sábado, setembro 21, 2013

Celebridades: atalho eleitoral a ser evitado!

A direção que muitos partidos políticos estão seguindo ao buscar "celebridades" (artistas e atletas) famosos para seus quadros significa na prática, atalhos eleitorais, em busca de votos a serem obtidos com suas famas e prestígios, sem nenhum outro significado.

Os líderes políticos que correm atrás deste artifício deveriam ser identificados como mal intencionados, porque objetivam usufruir de prestígios que há muito perderam.

Bom que nossa sociedade se politize e esteja mais bem preparada para ludibriar estas espertezas. A Política, assim com "P" maiúsculo necessita de mais pessoas interessadas em fazer esta mediação da representação do povo, mas, não com a esperteza que deve sempre ser combatida, em toda e qualquer instância.

As pessoas mais conhecidas e prestigiadas da população devem, e não apenas podem, ingressar na Política em busca desta representação popular, mas nunca, como seres à parte do todo que fazem parte e buscam representar. Já os espertos, estes devem ser identificados e dispensados.

3 comentários:

Anônimo disse...

Qual é Roberto?
O PT sempre usou a fama de artistas para fazer a sua imagem, desde campanha eleitoral a vídeos na internet!

Roberto Moraes disse...

O debate é mais amplo do que uma simples polarização como pretende.

O estímulo para a participação no debate e na mobilização política como tivemos na luta pela redemocratização do país é ainda desejada.

Já o uso simples da imagem para buscar o voto fácil para assumir diretamente a representação política é outra coisa.

Ainda assim, ela é menos pior do que falar mal da política.

Porém, tudo isto não elimina o questionamento da busca do atalho eleitoral pelos espertos.

Fernando disse...

Professor:

O atalho parece ser a nossa eterna vocação.
Em 26/07/2013 postei um comentário neste sentido no blog Planície Lamacenta, do Douglas da Mata. Referia-me ao texto do Wanderley dos Santos para o Valor e replicado no blog O Cafezinho entre outros. O Wanderley falava sobre as manifestações populares de julho.
No comentário mencionei a nossa velha vocação para o atalho: se algo não esta bom, propomos a criação de uma alternativa que o substitua sem pensar em discutir o aperfeiçoamento do modelo original.
Em quase todos os casos, o novo já chega com os mesmos vícios do velho. Só troca de roupa. Ou fica mais caro.
Ao invés de melhorar o modelo representativo, propomos uma reforma política divisionista. Para investigar crimes em que a polícia "não é eficiente" atropelamos a CF delegando a prerrogativa à seletividade do Ministério Público. Para a indignação com a política que "não nos representa" propomos menos política, execramos os partidos ou elegemos celebridades. Para um transporte público caótico propomos um aeromóvel que transporta o mesmo que dois ônibus. Para o ensino deficiente, propomos as cotas. Para um engarrafamento, propomos viadutos. E seguimos assim, sem debater quase nada.

O atalho, sempre o atalho.
Parece mesmo ser a nossa vocação.