quarta-feira, março 09, 2016

O preço do petróleo entre os movimentos do mercado, a geopolítica e a eterna luta pelo controle e pela hegemonia

A movimentação para cima no preço do barril de petróleo, mesmo que esteja hoje, na faixa US$ 40 (agora ao meio dia a US$ 40,44), em nada aponta para o surgimento de um novo ciclo.

A tendência segue sendo que a fase de baixa dos preços prossiga por mais tempo. Os departamentos de estudos dos bancos nacionais e estrangeiros que estudam o setor petróleo/energia para seus investidores indicam, quase unanimemente.

Os meus estudos sobre as características do "ciclo petro-econômico" mostram que é preciso saber diferenciar o que são as volatilidades e oscilações dentro de um período, daquilo que seria uma efetiva mudança de fase, entre o fim do colapso de preços baixos, para a retomada e limiar de um novo "boom", em novo ciclo.

A observação da geopolítica da energia oferece indícios de que a quantidade de variáveis que hoje cerca o mercado desta commodity - a mais negociada do mundo e sempre negociado em todo o mundo em dólar- é tão grande, que mesmo os quatro grandes bancos americanos, que operam com o petróleo (junto com o Tesouro e os interesses do governo americano) não conseguem ter o controle para se buscar o chamado "reequilíbrio" deste mercado.

A busca para reobtenção deste controle está vinculada a uma decisão geopolítica que pode já ter sido tomada e que está trazendo grandes desdobramentos no interior das nações produtoras.

Entre perdedores e ganhadores deste processo, é ingenuidade julgar que todos estes acontecimentos seriam frutos do "humor deste mercado" e não da eterna luta pela hegemonia.

Os resultados não são conhecidos porque as resistências serão sempre surpreendentes.

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