terça-feira, dezembro 18, 2018

Atingidos do Projeto Minas-Rio lançam amanhã o Boletim da Cartografia Social

Os atingidos pelo Sistema Minas-Rio que envolve a mina, o mineroduto e a unidade de beneficiamento e exportação junto ao Porto do Açu (Ferroport) estão lançando amanhã, em Belo Horizonte, o Boletim da Cartografia Social dos Atingidos.

Um trabalho bastante interessante feito junto das próprias comunidade e apoio de setores, laboratórios e pesquisadores de várias universidades, organizados através da REAJA, Rede de Articulação e Justiça Ambiental dos Atingidos pelo Projeto Minas-Rio e do o Grupo de Estudos em Temáticas Ambientais - GESTA/UFMG.



























Os organizadores estão convidando para o lançamento do “Boletim Informativo – Atingidos pelo Projeto Minas-Rio: Comunidades a jusante da barragem de rejeitos” que será realizado na Livraria Asa de Papel Café & Arte, em Belo Horizonte, na quarta-feira, dia 19 de dezembro de 2018, a partir das 14 horas. O evento contará com uma roda de conversa entre atingidos, acadêmicos, representantes de movimentos sociais, instituições públicas e com uma coletiva de imprensa.

O Boletim, realizado em parceria com o Programa “Nova Cartografia Social da Amazônia”, da Universidade Federal do Amazonas e Universidade do Estado do Amazonas, teve como objetivo promover a auto cartografia das três comunidades localizadas imediatamente abaixo da barragem de rejeitos do Projeto Minas-Rio.

O empreendimento minerário, da empresa Anglo American, possui estruturas nas zonas rurais dos municípios de Conceição do Mato Dentro, Alvorada de Minas e Dom Joaquim (MG) e, desde sua chegada, tem transformado profunda e permanentemente a vida de famílias campesinas que historicamente habitam a região, deflagrando um conflito ambiental de amplas proporções.

A cartografia social, produzida em conjunto com os atingidos, surge como um instrumento de fortalecimento da resistência local e, também, de autoafirmação dos comunitários, em busca do reconhecimento de seus direitos.

O Boletim Informativo agrega mapas e relatos que resgatam a territorialidade, história e identidade das comunidades de Água Quente, Passa Sete e São José do Jassém, e denuncia a situação das famílias, severamente afetadas pela atividade minerária. Os mapas sintetizam, através da iconografia criada pelos atingidos, as experiências de conflitos, as perdas e danos vivenciados desde a chegada da mineração.

O que se pretende com a roda de conversa é promover a discussão sobre o cenário enfrentado pelos moradores, marcado por constantes violações de direitos, e o pleito da mineradora pela concessão da Licença de Operação da Fase de Expansão (Step 3) da Mina do Sapo, marcado para o dia 21/12/2018, na Câmara Temática de Atividades Minerárias do COPAM/MG.

A votação prematura da Licença de Operação, diante de condicionantes ainda não cumpridas, penaliza e invisibiliza as comunidades, que permanecem sem a garantia de critérios justos para o seu reassentamento, principal reivindicação das famílias. São parceiros da elaboração do boletim a UFMG; Fapemig; UFAM; UEA e Ford Foundation.

Para mais informações sobre o caso: Observatório de Conflitos Ambientais – GESTA/UFMG - http://conflitosambientaismg.lcc.ufmg.br/conflito/?id=582
GESTA - 34096301 ou Denise Pereira – 988774147;
Livraria Asa de Papel Café & Arte - R. Piauí, 631 - Santa Efigênia, Belo Horizonte - MG.

Nenhum comentário: