terça-feira, setembro 10, 2013

"Mãos limpas"

Do jornalista Mauricio Dias, em sua coluna semanal "Rosa dos ventos" na revista Carta Capital:

"Mãos limpas"
"A exemplo do Partido dos Trabalhadores, de cuja costela nasceu o Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), quanto mais mergulha no mundo político, mais, encontra dificuldades para crescer e tomar o poder aqui e ali. Há exceções exuberantes ao longo desse processo inescapável. É o caso do deputado estadual Marcelo Freixo, que disputou a eleição para a prefeitura do Rio de Janeiro e arrancou, com todas as dificuldades de recursos, quase 1 milhão de votos. Conformar-se com a posição de esquerda denunciando as mazelas da sociedade não é o suficiente. A questão é como avançar sem sujar as mãos?"

3 comentários:

douglas da mata disse...

Eu fico em dúvida:

Aplicar a estes bobocas do piçol a mesma cobrança que apresentam aos outros?

Afinal, o caso de Macapá, com a aliança com o demos, e agora, o problema da jandira (rocha) são sinais claros de que, bem mais rápido do que se imagina, o piçol anda revelando suas contradições, e pior, sua enorme hipocrisia...

Não é salutar ao sistema político queimar o piçol na mesma fogueira que têm alimentado durante estes anos.

É engraçado assistir estes vestais se complicando com estes pecadilhos...

Mas ainda mais interessante é ver como se portam como ratos, isolando a deputada, ao invés de enfrentarem a realidade, e trabalharem com ela...

Anônimo disse...

Mas Douglas: Há como avançar em algum partido sem sujar as mãos?

douglas da mata disse...

Pessoalmente, ou seja, dentro de uma perspectiva particular, é possível fazer política sem "sujar as mãos".

O problema é que o assédio do capital sobre a Democracia não deixa opções, mesmo que juridicamente legais, o que importa pouco no final.

É a metáfora da água que geralmente utilizo:

Não importa a população que a água de um reservatório seja canalizada para piscinas dos ricos, ainda que todas as formalidades legais estejam satisfeitas, enquanto a maioria morre de sede.

Você perguntará, mas não é possível levar a água aos pobres sem "vazamentos"?

Neste sistema de financiamento de campanhas, sob esta formatação judicialista das eleições, creio que não...

O capitalismo é um sistema econômico que mobiliza todo o processo político para satisfazer sua necessidade permanente de acumulação, o que sempre apresenta dilemas "imorais" aos gestores dos impostos.