segunda-feira, janeiro 20, 2020

Será mesmo que evoluímos muito desde o feudalismo ou escravismo?

Matéria do Valor "Desigualdade globa está fora de controle" (veja aqui) sobre a pesquisa da Oxfam, divulgada em mais um evento do Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíca, traz mais uma vez um dado crítico sobre o sistema econômico mundial em que tentamos sobreviver.

O capitalismo contemporâneo amplia as desigualdades esgarçando o processo civilizatório.
2,1 mil ricos bilionários (com mais de US$ 1 bilhão - R$ 4,2 bilhões) possuem juntos mais dinheiro que 60% da população mundial somada.

Há poucos dias, comentamos aqui dados da revista americana Forbes, citada pelo professor Dowbor, que 206 bilionários brasileiros nos últimos 12 meses, aumentaram as suas fortunas em 230 bilhões de reais.

É um processo de acumulação avassalador que tende a destruir o capitalismo enquanto sistema.

Observar o movimento do capital em seu processo de acumulação é a melhor forma de identificar as consequências dessa realidade sobre a vida das pessoas em seu cotidiano.

Será mesmo que enquanto ser social com o capitalismo (ou o modo de produção capitalista) evoluímos em relação aos períodos feudal e/ou escravista?

O Brasil do desgoverno Bolsonaro, como governo dos ricos e para os ricos, reforça esse processo ampliando o fosso entre o dono do dinheiro e das propriedades e a maioria esmagadora dos brasileiros.

O poder econômico dirige o poder político e o Estado, acabando com a ideia de democracia e reforçando aquilo que se chama de plutocracia, governo dos ricos para os ricos.

O futuro será perverso, porque não há como esse esgarçamento e estrangulamento se manterem sem reações da maioria.

Quem tem mais perderá mais.

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