sexta-feira, janeiro 25, 2019

Milícia na elite financeira

O gato e os ratos. Ou o rato e os ratos.

Os banqueiros agem de forma similar.

Meirelles em 2017 deu isenção de R$ 1 trilhão para as petroleiras.

Paulo Guedes anunciou essa semana em Davos que vai reduzir o imposto sobre as empresas de 34% para 15%.

Logo, os empresários disseram que não basta isso se for mantida a taxação sobre o lucro das empresas. Ou seja, querem mais.

Alguns analistas bateram palmas e até disseram que a ideia de taxar menos a produção e mais o ganho de capital era boa.

Mas, é certo que está tudo acertado com os donos do capital e os banqueiros, desde que se garanta o corte de renda da maioria com as mudanças da previdência e com mais cortes em direitos de trabalhadores. 

Eles sabem que assim sobrarão novos espaços para o rentismo manter seus faturamentos.
A pesquisa empírica sobre esses movimentos do capital permite identificar a lógica da reação dos banqueiros e sócios de várias gestores de grandes fundos financeiros.

Textualmente, eles disseram que vão se ajustar.

E já sugeriram aos donos de empresas que atuam no rentismo do mercado financeiro aconselhando: "é só reduzir o capital na empresa e constituir fundo por meio do qual comprarão debêntures."

Outro, detalha um pouco mais como o rentismo agirá: "os investidores externos deixarão de entrar com capital em participação das empresas, já que terão que pagar imposto ao receber os dividendos. Assim, é só eles passarem a oferecer empréstimos, que são dedutíveis em termos tributários".

A pesquisa sobre o "modus operandi" do setor financeiro demonstra como rapidamente esses setores se ajustam às novas regulações. 

Para isso contam com grandes escritórios de advocacia tributária e com "juízes compreensíveis". 

Os rentistas que aplicam no fundos financeiros estão agregados às estratégias de ganhos maiores com as rendas dos juros e dividendos do que com a produção.

Tá tudo combinado, mas no fundo a correra taxação de dividendos do rentismo nacional, alterará a forma, mas não a lógica. 

Ou seja mudar sobre o que for alterado para manter tudo como está com ganhos financeiros e de capital absurdos. 

E Guedes sabe de tudo disso.

No fundo tem-se aí uma espécie de milícia da elite financeira.

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