quinta-feira, setembro 20, 2007

Netrópolis & e-topia

Ao buscar nos livros para atender um amigo, o assunto sobre o impacto das novas tecnologias sobre o urbanismo das cidades cheguei a um deles adquirido em 2002 que fora lido, ou melhor, folheado, superficialmente em 2002. Seu título? “O futuro das Cidades” do jornalista Júlio Moreno. Editado naquele mesmo ano pela Editora Senac, o livro faz um retrospecto do que estudiosos de diversas áreas falam sobre as mudanças que, especialmente a internet, “estariam provocando” sobre o modo das pessoas viverem, trabalharem, se deslocarem, divertirem, etc. Numa releitura, também rápida para ver se a publicação tinha o que meu amigo se interessava encontrei algumas coisas que podem interessar também ao leitor deste blog, na sua maioria, interneteiros. De início cito o conceito de e-topia criado por William Mitchell que por conta disso acabou sendo considerado um “tecnotriunfalista” ou o profeta do ciberespaço. Apesar disso, Mitchell reagia dizendo: “Nossa tarefa é desenhar o futuro que queremos, e não adivinhar seus caminhos predeterminados”. Mitchell também disse que “comunicação e comunidade são palavras nascidas da mesma raiz latina. Antes do mundo digital, a comunicação exigia sincronicidade e presença física. Num mundo assíncrono, como o chamado ciberespaço, tudo pode ser virtual. As pessoas conseguem reunir-se, comerciar, debater ou mesmo namorar em tempo real, sem necessariamente dividirem um mesmo território. Enfim, criamos cidadãos sem cidade. São habitantes de uma urbe invisível, “Netrópolis” que se contrapõe à cidade de pedra”. “Netrópolis é um conceito novo que não pode ser confundido com o de aldeia global, disseminado pelo canadense Marshall Mcluhan para demonstrar como os meios de comunicação – em especial a televisão – tinham equalizado o tempo e o conhecimento dos habitantes da cidade e do campo... Só que a televisão é unidirecional, enquanto o ciberespaço criado pelos computadores é interativo”.

Nenhum comentário: