Porém, passei a ter a certeza de que alguns “toques” são visualizados pelos alunos, futuros profissionais-cidadãos de forma a lembrarem que o estudo de conceitos e técnicas pode e deve ser complementada com o desenvolvimento de algo para além da formação cognitiva.

Para fechar este já longo post, relembro a observação de um aluno extremamente, ansioso e agitado que, no papel de debatedor ficou confuso com o papel que lhe cabia no debate e que depois de ir para a função de observador falou: "professor depois disto tudo eu vi que é muito mais fácil criticar e observar do que fazer".

Impressionado com esta análise, que me pareceu extremamente perspicaz enxerguei outra validade da dinâmica de grupo: a de desenvolver esta capacidade de análise, que embora, normalmente, seja mais fácil de ser exercida é muito mais bem feita por quem já passou pela experiência de fazer. Há muita coisa a ser aprendida por quem acha que apenas ensina.

segunda-feira, agosto 27, 2007

Instituto Sete Capitães

O blog recebeu de Renato Faria, um convite para reunião amanhã, terça-feira, às 19 horas, na Sociedade Portuguesa de Beneficência de Campos, na rua Barão de Miracema, 140, visando discutir a criação de uma associação sem fins lucrativos, com a finalidade de apoiar, promover e executar direta ou indiretamente planos e atividades relacionadas com a preservação, a pesquisa e a valorização do patrimônio histórico, cultural e ambiental, bem como, o desenvolvimento do turismo ecológico e cultural na região Norte e Noroeste Fluminense. Pelo que o blog pode apurar, a iniciativa parte de um estímulo vindo do município de Quissamã, onde a recuperação de solares e casas, como a Casa Mato de Pipa pretende servir de base, para um projeto semelhante ao que hoje ocorre, no sul do estado, a partir das sedes de fazendas históricas e culturais como no município de Vassouras. O blog deseja que os empresários peguem na unha o projeto e não dependam, exclusivamente do poder público. No caso de Quissamã a Fazenda Machadinha é um referencial em termos de potencial histórico. Já está programada depois desta reunião na Beneficência de Campos, a assembléia de fundação do Instituto Sete Capitães, para o dia 01/09/07 na Casa Mato de Pipa, situada na Rua Gilberto Queirós Mattoso, s/nº, Vivendas do Canal, Quissamã – às 17:00 horas. O blog torce para que as coisas avancem e em homenagem à iniciativa posta a foto de Da. Maria da Glória, a Glorinha, moradora e herdeira dos escravos da Fazenda Machadinha em Quissamã.

Sujeira embaixo da Rosinha

A partir dos pilares do elevado da ponte estadual, esta praga dos cartazes voltou a empestear a cidade. Além dele, também os tapumes de obras, os muros de terrenos baldios, pontos de ônibus, etc. O que parecia uma prática abandonada por ser politicamente incorreta voltou, talvez pela inoperância da Postura Municipal. Assim a limpeza pública fica, brincando de gato e rato, como pode ser visto na foto do registro feito no sábado pelo colaborador deste blog, Dr. Luiz Ribeiro Junior.

Na opinião deste blog, era só cobrar uma pesada multa, prevista em lei, aos organizadores dos eventos propagandeados nestes cartazes que a coisa se arruma. Aliás, aproveito para contar uma historinha que ouvi e não acredito. O blog não conhece diretamente (não que lembre) nenhum destes promotores de shows, senão aproveitava para saber da veracidade ou não do que pode ser apenas especulação.

Realmente intriga a este blog, o número e o porte dos shows pagos que vêem sendo realizados ultimamente em Campos. Até aí pura desconfiança. Porém, garantiram-me que alguns destes shows viraram "esquemas" para lavar dinheiro que anda "solto" pela terrinha. Dinheiro com origem não divulgável. Os ventos que trouxeram a desconfiança informam também que show de mil pessoas transformam-se em dez mil pagantes e do outro lado sai dinheiro limpinho e enxaguado... O blog repudia este tipo de insinuação. Limpeza tão grande assim só usando Omo.

Quem perde a credibilidade que pode não ter conquistado?

Uma revista semanal em sua nova edição divulga um guia “As 100 melhores empresas para trabalhar”. Até aí nada demais. O problema: em páginas próximas ao do texto que apresenta as empresas e os argumentos da sua classificação no guia, propagandas explícitas de todas estas mesmas empresas comemorando o selo oferecido pela classificação no guia da revista. De quem eu passo a desacreditar? Da revista que faz tamanha “confusão”, da “empresa” que se deixa envolver ou de ambas? Depois não sabem porque a mídia formal está cada vez mais desacreditada.

"A vergonha que passei por ser campista"

"Por ocasião da última Festa de São Salvador, padroeiro de Campos dos Goytacazes, ou seja, a festa popular máxima da nossa cidade, comemorada tradicionalmente no dia seis de agosto (este ano caiu num sábado), e que atrai os milhares de habitantes dos quatros cantos do município, tive a oportunidade de através da imprensa, ficar ciente de sua programação, que incluía, entre tantos eventos, uma parte reservada para o esporte." "Professor de Educação Física e, acima de tudo, desportista, interessei-me pela programação esportiva anunciada, que incluía remo, prova ciclística, corrida rústica e outros esportes. Como organizador de corridas rústicas, tendo organizado quase uma centena desse evento em Campos e cidades vizinhas, fui assistir ao evento de corrida de rua". O título e o texto acima fazem parte de mais um artigo do professor Vitor Longo Braz. Acabei de postá-lo na seção ao lado dos articulistas deste blog. Se desejar ler na íntegra clique aqui.

Diário oficial

É bom acompanhar. Tanto a inexigibilidade quanto a prorrogação do contrato da empresa de publicidade. O MP deveria obrigar a publicação dos valores pagos referentes a ambos os contratos. O blog agradece à colaboração dos parceiros que mantém este espaço atualizado a respeito dos gastos públicos locais.


PS.: Se desejar ver em tamanho maior clique a imagem.

domingo, agosto 26, 2007

Finalmente, uma proposta!

Paul Singer sempre foi uma referência para quem se dispôs a entender a reestruturação produtiva e o problema do emprego e do sub-emprego em nosso país. Conhecia-o dos livros, das entrevistas e dos artigos de jornal. Nunca havia tido a oportunidade assistir diretamente uma palestra sua. Até que, a cerca de três ou quatro anos atrás ele foi convidado a proferir uma palestra num seminário do Cefet.

Apresentado ao mestre antes de sua fala fiquei impressionado, com sua simplicidade, seu interesse em saber das coisas da nossa terra, assim como as experiências de geração de emprego e renda, como da incubadora de cooperativas do Cefet e alguns projetos e propostas da Ong Cidade 21. Nada verdade, nada inovador para ele que com os seus relatos de experiências, já nos ajudava a descobrir e buscar caminhos.

O professor e economista Paul Singer fez uma palestra simples, sem rodeios e delongas, mas sintomática, ao valorizar os aspectos da economia informal, o empreendedorismo (sem panacéias), a economia solidária, o poder das mulheres enquanto gestoras de famílias, etc.

