sábado, dezembro 02, 2006

O jardineiro fiel

Não se trata do personagem daquele belo filme. O nosso jardineiro não exercia o ofício apenas nas horas vagas. Era profissional. Profissional, sem perder a ternura pelas plantas com quem diziam que conversava. Imagino que Deus faz festa quando chega no Céu um jardineiro. Deve ser por isso, que sempre chove nestes dias, como ocorreu ontem, quando levamos em sua partida, as flores que o Sr. Benedito dos Santos nos dava diariamente. Deve ter ido florir outros jardins. Assim iniciei o artigo semanal publicado ontem, na Folha da Manhã e que acabei de postar na seção ao lado “Meus últimos artigos”. Seu Benedito merece muito mais que esta singela homenagem. Ainda na quinta-feira, em seu velório no Caju ouvi dois depoimentos públicos, que complementam e reforçam, o que resumidamente foi escrito neste artigo. O primeiro de uma moradora das imediações da residência do nosso personagem, que em nome deles agradeceram pela sua disposição de ouvir seus problemas e oferecer apoio. O segundo, de um médio empresário da cidade, que pediu para ler uma mensagem em agradecimento porque seus irmãos e também sua mãe, como ex-vizinhos, por diversas noites receberam abrigo para dormir na casa do nosso jardineiro, quando o seu pai, depois de alguns goles à mais conturbava o ambiente doméstico. Tudo isso, só vem confirmar o homem “Bem-dito” que foi nosso companheiro jardineiro que pautou com a sua, humilde, porém, maiúscula vida com gestos tão largos de generosidade, artigo, cada vez mais raro, nas prateleiras do nosso cotidiano. Se desejar ler o artigo na íntegra clique aqui.

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