sábado, novembro 10, 2012

LLX confirma que plano da siderúrgica chinesa Wisco se instalar no Açu não está garantido

O blog já havia comentado sobre isto aqui no dia 18 de maio de 2012, aqui no dia 26 de outubro de 2012 e também aqui no dia 4 de novembro de 2012.

Nesta quinta o Estadão replicou informação da Reuters:

"Planos de siderúrgica no Brasil da Wuhan estão adormecidos--LLX"
08 de novembro de 2012 | 20h 15
JEB BLOUNT - Reuters

"Negociações entre a chinesa Wuhan Iron & Steel e a brasileira LLX sobre a construção de uma siderúrgica com capacidade de 5 milhões de toneladas por ano no porto brasileiro de Açu estão "adormecidas", disse a controladora do porto à Reuters nesta quinta-feira.

A Wisco, como é conhecida a quarta maior siderúrgica chinesa, e a operadora brasileira de portos LLX há meses não se reúnem, disse o diretor de Relações com Investidores da LLX, Filipe Mello. O nome da Wisco também foi removido de planos para o porto incluídos na apresentação da LLX a investidores.

A LLX, controlada pelo bilionário Eike Batista, faz parte do grupo carioca de Eike, o EBX.

A siderúrgica da Wisco, avaliada em 5 bilhões de dólares e que devia originalmente dar início a operações em 2012, seria o maior investimento chinês no Brasil da história. A instalação era uma importante parte de um plano de desenvolvimento industrial no Porto de Açu, cerca de 320 quilômetros ao norte do Rio de Janeiro, que inlcui um terminal de exportação de minério de ferro, um estaleiro, usinas de geração de energia e acesso a ferrovias.

"A Wisco nunca nos disse que havia cancelado seus planos de construir a siderúrgica e já negou rumores de que ela abandonaria o projeto", disse Mello. "Não conversamos recentemente, entretanto, e há algum tempo nos reuníamos diariamente para planejar".

A LLX removeu o nome da Wisco de suas apresentações porque agora tem uma política de apeas incluir os nomes das companhias que firmaram contratos para construir no local do porto, disse Mello.

O acordo entre a LLX e a Wisco era apenas um memorando de compreensão, acrescentou.

Executivos da Wisco na China não puderam ser contatados fora do horário comercial.

PREOCUPAÇÃO COM FERROVIA
A Wisco tinha certas preocupações com a adequação do local do porto de Açu, disse Mello. Enquanto a Anglo American vai transportar minério de ferro de seu projeto de mineração em Minas Gerais através de Açu, a Wisco queria conseguir seu minério da MMX, controlada por Eike. A Wisco detém uma participação de 16 por cento na MMX.

Adquirir minério das minas da MMX exige a reconstrução de uma ferrovia de 300 quilômetros entre o porto de Açu e o terminal de minério de ferro da MMX, a sudeste do Rio de Janeiro.

A ferrovia, que deve passar por processo de licitação no ano que vem pelo governo federal brasileiro, não deve ficar pronta até pelo menos 2015, disse Mello."

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