segunda-feira, janeiro 27, 2020

Privatização disfarçada do BB com entrega da gestora de fundos BB DTVM para o americano BlackRock

O desgoverno Bolsonaro diz que não vai privatizar o Banco do Brasil, mas que entregará, quase de graça, a sua mais valiosa parte, a subsidiária do Banco do Brasil, a BB DTVM.

A BB DTVM é apenas a maior gestora de fundos financeiros do Brasil com patrimônio líquido de R$ 1,1 trilhão.

A segunda maior gestora de fundos de investimentos no Brasil é o Itaú Unibanco com patrimônio de cerca de R$ 700 bilhões, como destaquei no livro "A ´indústria´ dos fundos financeiros" (2019, P.116, Quadro Nº 5).

Ou seja, vão entregar o filé para os americanos e deixar o osso. A BB DTVM irá para a americana BlackRock, maior gestora de fundos financeiros do mundo, com patrimônio de quase US$ 7 trilhões, equivalentes a cerca de 4 vezes todo PIB do Brasil. Veja aqui no Estadão.

Agora, vejam a "coincidência". O atual presidente da BlackRock no Brasil é Carlos Takahashi que atuou no BB por 40 anos e entre 2009 e 2015 presidiu exatamente a BB DTVM, de 2009 a 2015.

O conhecimento da operação dos negócios de fundos financeiros controlados pelo BB e suas rentabilidades, está servindo agora à gestora americana BlackRock.

Esta estratégia de contratar dirigentes de estatais para acessar informações estratégicas das companhias já é bem conhecida.

A confirmar mais esta entrega aos americanos, o Banco do Brasil ficará muito menor e o setor financeiro brasileiro ainda mais controlado pelo capital transnacional.

O desmonte nacional não tem fim.

Guedes e Bolsonaro são mais americanos que os próprios. Chegaram ao governo para promover esta entrega dos nossos melhores ativos, como gostam de falar.

Ao agirem desta forma vão entregando as maiores corporações (e/ou suas partes) em vários setores da economia: petróleo, eletricidade, infraestrutura e logística e também parte do setor financeiro, etc.

Difícil falar em soberania para quem bate continência para a bandeira americana.

É incrível que isso esteja passando meio que despercebido do conjunto da população brasileira.

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