Singer de maneira calma buscava ensinar a necessidade da academia valorizar as experiências como elementos de estudo e não o inverso: a prática como aplicação da teoria. Neste sentido defendia o pragmatismo, ao contrário de muitos de seus colegas da academia que embora menos conhecidos vivem a rebuscar sofisticações inúteis.

O atual secretário nacional de Economia Solidária do Ministério do Trabalho e do Emprego Singer procurou, o tempo todo passar o valor daquilo que as pessoas simples fazem e constroem como meio de vida.

Agora Singer foi mais longe e meteu a mão num vespeiro que poucos arriscam sequer tratar quanto mais propor algo. Em matéria hoje, no jornal O Globo fez o que até agora ninguém havia se disposto a fazer. Na matéria “Em vez de greve, um tribunal arbitral” nosso professor que é também um ex-sindicalista, propôs que categoria como médicos, professores e motoristas de ônibus ganhem um tribunal especial formado por trabalhadores, governo e pela sociedade para decidir suas reivindicações.

Veja mais da fala de Paul Singer: “A idéia é evitar que greves nesses serviços tragam prejuízos ainda maiores à população. Proponho é que eles não possam fazer greve, mas sejam compensados com outros direitos, como o tribunal arbitral tripartite que será neutro. O representante da sociedade decide em caso de empate... Eu mesmo fui sindicalista e fiz greves. O direito de greve é importantíssimo, mas cada direito tem limites no direito dos outros. Nesse caso (dos serviços públicos), tem de substituir o direito de uma maneira a oferecer alternativas à categoria. Sou contra a greve nos serviços públicos... de médicos professores e condutores de ônibus, porque punem diretamente os pobres, que fazem uso desses serviços e têm salário menor do que esses servidores”.

Não sei se concordo integralmente com o professor e economista Paul Singer, porém digo também que até hoje, é a primeira vez que ouço posições e propostas tão claras sobre o assunto. Não sei se o tribunal proposto teria condições efetivas para funcionar e arbitrar ou se poderia se transformar, em mais uma estrutura burocrática do estado brasileiro.

Considero que esta proposta pode ser o início de um debate mais sério que deve interessar, tanto a trabalhadores destes serviços, quanto ao governo e mais especialmente à maior parcela sociedade que é aquela que mais demanda diretamente estes serviços.

O que não dá é ficar do que jeito que está, com greves infrutíferas para os trabalhadores e massacrantes para a sociedade. Temos a obrigação de discutir esta e outras propostas que venham dar luz ao problema. Finalmente, uma proposta!
Atualização em 27 de agosto 19:18:
O blog provocou o professor Hélio Gomes Filho que foi quem acompanhou praticamente toda o período em que o economista Paul Singer esteve no Cefet e ele mandou a seguinte colaboração:
"Eu conversei muito com Paul Singer, inclusive levei-o ao aeroporto e esperei junto dele o seu vôo. Só não conversamos mais porque no saguão do aeroporto estava César Benjamim, que monopolizou a conversa.
Conversamos muito sobre economia solidária. Ele autografou o primeiro livro que comprei dele e que foi uma base teórica importante para a criação da nossa incubadora. Ele também me presenteou com o seu livro mais recente na época.
Falou sobre a Secretaria Nacional de Economia Solidária, que ainda não existia devido a uma necessidade de mudança estrutural do MTb.
Foi um dos encontros mais emocionantes que eu tive.
Eu já conhecia o Velhinho de longe, conhecê-lo de perto me permitiu ver uma pessoa sem vaidades, sem grandes indícios de apego material. Foi muito interessante ver a forma carinhosa com o ele falava do pessoal cooperativa que havia na incubadora que ele montou na USP.
Uma verdadeiro revolucionário. Na idade que tem poderia ficar em casa aposentado descansando. Passeia admirá-lo incondicionalmente".
Hélio Gomes Filho

Rômulo Gomes in Bethânia

Como prometido aí está Rominho no show da Bethânia no dia 17 de agosto no Canecão. Para ajudar no relax do final de semana.

Blog ou não?

O Estadão lançou a polêmica dizendo que os blogs dão informações não confiáveis. Apanhou que nem boi ladrão. Não que seja o contrário. Porém, quão confiáveis seriam os veículos de informação mais conhecidos que gostam de criar dificuldades para vender facilidades? O Mino Carta refere-se à questão em seu blog assim: “Quanto a mim, tenho medo de computador, aquela bocarra escancarada pode engolir-me a qualquer instante. Acho que muita gente já foi engolida e ainda não percebeu. Muita garotada, inclusive. Mas a ocasião permite-me refletir sobre a diferença entre o texto impresso e aquele solto no ar, na zona miasmática, e para mim enigmática, insondável, entregue aos mistérios eletrônicos. Mesmo para jornalistas tarimbados, o blog oferece naturalmente um campo maior para a opinião. Por exemplo. Eu, na minha Olivetti, quando a escrita destina-se a meu blog, palpito muito, talvez demais. O blog é uma pradaria bem penteada e sem limites. Que dirá, então, como se oferece a quem surge em cena sem peias, sem o rigor do jornalista responsável, com o único objetivo de soltar o verbo e pronunciar a sua? Resisti muito à idéia do blog, mesmo porque não lido diretamente com o computador. Agora que adentrei a área faz quase um ano, gosto do seviço. Em relação ao texto impresso, leva a vantagem da reação imediata do leitor. Sei, não estou a descobrir a pólvora, isto é, como se diz, interação. Na zona miasmática, o diálogo se instaura. É estimulante, é divertido, é compensador. No fundo, comparar jornal, ou revista, com blog é bobagem. Cada um na sua, penso eu. E, em primeiro lugar, estou interessado na permanência da escrita, que é a melhor de preservar intacta a língua, nossa pátria”.

sábado, agosto 25, 2007

Goyta perde no Rio

Infelizmente o Goytacaz perdeu para o São Cristóvão de 3 x 0 na ilha do Governador no Rio de Janeiro. A parada na Segundona é dura. A Portuguesa ganhou do Profute de 1 x 0 e o Guanabara virou o jogo por 3 a 2 em cima do Estácio de Sá. Estes são os resultados do grupo do Goytacaz. Com estas duas derrotas no campeonato da segunda divisão, o quadro é difícil para o Azul da rua do Gás que está na última colocação no Grupo C, mas ainda é possível a recuperação na primeira etapa que é apenas classificatória.

Dá-lhe Goyta!


O Azul da rua do Gás enfrenta o São Cristóvão, hoje na ilha do Governador, no estádio da Portuguesa. Apesar da informação de que o estádio está interditado e o jogo ter a previsão de ser disputado com os portões fechado, o torcedor do Goyta Ralph Prates, informou ontem ao blog, que apesar dos poucos ingressos liberados, em torno de 200, eles sairiam daqui para acompanhar de perto o time, mesmo que fosse ao lado do muro do campo da Portuguesa. (Foto ao lado do estádio da Portuguesa feita quando da classificação na Seletiva invalidada de 2006.

Daqui ficamos na torcida para que o Goytacaz possa conseguir uma das cinco vagas previstas para o campeonato estadual da primeira divisão em 2008. Acompanhemos pois! Dá-lhe Goyta!

