sexta-feira, julho 07, 2017

Em apenas 3 anos, a Bacia de Santos saiu de uma produção nacional de óleo e gás de 16% para 42%

A Bacia de Santos está prestes a passar a Bacia de Campos em termos de produção de óleo mais gás. Em maio de 2017, a Bacia de Santos produziu 42% da produção nacional, a Bacia de Campos produziu 47,7% do petróleo e do gás no Brasil.

Os dados são do boletim mensal de produção da ANP divulgado ontem. A terceira bacia em termos de produção é a do Solimões com apenas 3%.

Vale lembrar que as bacias não equivalem ao litoral dos estados. Assim, a Bacia de Santos vai deste a ponta de Cabo Frio em direção do Sul, da mesma forma que a Bacia de Campos segue na direção Norte para além do limite fluminense pelo litoral capixaba até aproximadamente a capital, Vitória.

Este fato explica o aumento das receitas de royalties dos municípios de Maricá e Niterói, já no litoral mais ao sul e pertencentes à Bacia de Santos. Assim, esta produção por bacia não reflete os dados por produção estadual, onde o ERJ produzia em maio 63% e o estado de São Paulo apenas 13,7%, ficando atrás do Espírito Santo que produziu 15% de todo o óleo + gás no Brasil.

Abaixo a produção de petróleo + gás em boe (barris de óleo equivalente: óleo + gás) por dia em maio de 2017:

Boletim de produção de maio 2017 da ANP. P.9/31.
























Para se ter uma ideia da evolução da produção de óleo + gás nestas nestas duas bacias, o blog foi observar os dados do Boletim de Produção da ANP de 3 anos atrás, em maio de 2014. Naquele ano a Bacia de Campos produzia 67% da produção total do país, enquanto a Bacia de Santos apenas 16%.

Portanto três anos depois, a Bacia de Campos desceu de 1.825 mil barris de óleo equivalentes por dia para 1.580 mil boepd, ou seja uma redução da produção de 245 mil boepd. Enquanto isto, a produção na Bacia de Santos, saiu de 433 mil boepd para 1.393 mil boepd, mais que o triplo da produção de três anos atrás, em 2014.

Confira abaixo a tabela da produção por bacia publicado pela ANP em maio de 2014 (P.13) e observe a mudança espacial do volume da produção nacional de óleo e gás no país.

Assim, vamos repetir. Em termos percentuais a Bacia de Campos saiu de um total de 67% da produção nacional em 2014 para 47%, enquanto isto, a produção da Bacia de Santos saiu de 16% para 42%.

Daí decorre um conjunto expressivo de outros movimentos ligados à toda cadeia produtiva que eu sigo analisando em minha pesquisa, sobre aquilo que passei a chamar de Circuito Espacial do Petróleo e dos Royalties no ERJ e agora em SP:
Boletim de produção de petróleo e gás. Maio de 2014. P.13. ANP.


Um comentário:

Unknown disse...

E ainda há muito campista arrogante falando que pre sal não existe.