quarta-feira, maio 14, 2014

Custo dos imóveis em Campos: ilusão & especulação

A edição de maio da revista Exame trouxe como matéria especial, o assunto da valorização dos imóveis nas áreas urbanas nas capitais e cidades do interior de diversos estados brasileiros.

A reportagem mostra a valorização média ano a ano, mostrando que a mesma vem se reduzindo, apesar de estar ainda acima das correções das principais aplicações financeiras e aponta uma perspectiva de declínio.

O assunto é vasto e mostra que a realidade da valorização e especulação imobiliária se tornou um processo nacional e não apenas regional ou estadual. O setor imobiliário, por diversos motivos, passou a ser uma área de interesse de quem detém dinheiro para ser reproduzido e multiplicado.

A aquisição de grandes áreas junto aos contros urbanos das cidades médias e das metrópoles, gerou este processo de especulação e valorização incrementado pelos profissionais do setor imobiliário e pela mídia comercial, que fatura com as famosas permutas, exigindo trocas na colaboração pela construção de opinião forjando demandas e um imaginário de evolução de preços.

Interessante que até quem tem apenas a sua moradia que possui apenas valor de uso, embarca no discurso imaginando um valor maior do seu imóvel, se esquecendo que até para uma troca, por exemplo para um imóvel maior, mais bem localizado (ou algo do gênero), este processo especulativo na cadeia de valor do setor imobiliário, só lhe cria embaraços.

Isto se dá porque, mesmo que o seu imóvel (repito que sendo único e da sua moradia, tem apenas valor de uso) a diferença para a troca se amplia tornando tudo mais difícil, ao contrário da imagem que as pessoas tendem a ter no seu primeiro momento. As pessoas sonham vender seu imóvel pelo novo e especulado valor, ao mesmo tempo que pensa poder comprar outro, pelo valor antigo, como se o processo não ocorresse em cadeia.

Enfim, é um assunto para um vasto debate. Por algumas vezes este blog apenas trouxe alguns elementos. Desta vez, além de relembrar a questão trazemos abaixo a página 81 da revista Exame, edição de maio, com os valores citados para os imóveis novos e usados nos municípios de Cabo Frio e Campos.

Observe que a pesquisa que a revista fez indica o preço médio dos imóveis de alguns bairros da cidade:


14 comentários:

Anônimo disse...

Em imóveis tem uma variável bastante real.
"LAVAGEM DE DINHEIRO"


abs

Paccelli Sarmet Consultor Imobiliário disse...

Uma questão que não pode ser esquecida é que os trabalhadores que fazem uma “poupança” para o futuro, não tem onde aplicar o seu dinheiro e o fazem adquirindo um imóvel, pois os planos de previdência privada, tem taxas administrativas absurdas, que impossibilitam a atualização do capital empregado. Sugiro uma análise sobre este assunto no site.
Paccelli Sarmet Consultor Imobiliário

Anônimo disse...

No mercado imobiliário ocorre os eguinte:

- existe o valor que acham que o imovel vale.

- exitste o valor que as pessoas aceitam pagar.

O que se verifica muito em Campos, é qe imóveis são anunciados por valores altos e levam meses para serem vendidos, só sendo vendidos quando o valo inicialmente pedido é substanaiclamente reduzido.

Não basta que um imóvel seja muito bom, novo e teoricamente mais valioso. O comprtador/pretendente pode até gostar odo imóve, mas se ele não possuir o dinheiro não haverá negócio.

Há em Campos imóveis na faixa de R$ 1500.000,00 anunciados há mais de um ano e não vende.

Anônimo disse...


Observo que numa grande maioria dos aptos em Campos estão sem habitantes. As janelas noturnas amargam na escuridão...
Conclusão: Deve ter muita coisa encalhada por aqui.

Anônimo disse...

Há uma especulação de que o mercado não se sustenta com o valor cobrado pelas construtoras.
E que a tendência até o fim do ano é do quadro voltar ao normal.
É preciso cautela para quem deseja comprar alguma coisa e vida de regra deixar na "Poupança" pode ser mais seguro contrariando os corretores...rs

Anônimo disse...