Tá faltando o grito da arquibancada

Há algum tempo venho tentando observar as mudanças que o dinheiro dos royalties vem provocando em nossa sociedade. A abundância de recursos quase sempre é mau conselheira.

Em homenagem ao nosso presidente, que por aqui passou recentemente, este articulista lançará mão de uma metáfora para tentar explicar aquilo que o preocupa.

As receitas dos royalties poderiam ser comparadas à carreira de um jogador de futebol. Antes que você despreze o texto e considere que este articulista enlouqueceu de vez, saiba que ele não fala de patrocínio para os nossos times de futebol. Isto não é novidade e nem exclusividade.


Esses são os três primeiros parágrafos do artigo publicado ontem, na Folha da Manhã e que acabei de postar na seção ao lado “Meus últimos artigos”. Se tiver interesse em ler o restante do artigo clique aqui.

100.000 acessos

Duas semanas depois deste blog comemorar, três anos de funcionamento com o registro de 95 mil acessos, ontem, o blog alcançou e agradece aos seus leitores, a significativa marca de uma centena de milhar de acessos. Isto mesmo 100.000 acessos! Conta obtida com a soma dos dois contadores colocados na seção ao lado esquerdo. O primeiro que registra o acesso direto no blogspot e o outro, na última linha das seções do lado esquerdo que registra, os acessos via o link instalado no portal do provedor Acesso Total.

Para comemorar tal proeza, este blog mostra sua satisfação com a ampliação do número de blogs oriundos de Campos e da região, nesta grande rede. Até onde este blog sabe, o precursor do uso deste espaço em Campos foi o blog Urgente, feito por jornalistas, com a coordenação de Vitor Menezes. Outros estão recém-chegados e já vitaminados como o blog do professor Fábio Siqueira. Alguns estão menos atualizados, mas ainda na ativa. Alguns políticos com mandatos estão acordando para este tipo de comunicação.

Veja abaixo uma relação preparada por este blog:
- Blog Urgente;
- Blog do Luiz Felipe Muniz;
- Blog Verbo Solto da Fátima Nascimento;
- Blog do Fábio Siqueira;
- Blog Quase Poesia do médico e poeta Luis Mussa Tavares;
- Blog da Cavalhada de Santo Amaro;
- Blog dos Animadores Culturais do Norte Fluminense;
- Blog do Penacho do Adilson Dutra;
- Blog do Luciano Azevedo.

sexta-feira, agosto 24, 2007

Galocantô na Cesta!

Eles poderiam ser um time de futebol. Jogam por música e contam onze no escrete. Vieram da Lapa para o Palácio. Duas horas de exibição com todas as vertentes do samba encantou o público campista que sabe o que é bom e estava lá para se deleitar. Começaram no samba de raiz, passaram pelo pagode, passearam pelo partido-alto, arriscaram no samba-canção e fecharam com samba enredo. Valorizaram os papas como Chico Buarque, Zeca Pagodinho, o conterrâneo, Roberto Ribeiro, Cartola e encerraram com o Fundo de Quintal. Galocantô em Campos um pouco antes da quatro da manhã. Parabéns à organização da FCJOL (Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima).

Eleições de 2008 - para ajudar nas contas

Os partidos e os políticos movimentam-se intensamente para preparar as nominatas de vereadores. O prazo de filiação encerra-se no próximo dia 4 de outubro, um ano antes das eleições, que em 2008 será no dia 5 de outubro de 2008. Para ajudar nestas avaliações e contas, este blog resgata as informações que disponibilizou nas eleições de 2004.

Em 2004, o município de Campos contou com 345 candidatos a vereador, sendo 262 homens e 83 mulheres. Este número foi inferior aos 363 candidatos registrados nas eleições de 2000. É provável que o número para 2008 seja ainda menor, porque cada vez mais, os candidatos tomam consciência das dificuldades de um pleito, assim como dos limites das suas ilusões.

Na eleição passada de 2004 doze coligações/partidos apresentaram candidatos a vereador em Campos. O candidato do PMDB, Geraldo Pudim teve apoio de 5 coligações com 173 candidatos a vereador; Carlos Alberto Campista contou com o apoio de 3 coligações de 91 candidatos a vereador; Paulo Feijó teve também ao seu lado, 3 coligações com 75 candidatos a vereador e por último, Makoul teve apenas o seu partido com 24 candidatos a vereador. Das 12 coligações/partidos que concorreram, apenas 7 conseguiram alcançar o quorum mínimo de 14.811 votos.

O número de votos válidos obtidos pelos candidatos a vereador na eleição de 2004 foi de 251.793 votos. Isto levou ao quociente eleitoral de 14.811 votos. Quociente eleitoral é o número mínimo para um partido ou coligação fazer pelo menos um vereador. Ele é obtido dividindo o número de votos válidos (251.793 votos) pelo número de vagas na Câmara Municipal, que em Campos é de 17 cadeiras, podendo passar para 18 se houver deliberação do TSE em função do crescimento da população do município.

Lamentável!


Foto de Leonardo Berenger na
Folha da Manhã de ontem.
PS.: Foto pequena na proporção do gesto.

"O elefante branco da Lapa"

"No ano de 2000, concebi um projeto, que na época se transformou, para mim, a menina dos meus olhos e em um grande desafio a sua execução. O Projeto, por mim, intitulado de FESPORTE CAMPOS, consistia no aproveitamento do cais da Lapa para a prática desportiva e promoção de eventos esportivos e culturais, como shows, por exemplo. É um amplo projeto que comportava eventos esportivos dentro da quadra, como: futevolei, duplas de vôlei, beach soccer e frescobol. Dentro do Rio Paraíba: Travessia de natação, regatas diversas, como: de laser, de remo, de caiaque, de caíque, desafio de jet sky e Wind surf. Na orla: apresentações de artes marciais, corridas rústica e procedimentos de medição de pressão arterial, glicemia e peso ideal. De um dia para o outro, ou seja, de sábado para domingo, um show popular regional". Este é o primeiro parágrafo, do segundo artigo, que o profissional de Educação Física e jornalista, Vitor Longo Braz, produz, quase como um desabafo. Como já disse no artigo publicado ontem neste espaço, Vitor pode ser polêmico, mas é um sujeito de idéias e com disposição de realizar. Por isso, é pertinente você conhecer suas idéias e posições. É isso que este blog está fazendo com prazer. Leia o restante do seu artigo clicando aqui.

quinta-feira, agosto 23, 2007

O STF e a venda da Geni

A tecnologia apesar de causar diversos problemas, entre eles o de contribuir para o desemprego estrutural em todo o mundo, tem sido, especialmente em nosso país, um aliado da sociedade ao aumentar, de forma avassaladora a transparência sobre atos e fatos praticados por diferentes autoridades dos três níveis de governo e poderes da República.

Depois da facilidade da quebra dos sigilos bancários e telefônicos de suspeitos e investigados, o caso mais recente de um registro fotográfico da tela do notebook de uma ministra do STF no julgamento da Ação Civil Pública do caso do chamado “mensalão” expôs estórias ou histórias, que há muito circulam nos bastidores sobre as barras dos tribunais.

