quinta-feira, novembro 29, 2018

Em mais um ano de crise, os fundos de investimentos aumentam em R$ 500 bilhões seu patrimônio que chega a R$ 4,5 trilhões, 2/3 do PIB do Brasil

No Brasil contemporâneo da plutocracia, a atual crise serve para engordar ainda mais o bolso dos poucos endinheirados.

Em setembro de 2018, um total de 14,98 milhões de contas aplicadas em 710 fundos de investimentos que operam no Brasil, possuíam patrimônio líquido de R$ 4,5 trilhões.

Esse valor é equivalente a mais de 2/3 do PIB do país.

Isso mesmo, os fundos possuem ativos que valem 2/3 de toda a riqueza nacional.

Mesmo com toda a crise, segundo a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), a captação de recursos aumentou em apenas um ano, cerca de R$ 500 bilhões (aproximadamente 10%) e a quantidade de contas se ampliou em quase 2 milhões de contas, saindo de 13 milhões para 14,98 milhões de contas.


Diante dessa realidade não tem como não fazer a pergunta: a quem serve a crise?


Veja na imagem ao lado o movimento na pirâmide do capital entre as fases de expansão (boom) e crise (colapso).

Na fase de colapso (momentos de crise, como atualmente no Brasil), os donos dos dinheiros recolhem os excedentes econômicos que estavam na base da pirâmide, onde nós vivemos.
 
Lugar onde acontece a reprodução material e a geração de riquezas que nesta fase de crise do ciclo econômico se encaminha para o andar de cima para alimentar as altas finanças, onde estão os donos dos dinheiros, como esses números oficiais da Anbima, tão bem evidenciam.

E o que já é muito ruim vai piorar. 

Para aqueles do "andar de baixo", porque para os do "andar de cima", das "altas finanças" vai melhorar muito e sobre a maioria da população que não tem como reconhecer e identificar essa realidade.

Assim, continua julgando que a corrupção - que tem que ser combatida sim - é o principal motivo de suas mazelas.

PS.: Atualizado às 12:30: para breve acréscimo.

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