terça-feira, setembro 13, 2016

Bancários são as vítimas dos dinheiros dos outros

Os bancos estão informando que vão fechar mais agências e demitir mais pessoal. Enquanto isto nós trabalhamos para eles nos velhos terminais de autoatendimento.

Há pouco mais de 20 anos eram quase 1 milhão de trabalhadores, hoje 334 mil, quase um terço e ainda prometem mais demissões.

Nos últimos 12 meses os bancos fecharam 413 agências com mais de 12 mil demissões. Empurram todos para o acesso online, embora as taxas continuem altas. Abaixo um infográfico sobre o assunto publicado hoje pelo Valor.



Os jovens são os mais atingidos. Os que viram bancários nos bancos privados são sugados e depois descartados como laranjas chupadas. São os que eu chamo das "vítimas dos dinheiros dos outros".

Ao sair dos bancos resta pouco trabalho com a experiência adquirida só em banco, onde se tem um trabalho altamente estressante por mexer com altas somas dos dinheiros dos outros, a saúde já foi pro espaço.

E no meio disto há quem não queira entender a luta dos trabalhadores de um setor que não para de lucrar e agora é um dos que mais pressionam pela precarização do trabalho, reforma trabalhista, aumento da jornada de trabalho, terceirização, etc. E ainda reclamam da Justiça Trabalhista com os que ao final recorrem a ela por ressarcimentos.

No setor financeiro a luta entre o capital e o trabalho tem um simbolismo maior. Porque nela, o valor se amplia com o serviço de intermediação e o rentismo que cada vez financia menos o setor produtivo e gira em torno de si mesmo e dos papéis especulativos.

3 comentários:

Manoel Ribeiro disse...

O único problema que vejo na greve dos bancos e que cada dia que as agências estão fechadas mais as pessoas percebem que não precisam ir à agência, o que depois gerará mais demissões... acaba tornando-se um "tiro-no-pé".

Anônimo disse...

Sim Manoel,

E cada vez que pessoas como você comemora isso mais dificuldade você tem para resolver problemas que a máquina não resolve. E o pior pagando cada vez mais taxas de tudo que é jeito.

Quem comemora isso beija o banqqueiro e se ferra

Gian disse...

Na realidade fui aos poucos sem perceber fazendo uso do sistema bancário pela rede, e quando vi quase já não vou ao banco pra resolver quase nada. Sem perceber vi que era mais confortável eu fazer o meu tempo pela rede do que aguardar minha vez nas gigantes fila de banco.
Não estou comemorando está situação, mas os poderosos banqueiros fizeram isto, e com certeza a tendência é o aumento das máquinas e diminuição dos seres humanos. Sistema miserável nos escravizou e não vejo um libertador desta condição. O pior é que essa praga não abaixa as taxas...