terça-feira, julho 05, 2016

Sem precisar vender nada, a Petrobras tem redução de dívidas acima do volume de desinvestimentos projetados

A "nova" diretoria da Petrobras insiste com a política chamada de "desinvestimentos", onde prevê a venda de "ativos" que segundo argumentam seria para reduzir as dívidas da empresa.

A projeção para este ano era de venda de ativos no valor de US$ 14,4 bilhões. Depois de anunciar venda da malha de gasodutos do Sudeste, UTEs e Terminais de GNL, hoje foi anunciada a venda de campos de petróleo no litoral do Ceará.

Pois bem, só com a redução do câmbio e do valor do dólar, mesmo considerando a subida de hoje (cotado a US$ 3,295), a redução da dívida em reais da empresa estaria hoje em R$ 53,5 bilhões.

Pois bem, este valor é bem maior do que as vendas totais de ativo que havia sido projetada para este ano, incluindo a lista acima, no valor de US$ 14,4 bilhões, que hoje equivaleria a R$ 47,4 bilhões.

Assim, com o ganho cambial se teria ainda a diferença de R$ 6 bilhões sem precisar vender nada, o que seria no mínimo questionável, neste momento de baixa do ciclo do petróleo.

Em tempo:
Hoje, a ANP, informou oficialmente que a produção total de óleo e gás no país somou 3,115 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boe/d), o que representa uma alta de 3,9% ante maio de 2015 e de 7,67% ante abril deste ano.

Pré-sal já é responsável por 36% da produção total no Brasil com 1,146 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boe/d). Essa produção foi alcançada em apenas 56 poços, o que dá uma média extraordinária de 20,4 mil barris por dia, por poço.

6 comentários:

Anônimo disse...

Este tipo de análise confere transparência aos processos, mas tb desmascara aqueles que querem distorcer as informações econômicas relevantes devido aos interesses privados e não públicos..

Anônimo disse...

Os entreguistas não vão desistir de fatiar para distribuir o patrimônio da nação!!!!

Nilson Jr. disse...

A simples verdade que os lesas-pátrias fingem não ver, Roberto.

Davson Barboza disse...

Diante do exposto pelo ex aluno, da tao boa ETFC, professor Cefet e ex diretor , as autiridades competentes poderiam rever a subtraçao q querem fazer da Petrobras. A sociedade, como um todo deveria saber desta tao importante noticia. Parabens ao Roberto.

Zé gotinha disse...

A crise do petróleo é mundial, logo se justifica a venda de ativos, a não ser motivos escusos e de interesse também escusos. A Petrobrás continua rentável e auto suficiente, mas, parece que os EUA, com seus dedos podres e cuidados por traidores da nossa pátria, estão querendo passar as unhas em nossa riqueza, aliás, já são donos de muita coisa por baixo do pano. O povo desorganizado e sem poder de reação, vê seus empregados indo pelo ralo é nada faz. Os políticos, querem com apoio do PIMG, querem fazer crer que a economia do Brasil gira exclusivamente em torno da Petrobrás. Ela tem muita importância, sim, mas, ninguém relaciona que empresas de outros setores estão indo a pique e que não dependem da Petrobrás! Políticos, amparados por um judiciário combaliante, fazem o que querem com o país e dizem que somos otários e que eles, podem fazer o que vem querem porque nada acontecerá de reação popular e muito menos, serem investigados, indiciados, julgados, presos e cumprir as penas, além de devolver o valor desviado devidamente corrigido!

João M Pessôa. disse...

O próprio artigo reconhece que a redução da dívida é meramente contábil, resultado da desvalorização do dolar que alivia um pouco a situação da empresa. Daí se afirmar que os problemas foram superados e que tudo vai bem é um enorme exagero. Além da queda nas cotações do petróleo, e do custo da corrupção, o grande problema que aflige a Petrobras é o custo de uma campanha exploratória mal planejada financeiramente, que expôs a companhia a um grau excessivamente elevado de endividamento. Que é necessário rever essa estratégia qualquer funcionário de carreira da empresa sabe. A grande questão não é se isso deve ser feito, mas onde a empresa deve rever suas estratégias.
A meu ver o mais grave não é rever a estratégia de investimentos,coisa normal em qualquer empresa deste porte. Pior que isso, é a declarada intenção de rever, sem nenhum estudo prévio, a política de conteúdo local. Aí parece um caso de entreguismo premeditado.