Enquanto, legislativo e executivo apanham como a Geni, a justiça, que muitas vezes quer se colocar, ou a colocam, acima do bem e do mal, com mais este caso, tem como os outros poderes, sua venda questionada publicamente. O blog pergunta: diante deste episódio pode-se considerar que o julgamento será isento? Quem pode acreditar que os votos dos ministros, não terão sido influenciado por este fato?

Relação candidato-vaga ao concurso público do Cefet Campos

A coordenação do concurso público para preenchimento de vagas na Uned Guarus e na sede do cefet em Campos divulgou hoje o total de inscrições feitas no período compreendido entre os dias 30 de julho e 15 de agosto último, assim como a relação candidato-vaga a cada um dos cargos. Os cartões de inscrição estão sendo distribuídos até o dia 26 de agosto e a prova está marcada para o dia 02 de setembro de 14 às 17 horas. Mais detalhes veja aqui e também aqui.


PS.: Se desejar ver em tamanho maior clique sobre a imagem.

Quem disse que Lula não valoriza a leitura?

O professor Marcos Maciel gerente e assessor da direção da Uned Guarus, ligada ao Cefet Campos que foi inaugurada pelo presidente Lula na semana passada foi testemunha de um interessante episódio.

Ao contrário do que os preconceituosos gostam de propagar, o presidente Lula se preocupa e valoriza a leitura e o acesso aos livros. Ao circular pelas instalações da unidade escolar que inauguraria instantes após, Lula logo depois de entrar no espaço da biblioteca sentou e comentou: "tem pouco livro aqui, precisa ter mais".

O professor Maciel explica que naquele dia e mesmo ainda hoje, a instalação de equipamentos, laboratórios e também a biblioteca estão em processo de arrumação e instalação.

Segundo o gerente educacional: "a Uned Guarus hoje já dispõe de cerca de 1300 livros comprados e outros tantos em processo de compra. Nosso maior problema foi que as estantes adquiridas foram entregues erradas e no processo de troca, não houve tempo de montá-las todas, desta forma, tínhamos então, somente 700 livros expostos em poucas estantes”.

Nos bastidores, muitas vezes se sabe mais sobre pessoas, atos e fatos, do que aquilo que muitas vezes é divulgado, repetido, cortado e colado nas diversas mídias mundo afora.

Saudade

Diante das diversas notícias recentes de envolvimento de bombeiros militares em roubos e assaltos, não resisti em brincar com um amigo oficial sério da corporação: “saudade da época em que os bombeiros ficavam conhecidos apenas como o namorado da Luma ou pelas fotos dos calendários”. Fecha o pano!

Bessinha asssiste ao julgamento

Do A Charge On Line.

"Desenvolvimento do esporte em Campos com oportunidades para todos: como começar?"

O blog ganha um novo articulista a partir de hoje. É o profissional de Educação Física, jornalista, mestre em Comunicação e Cultura pela UFRJ, Vitor Augusto Longo Braz. Vitor foi também presidente da Associação dos Profissionais de Educação Física de Campos entre 1996 e 2000, ex – membro do 1º Conselho Regional de Educação Física instituído no Brasil e recebeu o prêmio com o Discóbolo de bronze oferecido pelo ex- Presidente da República Fernando Henrique Cardoso, em 01/09/03, pelos relevantes serviços prestados a Educação Física no Estado do Rio de Janeiro. Vitor é um pessoa que por natureza é polêmico pela ênfase com que defende seus pontos de vista. Dedicado e reconhecido profissional da área de esportes e eventos tem feito críticas construtivas defendendo um planejamento sério para os esportes em nossa cidade. É exatamente este o tema de seus três primeiros artigos cujo primeiro segue publicado abaixo: Desenvolvimento do esporte em Campos com oportunidades para todos: como começar? Ao fazermos uma abordagem em relação ao tema em questão, nossa principal finalidade é tentar contribuir de alguma forma para o desenvolvimento do esporte campista num todo. Dessa forma, toda a ideologia apresentada neste texto configura-se em pensamento próprio. Pensamos no esporte como uma vertente da educação, ou melhor, consideramos o esporte como uma das mais poderosas ferramentas da educação, que leva a reboque de sua prática a qualidade de vida, a saúde, o turismo, a cidadania, o desenvolvimento econômico e a promoção social, onde as oportunidades oferecidas através da Educação Física são capazes de transformar cidadãos, aumentando a auto-estima, a capacidade e os horizontes através do esporte e atividade física e de lazer. Na verdade o esporte brasileiro ainda é feito de ilhas de excelência, na grande maioria dos casos. Não existe uma massificação do esporte, no sentido de estar próximo das pessoas, estar nas escolas, fazer parte do cotidiano das pessoas. Acreditamos que o esporte tem que deixar de ser restrito a um espetáculo de televisão e passar a fazer parte do dia-a-dia das pessoas. Isso é essencial para a inclusão social, a auto-estima e outros fatores de formação dos jovens. Mas para tentarmos desenvolver este tema, de forma pragmática, é necessário que apontemos algumas políticas públicas que visem o desenvolvimento do esporte como um todo. Para isso, necessário se faz, que levemos em conta a dimensão territorial e habitacional de nossa cidade. Somos uma cidade de quinhentos mil habitantes em média, e de uma extensão territorial imensa. Temos que pensar em proporcionar oportunidades para todos os cidadãos campistas. Desde os que moram em áreas centrais, até aqueles que moram na periferia e distritos distantes como: Baixada Campista (Donana, Baixa Grande, Farol de São Tomé, Tocos, etc.), na Região Norte (Morro do Coco, Cons. Josino, Vila Nova, Travessão, etc.) e na Região Sul (Tapera, Ururaí, etc.). Imaginem a quantidade de jovens em idade de iniciação desportiva, oriundos dessas localidades, muitos com talentos natos, que, no entanto, se encontram sem oportunidades e, dessa forma, excluídos de desenvolverem-se através do esporte e da atividade física. Não é raro vermos um, ou outro, atleta dessas localidades periféricas despontarem no cenário esportivo nacional, após passar de forma anônima pelo esporte em nossa cidade. Por sermos uma cidade que proporciona poucas oportunidades para esses jovens se desenvolverem nos diversos campos sociais, em particular no esporte, torna-se comum eles migrarem para a região central da cidade em busca de subsistência própria e o de sua família. Nessa esteira de injustiças sociais esses excluídos, via de regra, passam a ser os chamados “meninos de rua”, que são discriminados e passam a ser um peso para a sociedade. Nossa cidade conta com um potencial financeiro (estima-se que sejamos a 25ª cidade em arrecadação entre aproximadamente 5.565 cidades do Brasil e a 10ª em PIB, segundo foi noticiado recentemente), conta, ainda, com um potencial técnico (duas Universidades com cursos de Educação Física). Porém, o que é mais importante, no nosso entender, é a completa falta de infra-estrutura básica para permitir o desenvolvimento do esporte com um todo. Não temos sequer uma pista de atletismo. Não temos sequer um ginásio público decente para atender as necessidades das poucas equipes de ponta de Campos.. Isto chega ser vergonhoso. Mas olha só que paradoxo: A Prefeitura de Campos já teve um time milionário (atletas com grandes salários) de basquete masculino e um de vôlei feminino. Essas equipes treinavam em ginásios alugados, faziam a preparação física e técnica em ginásios alugados e jogavam em ginásios alugados. Pagamos caro por essas equipes durante alguns anos. Mudou o governo e acabaram com as equipes. E aí a pergunta que fica: O que essas equipes deixaram para Campos, ou melhor, perguntando, qual foi o desenvolvimento que o esporte campista teve com essas equipes? Acabaram-se as equipes de ponta, não existe atletismo, falo em arremessos, lançamentos, saltos, corridas de pista, acabaram-se essas modalidades em Campos. Isso não é desenvolvimento, concordam? Mas gastou-se e gasta-se muito. No nosso entender Campos precisava estar dotada de infra-estrutura capaz de atender a todos os cidadãos campistas, desde aqueles da área central até àqueles moradores das áreas periféricas mais distantes. Falo em construção de complexos desportivos na baixada, em Guarus, na Região Norte, na Região Sul, além de uma Vila Olímpica nos moldes e padrões internacionais, que seja capaz de abrigar competições internacionais como algumas dos Jogos Pan Americanos. Penso em um total de sete complexos: quatro na Baixada, dois na Região Norte, e um na Região Sul, além, como citei acima, uma Vila Olímpica nos padrões internacionais. Vou mais a frente um pouco nessas minhas sugestões, para não dizer que sonho demais, ou sou utópico. Para se realizar um projeto decente e eficaz para o desenvolvimento do esporte em Campos, com a infra-estrutura necessária que citei, talvez não se gaste muito. As parcerias estão aí para serem consolidadas. Existe empresas que têm dívidas sociais com a cidade (Petrobrás, Águas do Paraíba, empreiteiras diversas, e outras que estão se instalando com incentivos do município). Com um projeto sério e com vontade política tenho certeza que essas empresas gostariam de ajudar, até porque existe incentivo fiscal para empresas que investem no esporte. Ta na hora da Fundação Municipal de Esporte parar de ser “cabide” de emprego e pensar grande. São décadas de atraso, basta olhar os municípios vizinhos e menores em extensão, população (quanto mais gente, mais possibilidade de talentos) e principalmente em arrecadação, como já se encontra Macaé, Quissamã e outros. E não adianta vir com essa que Campos é várias vezes campeã dos JAI, que isso é, para quem entende e quer ver a coisa de forma mais clara, uma tremenda hipocrisia. Comentário de fontes fidedignas afirmam que atletas profissionais de vários esportes, até com passagem em Olimpíadas, de outras cidades são contratadas para representarem Campos. Chega até ser uma covardia com as outras cidades. Aí se usa a mídia para fazer “estardalhaço” em cima da conquista, numa disputa desigual e covarde, ao meu entender. Senhor presidente da FME, meu filho mais velho completou dezoito anos em junho. Sua geração passou sem ver esporte em Campos. Torço e faço votos que os meus (outros três) e os seus filhos não passem pelo mesmo. A responsabilidade é toda sua, enquanto gestor do esporte de Campos dos Goytacazes, uma da mais ricas cidades do país.

