quarta-feira, julho 29, 2020

Entrevista sobre Capitalismo de Plataformas na TV 247 para ampliar o debate sobre o tema

Atendendo um convite do Leonardo Attuch, da TV 247, estive nesta quarta (29 jul.) conversando ao vivo sobre as várias dimensões do "capitalismo de plataformas" que ampliou sua potência nesse período pós-pandemia. 

As "Big Techs" realizam uma hiperconcentração jamais vista no capitalismo. Apenas a Apple ou Amazon, duas delas possuem valor de mercado maior que o PIB do Brasil.

O plataformismo é muito mais do que tecnologia e está modificando o Modo do Produção Capitalista, também se concentra espacialmente, nas sedes das Big Techs, onde controla os acesso às veias digitais, com interesses geopolíticos e de esforço para manutenção da hegemonia dos EUA.

O tema possui várias dimensões de análise para além daquela, que agora na pandemia, se tornou mais visível e repugnante, que é a do trabalho precarizado e da exploração dos trabalhadores de aplicativos, sem direitos e registros, que no Brasil estão hoje em torno de 5 milhões, entre eles os entregadores.

Além da dimensão do trabalho, da individualização, da falsa suposição do sujeito-empresário (trabalhador por demanda da GIG Economy ou Economia sob Demanda), devemos observar a dimensão econômica da hiperconcentração (e centralização espacial das plataformas-raiz); dimensão da financeirização, das startups e da appfifcação; dimensão cultural das redes (societal e comunitário); dimensão espacial, geoeconômica dos lugares escolhidos e dos lugares abandonados e a dimensão da política e da tecnopolítica que avança assassinando a democracia liberal ocidental.

A entrevista e a apresentação do tema que segue sendo desenvolvido em pesquisa em curso tem o objetivo de ampliar o debate:

Um comentário:

Unknown disse...

Maravilha , vou assitir !