sábado, setembro 10, 2016

Cresce em 14% as importações de petróleo da China em 2016

As informações sobre o comércio mundial de petróleo ainda são cercadas de muitas desconfianças e especulações. As tradings que lideram o comércio desta commodity atuam junto com setores da mídia econômica criando expectativas que aumentam a volatilidade do preço.

Ainda assim as informações circulam, como esta do The Wall Street Journal sobre o crescimento de 14% das importações chinesas no primeiro semestre deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado. O preço baixo levou a China importar 7,5 milhões de barris por dia entre janeiro e junho.

Um volume aproximadamente 2,5 vezes maior - só em importações - que toda a produção brasileira de petróleo. Para ter ideia do porte deste volume da importação chinesa é só saber que ela equivale a 8% de toda a produção mundial.

Hoje, a Rússia é maior supridora do mercado chinês, tento passado na frente das exportações sauditas, mesmo que a Arábia Saudita esteja reduzindo preços para vender petróleo na Ásia. Boa parte deste comércio entre Rússia e China já está sendo feito nas moedas destas nações, sem precisar da transação em dólar, como era a praxe até pouco tempo.

Se as informações estiveram corretas, com volume tão grande e crescente, ela estaria contribuindo para reduzir as sobreofertas de petróleo no mercado mundial. Segundo a mesma fonte, esta realidade estaria aproximando o consumo da produção mundial.

PS.: Atualizado às 00:52: Para breves acréscimos.

PS.: Atualizada às 15:00 e 15:08 e 21:09: Vale ainda acrescentar que além de importar grande volume de petróleo, a China é o atual 5º maior produtor de petróleo do mundo, com cerca de 4,3 milhões de barris por dia. Assim, entre importação (7,5 milhões de barris) e produção chinesa, se chega a um volume total de quase 12 milhões de barris por dia, o equivale a aproximadamente 13% de todo o petróleo produzido no mundo.

Diante desta realidade e das explorações de petróleo que a China tem feito em busca de novas descobertas ao sul, em ambiente offshore, no Mar da China, não é difícil compreender que ela de estaria copiando os EUA, aproveitando o barril mais barato, para consumir o petróleo do mundo, ao invés de gastar as suas reservas.

O caso serve também para observar que o aumento de produção a qualquer custo pelo Brasil, pode ser uma estratégia ruim. Pior ainda, se o esquema for a do governo Temerário e golpista de entregar tudo que está pronto e descoberto de bandeja.

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