quarta-feira, agosto 22, 2007

Garotinho reza por Crivella – buraco ou escopa?

Quem dá a notícia da articulação do ex-governador, que tenta levar o senador-bispo Marcelo Crivela para o PMDB para ser o candidato do partido a prefeito do Rio de Janeiro é o blog do Gadelha. Leia aqui. Ele é publicitário, já fez muitas campanhas políticas. É sempre bem informado sobre os bastidores da política no estado. Apesar de muitos dizerem que Lula tem conversado com Cabral na tentativa de achar um candidato comum para eles, Gadelha diz que o PT deve ir para a eleição com o candidato Alessandro Molon.

Por outro lado, o jornalista, Ancelmo Gois, informa aqui em seu blog que continua em andamento, a negociação entre Cabral e César Maia, na tentativa de encontrar um candidato comum, só não se sabe por qual partido.

A eleição do Rio parece um jogo de buraco onde as cartas, com canastras ou não, ainda não foram colocados sobre a mesa. Diante disto, resta saber quem vai pegar o morto. Por favor, não façam interpretações apressadas e levianas sobre o buraco dos outros. Falo do jogo de cartas. Sem maldades. Nesta linha de jogo de cartas, este blog pensa que o jogo apropriado para comparar com a eleição de Campos, talvez fosse a escopa de quinze. O que você acha?

Esses filhos...

Esta charge do Bira foi repassada ao blog pelo professor Hélio Gomes:

Carretas paulistas de transporte cana infernizam ainda mais nossas estradas

O grupo José Pessoa que hoje é arrendatário da usina Santa Cruz trouxe para Campos, alguns caminhões-carretas que estão infernizando o tráfego nas rodovias da região. Com placas de São Paulo, os caminhões com quatro carretas e mais de 30 metros de comprimento que transportam cana, dos canaviais para a usina na localidade de Santa Cruz chegam a produzir filas de quilômetros de veículos que não conseguem ultrapassar estes veículos em nossas rodovias de mão única. Devido, ao peso que puxam, ao número de carretas, os motoristas, mesmo nos poucos lugares onde têm terceira faixa, não têm como jogar o veículo pesado para a direita. Ele joga muito de um lado a outro e com isso torna-se mais um problema, para a já grave situação de nossas rodovias. Olha que o plantio este ano ainda foi pequeno diante do que se projeta para o futuro próximo a partir do crescimento do mercado do etanol. Tenho a impressão, de que em São Paulo, estas carretas não têm autorização para trafegar neste tipo de rodovia.

terça-feira, agosto 21, 2007

A estranheza dos números

Mesmo que a Antt (Agência Nacional de Transportes Terrestres) já tenha argüido, a Ferrovia Centro-Atlântica (FCA) de que seu contrato de concessão junto ao governo federal, para transporte ferroviário na região de Campos, não possa ser rompido unilateralmente, este blog insiste que há algo além, nesta suspensão. Como já foi falado, até a suspensão, feita a cerca de quarenta dias, a maior parte do transporte feito pela FCA era de combustíveis. Na semana passada, o Centro de Estudos em Logística da Coppead-UFRJ (Instituto de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração da Universidade Federal do Rio de Janeiro) divulgou a pesquisa “Custos Logísticos 2006” que entre outros dados divulgou que o preço do frete com os trilhos “é seis vezes mais barato que o das rodovias”. O estudo informa que o custo de cada mil quilômetros de carga transportada pelas ferrovias, mesmo passando de R$ 36 em 2004, para R$ 40 em 2006, é bem mais vantajoso, que o meio de transportes por caminhões, cujo custo subiu de R$ 214 em 2004, para R$ 248 em 2006. O aumento na circulação de caminhões que transportam o combustível para a região, que hoje já substituem os trilhos, pode também, estar por trás do significativo aumento do número de acidentes em nosso trecho da BR-101, mesmo que os veículos envolvidos não sejam diretamente os caminhões de combustíveis. Bom lembrar que o volume que era transportado nas ferrovias que agor veio para a BR-101 é de aproximadamente 30 milhões de toneladas por ano.

