segunda-feira, maio 09, 2022

Governo militar usa infraestrutura cibernética para manutenção do projeto de poder

Em 2018 a sociedade quase não identificou a presença dos militares nas redes sociais e na eleição de Bolsonaro. As redes eram coisa do filho Carlos. A pressão pelo impedimento de Lula concorrer e ser preso foi atribuído só ao twitt do general Vilas Boas. Não se percebia até então, o papel do CDC Exército.

O Centro de Defesa Cibernética (CDC) do Exército teve seu orçamento multiplicado 5X ainda em 2019, por Bolsonaro. Assim, se passou a desconfiar que o segredo/agradecimento do PR a Villas Boas na posse de que iria levar para o túmulo, ia bem além do twitt.

Desde 2019, mais de 7 mil militares foram para o governo. E paulatinamente, passamos a saber que: a) 1- O CDC opera uma rede paralela de internet que se cruza à que nós mortais (paisanos) usamos; b) O CDC passou a operar em conjunto c/ GSI e em busca de softs espiões e desconfia-se que também em impulsionamentos de perfis políticos de direita e de autoridades e políticos do governo militar.

O GSI e o CDC operam de forma sigilosa protegidos por lei. Em termos eleitorais, não é preciso atingir 100% dos eleitores. Pacotes de publicidade direcionada das Big Techs, podem facilmente separar, entre os que usam as redes sociais, os 43% de Lula e os 30% de Bolsonaro. Sobra no foco restante, cerca de 1/4, se tanto.

Filtrando ainda mais, é só "buscar" quem no 2º turno de 2018 votou Bolsonaro e que agora está voltando para Lula ou ainda está em dúvida. Aí se chega a essa franja de uns 15% no limite entre uma e outra opção. Com espionagem contra coordenação de campanha do adversário se pode chegar ainda mais perto do perfil desejado. Ao juntar e recuperar essas pontas do novelo se chega a parte da estratégia para a batalha cibernética de 2022.

Além de atuar em duas direções: espionagens e impulsionamentos, essa articulação das autoridades militares de instituições governamentais protegida por sigilo, os generais buscam alcançar votos para seu candidato dos generais. Se estes continuarem insuficientes, continuarão a desacreditar as urnas, o TSE e o STF para tentar anular vitória oposicionista representada por Lula.

Esse processo está em curso. Por um lado, não é interessante divulgar esse tipo de análise, porque vai na linha de uma das 3 estratégias eleitorais dos generais de ameaçar e amedrontar parte da sociedade deixando no ar uma sensação de risco de caos e necessidade de ordem.

Porém, de outro lado, a sociedade brasileira precisa de vacina em defesa e garantia da "Democracia" e "Soberania" popular.

Um comentário:

Eduardo disse...

Parabéns pelo blog e conteúdo