terça-feira, março 22, 2005

Dá-lhe César!

A pesquisa realizada entre os dias 10 e 14 de março pelo IBOPE trouxe alguns dados novos. Não com relação aos índices de aprovação ou reprovação de Lula e do seu governo. Neles, as alterações são pequenas e obedecem às curvas normais desta época do ano. A surpresa é a ascensão de César Maia nas três simulações feitas pelo instituto, sobre as intenções de voto dos pesquisados para a eleição de presidente da República. A análise: - Lula varia nas três simulações de 39% a 43% e tem o seu menor índice na disputa com José Serra que alcança 27%, vindo a seguir César com 8%; - Na simulação com Alckmin, César fica empatado em segundo junto com Garotinho em 12%; - A maior surpresa é no terceiro cenário onde o nome do PSDB é Aécio Neves. Nesta simulação, César fica em segundo, com 13% na frente de Garotinho que alcança 12%, embora nesta simulação Lula alcance seu melhor desempenho com 43% ganhando no primeiro turno; Vê-se com isso, que o eleitorado do PT está cada vez mais próximo do PSDB; - Outra observação César Maia não fica atrás de Garotinho em nenhuma simulação, só em uma ele empata, nas demais se situa na frente do consorte da governadora; - A situação de César pode ser explicada pela sua grande exposição no programa do PFL, mas, também pode ter relação com o que pode ser chamado de - tentativa de polarizar com Lula no caso da saúde no Rio de Janeiro; é possível que a posição dúbia adotada por César diante do episódio da saúde, ele que sempre se guia por pesquisas, César tenha percebido que perdia algum espaço no eleitorado do Rio de Janeiro, do qual tem condições de recuperar lá adiante, mas ganha em projeção no resto do país; se foi este o raciocínio, foi um lance arriscado demais e de conseqüências ainda a ser medida. Esta avaliação, antes mesmo do IBOPE revelar seus números, já era levantada pelo professor Hélio Gomes. Aguardemos os próximos fatos. Ainda não li as análises feitas pelos verdadeiros analistas. Aqui é só um arremedo de quem tenta observar com mais profundidade o jogo da política.

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