Talento campista

Nasceu na esquina das ruas Silva Pinto com Pedro Tavares perto da Dr. Beda. Menino franzino de mãe dedicada que era professora e orientadora das crianças que precisavam de aulas particulares naquela região. Cedo tomou gosto pela música. Antes manipulou outros instrumentos na Escola Técnica Federal. Por lá estudou mecânica e se transformou em técnico que dava apoio aos professores dos laboratórios de ensaios.

Depois se aprofundou noutros instrumentos formando-se no curso técnico de Instrumentação, cujos conhecimentos acabou levando-o à condição de professor. Outros instrumentos serviam mais ao lazer e ao deleite da alma que ao bolso que a docência lhe oferecia. Trabalhava com gosto enquanto se aprimorava também noutros instrumentos.

Em 1994, quando cheguei à condição de diretor da então Escola Técnica, provoquei o ambíguo instrumentista a misturar seus ofícios de trabalho. Aceitou iniciar um projeto de música às segundas-feiras, na hora do almoço. Tínhamos em mente o que se fazia nas universidades do Rio de Janeiro de onde eu vinha recentemente e para onde ele pretendia partir.

Daí a se oferecer para atuar como docente de música nas oficinas de violão no Centro de Artes recém-inaugurado foi um pulo. Até que um dia bateu à porta do gabinete da direção. Estava circunspeto, tenso. Perguntei o que o amuava e ele respondeu: “quero uma licença da Escola. Vou tentar seguir a carreira que gosto no Rio”.

Nossa conversa prosseguiu amena e leve, porque mesmo com a responsabilidade de resolver os problemas de uma escola, senti um dos poucos e bom gosto do poder, que é o de dar o direito de apostar em pessoas e talentos.

Estávamos num período de transição de currículos, com certa folga nas cargas horárias dos professores. Lembro que ainda falei que imaginava vê-lo conciliar sua condição de professor com a de músico no próprio Cefet.

Há cerca de um ano encontramo-nos novamente nos corredores do Cefet. Convidou-me para um evento com o Roberto Menescal que seria a provocação para a instalação de um curso de formação em nível profissional, talvez superior em tecnologia da música ou algo parecido cuja idéia ainda estava sendo gestada, segundo ele, fruto da junção e do interesse que lhe falara em oportunidade pretérita.

Um dos autores da Bossa Nova tinha se encantado coma idéia e aceitara vir dar seu apoio. Estava mais feliz que nunca. Já era profissional respeitado como músico no Rio de Janeiro. Participava da gravação de diversos cantores famosos e, além disso, fazia carreira solo em eventos na capital cultural do país.

No evento do Cefet falou quase que de igual para igual com o Menescal. Fiquei duplamente feliz, com seu sucesso e com o interesse que ainda mantinha em juntar coisas quase tão irreconciliáveis, mesmo sendo hoje o Cefet Campos, um instituto de múltiplos cursos de variados níveis e interesses.

Pois bem, fim de semana passado, depois de uma sexta-feira de compromissos no Rio de Janeiro, passando os olhos no caderno de programas culturais do JB vejo que na casa de shows mais conhecida do Rio estava em cartaz, uma artista cujo show nunca assistira.

Depois de uma ginástica de última hora, eu e Ildinha estávamos assistindo Maria Betânia. Um belíssimo e poético show com casa lotada, prestigiado por artistas e gente importante. Para nós, o prazer de ver entre os sete membros da banda, Rômulo Gomes, o nosso Rominho que há mais de seis anos ocupa este espaço e que hoje, até pela sua posição no palco e pela sua performance no baixo e na corda acústica (acho que este o seu novo instrumento – tipo um violoncelo pequeno de apenas quatro cordas e som grave) mostrou que o caminho se faz caminhando. Com isso, o blogueiro ganhou o final de semana e o direito de, mais uma vez recordar aqui em palavras, as situações e pessoas que valeram a pena.

PS.: Quando o YouTube voltar ao normal o blog postará um pequeno trecho do show Rominho in Bethânia.

segunda-feira, agosto 20, 2007

Boicote aos produtos Philips no Piauí

A declaração do presidente da Philips do Brasil, Paulo Zottolo em entrevista ao Jornal Valor Econômico na quinta-feira passada, dia 16/08, de que no Piauí "tanto faz como tanto fez" está repercutindo cada vez mais tanto na grande rede, quanto em todo o Nordeste, especialmente no Piauí.

O professor Hélio Gomes enviou um e-mail para este blog informando que o Grupo Claudino, dono do Armazém Paraíba, que é considerado, o quinto maior cliente da marca "Philips" no país aderiu à campanha de boicote aos produtos da empresa holandesa. Por lá, a internet, que para espanto de outros tantos também existe e funciona, dá força:

“A repercussão do assunto, iniciada no site 180graus.com e depois levada para os outros meios de comunicação local e nacional, fez com que alguns leitores do Maior Portal do Piauí criassem a campanha "Não compre Philips". Fizeram comunidade no orkut, blogs e até sites especializados sobre o assunto”.

Desta forma, o Grupo Claudino decidiu retirar todos os produtos da marca 'Philips' das prateleiras do Paraíba. São aparelhos de televisão, DVD, câmeras filmadoras e fotográficas, enfim. O Paraíba não vende mais 'Philips' e lançou à imprensa o seguinte manifesto: "Respeito é bom e o Piauí gosta”
.

Veja na imagem abaixo a manchete do jornal O Dia de Teresina no Piauí:
PS.: Para ver a imagem em tamanho maior, clique sobre ela.

Bacana - II


A foto do Jorge William na primeira página do jornal O Globo dispensaria a necessidade de palavras. Este blog apenas reforça a nota "Bacana" postada abaixo. Sensacional a foto e a mensagem destes jogos. Repito: Bacana!!!

Avenida Alberto Torres: mais casas para a prefeitura

Depois da desapropriação de uma casa para ser a sede da secretaria de Meio Ambiente de Campos, agora outra casa, entre o ex-Fórum (agora Câmara Municipal de Campos) e a rua Álvaro Tâmega, exatamente o número 372 da avenida Alberto Torres é também desapropriada, para ampliar a secretaria municipal de Saúde de Campos. O Ministério Público deveria acompanhar de perto o valor destas desapropriações que não são publicadas no Diário Oficial do município, no jornal Monitor Campista.

Prefeitura rica é a maior adquirente de imóveis da cidade. Tem imobiliária da idade que se especializou em negociar, aluguéis e vendas de casas e terrenos para a prefeitura da cidade. De outro lado, seria bom que a qualidade do atendimento de saúde para a população melhorasse, ao invés de cada vez se criar mais e mais programas, que já somam quase trinta, que acabam demandando mais espaços, servidores, instalações, telefones, computadores, etc. Veja abaixo o novo decreto de desapropriação, assim como a foto do imóvel que foram providenciadas pelos parceiros deste blog.



PS.: Para ver as imagens em tamanho maior clique sobre elas.

Plantando bom exemplo

Aimorés é uma cidade pequena, sem características especiais que acaba fazendo a gente pensar: como alguém pode gostar de morar naquele lugar? O nascimento das cidades não é algo programado. Algumas poucas são planejadas como Brasília, Goiânia e outras poucas que nascem ao redor de grandes empreendimentos. A maioria tem uma ou mais razões históricas e geográficas que determinam seu nascer e crescer. No caso específico Aimorés cresceu e foi mudada quando tiraram o curso do rio Doce de dentro da cidade para alimentar a barragem de uma hidrelétrica. Este é um dos parágrafos do artigo com o mesmo nome da nota publicado na sexta-feira na Folha da Manhã. Acabei de postá-lo na seção ao lado “Meus últimos artigos”. Se desejar ler na íntegra clique aqui.

