segunda-feira, julho 03, 2017

Rússia segue liderando produção de petróleo que tem estoque grande e demanda reprimida

Em junho, encerrado na última sexta-feira, a Rússia produziu 10,95 milhões de barris por dia. A segunda maior produção é da Arábia Saudita em torno de 9,8 milhões de barris por dia.

Em seguida vem os EUA cuja produção já voltou a superar os 9 milhões de barris por dia. Os três países juntos são responsáveis por cerca de 1/3 da produção mundial que está em torno de 92 milhões de barris por dia.

Ao final do primeiro trimestre de 2017, a capacidade de produção ociosa no mundo era de cerca de 2,2 milhões de barris por dia, segundo a Agência Internacional de Energia (AIE).

Hoje, estima-se que os estoques de petróleo e derivados no mundo continuem superiores a 3 bilhões de barris. Junto com o aumento da produção americana, estes dois fatores estão contribuindo para que o preço do barril no mercado internacional continue abaixo dos US$ 50.

Sem aumento da demanda (que esteve em 93,3 milhões bpd no último trimestre do ano passado), com capacidade de produção ociosa e com o aumento mesmo que pequeno da produção dos EUA, os preços tendem a continuar entre US$ 40 e US$ 50 o barril por mais tempo.

Como dissemos em nota aqui no último dia 27 de junho, os impactos do baixo preço do petróleo no mercado mundial são diferentes para as nações, conforme sua condição de produtora, exportadora ou importadora e consumidora.

Neste patamar de preço do petróleo e seus derivados, muitos projetos de energia alternativa têm mais dificuldades de concorrer com a fonte petróleo, fato que contribuiu até para um aumento inesperado do uso do carvão como energia nos primeiros meses deste ano no mundo.

Assim, o petróleo segue lubrificando as relações de poder e o capitalismo pelo mundo.

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