quarta-feira, março 02, 2005

Bom e mau exemplo – mais pressão sobre os royalties

A “Época” revista semanal trouxe extensa reportagem intitulada “Aqui jorra dinheiro” feita pelo jornalista Walter Nunes, questionando o uso do dinheiro dos royalties por parte dos prefeitos das cidades contempladas com estes recursos. A reportagem relaciona as dez cidades com maiores orçamentos per capita do país. Todas são detentoras da finita receita dos royalties. Da nossa região estão citadas as prefeituras de Quissamã, Rio das Ostras e Carapebus como primeiro, segundo e quinto orçamentos per capita, respectivamente, dentre os dez maiores do país. Estudo idêntico já havia sido divulgado tanto pela UCAM-Campos como pela Ong Cidade 21. A reportagem cita ainda uma única exceção, na interpretação da reportagem, como boa aplicadora destes recursos, a prefeitura de Quissamã. Na mesma linha o jornal capixaba “A Gazeta” de 20 de fevereiro traz reportagem de duas páginas inteiras na área de economia com o seguinte título: “Falta de controle é risco para o dinheiro do petróleo”. Outros subtítulos mostram o tom da reportagem: “Recursos que deveriam ser aplicados em infra-estrutura têm outras finalidades”; “Suspeição no TCES”; “Aplicação das verbas agora será fiscalizada”; “Audiência pública em março vai questionar uso de dinheiro em festas”. Parece que o mau uso destes recursos vai fazendo escola pelo país afora com raríssimas exceções. No Espírito santo os municípios que receberam mais royalties em 2004 foram: Linhares: R$ 16,17 milhões; São Mateus: R$ 14,6 milhões; Presidente Kennedy: R$ 9,64 milhões; Jaguaré: R$ 6,38 milhões; R$ Aracruz: R$ 5,47 milhões e Itapemirim: R$ 4,63 milhões.

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