Goytacaz 95 anos

Hoje o Goytacaz comemora seu nonagésimo quinto ano de vida. Criado em 1912 por Antônio Caramuru, Álvaro Nogueira, Adelino Laranjeira, Deodoro Camargo, Estevão de Almeida, Heitor Caramuru, João Cunha, Jaime Rego, Manoel Patrão, Roberto Melo, Rudá Martins, Valfrido Freitas e outros, apenas em 1953 passou para a categoria profissional.

O primeiro título do Goytacaz veio dois anos, em 1914, depois do surgimento do clube e coincidentemente no ano da criação do seu maior rival, o Americano. Para comemorar a passagem, o vice-presidente eleito Josélio Rocha convida para missa que será realizada hoje, às 19hs na Igreja Santa Efigênia, na esquina das ruas Formosa com Ouvidor. Logo após, Josélio também avisa que haverá, a posse da nova diretoria, no prédio do Sindicato dos Trabalhadores em Saneamento (ex-Cedae) ao lado da igreja. Parabéns ao clube e sucesso para a nova diretoria é o desejo do blog e da imensa torcida do Azul da rua do Gás.

domingo, agosto 19, 2007

Fusca Carambola

Em uma das esquinas do Rio, a esposa do blogueiro, Ildinha que também fez os registros fotográficos da visita de Lula a Campos, flagrou o carro psicodélico.



Recado das ruas

Este blog já citou aqui, o que chamou de "blog de rua" que há no Rio, no estilo do que faz o quadro do Irajá Carneiro, na rua Formosa, em frente ao seu ponto comercial, em Campos. Lá são cartazes colocados, todos os domingos, logo cedo, no asfalto da pista, que neste dia é cedida, para caminhadas e lazer, na praia de Ipanema.

Hoje, o tema dos cinco recados “postados” nos cartazes que detinham a atenção de um bom número de pessoas, era sobre a crise aérea. Dava conselhos ao Ministro Jobim, propunha que ele acerte algumas coisas e depois pule fora porque “cada macaco em seu galho”, etc.

Infelizmente o blogueiro estava sem uma das suas maquininhas para fazer o registro fotográfico. A foto ao lado foi feita há mais de dois anos atrás, quando este blog postou os comentários lá registrados, sobre a anulação da eleição de Campos. Está aí apenas, para ajudar o leitor a identificar, a forma da exposição das idéias do autor anônimo desta manifestação.

Hoje, um destes recados expostos havia um que este blogueiro guardou o sentido, podendo até trocar algumas palavras, mas sem mudar, o sentido da frase. Ele dizia: “Apurar as causas do acidente da TAM é necessário, porém, é cretino usar a dor dos parentes das vítimas para fazer política. Não cansei!”

Você sabe onde fica Quimbira?

Está aí outro exemplo do que falei abaixo. No mesmo dia, em outro e-mail recebi um pedido de uma pessoa cuja família é oriunda de Campos. O interlocutor disse que sua avó falava muito de Quimbira e isso fez nascer o interesse de conhecer mais detalhes das suas origens. Disse também que a família tem registro de Vila Nova, mas achava que Quimbira era próximo a Dores de Macabu. Ele (que não vou citar o nome porque preferiu o e-mail, ao invés do espaço de comentários no blog) disse que localizou o blog na internet tinha gostado dos artigos e aproveitou para fazer estas perguntas. Para os curiosos explico que Quimbira é uma localidade que fica na divisa dos distritos de Ibitioca (10°) e o de Dores de Macabu (11°). Quimbira fica perto de outros povoados rurais como Elesbão, Sabiá, Laranjeiras, São Marcos, Monteiro Silva, Retombam, Timbira, Urubu, Sentinela e por aí vai...

Veja o que faz a rede

As pessoas que usam esta grande rede pegam uma ponta aqui emendam com outra ali e ...
Vez por outra este blog recebe comentários ou e-mails de gente que o acompanha dos mais diferentes lugares do Brasil e do mundo. Veja aqui um texto postado pelo Afonso Junior, de Porto Alegre. Afonso possui um interessante blog "Overmundo" onde comentou a nota abaixo sobre a repercussão da visita de Lula a Campos e fez um texto “Palhaços e planaltos – apenas um lado” que você pode ler clicando aqui.

sábado, agosto 18, 2007

O Goyta começa mal

Este blogueiro não pode ver a estréia do Azul no Arizão. Com um gol nos últimos quinze minutos o Guanabara venceu por uma a zero. Segundo meu sobrinho Igor, o time até com bons jogadores mostrou que precisa de treinamento. A torcida em bom número tem esperanças de que acertando o passo é possível chegar entre os quatros primeiro do grupo e obter a classificação nesta primeira fase. A torcida cumpre seu papel.

Dá-lhe Goyta

A torcida do Goytacaz gosta mesmo é de ver o time jogar. Vendo a empolgação dos torcedores do Azul que encontro percebo, que o fato da anulação da Seletiva de 2006 ter sido anulada, já é coisa do passado. A empolgação está toda no novo time, que quase ninguém conhece, e que vai estrear hoje às 15 horas contra o Guanabara. Todos ao Arizão mostrar porque o Goyta é o time de maior e mais apaixonada torcida do interior do nosso estado.

Para reviver a empolgação da Seletiva passada, este blog posta ao lado, a foto que correu a internet e chegou a redações de diversos órgãos de imprensa fora de Campos. Ela foi feita de um ângulo inusitado, da arquibancada para o campo, no jogo contra o Bangu no dia 18de novembro de 2006 pelo returno da Seletiva do ano passado. Dá-lhe Goyta!

Bacana

Eu era ainda pequeno, mas já gostava de ouvir rádio. Nesta época recordo-me de que na Campos Difusora fazia sucesso um disk-jóquei, que hoje viraram DJ e fazem outra coisa, Carlos Galvêas. Apresentava um programa de entretenimento, no período da tarde que era um sucesso. Tinha distribuição de brindes e participação dos ouvintes por rádio, que era uma inovação para a época, quando houve uma significativa expansão de telefones na cidade. Nesta época não se cobrava por pulsos o que permitia um uso excessivo. Participação em programas e trotes era moda entre adolescentes. Nesta época Galvêas criou um jargão que fez sucesso. Ele estivava a palavra usada para elogiar pessoas, situações dizendo: bacaaaaaana! Acabei de lembrando disto tudo quando pensei, no título desta nota, que na verdade quer dizer da sensação de ver os atletas para-olímpicos competindo. O esforço de superação das deficiências de diversas ordens é um verdadeiro tônico, para quem vive reclamando da vida. Este evento, mais do que propiciar atividades e estímulo a estas pessoas que só agora começam a ter acessos a direitos antes relevados, com a chamada acessibilidade, a competição é uma verdadeira injeção de ânimos para que todos se esforcem em superar as dificuldades. Relembrando Galvêas repito: o Para-Pan é bacaaaaana!

