quarta-feira, dezembro 16, 2015

OSX em recuperação judicial tenta vender plataforma em meio a demissões

O Valor divulgou agora há pouco que a empresa OSX que se encontra em recuperaçãop judicial desde o baque do grupo EBX do Eike Batista que possui acordos de confidencialidade assinados com potenciais compradores da plataforma de produção e armazenamento de petróleo e gás natural OSX-1, afirmou o presidente da OSX Brasil, Eduardo Farina, nesta quarta-feira.

Segundo o atual presidente da OSX, Eduardo Farina, a plataforma OSX-1 deixou de produzir no campo de Tubarão Azul, na Bacia de Campos (RJ), em novembro, e está em desmobilização. Segundo o executivo, a plataforma deverá partir para a Noruega na primeira semana de janeiro, no âmbito do esforço da companhia para vender a unidade.

Segundo o executivo, o esforço comercial da empresa vai mirar principalmente no mercado de reparos navais. “Há 530 embarcações PSVs [navios de apoio petrolífero] no Brasil. É um mercado carente de capacidade de reparos. Muitos [barcos de apoio] cruzam o Atlântico para obter serviço na Europa

Segundo ele, a OSX passou por uma redução dramática de quadro de pessoal. No escritório, o número de funcionários passou de 53, em janeiro, para 22, em setembro. No porto da empresa, a expectativa é encerrar o ano com 19 funcionários, frente aos 86 que trabalhavam no início de 2015. E na área de serviços, que atua na OSX-1, o contingente, que começou o ano com 235 funcionários e atualmente está em 40, será todo desmobilizado no fim do ano.

A área de 3,2 milhões de m² que a OSX possuía junto ao terminal 2 do Porto do Açu, onde construía um estaleiro (Unidade de Construção Naval) foi repassada à Prumo que controla o porto para nova destinação e assim ajudar a bancar a dívida da OSX com a Prumo que está inscrita entre os créditos devidos da recuperação judicial. 

Diante do que está dito acima, é certo que a OSX esteja tentando parceria com algum estaleiro de fora, para usar estas bases, com o objetivo em realizar serviços de reparos navais, que o seu presidente identifica como demandas, mesmo neste momento de baixa, na atuação dos serviços de apoio à exploração de petróleo no Brasil. 

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