IMOVEIS CAROS NAO TÊM LIQUIDEZ. FICAM ANUNCIADOS POR MUITO TEMPO E NAO VENDEM. HA UMA BOLHA ESPECULATIVA EM CAMPOS

Anônimo disse...

Tem uma área de terra na periferia de Campos, com pouco mais de 100.000m2, sendo vendida a 50 milhões de reais. Está com placa de venda há alguns anos, más o preço não cai, só vai aumentando.

Roberto Moraes disse...

Pelo visto, o assunto merece atenção de muitos,tanto pelos comentários aqui quanto no Facebook.

As postagens levantam questões e hipóteses a serem debatidas.

Eu voltarei com tempo para aprofundar a questão levantada pelo amigo Paccelli. Ela tem abordagem mais prática e individual, mas, também deve ser analisada sob o ponto de vista mais macro, tanto na questão econômica como política, social e mesmo de concepção de nação, já que o tema, como tratamos é nacional (até global), mas com especificidades em cada região.

Voltarei ao espaço para emitir opinião sobre o imóvel como forma de poupança para a classe média e os significados que a questão sugere.

Anônimo disse...

O Tesouro oferece títulos com taxas de juros reais de 6,5% ano (recentemente 7,3%). A depender do vencimento, é uma opção de curto/médio/longo prazo para quem deseja fazer poupança. Ao que parece, o próprio Tesouro não faz muita questão de popularizar esse tipo de investimento, quando não se preocupa em dissipar dúvidas sobre a marcação a mercado e as variações prévias aos vencimentos dos títulos, prova disso é quantidade de gente vidrada em rentabilidade e achando que fez um grande negócio no CDB do banco. Os bancos agradecem.

Financiar um imóvel que não se destina à moradia própria como investimento para a aposentadoria é algo digno de vir de quem deseja lhe vender um imóvel...

Meia década amortizando juros, considerando uma entrada considerável...

A depender do capital disponível, termina a vida pagando o tal financiamento, com risco de liquidez e patrimônio concentrado num único ativo (se entregue pela construtora).

A última escalada nos preços dos imóveis parece ter feito muita gente esquecer que este é um mercado cíclico.

Se a idéia é investir em imóveis (considerando que já possui o próprio), ganhando na valorização do bem e/ou com aluguéis, melhor que pagar juros pro banco financiando alguma coisa em 40 anos, seria estudar sobre os Fundos Imobiliários, que possibilitam pequenos e periódicos investimentos, pulverizados em escritórios, residenciais, shoppings, universidades, agências bancárias, galpões etc, situados nos mais diversos estados do país e com rendimentos isentos de IR.

Anônimo disse...

Muitos se esquecem que a compra de apartamentos implica em despesas de condominio.
Existem imoveis cujo valores de condominio passam dos R$ 1,200,00. Chegam a 1.500, 1800 e 2000. Ou seja, compra-se um imovel para depois continuar pagando uma especie de "aluguel". Se fizer as contas, como investimento nao serve. Perde-se dinheiro a longo prazo. Sem contar as despesas com impostos e manutenção

Anônimo disse...

Na rua Nações Unidas paralela à Pelinca tem um prédio novíssimo que em duas sacadas aparecem faixas para aluguel.O comprador não quer morar em seu imóvel zerado prefere transferir esse deleite para terceiros.O motivo são os mais variados.A poupança não é atrativa para investimentos ,especulação de quem tem muito dinheiro??? Ou motivos outros que merecem debates.A bolha imobiliária existe de fato.

Anônimo disse...

Imóvel custando R$ 4.500,00 o metro quadrado?
É óbvio que existe uma bolha imobiliária!

Anônimo disse...

O que sustenta a bolha é o caixa 2!

Anônimo disse...

Duvido que o preço indicado na retorpagem seja o real de campos. Nao esquecam que jornalista sempre escreve muita besteira. Na reportagem diz que o preço medio do m2 no flamboyant está entre 9000 e 10000 reais. Sabemos que nao e verdade. Diz tambem que o pq tamandare entre 4000 - 5000 e que a media da cidade esta 4800. Logo o Pq tamandare estaria na faixa da media, o q nao e verdade