Voltando e encerrando o assunto da visita de Lula a Campos

1) Estranho o fato do protocolo presidencial não incluir a execução do hino nacional na cerimônia. Bom lembrar que todo o cerimonial é de responsabilidade da equipe da Presidência da República e não do Cefet Campos; 2) Vi, registrei e agora lembrei de trazer para os leitores do blog: do meu lado na assistência da cerimônia um rapaz, melhor um senhor, mais ou menos da minha idade (difícil admitir isso) que eu não conheço. Estava de terno. Antes da chegada do presidente à Uned Guarus ele falou com alguns dos membros da equipe de apoio presidencial. Não falou com mais ninguém. Quando terminou a cerimônia Lula fez sinal do palanque que iria descer até o espaço destinado às autoridades locais e a outros convidados da direção do Cefet e da Presidência da República. Descendo ele veio em nossa direção onde tive a oportunidade de apertar a mão do presidente, desejar-lhes sucesso neste segundo mandato. Logo depois, o presidente Lula falou com o senhor barbudo, de terno, que disse que estava ali indicado por uma pessoa que eu, não ouvi o nome. Não fez pedidos, apenas disse assim: “nós lá estamos orando muito por você, todos os dias, fique com Deus. Se abraçaram e Lula agradeceu e foi embora. Atrás do presidente estava o governador Sérgio Cabral que ouviu o que foi falado pelo senhor de terno. De rosto espantado, sorriu quando ouviu sobre a prece. Fez um sinal com o polegar e também cumprimentou o homem agradecendo e seguiram falando com outras pessoas. PS.: Os incrédulos podem até querer ler nas entrelinhas das palavras do homem de terno, uma mensagem cifrada. Outros podem pensar, como é interessante, numa solenidade onde homem disputa espaço com outros, disputa cumprimentos e outras coisas para mostrar poder, um homem vir garantir ao presidente que está orando por ele. Haverá também os que dirão, o discurso do presidente está meio messiânico e ele, cada vez mais cativando este conjunto de pessoas. O blog apenas lembrou de trazer este registro para você que interpretará o que quiser dele.

sexta-feira, agosto 17, 2007

Agências reguladoras

O debate sobre a necessidade e sobre o papel das agências reguladoras é interessante. No Brasil ela surgiu com o PSDB que as considerou necessárias, como instrumento de controle da prestação dos serviços públicos que eles entregaram para as empresas privadas. Hoje, passado alguns anos, começa-se a ter uma visão mais ampla da necessidade de se organizar o estado. Se por um lado é impossível para o poder executivo prestar todos os serviços que o cidadão demanda, o que continua a abrir brechas para as parcerias público-privadas, não há como se abrir mão de órgãos reguladores para estabelecer regras, definir metas e fiscalizar a prestação destes serviços. Verdade que as atuais agências reguladoras a nível nacional e mesmo dos estados, ainda carecem de uma atuação competente e ágil para o cumprimento desta sua obrigação. Sendo assim, o debate parece ser mais como regular a regulação do que acabar ou entregar novamente ao executivo o papel de fazer, regular, fiscalizar e punir. Pulando do macro nacional para o micro municipal pode-se imaginar o que poderia ser feito por um órgão regulador dos serviços públicos que estão sendo executados por empresas privadas. Este é o caso do transporte público, da água e esgoto e também de alguns setores de infra-estrutura. Não. Este blog não está propondo aumentar, a já enorme máquina, com a imensidão de servidores que tem. Apenas pensa alto sobre as necessidades de controle dos serviços públicos para um melhor atendimento ao cidadão. No nosso caso é difícil imaginar que a Câmara Municipal possa exercer o papel de fiscalização que lhe cabe sem que seja em reuniões a portas fechadas com os gestores.

Lula em Campos II

Nem meia dúzia e nem uma multidão. Sobre a nota postada abaixo.

Lula em Campos II - Nem meia dúzia, nem uma multidão

Nem os que vaiaram Sérgio Cabral seria exatamente, uma meia dúzia de alunos da Uenf que reivindicavam bandejão para a universidade junto, com mais alguns poucos do sindicato dos servidores públicos federais e nem uma centena e muito menos, uma multidão. A verdade é que foram muito poucos em relação à imensa maioria que foi aplaudir, ou apenas prestigiar a inauguração e ouvir o presidente Lula. Este blog mostrou abaixo a reação de Lula aos apupos que considerou que foram enviados ao governador Sérgio Cabral. Quando o YouTube ficar disponível para baixar vídeos, este blog disponibilizará outro vídeo que mostra, por outro lado, a reação quando o presidente começou a discursar que pareceu espontânea e natural de gente que chegou cedo, ficou sob o sol e estava satisfeita por ver o presidente de perto. O presidente gostou de vir a Campos. O ministro da secretaria geral da Presidência da República, Luiz Dulci que acompanha o presidente em quase todos os lugares, confessou a algumas pessoas, que o presidente estava alegre e solto em Campos, como só costuma ficar nos melhores momentos.

quinta-feira, agosto 16, 2007

Lula em Campos

Lula menospreza o pequeno grupo de manifestantes.

Esta o blog deixou para você colocar a legenda...

A presença popular na visita de Lula

Havia um pequeno grupo com apitos e nariz de palhaço se manifestando democraticamente contra, mas a imensa maioria dos presentes era simpática à presença de Lula, com um grupo significativo cantando o refrão da sua última campanha presidencial. Lula também falou que agora está mais fácil trabalhar com o estado do Rio de Janeiro porque o governador não fica pensando na outra eleição: "ele quer o melhor para o seu estado". Lula disse ainda : "que com os governantes de antes eles só queriam brigar, era muito ódio".





O personagem da visita de Lula


Olha aí o Rogério Menezes com a filha. Ele tem 29 anos voltou a estudar no Curso Técnico do PROEJA, Programa de Formação de Jovens e Adultos implantado pelo atual governo na Unef de Guarus. Trabalha como eletricista e tem pretensões de chegar até a Engenharia no Cefet no que foi estimulado pelo presidente Lula.

Flashs da visita de Lula a Campos

O evento durou um pouco mais de uma hora. Lula se emocionou com o discurso do jovem Rogério Menezes que representou os alunos. Com 29 anos família constituída e filhos Rogério voltou a estudar e disse ter sonho de fazer Engenharia Elétrica no Cefet. Seu discurso emocionou o presidente Lula que ouviu atentamente toda a fala de Rogério e durante algum tempo olhou no vazio para o público como que a lembrar de sua trajetória.

Em seu discurso Lula fez questão de resumir a sua vida para aconselhar a Rogério para ele aproveitar as oportunidades que a vida está lhe dando. O presidente pediu ao governador Sérgio Cabral para levantar e durante boa parte do seu discurso os dois, presidente e governador escoltaram Rogério que assim virou a personagem maior da visita de Lula a Campos.





Assista aqui na internet a inauguração da Uned Guarus

O sistema de transmissão já está no ar. Você dá o seu nome, cadastra seu e-mail e tem acesso às imagens geradas diretamente da Uned de Guarus em Campos. Clique aqui e assista a todo o evento.