terça-feira, março 06, 2018

O que as eleições da Itália reafirmam?

A eleição na Itália mostra mais uma vez como as disputas na combalida democracia ocidental está sempre sendo decidida com poucos votos, o que gera dificuldades de acordo para obtenção de maioria nos sistemas parlamentaristas.

A mesma situação já havia sido visto na Espanha e Alemanha.

Porém, mais uma vez se observa o fiasco da aliança entre institutos de pesquisas e mídia corporativa que insistia e forçava a ideia de que o Berlusconi com o seu partido Força Itália estava na frente. Os resultados mostraram que foi apenas o 4º colocado.

Assim, o quadro italiano reforça as preocupações com o esgarçamento dos modelos políticos, na cada vez mais derrubada e cooptada democracia ocidental.

Não adianta a mídia corporativa mundial ficar chamando de tudo que não lhe interessa, como sendo populismo, de um lado ou outro do espectro político e/ou ideológico.

A rejeição ao establishment é cada vez maior e uma resposta ao esgarçamento dos limites de espoliação promovidos pelo sistema que não consegue controlar a ampliação dos ganhos financeiros em detrimento dos setores produtivos e da população.

A tensão continua se ampliando e os modelos civilizatórios podem estar se aproximando de importantes mudanças, que poderão ocorrer em meio a mais conflitos e não menos confusões e complexidades, como o que estamos assistindo na contemporaneidade.

Os riscos aumentam com o esgarçamento político, junto com a insegurança, mas as mudanças ainda não têm direção definida, apesar da ameças e pressões daqueles que desejam manter tudo do jeito que está, apelidando todas as resistências como populismo de esquerda ou direita.

Nenhum comentário: